Uma reflexão sobre a ignorância e os ignorantes militantes, ou seja, aqueles que, apesar de toda a informação, optam por continuar ignorantes.
Origem da foto: Internet
Consta que são bastantes, os ignorantes, os indiferentes, os invejosos, os mesquinhos, os desconfiados, os medrosos, os corruptos e os interesseiros, que desconhecem o sentido da cidadania, logo, não a exercem. E, por isso, permitem que o país seja malgovernado, abandalhado e vendido aos pedaços, a quem dá mais.
Se a ignorância pagasse imposto, Portugal seria o país mais rico do mundo.
Esta é a triste verdade.
É que a ignorância optativa está disseminada por toda a parte, por todos os extractos sociais e pelos mais altos cargos da Nação.
A Saúde, em Portugal, está gravemente doente.
A Pobreza espreita em cada esquina.
O Ensino anda a rastejar por um chão pejado de uma descomunal cegueira mental.
A Cultura Culta e a Cultura Crítica emigraram para mundos mais civilizados.
As Artes sufocam, e apenas os escravos do poder vivem à custa delas.
A Língua Portuguesa anda perdida nos subterrâneos de uma ignorância e de uma indiferença descomunais que, alarvemente, estão a esmagar a identidade do povo português.
A política da violência e crueldade contra seres vivos tem os seus maiores defensores sentados nos Palácios de São Bento e de Belém.
Os indiferentes andejam por aí, como sonâmbulos. Se lhes mexem nos bolsos, agitam-se, mas sem grande convicção, por isso tudo continua sempre igual, sempre funesto, sempre obscuro, sempre mergulhado no lodo de um passado que se quer passado, e não presente ou futuro.
Na hora do voto, vota-se na continuidade, porque o medo de mudar é mais forte do que a vontade de ousar o desconhecido, a modernidade, o avanço civilizacional.
A ignorância e a indiferença estão a cozinhar Portugal em banho-maria, e os bobos da corte saltam e riem, porque enquanto houver povo ignorante e indiferente, mantê-lo-ão sob o seu jugo, e destruirão a Nação, em prol de interesses que não interessam, de modo algum, a Portugal.
E os Portugueses, tal como num tempo ainda bem presente, lá vão cantando e rindo, levados, levados, sim, pela voz do som tremendo, da ignorância sem fim… (1)
Isabel A. Ferreira
(1) Excerto adaptado do Hino da Mocidade Portuguesa, letra de Mário Beirão
Inacreditável? Mas acontece no nosso país onde a maioria parlamentar SERVE o lobby tauromáquico como os escravos serviam os seus senhores no tempo de má memória.
Terão medo de quê? Ou não será o medo que os move?
Por Cândido Coelho
«É absurdo e medieval que continuem a defender a tourada como tradição nacional. Os agricultores têm que pagar IVA a 6%. Já os toureiros encontram-se isentos do pagamento de IVA, exercendo estes uma actividade bárbara e cruel, a qual já teria entrado em insolvência, se não fosse o lobby político que existe nas bancadas do parlamento. No artigo 9ª, alínea 15 b do Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado, é mencionada a isenção dos toureiros».
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(Melhor dizendo: os touro-torturadores).
Não será algo escandaloso? Vergonhoso? Indecoroso? Injurioso? Afrontoso? Insultuoso? Desonroso? Ignominioso? Vilipendioso?
Rezem aos santinhos todos (já que são tão católicos, para vos iluminarem, senhores deputados (aqueles que apoiam esta situação vexatória) porque os há LÚCIDOS. Mas estes são tão poucos. Infelizmente!
http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/informacao_fiscal/codigos_tributarios/civa_rep/iva9.htm