Como é possível o governo português não tomar qualquer medida eficaz e definitiva contra este crime ambiental, perpetrado ano após ano, (e 2025 foi dos piores), nas barbas das autoridades, sem tomar medidas concretas, que possam dissuadir os incendiários de cometer tal crime? Ficam-se por penas de pintassilgos, quando deviam ir para a cadeia os 25 anos (escassos) atribuídos a crimes graves. Atear fogo a florestas, matando animais e, por vezes, pessoas (estou a lembrar-me do fatídico ano de 2017, mais de cem pessoas mortas) e queimando casas e os bens das pessoas atingidas por esses fogos postos a mando de negociantes não será um crime gravíssimo?
É bem verdade que há muito mato seco que não foi cortado. A floresta não foi limpa. Ainda se houvesse guardas florestais, cantoneiros, profissões que já não existem e fazem falta. Vigilância. Fiscalização. E pena máxima de 25 anos para os incendiários e seus mandantes, talvez houvesse esperança...
O Norte de Portugal está NEGRO, e milhares de animais foram mortos. E casas, culturas agrícolas, pomares, hortas, pastos, tudo, tudo queimado. E os governantes a banhos!!!!
Talvez os governantes acordassem para esta desgraça, se algum dia estivessem na situação de atingidos pelos criminosos fogos postos! A falta de empatia pela desgraça do povo, por parte de quem nos governa é algo que me incomoda, como cidadã portuguesa.
Isabel A. Ferreira
Incêndio de Arouca, em 29 de Julho de 2025/ Foto: ESTELA SILVA
José Gomes Ferreira dá série de soluções para acabar com os fogos
José Gomes Ferreira, director-adjunto de Informação da SIC, acredita que há uma “indústria dos incêndios”, que colapsaria se não existissem incêndios todos os anos. «As evidências estão aos olhos de toda a gente», diz o jornalista, que dá exemplos do que pode ser feito para contrariar o problema.
«Interessam a muita gente. Como eu costumo dizer, os incêndios rurais em Portugal dão de comer a muita gente», responde José Gomes Ferreira.
«Não vou acusar nenhuma pessoa, empresa ou sector em concreto. Mas se não houvesse incêndios num ano, o que é que acontecia no mercado de aluguer de aviões de combate, de helicópteros, de venda de veículos de combate, de adaptação e reparação de veículos, das empresas de mangueiras, fatos e outros materiais? Se não existirem incêndios, não há mercado para estes negócios», diz o jornalista.
José Gomes Ferreira revela ainda que falou com um “alto responsável da Protecção Civil, que já não está em funções”, que admitiu a relação entre os incêndios e o comércio de madeira para aglomerados.
«Muita madeira que foi queimada dá para cortar a preço zero e os proprietários até pagam para libertar o terreno. O valor económico da matéria prima é praticamente zero e o valor final do produto é igual.O valor económico da matéria prima é praticamente zero e o valor final do produto é igual»,explicou, antes de propor uma série de medidas que, na sua opinião, poderiam ajudar a combater os incêndios, nomeadamente quando têm intervenção humana.
O que pode ser feito?
José Gomes Ferreira propõe um modelo de incentivos «contrário ao que existe hoje», que «não esteja do lado da ocorrência do fogo, mas do lado dos proprietários que querem manter a floresta verde».
«A sociedade devia pagar, através de estruturas do Estado, subsídios a quem mantém a floresta verde. Não é impossível. Pode ser com créditos de carbono que se estendam aos pequenos proprietários», frisa o jornalista, que dá outros exemplos.
«O Estado devia assumir, através da Força Área, a maior parte dos meios de combate aos incêndios. Os privados não deviam dominar completamente esse mercado (…) Militares do exército deviam fazer campanhas de três meses no meio da floresta, para aumentar a fiscalização», diz José Gomes Ferreira, que também defende o aumento das penas para os incendiários.
E uma das perguntas a fazer é: estarão os Bombeiros Voluntários preparados para enfrentar fogos de tamanha envergadura? Terão formação específica para tal?
Mais vale prevenir do que remediar é um provérbio português que nenhum governante pós-25 de Abril jamais teve a intenção de pôr em prática.
De boas intenções está o inferno cheio.
Ter intenções de... não basta. Não traz de volta à vida quem a perde nos incêndios criminosos.
E o negócio do fogo? Por que não são penalizados os que lucram com os incêndios? Quem são os cúmplices deste crime?
Há muita coisa por explicar, e TUDO por fazer, para que se poupem vidas humanas e não-humanas, em Portugal.
Ser chamado de “arquiteto” (isto lê-se arquitêtu) como vejo por aí escrito, à excepção do jornal PÚBLICO, é morrer duas vezes. E Gonçalo Ribeiro Telles, não sendo um Arquitecto qualquer, merece todo o respeito. É triste vê-lo por aí rotulado de “arquitêto”, como se fosse um grande teto (o mesmo que teta). Isto constitui um arqui-insulto à sua memória.
Gonçalo Ribeiro Telles era um ARQUITECTO paisagista, um HOMEM que tinha uma extraordinária visão ecológica, fundador do Partido da Terra, e com o qual nenhum dos governantes e autarcas portugueses aprendeu o mínimo que fosse.
Portugal perdeu um dos seus mais notáveis activistas ambientais, o qual, no tempo da ditadura salazarista, se revoltou contra o impacto do desordenamento territorial de Lisboa e contra a tentativa de destruição dos espaços verdes. Essa destruição continua activadíssima, por todo Portugal, com autarcas a devastar alamedas e arvoredos, em nome do falso progresso.
Em 1967, aquando das tristemente célebres cheias que mataram dezenas de pessoas em Lisboa, o ArquiteCto Ribeiro Telles revoltou-se também contra o desleixo na construção de habitações, nas zonas mais pobres. Foi igualmente uma voz activa na defesa dos espaços verdes, e autor do projecto do belíssimo jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Prémio Valmor de 1975.
Ministro de Estado e da Qualidade de Vida, Ribeiro Telles foi um grande crítico da plantação intensiva de pinheiros e eucaliptos, considerando esta plantio uma das principais causas dos grandes incêndios que fustigam o país anualmente, devido a uma política assente na economia e não num ordenamento de território sustentável, que ainda hoje não se pratica.
O ARQUITECTO Ribeiro Telles partiu, mas deixou-nos uma herança ecológica. E a melhor homenagem que lhe podem prestar os políticos, que foram para a porta do Mosteiro dos Jerónimos, onde se realizou o seu funeral, dizer palavras de circunstância, é pôr em prática o seu legado ecológico.
Apenas através do voto podemos mudar o rumo da Europa.
A abstenção, votos brancos e votos nulos dão razão a quem não a tem.
Por isso VOTEM! Não deixem na mão dos outros o que querem para o vosso futuro.
Mas votem com consciência, penalizando os que nada têm feito pela Europa e muito menos por Portugal.
Apenas quem anda desatento, ou virado para o seu próprio umbigo, ou a assobiar para o lado, ou protegido por uma redoma de vidros esfumados, ou é narcisista nato, ou cego mental, não vê, ou não quer saber do que se passa ao seu redor, a não ser que diga respeito ao futebol, claro.
Portugal está confinado a três lados.
De um lado estão uma enfiada de corruptos de colarinho branco, que pululam por aí como parasitas, subservientes, ocupando os mais altos cargos administrativos estatais ou a eles ligados, e na governação central e autárquica; ladrões e vigaristas e doutores e engenheiros que compram diplomas; testas de ferro a fingir que são deputados da Nação; os lobistas, os mascarados, os ignorantes optativos portadores do vírus da estupidez, que andam por aí, quais bobos alegres, a tentar enganar um povo desprovido de juízo crítico, que aceita tudo o que lhe impingem, com a ingenuidade dos recém-nascidos.
Ao meio está a massa amorfa, de um povo semianalfabeto, a arrastar-se por lugarejos, onde a civilização ainda não chegou, vivendo agarrado a “tradições” medievalescas, profundamente primitivas, situação que o Estado mantém protegida, porque um povo amorfo, amansado, ignorante não levanta ondas, sendo mais fácil de manipular.
Do outro lado estão aqueles que vão dando luta ao Poder, que são a pedras nos sapatos dos poderosos, que, no entanto, estão-se nas tintas para o juízo crítico que deles fazem. De tal modo estão agarrados ao “poder” e às vantagens e proveitos que daí retiram que viram as costas à honra, à dignidade, à honestidade, ao bom nome, à vergonha que deviam ter na cara, tudo o que eleva a espécie Homo, à categoria de Sapiens, e deixam-se arrastar pelo chão, reduzindo-se à expressão mais baixa da condição humana.
Entre todos estes mortos-vivos e feridos pela ignorância optativa, existe um Portugal para inglês ver: o Portugal da gastronomia gourmet, muito na moda, e da outra, farta e de engorda; das paisagens vinhateiras, das praias algarvias, do turismo de luxo, enfim, nada contra tudo isto, se tudo isto não fosse apenas para inglês ver.
Portugal é um país territorialmente pequeno, mas com uma alma que já foi grande e agora está a definhar, porque o que é estrangeiro é que é moderno, ainda que seja um lixo. E essa alma grande só não se mantém porque os políticos (salvo raríssimas excepções) praticam políticas baixas, rastejam ao menor aceno que venha de fora.
E andamos nós aqui a gastar a nossa Língua Portuguesa, na sua versão indo-europeia, dirigindo mensagens a blocos de cimento armado, onde não entra nem um fio de teia de aranha, quando mais ideias para fazer avançar Portugal!
O que se passa em Portugal, no que respeita à política, não se derruba com palavras, mas com atitudes, e com a arma do voto. O pior, é que Portugal é um país pequeno, mas cheio de cobardes e não-pensantes e alienados.
Governa-se o país como se os Portugueses fossem umas marionetas, pior do que isso, umas marionetas muito estúpidas.
António Costa diz que o país está melhor. O País não está melhor. O país engordou e a gordura não é saudável.
Roubo das armas em Tancos, incêndios com muitas mortes, pedreira de Borba, corrupção ao mais alto nível em quase todos os organismos públicos, a Língua feita em farrapos, o ensino de rastos, a roubalheira na banca, que querem mais para avaliar a governação?
A morte de mães e filhos no parto aumentou, a mortalidade infantil também aumentou em Portugal é isto é um indicador de um subdesenvolvimento ainda a latejar em Portugal.
A violência doméstica tem merecido penas de passarinho. A Convenção de Istambul falha estrondosamente.
Tudo isto e muito mais.
Andam por aí a vender Portugal aos turistas como um paraíso, mas peçam-lhes que espreitem debaixo dos tapetes…
Eu vou votar. Votarei no partido que tem visão de futuro, não serve lobbies, não está agarrado ao passado, nem anda no mundo só por ver andar os outros.
A tantas misérias morais, culturais, políticas e sociais que envergonham Portugal aos olhos do mundo, soma-se mais esta:
Portugal é um país que bate o recorde de casos insólitos, únicos, ou quase, no mundo.
Este episódio do co-piloto embriagado, não será único no mundo, e propriamente culpa do governo português, mas é, com toda a certeza, fruto de uma política que não incentiva ao brio profissional, vindo o pior exemplo dos palácios de São Bento e de Belém.
Eis alguns casos insólitos, de que estou a lembrar-me, neste momento (mas há mais):
1 – Nos incêndios do Verão passado, morreram para cima de uma centena de seres humanos (fora os milhares de seres não-humanos), algo que não acontece em parte nenhuma do mundo, atacada por incêndios, como os da Califórnia ou os da Austrália, por exemplo. Ardem casas e bens, e obviamente os animais, donos florestas, mas não morrem pessoas.
2 – Rouba-se armas do paiol do Exército Português, bem nas barbas dos militares, sem que ninguém se dê conta…
3 – Tem-se uma CPCJ (Comissão de Protecção de Crianças e Jovens) que, em vez de proteger o Superior Interesse das Crianças, as atira para instituições e adopções, algumas delas ilegais, retirando-as das Mães, simplesmente por motivos de pobreza, enquanto que outras crianças, são atiradas para escolas de toureio, e ninguém as protege dos progenitores, nem da crueldade a que são submetidas, nesses antros de formação de algozes de seres vivos sencientes.
4 – Adopta-se ilegalmente, a grafia de uma ex-colónia, em detrimento da grafia portuguesa, e com isto engana-se as crianças, que vão para as escolas aprender a ler e a escrever, formam-se os semianalfabetos do futuro e destruindo-se o maior símbolo identitário de Portugal – a Língua Portuguesa.
Isto só num país a fingir que é país, com um regime político autocrata, em que o povo paga os salários dos governantes para que os governantes sirvam o povo, e os governantes servem apenas os lobbies que bem entendem, e pisam na vontade do povo.
No nosso Código Penal atear um fogo não é um crime grave.
Sabiam?
1 - Então mude-se o Código Penal e escreva-se " Quem atear de forma deliberada um fogo e for considerado culpado em tribunal, sofre uma pena nunca inferior a 15 anos de prisão efectiva, e plantar a área ardida.
2- Toda a madeira resultante de incêndios não pode ser vendida abaixo do preço da verde.
3- As celuloses não podem comprar ou utilizar madeira ardida.
4- Os municípios são convidados a criar unidades de produção eléctricas que será abastecida com a limpeza das matas etc., a chamada biomassas
5- A Força Aérea Portuguesa passará a ter aviões de combate aos incêndios sendo estes combatidos exclusivamente por ela.
6- Todos os cabos eléctricos, e de comunicação que estejam perto de grandes áreas florestais passarão a estar enterrados, obrigatoriamente.
7- Todos os postos de vigilância estarão ocupados entre Março a Novembro.
8- Será criada uma unidade de intervenção rápida na Força Aérea para combater nos primeiros 30 minutos qualquer fogo.
9- O exército será chamado a intervir quando se verifique que o fogo comece a atingir grandes proporções.
10- Quem atear um fogo de forma negligente, terá de fazer um curso de instrução e limpar a área ardida como trabalho comunitário.
11- A coordenação do posto de comando será uma força especializada.
12- Fica proibido plantar eucaliptos.
13 - Serão plantadas outras espécies de árvores, como o carvalho, castanheiro, sobreiro, etc.
Façam isto e vão ver que os incêndios reduzem em 95%.
Mortos, demasiados mortos, contando com os animais não-humanos; feridos, demasiados feridos; fogos, demasiados fogos para um só dia; habitações destruídas, demasiadas habitações; zonas agrícolas, zonas florestais, zonas industriais… tudo demasiado, tudo devastado por um fogo demasiado estranho…
Falhas, demasiadas falhas, de quem não podia falhar…
E os governantes sacodem a água do capote, julgando que com os pingos que caem do capote podem apagar este fogo que devora Portugal!
O que está a acontecer no nosso país é demasiado grave. Ontem ouvi um comentador da SIC dizer que “temos florestas a arder, em Portugal, por interesses…».
Sabemos que sim. E o que se fez e o que está a fazer-se para esmagar esses interesses?
E o que tem a dizer a ministra da Administração Interna e o primeiro-ministro de Portugal em relação a estes interesses e a tudo o resto que está a acabar com a flora e a fauna portuguesas e a destruir vidas humanas e bens?
Há muitas coisas horríveis a acontecer em Portugal, sem que se encontre responsáveis… As coisas acontecem simplesmente, porque sim?
Hoje, ouvi Jaime Marta Soares, presidente da Liga Portuguesa de Bombeiros, dizer que Portugal “tem um inimigo muito forte – a Natureza”! Engana-se, senhor Jaime Marta Soares. A Natureza é que tem um inimigo muito forte e destrutivo – o homem-predador, governantes incompetentes...
Mas ouve-se dizer que todos são muito competentes… E se com todas as competências tudo falhou, o que seria se não fossem competentes?... O certo, certo, é que o FOGO é mais poderoso do que todos os “competentes” juntos, e disto os homens devem tirar as suas conclusões.
Nunca em Portugal se viveu um tal inferno, como este ano de 2017, o ano de todos os incêndios; o ano de todos os descalabros; o ano de todas as falhas; o ano de todas as irresponsabilidades; o ano de todas as incompetências, mas tudo isto já vem de longe, vem de outros governos, de outros ministros....
E não venham dizer que a culpa é apenas das alterações climáticas, deste calor extemporâneo, deste fogo que surge pela calada da noite… sem avisar…
Temos de procurar os culpados não só entre o actual governo, como nos anteriores, e nos incompetentes ministros da Agricultura; na falta gritante de uma política florestal; no desleixo do povo português, no que respeita à limpeza das suas propriedades; na protecção ao lobby madeireiro; à falta de preparação dos bombeiros portugueses, que apagam fogos florestais com os mesmos meios com que apagam fogos urbanos. E tudo isto junto configura um crime para o qual não tem havido castigo. E os incendiários são detidos, para depois serem devolvidos à sociedade por juízes que não viram as suas casas a arder, e voltarem a incendiar.
Entretanto, Portugal desguarnece-se das suas florestas, e despovoa-se da sua fauna…
É impossível ficar indiferente a esta descomunal incompetência. O relatório de Pedrógão Grande arrasa com a estratégia do governo de António Costa, que tem andado a brincar aos governantezinhos, e não só no que respeita a esta matéria, mas em muitas outras, facto que põe Portugal no Guinness World Records de Casos Únicos.
É urgente parar de brincar aos governantes, e andar por aí aos beijinhos e aos abraços e a dançar e a tirar selfies, enquanto Portugal arde num fogo literalemente dos infernos.
o Grupo Parlamentar “Os Verdes” acusou a recepção da minha mensagem electrónica, acrescentando que estão a acompanhar atentamente a evolução dos incêndios, através dos seus Colectivos Regionais, e têm se empenhado em dialogar com o Governo para defender novas políticas para as florestas, e travar a expansão do eucalipto, bem como promover o montado de sobro e outras espécies autóctones.
Para “Os Verdes” a floresta do futuro deve promover o desenvolvimento das comunidades locais, deve preservar a biodiversidade e deve combater o despovoamento do país.
Num comunicado “Os Verdes” expressaram a sua solidariedade para com as populações afectadas, e saudaram a coragem de todos quantos combatem estes incêndios, em detrimento dos perigos para as suas vidas, os Bombeiros e ainda os populares que se organizam para fazerem face a este flagelo, considerando este um momento dramático para o país, havendo até ao momento a lamentar já a perda de 64 vidas humanas, assim como dezenas de feridos, sendo previsível o aumento deste número, dado que só com o avançar do tempo se conseguirá ter noção da real dimensão de tamanha tragédia.
***
Pois é!
O País espera que esta tragédia sem precedentes sirva para que os governantes portugueses abram os olhos e vejam a realidade, e sejam responsáveis. Porque até agora foram uns descomunais irresponsáveis.
É urgente banir os desmandos dos governantes, porque são as poderosas forças da Natureza que realmente mandam no Planeta.
E como questiona Manuela Nunes, que já trabalhou como Técnica Superior, nas Estradas de Portugal, SA: «Por que destruiu o Estado, as funções públicas, exercidas por guardas florestais, guarda-rios e nomeadamente as de cantoneiros, que desmatavam as bermas junto às estradas nacionais? Por que foram substituídos por empresas, que desertificaram as localidades?
Em consequência disso, desapareceram as escolas primárias, entre outras infra-estruturas que fixavam as populações (familiares desses funcionários). Por outro lado, a plantação quase doentia (visando apenas o lucro), do eucalipto, que para além de ser pasto fácil para a propagação de incêndios (quer sejam de origem natural, quer sejam de origem "animal"), secam o solo. Alguns "inteligentes" quiseram poupar, naquilo a que passaram a chamar "pequenos detalhes sem qualquer interesse". Claro que os interesses eram e são outros! E muito mais se poderia acrescentar! Estou desolada e chocada com o que aconteceu.»
Estamos todos desolados e chocados com o que aconteceu, cara Manuela Nunes.
Não podemos devolver à vida os seres humanos e não humanos que pereceram nestes incêndios. Mas podemos evitar que tamanha tragédia volte a acontecer em território português.
É tempo de novas políticas. Novos compromissos. Novas atitudes. Novas responsabilidades.
Há que defender os legítimos interesses da Nação, e não os ilícitos interesses dos lobbies.
12 ideias básicas. Vamos, por favor, partilhar mais algumas e melhorar estas!
1 - Reutilizar as casas dos Guardas Florestais. - Estas casas existem e temos um alto índice de desemprego. Estes funcionários seriam responsáveis pela manutenção e limpeza da área à sua responsabilidade rentabilizando a sua própria tarefa. A floresta paga-se a si mesma.
2 - Reorganizar a floresta, mantendo livres as passagens para carros de bombeiros - É possível e urgente fazer-se isto e os Guardas Florestais poderiam dar uma preciosa ajuda.
3 - Forçar os donos de terrenos a manter a sua limpeza - Devem ser criados mecanismos de apoio para aqueles que, comprovadamente, não tenham possibilidades económicas de o fazer. Infelizmente, isto é uma realidade. Muitos agricultores não têm mesmo hipótese de pagar estas limpezas.
4 - Legislar sobre o lançamento de foguetes - Não pode ser como agora, que cada aldeia com 2 metros quadrados lança foguetes, sem que as consequências sejam tidas em consideração.
5 - Proibir a 100% todo e qualquer aproveitamento que envolva qualquer tipo de negócio (hotéis, outras construções, eólicas, venda de madeiras etc.) numa área ardida por um período mínimo de 5 a 10 anos. - Como todos sabem esta é uma das razões para tantos incêndios.
6 - Obrigação de reflorestamento APENAS e só com árvores que façam parte da nossa natureza. - Nada de eucaliptos e porcarias como essa que não só consomem a água no subsolo como “abafam” outras espécies de arbustos e árvores. A lei da Cristas é para meter no caixote do lixo.
7 - Terminar os contratos vigaristas com as empresas que vivem à custa dos incêndios.
8 - Proceder à manutenção dos aviões que comprámos e pagámos e estão parados a enferrujar enquanto pagamos 35.000 euros/hora a privados.
9 - Reaproveitar homens e máquinas do exército. - A floresta é território nacional e necessita de protecção. Essa é uma OBRIGAÇÃO do exército.
10 - Todos os pirómanos apanhados pelas forças policiais tem que ser institucionalizados (caso sejam maluquinhos como é moda dizer) ou cumprir pena ajudando à reflorestação e limpeza de matas. Não é possível que saiam todos em liberdade para voltar a cometer o mesmo crime vezes sem conta.
11 - Preparar a aquisição de mais alguns aviões e deixar à guarda e responsabilidade de cada distrito um avião. - Cada distrito será responsável pela sua manutenção tendo também a obrigação de prestar auxilio a outros distritos em caso de necessidade.
12 - Falar com todas a corporações de bombeiros e ter a inteligência de perceber que eles é que sabem... e não uns idiotas sentados em secretárias que nunca na vida viram uma fogueira.
Em defesa da Língua Portuguesa, a autora deste Blogue não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, nem publica textos acordizados, devido a este ser ilegal e inconstitucional, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais. Caso os textos a publicar estejam escritos em Português híbrido, «O Lugar da Língua Portuguesa» acciona a correcção automática.
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