Quinta-feira, 11 de Agosto de 2016

«AMANHÃ VAMOS FAZER POLÍTICA BONITA…»

 

Um excelente texto de Luís Vicente

 

PROTESTO.jpg

 

«AMANHÃ VAMOS FAZER POLÍTICA. FAZER POLÍTICA BONITA PORQUE FAZER POLÍTICA BONITA É DEFENDER PRINCÍPIOS ÉTICOS FUNDAMENTAIS.

 

AMANHÃ VAMOS LUTAR CONTRA A VIOLÊNCIA, VAMOS LUTAR CONTRA A IDEIA DE VIOLÊNCIA OPONDO-LHE A VIOLÊNCIA DAS NOSSAS IDEIAS.

 

E VAMOS ASSUMIR, TER CONSCIÊNCIA DE QUE AS NOSSAS IDEIAS SÃO JUSTAS PORQUE A DEFESA DA LIBERDADE, DA PAZ, DA JUSTIÇA, DO BEM-ESTAR DE TODOS SÃO IDEIAS JUSTAS.

 

PORQUE SABEMOS QUE NUNCA PODEREMOS SER LIVRES ENQUANTO TOLERARMOS QUE SE TORTUREM E MASSACREM OUTROS SERES, HUMANOS OU NÃO.

 

POR ISSO AMANHÃ VAMOS FAZER POLÍTICA.

 

VAMOS MOSTRAR A NOSSA INDIGNAÇÃO CONTRA A TORTURA NUMA ARENA DE ANIMAIS INDEFESOS.

 

ESTAREMOS A MOSTRAR A NOSSA INDIGNAÇÃO CONTRA TODAS AS FORMAS DE TORTURA, DE DOMINAÇÃO, DE OPRESSÃO. SEJA DE QUE SER VIVO FOR, ANIMAL-HUMANO OU ANIMAL-NÃO-HUMANO.

 

AMANHÃ ÀS 20:30 NO CAMPO PEQUENO VAMOS FAZER POLÍTICA BONITA.

 

VENHAM TODOS, VENHAM MAIS CINCO, TRAGAM OUTRO AMIGO TAMBÉM.

 

PORQUE O QUE FAZ FALTA É AVISAR A MALTA!!!»

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10153775302648837&set=a.10150637539043837.387155.753783836&type=3&theater

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:18

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Terça-feira, 1 de Março de 2016

DIREITO À INDIGNAÇÃO

 

(Faço minhas as palavras de Raquel Henriques da Silva (historiadora de arte portuguesa) que se indignou com a atitude de João Soares ao subestimar o competente António Lamas, que será substituído pelo incompetente Elísio Summavielle, no CCB

(I. A. F.)

 

 

923129 RAQUEL.jpgTexto de Raquel Henriques da Silva 

29/02/2016 - 01:15

 

Decidi tomar posição para exprimir a minha profunda indignação pelo modo como António Lamas tem sido enxovalhado.

 

Por estes dias, tenho estado na expectativa de que a discussão do orçamento de Estado pudesse ser momento adequado para que o Ministro da Cultura (MC) enunciasse as linhas mestras da estratégia política para um sector que, há mais de uma década, não tem linha de rumo consistente. Desejaria, por exemplo, saber se o Conselho Nacional de Cultura vai finalmente ser um órgão com alguma relevância para democraticamente se discutir o campo patrimonial, em primeiro lugar se a problemática DGPC se deve manter no seu gigantismo de pés de barro e na sua escandalosa falta de meios. Pensar este tópico, envolve também o desempenho das Direcções Regionais de Cultura nas suas funções de gestão de museus e monumentos, a passagem da gestão de museus destes organismos para Câmaras Municipais, a gravíssima perda de autonomia dos museus nacionais, o futuro do quase abandonado Forte de Sacavém que, no entanto, é a alma e o corpo da memória patrimonial portuguesa. E pode envolver ainda questões aparentemente menos estruturais, como o preço dos ingressos nos museus que vai da gratuitidade da Colecção Berardo (paga por todos nós) aos valores que considero excessivos da nova bilhética da Fundação de Serralves.

 

Compensando a ausência do que mais interessaria, o MC tem-se desdobrado em declarações sobre dois tópicos, especialmente mediáticos: a decisão “incontornável” de que “os Mirós” vão ficar em Portugal e a extinção da Estrutura de Projecto para a gestão conjunta do eixo Belém-Ajuda. Neste caso, foi-se percebendo que o MC visou também (ou sobretudo?) afastar António Lamas da direcção do CCB, para ser substituído por “alguém com experiência, bastante mais jovem, com provas dadas, nomeadamente ao nível de responsabilidades públicas num ministério” (Público on line 26 Fev.). Já antes, o Ministro se referira a Lamas como “alguém que não tem legitimidade democrática, que é metido por razões disto ou daquilo” (Expresso, 20 de Fev.).

 

É com desgosto que refiro este linguajar trauliteiro, infeliz num ministro da nação e, mais, naturalmente, no Ministro da Cultura. Não pretendo neste momento pronunciar-me sobra a extinção da Estrutura de Projecto e sei que, em caso de conflito de personalidades como é o caso, um Ministro dispõe de legitimidade de demitir. Mas decidi tomar posição para exprimir a minha profunda indignação pelo modo como António Lamas tem sido enxovalhado, fazendo tábua rasa do facto incontornável de ele ser um dos mais brilhantes e dedicados gestores culturais em Portugal a que o nosso património muito deve.

 

Gostaria de perguntar ao MC (que tanto apreciou o Museu Grão Vasco, modernizado pelo arq. Eduardo Souto Moura) se ele sabe que foi António Lamas (sendo Secretária de Estado da Cultura, Teresa Gouveia) que, no final dos anos de 1980, delineou e pôs em movimento a modernização não só do Museu Grão Vasco mas do Museu Soares dos Reis, do Museu de Aveiro, do Museu de Évora, do Museu do Abade Baçal, do Museu Nacional de Arte Contemporânea, convidando para o efeito arquitectos como Fernando Távora, Alcino Soutinho, Hestnes Ferreira, António Portugal e Manuel Maria Reis e Jean Michel Wilmotte, abrindo assim o mais extraordinário período de obras de requalificação dos museus portugueses de todo o século XX. Que envolveu (saberá o Ministro?) o projecto do próprio CCB que nunca existiria sem o rasgo e a determinação do então Presidente do IPPC que tantos contestaram como inútil e faraónica obra que escondia a cenografia estadonovista dos Jerónimos!

 

Mais recentemente, antes de chegar à direcção do CCB, Lamas foi (saberá o Ministro?) presidente da empresa Parques de Sintra, Monte da Lua que, sob a sua direcção, passou de um organismo inútil (estou a ser benevolente) para a mais inovadora experiência de gestão cultural em Portugal, traduzida em factos: a valorização do Castelo dos Mouros e envolvente, a renovação museológica e museográfica do Palácio da Pena, o restauro integral do Palácio de Monserrate e do Chalet da Condessa de Edla, a aquisição de novas propriedades, o restauro e renovação dos jardins, matas e florestas. Não pense o Ministro (ou os eventuais leitores) que exagero: basta ir e fruir o estado presente daquele património notabilíssimo. E se os proventos das bilheteiras e das lojas galoparam, em função de exponencial crescimento dos públicos, não é possível, como pretenderam alguns, falar de opções mercantilistas: nunca, como a partir de António Lamas, aquele património foi estudado, conservado, ampliado e valorizado.

 

A minha indignação assenta, portanto, na inaceitável atitude de um recém-chegado Ministro que ainda não provou nada, para com um homem que, há mais de trinta anos, vem servindo com raro brilhantismo e respeito pela coisa pública, o património português. Esta notável herança tem de ser considerada e, mais propositivamente, seria, para qualquer político avisado, um repto para pensar o futuro. Porque, não tenha qualquer dúvida o Ministro, e a estranha equipa que o rodeia, que urge ter ideias, estratégias e linhas de acção, aproveitando, com projectos complexos, inovadores e fundamentados, as parcerias que o Ministério da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior tem vindo a propor, neste caso com uma consistência que nos enche de esperança.

Professora FCSH-UNL

Fonte:

http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/direito-a-indignacao-1724694?page=2#/follow

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:10

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Segunda-feira, 11 de Maio de 2015

Cão amarrado à parte traseira de um Touro durante uma tourada causa indignação mundial

 

EM HONRA DA VIRGEM MARIA

Até onde vai a demência destes psicopatas tauromáquicos!

Mas a culpa é dos governantes que permitem que estas aberrações ainda existam no país.

SHAME ON PERU

 

Vídeo indisponível, pela crueldade das imagens.

 

Isto aconteceu numa vilazinha muito atrasada chamada Chalhuani, incrustada na região de Apurimac, a qual, tal como acontece em todas as localidades que não evoluíram, celebram os Santos católicos, com tortura de seres vivos, como se os Santos católicos fossem ANORMAIS.

 

Pois esta celebração foi em honra da Virgem Maria.

 

Ataram um cão às costas de um touro e fizeram uma tourada.

 

E isto com o objectivo IRRACIONAL de castigar o cão, porque este se PORTOU MAL.

 

Imaginem!

 

O que se deve então fazer a estas repugnantes e irracionais criaturas que assim se comportam tão aberrantemente com animais RACIONAIS, como são o Cão e o Touro?

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:48

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Quarta-feira, 29 de Abril de 2015

A MIOPIA DA REVISTA VISÃO

 

A 19 de Março de 2015, o suplemento Sete da revista Visão, da responsabilidade dos enviados Miguel Judas (Faial, Pico e São Jorge) e Vanessa Rodrigues (Terceira, São Miguel e Santa Maria) apresenta 100 razões para ir aos Açores.

 

Isto será um "divertimento" de gente? 

 

Para além do esquecimento de duas ilhas, Corvo e Flores, a razão número 22 é uma não razão já que se refere ao espectáculo decadente, arcaico e desumano que são as touradas à corda na Ilha Terceira, anualmente são responsáveis por mortos e feridos tanto em bovinos como em seres humanos.

 

Os autores do texto (ou a autora?) possivelmente não tiveram acesso aos vídeos das marradas profundamente difundidas na ilha Terceira e na Internet que mostram a bestialidade e desumanidade da "festa tauromáquica, tradicional dos Açores", nem aos dados dos gastos de saúde derivados das idas e internamentos nos hospitais por causa das touradas à corda e dos apoios, inclusive europeus recebidos pelos criadores de gado bravo, de tal modo que a importância das mesmas é, segundo eles, aferida pela existência de 13 ganadarias registadas.

 

Enfim, é lamentável uma revista conceituada (?) tratar este assunto com uma ligeireza nada digna dos seus “pergaminhos”.

 

Com a minha mais veemente indignação,

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:56

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Terça-feira, 24 de Março de 2015

TEMOS O DEVER DE NOS INDIGNARMOS COM A FALTA DE DIGNIDADE DE CERTOS DEPUTADOS DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

 

Afinal, quem paga os salários dos deputados?

 

É o povo, obviamente.

 

E se há coisa que eu, como povo, não tolero num governante é a falta de dignidade para exercer um cargo que é pago também com o meu dinheiro.

 

De um aficionado vulgar, de um ganadeiro inculto, de um forcado cobarde ou de um torturador estou habituada a receber os comentários mais desprezíveis e obscenos que possam imaginar-se.

 

De um deputado da nação, não é comum, mas aconteceu.

 

E porque considero grave o comportamento deste deputado centrista, tornarei pública a nossa troca de “galhardetes”.

 

CDS PP.jpg

 

Tudo começou quando um deputado do CDS/PP veio a público dizer que se envergonhava de algumas coisas, das quais havia participado na Assembleia da República Portuguesa.

 

Ora, entre essas coisas, não li uma, que envergonha até as pedras da calçada, e que o referido deputado não mencionou.

 

Daí que lhe enviei e tornei pública a seguinte mensagem:

 

Exmo. Senhor deputado,

 

Li esta entrevista de V. Exa. e pasmei:

 

(…)  

Pensei que ia ler que se sente envergonhado TAMBÉM por ter votado em leis que permitem a selvajaria tauromáquica, algo que desqualifica, sem qualquer apelo, um deputado da nação...

 

Mas não.

 

Foi uma desilusão.

 

Deve envergonhar-se de muita, mas muita coisa, em que participou no Parlamento, mas a de ser aficionado da tortura de seres vivos é a mais vil de todas.

 

Tenho vergonha dos políticos que se vergam (sabe-se lá porquê! ou saberemos?) a um lobby inculto, macabro, obscuro, selvático, primitivo, grosseiro, uma minoria desclassificada, para manter uma prática bárbara, digna apenas de broncos.

 

Envergonhe-se disto, em primeiro lugar, senhor deputado. E depois, envergonhe-se de tudo o resto que levou à descredibilização da classe política e dos políticos portugueses.

E acho muito bem que não volte a candidatar-se à Assembleia da República, porque esse órgão do poder tem de ser dignificado, urgentemente.

 

Com a minha mais veemente indignação,

 

Isabel A. Ferreira

 

***

Ora o Exmo. Senhor Deputado, respondeu-me o seguinte:

 

Exma. Senhora,

 

Já me tinham, na verdade, prevenido para que o fanatismo chega a ser uma doença incurável.

 

Desejo as melhoras e que não seja nada de particularmente grave.

 

Cumprimentos,

 

Deputado (…)

 

***

Na verdade, não esperava esta resposta, vinda de um deputado da nação, a alguém que ajuda a pagar-lhe o salário. Até porque (a resposta) está ao nível do mais vulgar aficionado de selvajaria tauromáquica, e não ao de um deputado da nação.

 

Como não admito que alguém, a quem ajudo a pagar o salário, se dirija a mim, nestes termos, contestei:

 

Exmo. Senhor Deputado,

 

A resposta de V. Exa. não me surpreendeu, pois é o vulgar argumento dos que não têm argumentos racionais e lógicos, para defender o indefensável: a tortura de seres vivos para divertir os marialvas que não cortaram o cordão umbilical que os liga aos tempos salazaristas.

 

Estará V. Exa. a falar de si próprio? Saberá como se designa esse "fenómeno" em Psicologia? Transpor para os outros os próprios "defeitos"?

 

Chama-se projecção, ou seja um mecanismo de autodefesa, a acção de expulsar inconscientemente os sentimentos ou desejos individuais considerados totalmente inaceitáveis, ou muito vergonhosos, obscenos e perigosos, atribuindo-os a outra pessoa.

 

Relembro a V. Exa. que não sou eu que vou aplaudir a tortura de Touros para as arenas. Algo imoral, anti-ético, e que pertence ao rol do fanatismo ritualista de um passado muito primitivo.

 

Relembro a V. Exa. que "fanáticos" (que significa apaixonados) são os aficionados da selvajaria tauromáquica, são os terroristas islâmicos, são todos aqueles que fanaticamente pugnam pela barbárie, que os mantém tão cegos que não conseguem raciocinar.

 

Eu não sou fanática dessa barbárie, ao contrário de V. Exa., cujo fanatismo é tanto, que o cega, não deixando lugar para a racionalidade.

 

Disto é que devia envergonhar-se. O nome de V. Exa. ficará para a História como um deputado que pugnou pela tortura de seres vivos, na Assembleia da República. É desse modo que os seus descendentes o lembrarão, numa época em que a selvajaria tauromáquica será tida como uma vergonha da humanidade, tal como o é hoje o Circo Romano.

 

Eu sou apaixonada pela Cultura Culta e abomino a selvajaria, qualquer selvajaria, principalmente vinda de gente que tem cargos públicos e devia pugnar pela dignidade desses cargos e do bom nome do País que serve. Se a isto quiser chamar "fanatismo" esteja à vontade. Não me faz qualquer mossa.

 

Doença, têm os aficionados. Chama-se PSICOPATIA, que está estudada por especialistas, nessa matéria. Alteração de personalidade, porque não é normal, uma pessoa no seu juízo perfeito gostar de ver torturar um ser vivo, e aplaudir o atroz sofrimento dele. Isto não é uma doença incurável para aqueles que se se deixam tratar. Nos outros, nos mais fanáticos, como V. Exa., será um caso perdido.

 

Com esta postura, V. Exa. revela a inconsciência de um conhecimento mais profundo que lhe permita fazer uso do seu intelecto e discernir sobre questões morais, sobre o que é certo e errado em situações que envolvem tortura e sofrimento. Revela grande ausência de carácter na postura confortável que partilha com padrões arcaicos de comportamento institucionalizado na sociedade, demonstrando uma real falta de consciência ética e falta de conhecimentos elementares no que diz respeito ao conhecimento das espécies animais.

 

Espero que a Assembleia da República se livre urgentemente de deputados como V. Exa., que não lhe confere prestígio algum.

 

Nunca, como hoje, esse órgão do poder legislativo, esteve tão desqualificado, por muitos e variados motivos, e mais este.

 

Com os meus cumprimentos,

 

Isabel A. Ferreira  

 

***

 

Ora o senhor deputado, não gostou da minha contestação, e refutou deste modo:

 

Exm.a Senhora,

 

Constato, com profundo pesar, que os meus desejos de melhoras e de que não estivéssemos perante um caso particularmente grave não foram favoravelmente acolhidos pelo destino. Lamento-o.

 

Verifico também que V. Ex.ª usa frases e ideias (se lhes podemos chamar de "ideias") que são vulgares nos que padecem de similar fanatismo, mas, para mais, no seu caso, revestidas de singular vulgaridade.

 

V. Ex.ª não me conhece de parte nenhuma, nem conhece o que penso ou não penso sobre as matérias em que discorre. O seu discurso é de puro ódio e completamente desconexo, nos lugares-comuns que vai bolsando.

 

Verifico ainda que V. Ex.ª dispõe de tempo em excesso, privilégio que usa em modo particularmente anti-social. Esse não é o meu caso.

 

Volto a desejar melhoras. Passe bem.

 

Cumprimentos,

Deputado (…)

 

***

 

Não sou de me vergar, nem perante um Rei, muito menos a um deputado que perde a sua dignidade, ao não respeitar o lugar que ocupa: o de servidor de um País e de um Povo aos quais pertenço.

 

Respondi-lhe à letra, como não podia deixar de ser.

 

Exmo. Senhor Deputado,

 

Francamente! Esperava que eu me vergasse a um comentário tão descortês, como o que me enviou?

 

Saiba que estou habituada a que os aficionados de touradas, mesmo os que não tiveram a oportunidade de frequentar uma universidade, me mimoseiem precisamente com as mesmas palavras que me dirigiu.

 

Estudaram todos pela mesma cartilha na escola primária. Dizem todos o mesmo. Não admira. E continua a projectar em mim, o que V. Exa. é. Não me surpreende.

 

A resposta de V. Exa. corresponde exactamente à ideia que sempre fiz de alguém que vai para a política sem nada saber da Arte Política.

Pois está muito enganado, em tudo o que diz. Nem sequer tem a capacidade de destrinçar o que é a vulgaridade (por exemplo, a resposta descortês que V. Exa. me enviou), de superioridade moral, que é algo que verdadeiramente lhe falta.

 

 

Não conheço V. Exa.?

 

Pessoalmente não conheço, e espero nunca vir a conhecer, porque não é propriamente alguém que me interesse conhecer.

 

Mas não se esqueça que, desafortunadamente, é uma “figura pública” que todos os portugueses (e não só eu) conhecem através dos seus actos pouco elevados na Assembleia da República, pelo que diz nas televisões, e quando aparece nas arenas de tortura de bovinos, a aplaudir a tortura e o sofrimento deles.

 

E há algo mais: V. Exa., tal como o mais vulgar aficionado, não sabe distinguir “ódio” que é um sentimento menor que os aficionados de touradas consagram aos bovinos, para lhe aplaudirem o tormento, de INDIGNAÇÃO. Como é possível, se são dois sentimentos tão diferentes?

 

Quanto ao tempo que disponho em excesso, deve ser igual ao de V. Exa.. Só que o meu é fruto de uma política de desemprego que V. Exa. ajudou a criar. E o de V. Exa. será fruto de um dolce fare niente, inerente ao cargo político que ocupa.

 

Quanto ao termo anti-social, que utiliza, tem a certeza de que ele se aplica à minha pessoa?

 

Olhe que não! Olhe que não!

 

Olhe que não sou eu que vou aplaudir o sofrimento de touros numa arena. E esse é o caso de V. Exa.. Existem provas.

 

E por fim deixo-lhe aqui um desafio, para ver quem deseja a quem as melhoras:

 

Desafio-o a consultar um psiquiatra imparcial, que nos avalie aos dois, psicologicamente. Que avalie os nossos comportamentos. A nossa mente.

 

E terá uma colossal surpresa.

 

Com os meus cumprimentos,

 

Isabel A. Ferreira

 

***

 

Bem… a partir daqui fui bloqueada na “conta” deste deputado, no site da Assembleia da República.

 

O que não me admirou nada.

 

E eu só queria que alguém, que ocupa um cargo do Governo Português, me apresentasse um argumento racional, lógico, ético, culto, evoluído, civilizado, que justificasse a prática da selvajaria tauromáquica em Portugal.

 

Nem o Doutor Paulo Portas, a quem dirigi uma gentil Carta Aberta, ainda não conseguiu enviar-me um só argumento que fosse.

 

E eu já dei a minha palavra de honra que deponho as minhas armas pacíficas (as palavras) no dia em que um governante justifique racionalmente a existência da tortura de seres vivos, para divertir os aficionados desta prática selvagem, que têm assento na Assembleia da República Portuguesa.

 

Será pedir muito?

 

 ***

Pouco tempo depois de ter publicado este texto, recebi este e-mail do senhor deputado visado neste post:

 

Exm.ª Senhora,

 

Informo que não foi bloqueada na minha conta. É, contudo, uma sugestão.

 

A mensagem que recebeu era tão-só um sinal subtil de que se esgotou a minha paciência para a aturar.

 

Em complemento das preocupações que anteriormente já lhe transmiti, acrescento, agora, que dizem a fúria faz bem: estimula a corrente sanguínea. Tenha, todavia, muito cuidado com a tensão arterial.

 

Recomendo-lhe, ainda, que cuide bem da sua dignidade. E do seu tempo também.

 

Passe bem. E por favor deixe de me maçar com as suas obsessões.

 

Cumprimentos,

Deputado (…)

 

***

Bem, por aqui se vê a exiguidade moral e mental deste deputado centrista, a quem o povo português paga o salário, esperando dele uma atitude condizente com o cargo que ocupa.

 

Infelizmente não honra nem dignifica a Assembleia da República Portuguesa.

 

É lamentável. Muito lamentável.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:39

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Terça-feira, 10 de Março de 2015

ASSASSINATO DE SIMBA, O CÃO, ORIGINA ONDA DE REVOLTA E INDIGNAÇÃO

 

CAÇA, CAÇADORES, CAÇADEIRAS E VINHO GERAM VIOLÊNCIA GRATUITA CONTRA TUDO O QUE SE MEXE NA NATUREZA

 

Em Idanha-a-Nova um caçador assassinou a tiros Simba, de apenas cinco anos, um acto bárbaro e gratuito que não deve ficar impune.

 

Todos os dias, algures, um caçador assassina ou a mulher, ou familiares, ou o vizinho, ou animais não humanos indefesos, inocentes e inofensivos.

 

Isto é algo intolerável, em que é necessário reflectir.

 

É preciso acabar com esta cultura da morte, porque matar só será legítimo em legítima defesa.

 

Tudo o resto será assassinato, que deverá ser punido severamente.

 

EXIGIMOS QUE O ASSASSINO DO SIMBA SEJA PUNIDO

 

CÃO SIMBA.jpg

Simba tinha cinco anos e morreu nos braços de Andreia, a sua melhor amiga, após ter sido atingido por disparos de uma caçadeira, pertencente a um caçador…

 

«José Diogo Castiço, 37 anos, de Monsanto (Idanha-a-Nova), tornou a história pública, contando-a no Facebook. O caso causou de imediato uma onda de choque e de revolta em milhares de pessoas e, ontem à noite, a história de Simba já tinha sido partilhada por mais de 14 mil cibernautas. O casal apresentou queixa do crime às autoridades.

 

Andreia (na foto) tratava dos produtos hortícolas que cultiva quando "ouviu dois disparos, seguidos de um ganido agudo", contou José ao JN. "Viu o Simba a correr em direcção a ela, a cambalear. Deitou-se no colo dela, tinha o corpo cheio de chumbos e morreu ali", explica o empresário, que acredita que o animal tenha ido à propriedade do vizinho atraído pelos cães do mesmo, que tinham estado, momentos antes, na quinta de José e Andreia.

 

Quando José Diogo chegou à propriedade, com a GNR, correu a casa do vizinho. "Disse-me logo que só tinha disparado para o ar, que não o tinha matado, e acrescentou que já tinha avisado o meu cão", explica o empresário. A arma dos disparos, uma Flober que estava na posse do vizinho, caçador profissional, foi apreendida pelas autoridades e a queixa já seguiu para o Ministério Público.

 

"Quando o fui enterrar, decidi que o Simba ia ser um símbolo nacional contra os maus-tratos a animais", adianta o dono do animal.

 

O PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza, já ofereceu apoio jurídico ao casal. José Diogo diz que não quer "nem um tostão", mas que se vier a receber indemnização a dará a instituições de animais.»

 

Fonte:

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=4444185

 

***

Acrescente-se que os caçadores são portadores de um instinto assassino atávico, pois já não tendo mais necessidade de matar para comer, continuam a ter uma apetência anormal para tirar a vida sempre que lhes dá na gana. Sentem uma necessidade de assassinar seres vivos, por mero prazer. E não lhes interessa se é gente humana ou se é “gente” não humana.

 

Por isso, não se justifica colocar caçadeiras nas mãos destes psicopatas, que sentem um prazer patológico em assassinar seres vivos.

 

Está mais do que provado que quando uma mulher é assassinada num episódio de violência doméstica, por detrás dessa morte está uma caçadeira e um sujeito avinhado.

 

Quantas mais mulheres, quantos mais Simbas, quantas mais mortes são necessárias acontecer para que as autoridades portuguesas tomem medidas firmes contra esta política da morte, nas mais variadas modalidades, que apoiam através de leis anti-éticas?

 

Todos os dias, em Portugal, seres vivos (sejam humanos ou não) são assassinados pelos projécteis disparados de uma caçadeira.

 

***

EXIGIMOS QUE O ASSASSINO DO SIMBA SEJA PUNIDO

CHEGA DE IMPUNIDADE

 

CHEGA DE ASSASSINATOS COMETIDOS POR CAÇADORES

 

EXIGIMOS QUE A CAÇA SEJA BANIDA DA SOCIEDADE PORTUGUESA

***

POR FAVOR, ASSINEM ESTA PETIÇÃO

«FAZER JUSTIÇA PELA MORTE DO SIMBA»

AQUI:

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT76386

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:47

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Quarta-feira, 24 de Setembro de 2014

«CARTA ABERTA AO VASCO DE SOUSA, ADEPTO DA TORTURA E MORTE DE MONSARAZ, ESPECTÁCULO EXCEPCIONAL A CHEGAR-SE A BARRANCOS!»

 

 

«É o seu execrável gosto de quem se diverte com o sofrimento psicológico e físico de um animal mais sensível e inocente do que o Vasco de Sousa e dos seus aficionados.

 

Deve ser muito ignorante e pouco ou nada perceber de anatomia, fisiologia, neurologia.

 

Consciência e compaixão devem ser-lhe bastante estranhas. Veja lá se entende: às pessoas conscientes e dignas, não basta não assistir à tortura tauromáquica.

 

É preciso que ela termine, porque sem isso sabemos que touros e cavalos sofrem horrivelmente.

 

Isso indigna-nos, revolta-nos, provoca-nos ansiedade e desespero.

Nada disso aconteceria, se vocês deixassem os animais em paz e sem massacre.

 

E, por isso tudo vos culpamos! Além de serem torturadores dos animais não humanos, condenam os animais humanos, como eu, à indignação e à ansiedade.

 

Que vergonha e que sofrimento para animais, para Portugal e para portugueses é existir essa praga "tradicional, espectacular, sádica" e existirem pessoas que a executam, apoiam, aplaudem, negoceiam, legislam, autorizam.

 

Dou-lhe um conselho precioso! Pense por si, procure a verdade, informe-se junto de pessoas detentoras de senso comum equilibrado e no que a ciência ensina.

 

Não dê crédito a tanta falácia tauromáquica disparatada. Depois, esclarecido, mude para o nosso campo, arrependido de tanta aleivosia. Creio que o aceitaríamos, como exemplo de evolução».

 

Vasco Reis (Médico Veterinário)

 

***

Comentário de Ana Luiza:

 

«É o que sempre digo, os criminosos e assassinos dos animais não humanos são os verdadeiros culpados por nossa desgraça e tormenta diária. O sofrimento vem por tabela, primeiro, os anjos indefesos animais são dizimados e logo vem o nosso... em conhecer como se dá todo o processo destrutivo dos seres mais puros do planeta, ou seja, os animais!!!»

 

***

FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DO DR. VASCO E DA ANA LUIZA

***

 

Comentário de Jerónimo Augusto:

 

 

Excelente, amigo Vasco Reis, esse (que lamento chamar-se Vasco) de Sousa, não deve ser dotado do discernimento tão necessário para poder avaliar questões tão sérias e delicadas como os aspectos psicológico, fisiológico e emocional dos animais.

 

 

Infelizmente isso é uma característica comum a todos os que gravitam em torno da tauromaquia, isto é, aqueles que nela participam activamente, aos que assistem à barbárie e aos que legislam em favor dela.

 

 

De todos os que se dedicam a "tourejar", outra coisa não seria de esperar a não ser uma notória e acentuada imbecilidade que, para maior fatalidade, é apoiada por um governo que tem o sumo interesse em debelar a iliteracia em Portugal.

 

 

Mas enquanto não tivermos respeito por aqueles seres que connosco partilham o planeta e que como nós possuem emoções, por mais letrados que sejamos, seremos sempre um péssimo exemplo para a Europa e para o Mundo.

 

 

E ao senhor Vasco Sousa, aconselhamo-lo a despoluir a sua mente, e a civilizar-se, para merecer o respeito daqueles que lutam por uma sociedade digna e mentalmente mais saudável.

 

 

***

 

Faço minhas as palavras do Jerónimo. 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 09:35

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Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

CARTA ABERTA ÀS AUTORIDADES DO MEU PAÍS

 

(Obrigada, Ana Macedo, pela inspiração)

O QUE SE PASSA ACTUALMENTE EM PORTUGAL, NO QUE DIZ RESPEITO À SELVAJARIA TAUROMÁQUICA (VULGO TOURADA) É ABSOLUTAMENTE VERGONHOSO!

 

ÚLTIMA HORA!

 

A vistoria que a Câmara Municipal de Viana do Castelo, cumprindo o que está no RET, pretendeu fazer à barraca que está a ser montada em Darque para a realização de mais uma sessão de selvajaria tauromáquica prevista para o próximo domingo, não foi realizada.

Motivo: os promotores da barbárie dizem que essa sessão de selvajaria tem VISTORIA até Maio de 2015 (notícia da aficionada RTP)

 

O quê?????

 

Como pode isto acontecer?????
Já sabemos que é só para os paus da barraca.

 

 

Exmas. Autoridades:

 

Nos últimos dois anos a população de Viana do Castelo tem assistido à passividade das autoridades fiscalizadoras competentes em relação à arena amovível que tem sido montada nesta cidade.

 

Este ano a organização da selvajaria tauromáquica pretende montar a mesma arena à revelia da legislação vigente. As diversas associações, assim como os cidadãos em geral, vão estar atentos e denunciarão, uma vez mais, junto dessas mesmas autoridades as ilegalidades cometidas e exigirão o apuramento das responsabilidades.

 

A Lei, uma vez que existe, tem de ser cumprida e não estar sujeita a lobbies que visam interesses particulares, ou seja, os interesses de cerca de duas dezenas de famílias portuguesas (entre milhares) que fazem fortuna a torturar bovinos para diversão.

 

Houve um tempo em que Portugal foi grande e livre.

 

Hoje, Portugal pertence a muitos países, e é um país pequeno, que retrocedeu séculos. Um pequeno país, mundialmente quase desconhecido (só será conhecido pelo Ronaldo, pelo Eusébio e pelo Figo, e pela Amália Rodrigues, vá lá…) e o que é conhecido, politicamente falando… é uma autêntica tragédia.

 

Uma vergonha.

 

A República quase nada trouxe de novo. Politicamente foi mais do mesmo: a dualidade no poder, arrastando tudo o que foi criticado na monarquia: corrupção, esbanjamento do erário público, pobreza, incultura, tudo o que temos para dar e vender...

 

Hoje, vivemos numa república das bananas, com uma democracia de faz-de-conta.

 

O 25 de Abril que, supostamente devia ter libertado Portugal do fascismo e de uma sociedade retrógrada, não cortou o mal pela raiz, e cá ficaram todos os fascistas mais os seus descendentes, que ainda predominam por aí… por isso continuamos com um atraso civilizacional, cultural e moral bastante acentuado.

 

Por isso somos um país que, apesar de territorialmente ser pequeno, já foi grande, muito grande, no tempo em que deu novos mundos ao mundo, e hoje é um zezinho ninguém, de uma pobreza moral, social e cultural gigantesca.

 

Por outro lado, quase nada mudou a nível governamental, desde que iniciei, neste Blog (que foi criado com a intenção de divulgar Literatura – a minha e a de outros escritores), a luta pela Abolição da Tauromaquia em Portugal.

 

Coloquei aqui à disposição de todos os envolvidos na selvajaria tauromáquica (desde aficionados comuns, a autoridades de todo o género, incluindo a igreja católica) toda a informação científica e não científica disponível sobre este costume bárbaro espanhol.

 

E a todos (ou quase todos) tenho enviado os textos aqui publicados.

 

No início, pensei que a tauromaquia ainda existisse em Portugal por falta de informação. Por uma ignorância, digamos, involuntária, o que seria normal.

 

Contudo, depois de toda a informação, depois de tudo o que aqui e noutros blogues e sites, foi dito, e depois de ter maçado os governantes com toda a informação, o maior culpado da existência desta selvajaria, da violência legislada, ou seja, o Estado Português, nada fez para pôr fim a este cancro social, que não dignifica Portugal, o seu povo e os seus governantes

 

E da boa vontade, passei obviamente à indignação elevada ao quadrado (não se confunda com agressividade ou falta de educação, como é o costume dos que não sabem distinguir os conceitos).  

 

É que posso suportar razoavelmente a ignorância quando ela é fruto do desconhecimento.

 

Mas sinto uma repulsa, uma revolta, um desprezo enorme pelos que, tendo ao seu dispor toda a informação para deixarem de ser ignorantes, optam pela ignorância, tenham o motivo que tiverem. 

 

E esta é a pior das ignorâncias. É a mais imperdoável das ignorâncias. 

 

Daí a minha mais veemente indignação (à qual tenho direito, consignado na Constituição da República Portuguesa).  

 

Por isso, sinto-me no direito cívico de demonstrar essa indignação, utilizando a linguagem mais apropriada a indivíduos que desconhecem o sentido da vida.

 

E tendo em consideração o miserável nível de desgraça a que este país se deixou arrastar, já pouca coisa surpreende o cidadão comum, no entanto devo salientar que esta situação consegue, ainda, provocar-me surpresa!

 

Como é possível que um tribunal que arrasta processos durante anos a fio esteja preparado para dar resposta em 48 horas e sempre a favor do alegado infractor?

 

Como é possível que, num país supostamente democrático, haja excepções à lei (Barrancos) num determinado município, e que seja negada a excepção pela vida a um município que se declarou, com toda a legitimidade, anti-tourada?

 

Como é possível que, para benefício de um pequeno grupo de interessados na preservação de um costume bárbaro espanhol, se atropele a lei, até em relação às crianças, cujos direitos são claramente violados?

 

Devo acrescentar que não tenciono parar de contestar este aviltante insulto à Cultura e Civilidade Portuguesas, até que a lei seja cumprida no meu país.

 

Tencionamos avançar para os Tribunais Europeus, uma vez que as autoridades portuguesas demoram a dar uma resposta racional a algo que é absolutamente cruel, e obviamente degradante para o prestígio de Portugal.

 

Os tribunais portugueses apenas são céleres a despachar a favor da selvajaria tauromáquica, assente numa lei absolutamente parva, inadequada aos tempos modernos! Uma lei desumana.

 

Ainda assim, a Câmara Municipal de Viana do Castelo decidiu, e muito bem, cumprir essa Legalidade.

 

Nenhuma selvajaria tauromáquica, em qualquer das suas bárbaras modalidades, jamais foi realizada dentro da lei, em Portugal.  

 

Este ano, não permitiremos que a ilegalidade e a legalidade sejam uma e a mesma coisa.


Com a minha mais veemente indignação,

 

Isabel A. Ferreira

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:05

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Quarta-feira, 20 de Agosto de 2014

RIO MAIOR, OUTRO MUNICÍPIO CLASSIFICADO ABAIXO DE LIXO, POR ADERIR À SELVAJARIA TAUROMÁQUICA

 

Portugal está cheio de autarcas que se deixam manipular como marionetas nas mãos de bárbaros primitivos e ignorantes.

 

Como é que isto ainda é possível, em pleno século XXI depois de Cristo, senhora Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais?

 

 

Esta é a imagem que queremos perpetuar do ser senciente e belo, que é o Bovino.

 

Está prevista para o dia 30 de Agosto, em Rio Maior, uma sessão de selvajaria tauromáquica, junto ao Pavilhão Multiusos.

 

Esta localidade (que nem merece o nome de cidade) não realiza tal barbárie, há vários anos, e foi com o habitual enorme repúdio que tomei conhecimento do regresso deste costume bárbaro, herdado de um tempo em que predominava uma ignorância perversa, que ao que parece, a “senhora” autarca de Rio Maior pretende recuperar.

 

Como todos sabem, excepto o executivo camarário de Rio Maior, qualquer iniciativa tauromáquica é uma ofensa ética e moral que degrada socialmente, moralmente e psicologicamente quem pratica, quem aplaude e quem apoia tal imbecilidade.

 

Exma. Senhora Isaura Morais, Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior,  

 

Manifesto deste modo, a minha mais profunda indignação e o meu mais veemente repúdio, como cidadã portuguesa, que tem o dever, consignado na Constituição Portuguesa, de denunciar as impolíticas dos que foram eleitos para fazer progredir as localidades, e fazem-nas recuar séculos, enterrando-as nos charcos de águas fétidas de antanho.

 

É que torturar animais sencientes, inofensivos, inocentes e indefesos em nome de uma diversão tão parola quanto cruel, é uma prática eticamente condenável e repudiada por milhões de seres humanos em todo o mundo civilizado.

 

A imagem negativa a nível ético, moral, social e até mesmo educativo que liga Rio Maior à selvajaria tauromáquica está a ser transmitida, por várias vias, a todo esse mundo, que tem os olhos postos nos oito países terceiro-mundistas que ainda mantém este rebotalho do passado.

 

Por isso, senhora Isaura Morais, penso que seria o momento oportuno de reflectir bem na sua posição em relação à permissão desta barbárie em Rio Maior, uma vez que ao permitir tal “coisa” estará a dar aval à violência, à crueldade e à incultura que os rio-maiorenses não querem.

 

E tendo em conta que a ciência reconhece inquestionavelmente os animais mamíferos, incluindo Touros e Cavalos (pois ao contrário do que diz a lei portuguesa estes são também animais) como seres sencientes, capazes de sentir dor e prazer, tanto físicos como psicológicos, bem como sentimentos de medo, angústia, stress e ansiedade, a selvajaria tauromáquica, vulgo tourada, ofende gravemente os sentimentos e a sensibilidade, e insulta a inteligência da esmagadora maioria da população portuguesa, e contribui para a degradação moral de quem obtém prazer estético e psicológico com o sofrimento dos animais;


Tendo em conta que esta selvajaria expressa uma cultura envolvida na insensibilidade e na violência que degrada quem a pratica, aplaude e promove: vários estudos e especialistas concordam que a prática e a aceitação da violência contra os animais predispõe para a prática e a aceitação da violência contra os Homens (e em Portugal temos demasiados exemplos dessa violência gratuita sobre pessoas indefesas, crianças, velhos, mulheres…)


Tendo ainda em conta que o progressivo abandono de costumes retrógrados e opostos a um sentido humanista de cultura, como o que contribui para nos tornar melhores seres humanos, é o que caracteriza a evolução mental e civilizacional das sociedades e melhor corresponde à sensibilidade contemporânea;


Venho sugerir à senhora presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais, o cancelamento desta iniciativa selvagem (no mau sentido da palavra, porque na selva nem tudo é mau), bem como não haja mais incentivos e apoios para a continuidade destas práticas violentas e anormais contra animais sencientes, as quais tanto rebaixam todos os que nela estão envolvidos. 


Com a minha mais veemente indignação,

 

Isabel A. Ferreira

 

***

Abram este link, por favor, e adiram:

www.facebook.com/events/506724246129631

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:07

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Terça-feira, 19 de Agosto de 2014

Baião classificada abaixo de lixo por permitir no seu território a selvajaria da tortura de Bovinos

 

Basta! Tolerância zer para estas autarquias que se vergam a um lobby infectado com a peçonha da crueldade.

Que pobreza moral! Que baixeza de espírito!

Que perversidade!

 

 

 

Carta Aberta ao presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro

 
Exmo. Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Baião, José Fernando Silva

Exmos. Senhores Deputados à Assembleia Municipal de Baião

 

Está a ser anunciada para o dia 23 de Agosto, em Baião, mais uma iniciativa que prima por uma IGNÓBIL SELVAJARIA, apesar do FIASCO das anteriores.

 

Vossas Excelências, como autarcas, deveriam saber que a tauromaquia é uma prática cruel e obsoleta que tem suscitado enorme repúdio e indignação na sociedade civil portuguesa e mundial.

 

TORTURAR seres vivos inofensivos, indefesos, inocentes e sensíveis em nome de uma diversão patética, incivilizada, patológica, não é próprio de sociedades evoluídas e ENVERGONHA a esmagadora maioria dos portugueses face a uma Europa que já se DISTANCIOU há muito (excepto três tristes países ainda mergulhados nas trevas medievais – Portugal, Espanha e França) destas práticas bárbaras, que causam um ATROZ sofrimento a seres sencientes, com um ADN semelhante ao humano.

 

Todos sabemos que a tauromaquia está em franco declínio – mesmo nos locais onde esta prática é usual, as praças tem cada vez menos espectadores (inclusive a praça de Touros do campo pequeno (ex-libris da tauromaquia e a nódoa negra de Lisboa) a qual se encontra em situação de insolvência.

 

Como consequência desse declínio, a indústria tauromáquica tem vindo a tentar implementar estas práticas imbecis em locais que não têm qualquer tradição de touradas (ou se tiveram abandonaram-nas por motivos óbvios, ou seja EVOLUÇÃO), mas onde existem autarcas vergáveis às INVESTIDAS dos bárbaros, acabando por acolher estas práticas cruéis.

 

Todos sabemos que a tauromaquia só subsiste, nos dias de hoje, graças a apoios do Estado, quer através do poder central, quer através das autarquias, algumas endividadas e com populações em situações de carências várias, o que causa nos cidadãos, munícipes e contribuintes, a mais veemente indignação.

 

As autarquias, por se encontrarem numa situação vantajosa de proximidade das populações, têm um papel fundamental na construção de uma sociedade mais civilizada, evoluída e distante de práticas que deveriam ter ficado no passado, e os executivos municipais têm por obrigação associar-se a eventos que promovam a evolução das pessoas e das regiões, ligando o seu nome a práticas positivas e construtivas de avanço civilizacional que o século XXI impõe.

 

Assim, junto-me a tantos outros nesta solicitação à Câmara Municipal, para que não licencie e se demarque de todas as actividades tauromáquicas no concelho de Baião, incluindo oferta de recordações aos intervenientes nesta prática sórdida e o fim imediato da atribuição de quaisquer verbas públicas para este tipo de condutas que infligem sofrimento a animais não humanos indefesos, inocentes e sencientes.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:37

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