Para que não reste a menor dúvida, quanto à irracionalidade de um “evento” que reuniu um pequeno grupo de aficionados, o qual considera tal “evento” uma “referência” para o mundo…
Estamos a falar (uma vez mais) do Fórum Mundial da Tortura Taurina realizado nos Açores
Numa revista, Arlindo Teles (presidente da tertúlia tauromáquica terceirense (TTT) e Miguel Sousa Tavares pura e simplesmente deliraram…
E foi isto que defenderam neste fórum da tortura
(abram o link):
Arlindo Teles disse que a “festa” (ou seja “isto” que acabámos de ver) não perdeu valor(es)…
As entrevistas são longas… E eles nada dizem que acrescente valor a algo que o mundo civilizado rejeita, por não ter qualquer valor, nem cultural, nem civilizacional, nem humano.
Vamos apenas esmiuçar a última resposta do AT do TTT à seguinte pergunta:
«TORNA-SE DIFÍCIL FAZER ESTE TRABALHO DE DEFESA DA CULTURA TAURINA?
«Torna-se. Primeiro por uma questão de preconceito, e não só́ dos anti-taurinos. A sociedade de hoje acha-se sempre no direito de ser anti-tudo, porque o que está em causa são os direitos; parece que ninguém tem obrigações.»
Esqueceu-se o AT do TTT que os pró-touradas não têm o direito de se divertirem ou ganhar dinheiro à custa da tortura de seres vivos, tenha a intensidade que tiver essa tortura.
E obrigação, temos todos nós de preservar a Vida, tenha esta a forma que tiver.
Isto é um princípio humanista, que é algo que os aficionados desconheceem.
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Agora vamos ver o que disse um jornalista e escritor, filho de uns Pais de grande Cultura Culta, o qual, no entanto, não absorveu nada do privilégio que foi ser filho de quem foi.
Atentem no que diz Miguel:
«É incrível chegarmos ao século XXI, depois de o ser humano ter atingindo o sofrimento máximo, e vermos que há́ cada vez mais intolerância. Acho que falta bastante serenidade. Em bom rigor, mesmo quando se fala do toiro é desadequado falar em maus-tratos. O toiro não é maltratado: o toiro é enfrentado; o espectáculo é cruente porque há́ sangue, mas não é cruel. O toiro não é um animal indefeso. Aí entra o código de ética. Todos os procedimentos que envolvem uma lide pressupõem que toureiro também se arrisca. Não consideramos que sejamos radicais. Procuramos ser firmes e determinados na defesa da nossa cultura, mas quando há́ pessoas com esse tipo de linguagem, o nosso argumento bem pode vir dourado, pode haver o que houver, que eles não querem ouvir. São pessoas que praticam o radicalismo exacerbado, a intolerância absoluta.»
Lemos bem?
«…mesmo quando se fala do toiro é desadequado falar em maus-tratos. O toiro não é maltratado: o toiro é enfrentado; o espectáculo é cruente porque há́ sangue, mas não é cruel. O toiro não é um animal indefeso. Aí entra o código de ética.»
Eis aqui o código de ética do Miguel (abram o link):
Ouviram o touro berrar quando o cobarde lhe espetou os ferros nas costas? Não ouviram? Pois não… A banda de música não deixou ouvir… É para isso que ela serve… O que vemos aqui é cruente, mas não é cruel, segundo o Miguel. Gostaria de lhe espetar umas farpas nas costas… Talvez mudasse de ideias, porque a dor do Touro é igual à do Homem, a não ser que o homem não seja homem.
(Pergunta): ESSAS MOVIMENTAÇÕES ESTÃO A POR EM RISCO A FESTA BRAVA?
«Obviamente que a festa passa por essa dificuldade. Infelizmente notamos cada vez mais – nos Acores, ou pelo menos na Terceira, é diferente, pelo contexto em questão – o gueto informativo a que os órgãos informativos vão votando, aos poucos, a festa. Há́ coisas completamente desequilibradas, como manifestações à porta do Campo Pequeno com 30 pessoas serem noticia e o facto do Campo Pequeno ter lá dentro 6.000 pessoas não o ser. Isso não é equilibrado, não é uma forma seria de fazer jornalismo. No fundo, o radicalismo e a intolerância não põem em causa só́ a tauromaquia; põem em causa todo o tipo de liberdades. Depois entramos noutro conceito, que tenho vindo a abordar e que é aquilo que acho que constitui, já́, uma autêntica censura: o politicamente correto. Na história política recente houve várias tomadas de posição, várias leis que foram aprovadas, e o princípio tem sido o direito à liberdade e às minorias. No caso da tauromaquia não se respeitam os mesmos princípios. Não se percebe e não é aceitável esse tipo de postura.»
- Penso que o Miguel está muito baralhado. A comunicação social e a maioria parlamentar está vendida ao lobby tauromáquico. Todos são favoráveis à tauromaquia. O que que quer mais?
Mas a tauromaquia é algo tão rasca que começa a ter-se vergonha de se estar ligada a ela. Só mesmo os que não têm capacidade de discernimento, ainda “sentem orgulho” em ser primitivos.
(Pergunta): NOS FÓRUNS MUNDIAIS DA CULTURA TAURINA TEM HAVIDO A PREOCUPAÇÃO DE INCLUIR ESSAS VISÕES OU CORRE-SE O RISCO DE ENCARAR O ACONTECIMENTO COMO UM EVENTO À PORTA FECHADA, FEITO À MEDIDA SÓ́ DOS AFICIONADOS?
«A não ser que tivéssemos uma cobertura mediática brutal, nomeadamente transmitindo online e nas televisões durante todo o dia, é evidente que as pessoas que estão presentes e as que acompanham através das notas de imprensa são aquelas que ficam mais por dentro. Preferia que toda a população tivesse estado por dentro, mas isso, na pratica, nem neste assunto, nem noutros é exequível. Se me pergunta se é ou não importante que cada vez mais pessoas tenham essa noção, digo que sim. Aliás, uma das conclusões do II fórum era essa. No passado, se calhar por erro nosso, dos aficionados, a festa teve dificuldades em saber comunicar a sua própria imagem. É difícil gostar-se de uma coisa que não se conhece e, por isso, deve ser uma das nossas preocupações melhorar a nossa comunicação. Não queremos impor a nossa cultura a ninguém, mas também estamos convictos de que ela tem que ser conhecida para que, pelo menos, possa ser respeitada.
- Mas que delírio, Miguel… Respeitar a TORTURA? Só os psicopatas o fazem. E os meios de comunicação nem à cultura culta dão cobertura, quanto mais à incultura da mais rasca… Só mesmo gente cega por algo incompreensível à luz da razão, pode esperar algo positivo de um fórum onde se fala de tortura de seres vivos para divertimento e ganhar dinheiro, e acham (porque pensar não pensam) que isso é socialmente aceitável.
Fonte:
https://mail.google.com/mail/?shva=1#inbox/143f42d58af2c35a?projector=1
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Agora vejam a diferença – Isto, sim, é cultura…
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E as conclusões deste fórum da tortura taurina? Ouçam aqui. É de arrepiar uma pedra!
O que aqui se diz, não só é repugnante como irracional e de uma pobreza mental assustadora! Deviam ter vergonha de chegar a tais “conclusões”…