«Os animais não falam a mesma língua que nós humanos, mas tem um principio comum a todos, a senciência. Eles sentem alegrias, dor, tristezas, alegrias, mas acima de tudo, eles respeitam mais o ser humano do que o ser humano os respeita a eles. Belíssimo vídeo demonstrativo disso mesmo» (Cândido Coelho)
Texto de Josefina Maller
«Todos sabem (os meus leitores, claro!) que eu sou uma defensora acérrima dos animais (de qualquer animal, seja doméstico ou selvagem, do cão, do gato, da formiga ao hipopótamo, dos seus direitos, e de como os considero meus irmãos, porque somos seres da mesma Criação, com quem partilho o mesmo Planeta e a mesma Vida: respiramos o mesmo ar; bebemos da mesma água; alimentamo-nos do que a Natureza nos dá; temos as mesmas necessidades vitais, fome, sede, sono; sofremos as mesmas dores; somos fustigados pelo mesmo Vento; ilumina-nos o mesmo Sol; vela-nos a mesma Lua; abrasa-nos o mesmo Fogo; somos atingidos pelos mesmos flagelos da Natureza, pelas mesmas doenças, pelos mesmos martírios que nos infligem os animais humanos.
Porém, nem todos saberão porquê.
in «A Hora do Lobo», livro de Josefina Maller
Gosto dos animais não-humanos porque:
- São-nos fiéis em qualquer circunstância: nos bons e nos maus momentos; na fartura e na miséria; na saúde e na doença.
- Não têm vícios, não se embebedam, não se drogam...
- Não são rancorosos.
- Não usam da violência para maltratar os da sua espécie, a não ser em legítima defesa ou por uma questão de sobrevivência...
- Não matam por prazer.
- Não são cruéis.
- Não sentem ódio, nem escárnio.
- Não massacram.
- Não são terroristas.
- Não desprezam os seus.
- Não poluem as águas, o ar, o solo, o ambiente...
- Não fazem guerras.
- Não são bombistas-suicidas.
- Não destroem o seu meio ambiente.
- Não inventam armas mortíferas.
- Não sequestram os seus.
- Não violam os seus.
- Não torturam os seus.
- Não impingem o seu modo de vida a ninguém.
- Não são intolerantes.
- Não mentem nunca.
- São afectuosos.
- São pacifistas.
- Não são hipócritas, nem cínicos.
- São amorosos, perspicazes, laboriosos, inteligentes.
- Não agridem, se não os agredirem.
- Não são ladrões.
- Não são corruptos.
- Não são vigaristas.
- Não são traficantes de droga, nem de armas, nem dos seus.
- Respeitam as leis da Natureza e da Sobrevivência.
- Não andam no mundo só por ver andar os outros: intuem o verdadeiro sentido da vida, porque a vivem de acordo com a Lei Natural... que é forma mais inteligente de a viver...
Que motivos terei eu para não respeitar ou não gostar dos animais não-humanos ou de considerá-los inferiores a mim?»
Josefina Maller
Escrito por Catón, jornalista mexicano
«Tenho a intenção de processar a revista "Fortune", porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço. Aparecem: o sultão de Brunei, os herdeiros de Sam Walton e Mori Takichiro.
Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga.
Mas eu não sou mencionado na revista.
E eu sou um homem rico, imensamente rico. Como não? Vou mostrar a vocês:
Eu tenho vida, que eu recebi não sei porquê, e saúde, que conservo não sei como.
Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor para a minha; filhos maravilhosos, dos quais só recebi felicidades; e netos com os quais pratico uma nova e boa paternidade.
Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.
Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos meus defeitos.
Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles lêem o que eu mal escrevo.
Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).
Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs e que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.
Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.
Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.
Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.
E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.
Pode haver riquezas maiores do que a minha?
Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta?
E você, como se considera? Rico ou pobre?
Há pessoas pobres, mas tão pobres, que a única coisa que possuem é... DINHEIRO.»
Armando Fuentes Aguirre (Catón)
(Recebido via e-mail)