Nietzsche disse um dia: "Sem música a vida seria um erro". Decidimos usar a música para denunciar os erros.
Mostrámos a figuras públicas vídeos de animais portugueses exportados para Israel. Filmámos a sua primeira reacção. Ninguém ficou indiferente.
Como reagirá a sociedade portuguesa quando o vir? Ajude-nos a descobrir! Partilhe!
Juntos vamos acabar com isto!
Ficha Técnica
Música & Letra: Sandra Baptista
Vídeo Realizado por: Sandra Baptista & Sara Morais
Direcção de Fotografia: André Costa
Edição: Pedro Gancho
Maquilhagem: Cauê Dos Santos
Com a participação de (por ordem alfabética):
Alexandre Da Silva
Ana Bacalhau
Carlota Crespo
HEITOR LOURENÇO actor
Helena Isabel - Actriz
Lena d'Água
Mafalda Luís de Castro
Mariana Norton
Miguel Partidário
Rita Redshoes
Sara Gonçalves
Sofia Monteiro Grillo
Tunha Lam
Viviane
Animals International
ישראל נגד משלוחים חיים - Israel Against Live Shipments
Setubal Animal Save - Stop Live Exports
Boicoto a RTP, por esta considerar que a tortura de animais é cultura, e colocar na sua grelha de programas a transmissão de touradas, como sendo algo de utilidade pública. Mas, desta vez, abri uma excepção, tal como abri no ano passado, devido à intervenção de Salvador Sobral, e ainda bem, pois tive um motivo para me orgulhar do meu País. E agora, estava curiosa quanto ao que a RTP tinha para oferecer ao mundo, e decidi assistir ao Festival da Eurovisão 2018.
Devo confessar que me surpreendi com tudo.
Surpreendi-me com a organização impecável e eficaz, ficando bem claro que a RTP, quando quer, faz boa figura, e apresentou um espectáculo de grande nível. As apresentadoras estiveram bem, foram simpáticas, divertidas. E Portugal foi um óptimo anfitrião.
Surpreendi-me com a diversidade dos géneros musicais, boas vozes, boas canções (à excepção de uma ou outra mais fraquinha ou barulhenta para o meu gosto), tornando esta final bastante competitiva.
Surpreendi-me com o excelente dueto entre Salvador Sobral e Caetano Veloso, ficando bem claro que na diversidade está o grande segredo da união entre Portugal e Brasil, dois povos que se querem irmãos, mas não gémeos.
Surpreendi-me com aquele abrir a porta (ideia muito bem concebida) para lugares lindíssimos, mostrando a nata portuguesa, no que respeita ao território e ofícios. E aqui, dada a filosofia da RTP, confesso, estava à espera de que a qualquer momento aparecesse uma porta a abrir ali para o lado do campo pequeno, mostrando o edifício mais emblemático de Lisboa, aquele que representa o lado medievalesco da capital portuguesa, e com o qual, Gonçalo Reis, presidente do conselho de administração da RTP, tem uma parceria para manter… (disse ele aqui há tempos), porque a tortura, para ele, é cultura de utilidade pública.
A este respeito, confesso que fiquei mais descansada. Afinal, a tourada não é o tipo de “cultura” que dignifica Portugal um património cultural que enche a boca dos aficionados, e que a RTP tenha orgulho em mostrar ao mundo. É que à excepção de Portugal, Espanha e França, o povo dos restantes países, que habitualmente concorrem a este festival, não se divertem sadicamente à custa da tortura de animais sencientes e indefesos.
Surpreendi-me também com a canção que ganhou o Festival da Eurovisão de 2018, Toy, não por ser a canção de Israel (pois sou apologista de que a Arte deve unir os povos e não desuni-los, como o pretenderam alguns), até porque gostei da Netta Barzila, uma menina do nosso tempo, muito expressiva e com uma voz poderosa. A canção é que não faz o meu género. A minha preferida era a da Estónia, pela maravilhosa voz e belíssima melodia, condizentes com o espectacular jogo de luzes sobre a gigantesca saia de Elina Nechayeva.
Surpreendi-me com o nosso último lugar, o salto para o abismo do 80 para 8. Então? O que aconteceu?
Bem, chegada aqui, e depois do que a RTP nos apresentou, cheguei à conclusão de que Portugal até tem talentos, belíssimas paisagens, fabulosos monumentos, ofícios dignos do Homem, e que o maior cancro da sociedade portuguesa está localizado ali para os lados de São Bento e de Belém, onde tudo se joga, onde a classe política (salvo raras excepções) serve subservientemente os lobbies ali instalados, e mantém uma boa parte do país a um nível terceiro-mundista. Está, única e exclusivamente, nas mãos dessa classe política a elevação de Portugal a um patamar cultural, civilizacional e evolutivo mais elevado.
Temos matéria prima, mas falta vontade política de servir Portugal. Falta dignidade, falta honra, falta honestidade política, falta vergonha na cara.
Se somos pequenos territorialmente, ao menos, sejamos grandes na alma portuguesa.
Isabel A. Ferreira
Como ficam os bois transportados em navios entre países. Vómitos, urina e fezes por todo o lado, muitos não resistem e chegam ao destino mortos e espezinhados.
Os que sobrevivem são mortos brutalmente para consumo.