Repescando um texto que reflecte os malefícios causados pelas touradas, num momento em que o PAN - Pessoas - Animais - Natureza pretende elevar a idade das crianças que assistem à violência e crueldade da prática tauromáquica.
Mais uma lei, para ficar tudo na mesma?
Não esquecer que estamos em Portugal, um país onde nem as leis, muito menos as recomendações de Organismos como a ONU, NÃO SÃO para cumprir, nem fiscalizar. São apenas para constar.
Daí que só a ABOLIÇÃO desta barbárie é o único caminho.
A tourada – que consiste em perseguir, espetar e mutilar um touro indefeso e aterrorizado, diante de uma multidão depravada – fere brutalmente os direitos dos animais.
Recentemente, a ONU (Organizações das Nações Unidas) declarou que assistir a este bárbaro espectáculo é também incompatível com os direitos das crianças.
O Comité da ONU para os Direitos das Crianças recomendou que as mesmas não devem assistir ou participar de touradas devido à sua extrema violência. O pronunciamento foi feito em relação a Portugal, onde as crianças são obrigadas a frequentar as arenas e, por vezes, envolvem-se em actos de crueldade contra os animais, nas escolas de toureio, para onde vão obrigadas pelos pais.
Esta decisão da ONU vai ao encontro do que os especialistas afirmam há muito tempo, e os que praticam, apoiam e aplaudem a tauromaquia rejeitam porque optam pela ignorância.
No ano passado, 140 cientistas e académicos escreveram a políticos espanhóis salientando que a promoção do abuso a animais tem um efeito negativo sobre a sociedade como um todo.
Para uma criança, assistir à cena de um animal a ser torturado e morto, é uma experiência bastante traumática. Com o tempo, ela pode até ser dessensibilizada, o que a transformará num adulto empedernido, sem a mínima empatia pelos seres vivos, incluindo seres da sua própria espécie.
Um estudo recente da Universidade de Tufts descobriu que aprender a cuidar de um animal ajuda os jovens a desenvolverem melhores relacionamentos e a tornarem-se mais confiantes e empáticos.
Estas são as qualidades que as sociedades progressistas e modernas devem encorajar aos seus filhos, em vez do gozo pelo derramamento de sangue. Como disse a modelo espanhola Elen Rivas: «Glorificar a matança deliberada de animais não deve ser tolerada numa sociedade civilizada».
As touradas são responsáveis pela morte de aproximadamente 40 mil Touros por ano. Um biocídio em grande escala.
Todos os que lutam pelos Direitos dos Animais e pela Abolição das Touradas esperam que a influência da ONU ajude a convencer a União Europeia e os governos dos países que ainda permitem as touradas em seu território, a suspenderem o apoio a essa indústria cruel e imoral e abolirem definitivamente esta obscenidade que despreza os Touros e os Cavalos, mas também os Seres Humanos, que são agredidos na sua sensibilidade, pelo ritual primitivo e cruel que é a tauromaquia.
Texto baseado nesta fonte:
Ah! sim, um daqueles humanos irracionais… que acham que são os donos do mundo e os únicos com racionalidade e inteligência!
Coitados! Nada sabem de racionalidade e de inteligência, e sobretudo, nada sabem sobre eles próprios e sobre os animais não-humanos.
Uma criança humana de 4 anos não faria isto, e um adulto humano sem mãos também não.
O homem não é um animal superior a nenhum outro animal.
A vantagem dele é apenas o poder da PALAVRA.
«Que maravilha! Sabemos tão pouco sobre o que é a inteligência! Este saber, quando comparado com um caçador a disparar sobre uma ave, que nos diz sobre o que seja a realidade a que chamamos inteligência? Que faculdade de arquitectura terá frequentado esta ave? Que livros de psicologia terá lido para saber agradar e conquistar a sua parceira? Que qualidades artísticas terá adquirido a fêmea para apreciar e valorizar a construção do arquitecto? Sabemos tão pouco...» (Arsénio Pires)
«Eu penso que já se vai sabendo muito sobre a inteligência dos pássaros e de outros animais não humanos.
O que acontece é que os homens têm vergonha, medo, sei lá o quê, de comprovar que afinal, a "inteligência" deles não é assim tão superior ou única.» (Isabel A. Ferreira)
A GNR compareceu ao local e a lei foi cumprida.
Nem sempre acontece, neste país onde tudo anda à balda. Mas, por vezes, a lei cumpre-se.
As queixas que fizemos foram muitas. Matar um porco para consumo alimentar de uma família é algo que ainda se tolera… se a lei for respeitada.
Mas matar um porco para DIVERTIR COBARDES ((porque é da cobardia torturar seres indefesos) é algo intolerável no mundo civilizado...
Fazer da morte uma festa é coisa de “gente” mais primitiva do que o venerável Homem das Cavernas, que só matava animais (sem crueldade) para se alimentar
HAJA EVOLUÇÃO!
Alegre, esperto, curioso, independente e muito, muito inteligente, o porco possui uma inteligência ao nível de uma criança humana de três anos de idade.
Vale a pena continuar a lutar pelos nossos irmãos animais não humanos, seres sencientes tal como nós.
«… porque não fala e tão-pouco teu inimigo porque não fala».
Não é uma mente brilhante, o Alejandro Talavante?
Igualmente os seres humanos, que tiveram a desdita de nascer mudos, não podem ser nossos amigos… porque não falam…?
Se assim é, é como diz a minha amiga Maria do Carmo, o primeiro requisito necessário a alguém que queira ser toureiro, é a total falta de neurónios.
Este é o mundinho da tauromaquia, que uns tantos desalumiados, a começar pelos governantes que o apoia, querem, porque querem, impingir à sociedade civilizada como arte e cultura.
Mas todos sabemos que existem “artes e culturas” inferiores e desprestigiantes para a Humanidade e inadequadas ao ser humano.
Existe a arte do gamanço e a cultura (ou a subcultura) da violência e da delinquência, por exemplo.
E a prática da selvajaria tauromáquica não passa da arte de tirar a vida de um ser vivo senciente, e da cultura da violência exercida sobre esse mesmo ser vivo senciente.
A estupidez e a ignorância no seu estado mais puro.
E é como se diz por aí:
«A inteligência persegue o toureiro, mas ele é mais rápido…»
Lembrem-se de que a abstenção só favorece os maus políticos
Não queremos que Portugal se afunde mais do que já está afundado.
É URGENTE EVOLUIRMOS…
Pensem nisto.
Chega de mais do mesmo.
Não vou apelar ao voto deste ou daquele partido.
Só apelo para que não votem nos que já passaram pelo poder e nos deram razões mais do que suficientes para não confiarmos neles.
É necessário e urgente mudar o rumo político do nosso país.
Lembrem-se de que os ideais de Abril ainda não foram cumpridos.
Vivemos numa falsa democracia, constituída por um governo que foi eleito por uma minoria votante. Graças à abstenção, aos votos brancos e aos votos nulos.
Não queremos, não merecemos mais do mesmo.
Mudem o rumo do vosso voto.
Milhares de portugueses têm todas as razões para não votarem nos partidos que já passaram pelo poder e destruíram o país.
As sondagens (nas quais não acredito, de todo) dizem que milhares de portugueses, apesar de terem todas as razões para não votarem nos mesmos de sempre, vão escolhê-los para que fatalmente se continue a destruir Direitos e a esmagar a Honra de Portugal.
No próximo dia 4 de Outubro, sejam lúcidos.
Tenham bom senso.
Votem. Mas não nos dêem mais do mesmo.
Por favor!
ESCLARECIMENTO SOBRE VOTOS BRANCOS E NULOS
Acerca dos votos em branco e nulos, a bem do esclarecimento público, esclarece-se em termos jurídicos o seguinte:
"É verdade que os votos em branco e nulos são contabilizados.
Porém, são à partida separados dos restantes votos: veja-se o art. 102.º, n.º 1, da Lei Eleitoral da AR, a respeito da “Contagem dos votos”:
"1 — Um dos escrutinadores desdobra os boletins, um a um, e anuncia em voz alta qual a lista votada. O outro escrutinador regista numa folha branca ou, de preferência, num quadro bem visível, e separadamente, os votos atribuídos a cada lista, os votos em branco e os votos nulos.”
O art. 103.º regula o destino dos boletins de voto nulos: “Os boletins de voto nulos (…) são, depois de rubricados, remetidos à assembleia de apuramento geral, com os documentos que lhes digam respeito.”
Isto significa que o voto nulo e o voto em branco nem sequer são englobados na percentagem, não contam em termos de eleger ou impedir a eleição de nenhum candidato:
Ler mais neste link:
http://www.publico.pt/politica/noticia/o-sentido-do-voto-em-eleicoes-parlamentares-1635335?page=-1
Um excelente texto de uma magnífica jornalista
Por Filomena Marta
(Dedicado muito especialmente a Eduardo Cintra Torres, à CMTV e ao seu dedicado pivot João Ferreira, que até mencionam sociologia e simbologia, como se soubessem com propriedade do que estão a falar)
Ora vamos lá ser politicamente incorrectos! Queimar gatos, enterrar galos vivos, lançar cristãos aos leões, queimar bruxas na fogueira, chicotear escravos, enterrar farpas em touros, matar elefantes e rinocerontes pelo marfim e chifres, comer gatos e cães (e outros animais), esfolar animais vivos para lhes tirar o pêlo, espancar focas até à morte, chacinar golfinhos e outras atrocidades NÃO É TRADIÇÃO, É ESTUPIDEZ E DESUMANIDADE.
O que na verdade está a tornar-se tradição é usar a palavra tradição como desculpa para as mais variadas barbaridades, próprias de idades medievais, de idades das trevas, quando o Homem era inculto, analfabeto, iletrado, alarve, porco, tinha piolhos e comia com as mãos.
O que teimam em fazer, analfabetamente, é confundir tradição com tradicionalismo, sendo este o “apego às tradições ou aos usos antigos; doutrina que faz da tradição a fonte e o critério da verdade”.
Os tradicionalistas são os partidários do tradicionalismo, não da tradição no que realmente refere o seu conceito. A tradição, na sua génese, evolui pari passu com a evolução dos povos. Foi essa evolução da tradição que terminou com fenómenos bárbaros como a escravatura, a queima das bruxas, a morte dos cristãos na arena e irá inevitavelmente terminar com fenómenos tradicionalistas que perduraram até aos nossos dias e que cada vez mais são renegados pelas sociedades evoluídas, como as touradas e os maus-tratos contra pessoas e animais. Ficam assim pequenas ilhas de tradicionalistas, que recusam a evolução usurpando para isso a palavra “tradição”.
“O gato não morreu” é a frase emblemática que parece coroar a diversão mal disfarçada de criaturas pouco lúcidas e ainda menos racionais que abusam de um meio como a televisão para defender o indefensável. Para mais enganando o público, deliberada e estupidamente, pois apresentam duas imagens totalmente díspares e diferentes daquilo que supostamente seria o mesmo gato: o usado e fotografado dentro do pote de barro com a boca tapada com rede para que o infeliz animal não possa escapar, que é claramente um gato preto e branco, e o gato supostamente sobrevivente incólume da barbárie, filmado numa atitude tranquila e feliz, e que é claramente um colorpoint, ou seja, um gato de pelagem parecida com a raça siamesa. A isto, meus senhores, chama-se aldrabar, atirar areia para os olhos e tapar o sol com a peneira. Apanha-se muito mais depressa um mentiroso do que um coxo, já diz o povo e aí sim, com a sabedoria da tradição.
Mas antes de passar para a discussão sobre a tradição propriamente dita, e a forma como está a ser desavergonhadamente usurpado e deturpado o seu significado, passemos em revista as alarvidades ditas pelos habitantes da já tristemente famosa Vila Flor (ou nas sábias palavras do pivot da CMTV “a indignação das pessoas desta localidade com a reacção de crítica generalizada” (nota prévia: se é uma crítica generalizada serão estes habitantes trogloditas que estão certos e todos os outros milhares de pessoas estão erradas?):
“Emprestei porque é uma tradição e gosto”.
“Nunca ninguém matou um gato, às vezes o gato vinha assim um bocadinho chamuscado, mas quase nada… o meu por acaso nunca “vieram” (atente-se ao “meu” e “vieram”) e eu não tive problemas em emprestar o gato (atente-se ao “emprestar”), porque o gato ninguém lhe faz mal ao gato.”
“A queima do gato que é uma tradição que já vem dos meus pais, dos meus avós, a gente nem sabem quando é isto vem… e nunca tivemos problemas.”
“Para mim é uma tradição, num é? (algo imperceptível) não morre, o gato não “morrem” (mais qualquer coisa imperceptível) é a queima do gato, mas o gato não morre, o pote cai ao chão e escapa-se… ao saltar pó chão… ao cair o… tá metido dentro do barro, num é? Portanto ao chegar ao chão (mais umas coisas atrapalhadas) aquilo parte e o gato raspa-se logo.”
“Atão não morrem… atão se morressem não tinha graça nenhuma, porque o que mete graça é a gente andar ali perto do gato e ele, e ele a a fugir…”
E vai daí diz o sorridente pivot: “(…) e o Eduardo tem aqui uma expressão muito engraçada, ‘as redes sociais em fogo queimaram mais os foliões do que os foliões o gato’…”
Sorrisos, expressões engraçadas e foliões, eis várias coisas que colidem com uma questão grave, por muito politicamente correctos que desejem ser, por muito insensíveis que se queiram assumir, por muito inteligentes que queiram parecer, com assumpções de sabedoria sociológica e simbólica. Estas demagogias caem por terra apenas com a simples frase “atão se morressem não tinha graça nenhuma”, o que explica liminarmente que esta é uma questão de pura diversão. Ninguém sabe por que é feito, é feito porque sim, porque nem se sabe quando começou, porque os diverte. Expliquem os sábios pivots, comentadores e sociólogos onde se encaixa a “tradição” nisto.
Nenhum animal, incluindo o ser humano, reage bem ou prazerosamente a estas quatro coisas, isoladamente e muitos menos simultaneamente: ser enfiado num recipiente encurralado de forma a não poder escapar, sofrer uma queda abrupta de grande altitude, seguida de um estrondo violento e estilhaçar do recipiente onde está encurralado, ter fogo no corpo. É TÃO SIMPLES COMO ISTO! Não existe qualquer ser vivo senciente que retire prazer de uma situação destas, e todo e qualquer ser vivo senciente sente medo, terror e fica traumatizado com uma situação destas.
Se fizessem isto a qualquer um dos habitantes alarves e acéfalos desta localidade, gostaria de ver qualquer pessoa - jornalistas, comentadores, sociólogos e simbologistas incluídos, e até os desafio a fazê-lo - a dizer que essa criatura (mesmo acéfala como demonstra ser) não sofre.
Mas claro que, ainda por cima, se deve juntar a isto a particularidade de a criatura não o fazer por vontade própria, mas sim porque é enfiada à força e obrigada a sofrer o suplício. Ou vão dizer a seguir que o gato entrou sozinho no pote (e a rede presa à boca do pote é só para o aconchegar), e ronronou de prazer antecipado, sabendo perfeitamente o que lhe ia acontecer?
Só uma pessoa totalmente desprovida de cérebro pode defender uma coisa destas, atribuindo-lhe estatuto de tradição.
Que fique bem clara a definição de tradição, que em rigorosamente nada se enquadra em rituais macabros de divertimento colectivo… pois então terão também de considerar a bruxaria e o voodoo como “tradições”.
“Tradição: (do Latim traditione, entrega), s. f. acto de transmitir ou entregar; transmissão oral de lendas, factos, etc., de pais para filhos; transmissão de valores espirituais de geração em geração; conhecimento ou prática que provém da transmissão oral ou de hábitos inveterados; hábito; uso; notícia de um facto transmitido oralmente ou por testemunho que livros, sucessivamente publicados, confirmam; recordação; memória.”
Uma tradição explica-se. Uma tradição é referenciável no tempo. Mesmo que queimar um gato um dia tivesse sido uma tradição, a partir do momento em que a memória se esvai e se perde o sentido e significado essa tradição está morta. A partir daí torna-se apenas e tão só um acto de pura diversão e entretenimento macabro de populações retrógradas e desprovidas de cultura e inteligência.
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http://animasentiens.com/queridos-defensores-queima-gato
Posso entender o não-saber, numa pessoa que não teve acesso à Cultura Culta.
Mas jamais o compreenderei em alguém que teve o privilégio de frequentar uma Universidade.
Exmo. Senhor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa,
Ouvi V. Excelência, um destes dias, na sua rubrica do telejornal da TVI, dar os parabéns aos forcados de Santarém, pela passagem do aniversário daquele grupo.
Confesso que, apesar de saber que V. Excelência é um aficionado assumido, de selvajaria tauromáquica (constando na lista dos que ficarão perpetuados no Livro Negro da Tauromaquia em Portugal, o que lhe retira todo o prestígio que poderia ter, e não tem), nunca imaginei que tivesse a baixeza de vir a público dar os parabéns a um bando de cobardes que tortura touros, já moribundos, em grande sofrimento e agonia, para “deleite” de um punhado de sádicos, quando tinha o dever de combater esta ignomínia.
Não saberá o senhor doutor Marcelo Rebelo de Sousa que a selvajaria tauromáquica faz parte da “coltura” dos broncos, é a “arte” dos broncos, é a “tradição” dos broncos e a “identidade cultural” dos broncos?
Não saberá V. Excelência que a selvajaria tauromáquica é um costume bárbaro, herdado dos bárbaros espanhóis de antanho, e absolutamente rejeitada pela sociedade moderna, civilizada e culta?
Sempre me intrigou o facto de “personalidades” (felizmente um número insignificante), que tiveram acesso à Cultura Culta, estarem envolvidas em algo que faz parte do que de mais vil existe no ser dito “humano”: a crueldade, a maldade, a impiedade, a insensibilidade, a falta de empatia para com seres indefesos, inocentes e inofensivos. O facto de gostarem de ver um ser vivo a ser torturado cobardemente, barbaramente. Gostarem de ver rasgar-lhes as carnes, e o sangue a jorrar das feridas que dilaceram o corpo e a alma que também eles têm.
Tenho feito esta pergunta a muitas dessas “personalidades” e até hoje nenhuma foi capaz de me dar uma resposta lógica e racional para um comportamento apenas compreensível (mas ainda assim inaceitável) em gente de muito baixo nível cultural, moral e social.
Ainda não tinha tido oportunidade de fazer a pergunta a V. Excelência.
Aqueles “parabéns” inusitados feriram a minha sensibilidade e fizeram a ocasião.
Por que é que um homem que frequentou o Ensino Superior; é membro da Junta Directiva da Fundação da Casa de Bragança, desde 1994; é Licenciado em Direito e doutor em Ciências Jurídico-Políticas; é professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde exerceu as funções de presidente do Conselho Directivo, do Instituto da Cooperação Jurídica, do Instituto de Ciências Jurídico-Políticas e do Conselho Pedagógico; e que foi também professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa; professor catedrático convidado da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, bem como da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa; foi negociador do ante-projecto da Faculdade de Direito da Universidade de Bissau e presidiu à Comissão Instaladora da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, e é doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto; foi dirigente do PSD; como é que um homem que se diz católico é aficionado de selvajaria tauromáquica, como se nunca tivesse tido a oportunidade de evoluir?
Posso perguntar a V. Excelência o que está por detrás de uma mente (que poderia ser brilhante, mas não é) para ter uma atitude absolutamente inexplicável à luz da mais básica racionalidade?
Vossa Excelência terá conhecimento de que a “indústria” da crueldade e da violência gratuitas sobre animais inocentes, indefesos e inofensivos enfrenta em todo o mundo civilizado uma grande contestação moral, e a sua actividade sangrenta e obscura suscita, nos tempos que correm, grande repulsa ética, social e cívica, não só em Portugal como em todo o mundo?
Saberá Vossa Excelência que apoiar a selvajaria tauromáquica, em pleno século XXI da era cristã, contra toda a evidência imparável da evolução necessária e inerente a um país em que apenas uma minoria (muito, muito minoria...) inculta e ignorante persiste em perpetrar uma prática que horroriza, é negada e afasta quase 90% da população portuguesa, que não só repudia esta “diversão” de broncos, como todas as outras práticas que se baseiam em maltrato de animais, como circos, lutas, caça e pesca desportivas, tiro aos pombos…, é passar a si próprio um atestado de inferioridade mental?
Vossa Excelência saberá que a selvajaria tauromáquica não tem mais lugar numa sociedade civilizada, e que o ser humano evoluiu no sentido de cada vez mais respeitar o sofrimento e a vida dos animais não humanos (uma vez que animais somos todos nós) e, por esse motivo, essa selvajaria tem vindo a ser repudiada e proibida em muitas cidades e regiões, nos (apenas) nove países (entre 193) onde tal barbárie ainda é permitida por governantes que ficaram cristalizados num passado muito remoto?
Vossa Excelência saberá que a selvajaria tauromáquica é, de facto, uma actividade bárbara que não serve absolutamente nenhum interesse do ser humano, e de um País, mas apenas o ego doentio de uma minoria inculta e nociva às sociedades modernas, que insiste em alimentar e perpetuar um “gosto” mórbido, desassisado e sádico de se divertir à custa do sofrimento atroz de um animal herbívoro, que nasceu para pastar tranquilamente nos prados?
Vossa Excelência desconhecerá que a selvajaria tauromáquica promove a violência gratuita, deseduca as crianças que a elas assistem, inclusive provocam-lhes traumas (estudos psiquiátricos provaram-no com grande clareza), representam uma afronta à ciência, que já demonstrou e provou sobejamente que os Touros e os Cavalos são animais sencientes e conscientes tal como nós, animais humanos?
Vossa Excelência não saberá que em 7 de Julho de 2012, um grupo de neurocientistas de renome internacional, declarou pela Universidade de Cambridge que todos os mamíferos, aves, répteis e outros animais de várias espécies, além de serem sencientes têm também consciência? Quer isto dizer, que têm plena noção do que se passa à sua volta e que, tal como o animal humano, têm a capacidade de experimentar sofrimento físico e emocional, como dor, tristeza, medo, stress, pânico, mas também alegria, amor e emoção. Ver o link:
Vossa Excelência terá conhecimento de que a UNESCO, em 1980, declarou a tauromaquia como «a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras. Traumatiza as crianças e adultos sensíveis. A tourada agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espetáculos. Desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura"?
Porquê, sendo Vossa Excelência um homem com formação “superior” acoita na sua bagagem humana, algo tão desumano, tão cruel, tão sangrento e tão do foro da psicopatia como é a selvajaria tauromáquica?
Conseguirá Vossa Excelência ter uma explicação lógica e racional para esse seu gosto mórbido pela tortura de seres vivos? Pelo sangue? Pelo sofrimento? Uma atitude que nem o mais sábio dos sábios compreende?
Vossa Excelência é considerado um homem inteligente.
Mas há dois tipos de inteligência: a inteligência luminosa e a inteligência tenebrosa.
Será V. Excelência uma inteligência tenebrosa? Não quero crer. Mas se é, será algo que se pode remediar. Pois se desconhecia todas estas alegações, agora já sabe. E tem oportunidade de optar.
E pretende V. Excelência candidatar-se a Presidente da República Portuguesa?
Aguardando que Vossa Excelência possa fazer a diferença, e dar-me a gentileza de uma resposta racional que justifique a crueldade exercida gratuitamente sobre um ser vivo para que V. Excelência possa aplaudir, envio-lhe os meus cumprimentos, que só não são os “melhores” porque V. Excelência, por enquanto, não os merece.
Isabel A. Ferreira
ESTA É DAS MELHORES QUE JÁ LI
Os da prótoiro dizem que vêem touradas desde criança e são muito saudáveis e felizes.
Não nos surpreende nada.
As pessoas podem ver touradas desde criança e serem saudáveis e felizes.
Primeiro, porque nunca se constou que ver touradas tirasse pedaços a ninguém, ou fizesse as pessoas sofrerem do fígado, ou dos intestinos ou de outro órgão qualquer.
Fisicamente podem ser bastante saudáveis e até tão felizes como os idiotas, ou sejam, aqueles que têm ausência total de inteligência, um grau acentuado de estupidez, uma elevada insanidade mental, e que se mostram incapazes de coordenar ideias (o que é o caso).
Ora os estúpidos, os imbecis, os parvos, os patetas… até são bastante mais felizes do que o comum das pessoas, porque não se apercebem do que se passa ao redor deles. São completamente alienados.
Tanto não se apercebem que até dizem esta coisa linda:
BASTA DE TAUROFOBIA!
(e para que fique bem claro, têm o cuidado de explicar: preconceito antitaurino).
Ora taurofobia significa ter aversão, um medo mórbido de touros, o que não é de todo o caso dos defensores da abolição das touradas, pois nós amamos os Touros, por isso os defendemos destes predadores, que além de carrascos são ignorantes.
E logo a seguir vem outra calinada: preconceito antitaurino.
Pois vamos ao dicionário ver o que significa taurino:
1. Relativo a touro (ex.: feira taurina).
2. [Figurado] Que tem aspecto ou características de touro (ex.: força taurina).
Esmiucemos:
Taurino é um termo que se refere a Touro. Certo?
E agora vamos ao anti, o que significa anti?
Anti é uma preposição e prefixo da língua grega que significa e indica direcção contrária, oposição, contrariedade ou simplesmente do contra.
Portanto um anti-taurino é aquele que é contra o touro, ou seja um tauricida (aficionado, torcionário etc…), aquele que tortura o Touro, porque manifestamente não gosta dele, bem como os que aplaudem essa tortura ou a apoiam.
Odeiam-no, porque o Touro apresenta-se muito mais viril, do que os machinhos, mal-amanhados que usam rodilhas, num lugar que nós sabemos, para mostrarem às damas frustradas da assistência, o que na realidade não têm.
Mas nós somos anti-tourada, isto é contra a tourada, porque a tourada é algo anti-humano.
E o que é anti-humano?
É simplesmente isto: é o que é contrário às leis e aos sentimentos da humanidade.
E como se não bastasse toda esta idiotice, culminam com algo que é a cereja em cima do bolo do disparate: Escolhe a Liberdade.
Saberão os prótoiros os que é a Liberdade?
Sabemos nós que a liberdade a que eles se referem é a liberdade de torturar seres vivos (neste caso bovinos) para se divertirem imbecilmente e encherem os bolsos a ganadeiros e a uns tantos deputados e autarcas que servem o lobby tauromáquico desavergonhadamente, como qualquer meliante.
Ora essa liberdade, que os protóiros referem, não está consignada em lado algum, nem sequer na tal leizinha parva, irracional, bastarda e ilegal que, por mais incrível que pareça, exclui os Touros e os Cavalos do Reino Animal.
E há outro detalhe que convém detalhar: a nossa liberdade acaba, quando começa a liberdade do outro, ainda que esse outro seja um Touro ou um Cavalo.
Ora vamos lá a ver: se eu pudesse escolher essa tal liberdade que os prótoiros confundem com libertinagem (usando essa confusão para excederem os limites sem sentirem peso na consciência), eu colocaria todos eles numa arena com uns tantos leões muito, mas muito esfomeados dentro, e sentava-me a aplaudir este circo.
Dão-me licença? Posso?
Escolhi a liberdade, conforme a vossa sugestão, logo posso fazer o que me dá na telha. Certo?
Venham mais destas. Os Touros e os Cavalos agradecem, e os abolicionistas também.
A Associação Regional de Criadores de Touros da Tourada à Corda em Angra do Heroísmo é liderada desde o início do ano por uma nova geração, composta apenas por filhas de ganadeiros
TRÊS PRECIOSAS CANDIDATAS AO PRÉMIO NOBEL DA INTELIGÊNCIA
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Aqui estão as três preciosas meninas, filhas de ganadeiros açorianos, a defender a tourada à corda, pois claro, que é a única coisa que conhecem desde que nasceram.
Então a Marianinha, que apela à união entre os aficionados para combater os ataques anti-taurinos, diz que «cada um tem a liberdade de gostar ou não, mas a ideia que eles (os anti) transmitem é que não querem que o outro tenha a liberdade de gostar de touradas.»
Mas sabe, Marianinha, é que a tourada não tem nada a ver com liberdade, até porque amarram o bovino com cordas e este não fica com liberdade de se movimentar à vontade dele, ficando à mercê dos carrascos.
Não era esta liberdade?
Ah! Sim, a outra. Mas a outra também não entra aqui. Sabe porquê, Marianinha? Porque torturar um ser vivo não é do âmbito nem da liberdade, nem dos gostos, Mas da Ética, da Evolução, da Cultura Culta, da Civilização...
E sabe que o outro, de que fala, é também o bovino que torturam?
Não ensinaram à menina Marianinha os conceitos de liberdade, de gosto e de respeito? Pois não! Apenas ensinaram que a tortura é uma “tradição religiosa” e pronto. Tem de se fazer para agradar aos santinhos da igreja católica, por ocasião das festas a eles dedicadas.
E sabe, os santinhos devem adorar essa tortura! Quando os torcionários morrerem serão recebidos no céu com muitas palmas e flores, por terem tratado com compaixão os animais não humanos. Vai ser uma festa!
E a Marianinha acrescenta: «Isso é que está mal. Em primeiro lugar, somos humanos, temos de ter respeito pelo próximo e o que acontece é que essas pessoas não respeitam o próximo».
Por acaso a Marianinha sabe o que é ser humano? Também não sabe. Ser humano é ser compassivo, bondoso, caritativo, piedoso, misericordioso, clemente, benevolente, generoso, compreensivo, tudo o que quem tortura bovinos mansos não é.
O senhor padre não ensinou à Marianinha este conceito cristão? Se não ensinou, devia ter ensinado.
E se querem merecer respeito, têm de respeitar o próximo, e o próximo inclui os bovinos, que também são criaturas de Deus.
O senhor padre também não ensinou isto à Marianinha?
Pois… há muito falhanço nos ensinamentos que a igreja devia transmitir aos seus fiéis, e não transmite. E isso é um grande pecado!
Para finalizar, a Marianinha espera esta coisa espantosa: a isenção de taxas para as touradas à corda, já anunciada pela autarquia de Angra de Heroísmo, porque isto é uma mais-valia para os ganadeiros.
Pois claro! Para os ganadeiros. A menina puxa a brasa para a sua sardinha.
E a isenção de taxas para os comerciantes? Para o arroz, o pão e os restantes géneros alimentícios, por exemplo? Não seria mais adequado e não beneficiaria mais gente, gente que passa fome, para que os ganadeiros vivam na fartura?
O que vale é que os ganadeiros não levam para a cova os dinheiros que recebem, mas serão penalizados pela Lei do Retorno, pelo mal que fizeram às criaturas de Deus.
Esta é que é a grande e infalível verdade!
Fonte: