Demasiadas vezes, levamos com o disparate de “Portugal ter roubado o ouro do Brasil”, por parte dos Brasileiros, a quem fizeram lavagem cerebral, nas escolas, porém, esqueceram-se de lhes dizer que o Brasil já fez parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, portanto, Portugal tinha tanto direito ao ouro do Brasil, como ao ouro de qualquer outra parte do território português.
O Ciclo do Ouro do Brasil ocorreu apenas durante o século XVIII, depois de descoberto pelos bandeirantes paulistas. E ao contrário do que se diz na lavagem cerebral, Portugal só tinha direito a um quinto desse ouro o que corresponde a 20%, os restantes 80% ficavam no Brasil.
Apenas no século XVIII Portugal começou a trazer ouro do Brasil, e nem todo o ouro brasileiro serviu para dourar os monumentos mais emblemáticos de Portugal, por não ser de boa qualidade, algo que também se esqueceram de dizer, aquando da lavagem cerebral.
Para SABER é preciso ESTUDAR a História tal como ela aconteceu, e não tal como os ignorantes querem que ela seja.
Brasileiros, de cérebro mal lavado, leiam o que se segue, porque é sempre bom SABER!!!
Isabel A. Ferreira
Biblioteca Joanina
Não é, e está muito longe de ser uma piada, não se trata de forma alguma de ofender ninguém, uma vez que é tão somente dirigido a quem pensa de outra forma, ou recebeu formação e instrução ministradas pelas universidades de ideologias esquerdistas do Brasil e até de Portugal! Deixo aqui este esclarecimento histórico e bastante preciso!
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Duas brasileiras, na Biblioteca Joanina: "Lindo, mas tudo feito com ouro brasileiro..."
Nem por isso, minha tupi loirinha.
A qualidade do ouro brasileiro muitas vezes não era apropriada para a talha dourada, como a que cobre magnificamente esta biblioteca, por isso é que o ouro normalmente usado é de proveniência europeia.
Já agora, algo que o professor Borges Macedo estudou muito bem, o Brasil só começou a dar lucro à Coroa portuguesa a partir de 1730, já terminada a Era do Ouro.
De 1500 até 1730, o Brasil para os portugueses foi sempre a lerpar.
Ou seja, o Brasil contribuiu positivamente para o Império, em termos de contribuição fiscal, durante menos de um século, de 1730 a 1820.
Até essa altura, foi equipar armadas para proteger o Brasil de índios, holandeses, franceses, espanhóis, outros brasileiros, etc. Tudo isto enquanto se construíam estradas, cidades, portos, etc..
Quanto aos portugueses "escravocratas" e "colonialistas", esses portugueses, na sua maioria, ficaram no Brasil e deram origem às actuais famílias das burguesinhas ricas que viajam para Portugal para mandar boquinhas sobre o "ouro do Brasil que os portugueses roubaram".
Boa viagem de regresso às terras de Vera Cruz !!!
(texto de Manuel Rezende, via Maria Pinto)
in https://www.facebook.com/photo/?fbid=6035488149813503&set=a.102726493089728
Por Hugo Dantas
«História querer-se-ia a investigação rigorosa da acção colectiva da Humanidade, ou das muitas humanidades que a compõem, completada com o prudente e desapaixonado juízo que discerne as causas próximas e remotas do devir histórico. Porém, é mais frequente, o que nos tenta a concluir que é natural, que se escreva a história a favor ou contra certas concepções, partidos ou ideologias. Os que escrevem a história anti-Portuguesa pretendem reduzir a intervenção do nosso povo no curso geral das coisas a um empreendimento terrorista, enfatizando este e aquele acto de violência, induzindo apressadamente a partir de certa infâmia, recortando do volumoso e riquíssimo manancial de quase seis séculos de actuação ultramarina dos Portugueses somente o trânsito negreiro no Atlântico, procurando apresentá-lo como a herança definitiva legada à posteridade humana da Expansão e do Império.
A história anti-Portuguesa redige-se, algumas vezes, com recurso à pura e simples mentira. Na grande maioria destes casos, o leitor ou o ouvinte consciencioso poderá desalojar um livro de historiografia séria da sua estante, ou da prateleira de qualquer biblioteca pública nas proximidades, e prevenir-se contra a fraude. Porém, a história anti-Portuguesa é quase sempre produzida por métodos mais subtis. Em breve, mas significativo ensaio, “Catholic Truth in History”, Hilaire Belloc descreveu os modos pelos quais na Inglaterra protestante se forjavam tratados e manuais anti-Católicos. Os métodos da historiografia anti-Católica que Belloc examina são aplicáveis a qualquer pessoa ou colectividade cuja história, e identidade, se queira deformar para qualquer propósito, e também se encontram na historiografia anti-Portuguesa, o que qualquer escrutinador será capaz de detectar, uma vez apercebida a natureza de tais procedimentos.
A história anti-Portuguesa começa a gerar-se na selecção dos materiais. Qualquer narrativa impõe uma selecção dos factos a mencionar. As crónicas dos feitos humanos oferecem-nos um oceano de sucessos, personalidades e contextos, entre o qual é necessário peneirar o que se julga dever ficar registado. Assim, a selecção do material pode fazer-se de modo a que a verdade seja obnubilada, ainda que cada facto que se apresente seja verdadeiro. A história anti-Portuguesa selecciona somente entre os anais da Expansão e do Império aquilo que oferece um retrato escabroso do nosso empreendimento colectivo.
O tom do narrador é sempre elemento não desprezível de qualquer obra de historiografia. O tom anti-Português empregará a ironia para com os nossos maiores feitos, usará das palavras mais fortes e emocionais para descrever os abusos verificados, introduzirá expressões de insinuadora ambiguidade em parágrafos onde competiria imperar o rigor descritivo.
Por fim, a proporção escolhida entre as diversas partes da narrativa concorre para completar um retrato mentiroso na historiografia anti-Portuguesa. Dois historiadores podem seleccionar o mesmo conjunto de factos a tratar nas suas obras. Mas a dimensão e a ênfase que conferem a cada um dos factos, a ordem em que estes são postos na narrativa, impressionam de forma diversa, mais favorável ou prejudicial, o leitor. O que historia contra Portugal não hesitará em desamarrar a pena, que navega à bolina do seu ódio, para relatar, com pormenores grotescos, o que de infame existir para ser publicado sobre o nosso passado imperial.
A história da expansão ultramarina de Portugal, como um todo e nas suas partes, tem sido objecto destes múltiplos métodos de ocultar e deformar a verdade histórica. Mais recentemente, aproveitando o ímpeto projectado desde o estrangeiro, a historiografia anti-Portuguesa tem-se empenhado em reduzir a história da Expansão e do Império ao tráfico negreiro, aos abusos praticados sobre os nativos americanos e africanos, às razias e à guerra. Ainda que quaisquer alegações relacionadas com estes eventos, em si mesmas, sejam verdadeiras, e em muitos casos não o são, a exposição que com eles se constrói da história de Portugal é falsa. Excluídos ficam os decisivos contributos de Portugal para o progresso da Humanidade: a vitória sobre a distância, a fundação de um verdadeiro mercado mundial, a difusão de tecnologia, a revolução alimentar… Em suma, o pioneirismo na globalização, a tomada da posse da Terra pela Humanidade, dos quais todos, hoje, em maior ou menor grau, gozamos os frutos, desconhecidos dos antigos durante milénios.
No próximo texto de história anti-Portuguesa que encontrar, o estimado leitor poderá, olhando à selecção, ao tom, à proporção usadas, apontar exactamente onde é que está a mentira.
Hugo Dantas
Fonte:
https://www.facebook.com/novaportugalidade/photos/a.1719853741606319/2869566186635063/