Se eu não tivesse lido esta notícia no JN, que é um jornal de referência e, portanto, não iria aldrabar numa coisa destas, eu não acreditaria, por ser demasiado estúpida.
A tourada à corda em Ponte de Lima é um costume bárbaro que vem do século XVII, para celebrar (imagine-se!) o Corpo de Deus, com o aval da igreja católica, como se Deus adorasse barbaridades! E os limianos continuam nesse passado sem terem a noção de que o mundo evoluiu e que esse tipo de “divertimento” já não se encaixa no século XXI, mas eles continuam a correr pelas ruas da vila e no areal enfrentando e fugindo de um Touro com meia tonelada, resultando desta coisa de broncos cinco feridos, que tiveram de ser hospitalizados, e se fossem mais feridos ou mesmo mortos então é que a festa seria o máximo.
Agora ouçam esta: o Aníbal Varela, da Associação dos Amigos da Vaca das Cordas e que lidera a organização da corrida há 45 anos, afirma que o facto de haver feridos significa que o animal desempenhou bem a função, ou seja, conseguiu mandar para o hospital uns poucos trogloditas.
Este ritual bárbaro é algo do foro da estupidez ao mais alto nível: consiste em amarrar um Touro com cordas e levá-lo até à Igreja Matriz, onde é atado às grades de uma janela da torre e banhado com vinho tinto, e depois do desventurado animal dar três voltas à igreja sempre atado por cordas (sem ter como fugir), é conduzido até ao Largo de Camões e levado para um areal, sempre seguido por uma multidão aos gritos e já alcoolizada, como se um BOVINO manso, inocente, inofensivo e indefeso nascesse para ser um brinquedo vivo de gente que não evoluiu.
E dizem: «Faz parte da tradição», sem terem a mínima noção do que é uma tradição. As tradições DIGNIFICAM o Homem. Esta é apenas uma actividade bárbara e estúpida que não dignifica os limianos, pois torturar um ser senciente, não é do foro da DIGNIDADE.
E dizem mais: se não levar ninguém ao hospital, a vaca das cordas não presta.
Agora digam-me: isto lá é um divertimento civilizado, de gente civilizada do século XXI?
Obviamente, não é.
Porém, enquanto houver trogloditas no Poder, Ponte de Lima será aquela vilazinha que ainda NÃO saiu do século XVII, sendo o último reduto da tortura de Touros a Norte de Portugal.
Um vergonha!
Isabel A. Ferreira
Vejam o que o vinho faz a um Touro, que tem um ADN quase 90% igual aos dos seus carrascos.
São José NÃO merece tamanho insulto.
Esta gente ainda não saiu da Idade Média?
E a igreja católica o que faz? Limita-se a deixar INSULTAR o Santo, com a TORTURA e o SOFRIMENTO de uma criatura também de Deus?
É por estas e por outras que Portugal é um País com um pé no terceiro-mundo.
Jamais evoluirá enquanto houver cá dentro trogloditas, que se divertem com o sofrimento de seres sencientes, à custa do ERÁRIO PÚBLICO!!!!!
Isabel A. Ferreira
***
Que VERGONHA, Sr. Ricardo Gonçalves, Presidente do Município de Santarém!
Fonte: Marinhenses Anti-touradas
Primeiro: Marcelo Rebelo de Sousa mete-se a comentar tudo e mais alguma coisa, excePto o que também importa, porém, em relação ao que também importa, remete-se a um silêncio extremamente comprometedor, o que também é de lamentar, até porque excede os limites do bom senso e dos deveres presidenciais.
Segundo: será que Marcelo Rebelo de Sousa NÃO tem amigos? Sabemos que quando se ocupa um cargo que permite ter a faca e o queijo na mão, NÃO se tem amigos, tem-se bajuladores. Contudo, na esfera privada ou mesmo familiar, NÃO terá UM amigo sequer que lhe diga que seria melhor retirar-se da vida pública, porque já não diz coisa com coisa?
Terceiro: ser-se Católico, Apostólico, Romano é muito natural. Nada contra. Porém, sendo Marcelo Rebelo de Sousa o Chefe de um Estado Laico, quando anda por aí a representar Portugal e os Portugueses, NÃO pode misturar alhos com bugalhos, e andar no beija-mão a todos os padres, bispos e arcebispos que encontra pelo caminho, incluindo o Papa (porque existe um protocolo de Estado que não o permite); e muito menos andar por aí a pôr paninhos quentes sobre algo absolutamente repugnante, como é a pedofilia, ainda mais no seio de uma instituição, que diz representar Deus na Terra.
Quarto: Marcelo ao dizer o que disse «haver 400 casos não me parece particularmente elevado, porque noutros países com horizontes mais pequenos houve milhares de casos», assim, tão claramente, não há margem alguma para outra interpretação que não esta: haver 400 casos não me parece particularmente elevado. Ponto. Como se isto já não dissesse tudo - até porque bastava haver apenas UM caso de pedofilia, no seio da Igreja Católica, para merecer o maior repúdio, por parte de todos os que se dizem católicos - Marcelo teve a insensatez de desvalorizar os crimes pedófilos perpetrados contra 400 crianças, que ficaram estigmatizadas para sempre (e serão muitas mais), com o argumento de que noutras partes do mundo são aos milhares, ou seja, justificou uma iniquidade com outra iniquidade. E isto não é coisa de quem tem a noção do que está a dizer. E o seu narcisismo - caracterizado por uma premente necessidade de ser bajulado, e por uma notória falta de empatia - e um imenso ego - que tem de ser alimentado, todos os dias, com protagonismo nas televisões - não lhe permitem pedir desculpa às vítimas, nem reconhecer os erros, a não ser que seja pressionado pela opinião pública, e então pedriá desculpas hipocritamente.
O que se passará com Marcelo Rebelo de Sousa?
Perderia o Norte? Perderia a pena e não há mal que lhe não venha? Como o Perdigão de Camões?
Alguém, que seja amigo de Marcelo, lhe diga que está na hora de sair de cena, porque, desde algum tempo a esta parte, tem demonstrado NÃO estar à altura do cargo que ocupa.
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem: TIAGO PETINGA/LUSA
Um texto de cortar a respiração, sobre a realidade tauromáquica, por quem já a viveu…
Um texto que dedico a todos os governantes e parlamentares e membros da igreja católica que permitem esta barbárie, indigna de seres humanos, em pleno século XXI d. C..
E vós, Povo que me ledes, na hora de VOTAR, tenham esta DESUMANIDADE em conta.
Isabel A. Ferreira
«Não me venham com a treta de argumento que "quando se nasce num meio tauromáquico" entende-se a nobreza do cavaleiro ou do forcado e o sofrimento do Touro passa a segundo plano em relação à demonstração de coragem por parte do homem...
Não me venham dizer que "odeio" os que fazem vida dos touros e que considero que são todos más pessoas porque isso é falso - ninguém é perfeito.
O que já não consigo tolerar, para que fique claro, é que em 2015 se manifeste tamanho desrespeito pela vida animal, que se permita um "espectáculo" nas televisões públicas que passa pela tortura de um animal numa praça, e que a cada ferro que entra no corpo de um animal confuso e tornado bravo com os ataques que sofre em "palco" exista uma multidão a gritar "bravo" e "olé".
Coragem?
Coragem é tirar o cu da cadeira e ir alimentar uma família carenciada; coragem é tirar um animal da rua e arranjar-lhe um lar; coragem é agarrar não um touro mas a vida pelos cornos para mudar o mundo para melhorar nem que seja no nosso prédio ou rua ou bairro; coragem é dizer "basta" quando todos parecem cegos pela barbárie deixando os seus sentimentos controlarem a razão de que todos somos dotados.
Eu quero um mundo sem touradas sim, acredito num mundo sem touradas e pessoalmente vou fazer o que estiver ao meu alcance para que um mundo sem touradas exista - ponto.
Como em quase tudo na vida há os que sem estratégia por vezes fazem mais mal que bem, por muita razão que possam ter, há os que insultam quando deviam falar e os que discutem quando deviam ouvir, se alguém é contra o que acreditamos - que seja por capricho ou ignorância - não é por partir o assunto aos bocados que ele melhor lhe vai passar na garganta, errado está o tolo que acha que é com ira que se conquista algo - nunca foi, nunca será.
Tive familiares toureiros que infelizmente já não se encontram neste mundo, um deles com problemas, grande parte da sua vida devido a uma cornada que o deixou em coma 6 meses.
Não sou um ignorante das touradas, sei o que é uma choça, um ferro violino, uma bandarilha e um capote, um Condessa de Sobral e um cavalo Lusitano, passaria melhor não sabendo mas contra isso nada posso fazer.
Fui a touradas, vi ao vivo, abstraía-me olhando os cavalos, chocava-me o ódio latente pelo animal negro no meio da tourada e não me venham com as merdas do costume que existe respeito pelo animal porque até gajos a espumar da boca vi como se possessos estivessem a pedirem mais ferros, mais tortura e até morte ali na praça mesmo em Portugal onde é ilegal.
Para o sofrimento que vem a seguir onde os ferros são arrancados e muitas vezes dois dias são passados antes do abate, eu se fosse touro, preferia morrer na praça com uma muleta espetada até ao coração e se isso não bastasse com o descabelo no cérebro, é mais digno do que o que não se vê após a saída do touro de praça - mas uma vez mais, a nossa hipocrisia leva-nos a fechar os olhos com uma viga enquanto apontamos para o cisco do vizinho.
Lembro-me de uma saída de touro numa praça pequena e desmontável para dentro do transporte onde já se encontravam se não estou em erro outros dois animais - o touro não se conseguia mexer, creio que tinha algum membro partido, os homens de cima da carrinha picavam o touro que ficava a meio da rampa recusando-se a entrar...quando digo picar estou a falar de varas com ferros na ponta que fazem uma bandarilha passar por alfinete...tanto picaram o animal que ele lá arranjou forças para conseguir subir os dois metros da rampa…"sobes ou não sobes grande cabrão" e os restantes riram-se a caminho de irem buscar mais um monte de carne viva para carregar... isto não é cruel!?!?
É o quê então?
Sei que tudo isto se assimilou na nossa cultura e descaradamente passou por debaixo do inexistente radar da moral e se passou a denominar de tradição - mas terão que arranjar um argumento melhor para continuar a montar um circo baseado no divertimento de muitos com o sacrifício de um boi, chamem-lhe toiro as vezes que quiserem, é um animal ruminante, um mamífero, um ser vivo e não, não foi certamente criado para isto.»
Fonte:
É difícil viver num País onde esta barbárie ainda é permitida por governantes trogloditas e pela igreja católica.
«MORREU O MARISMERO. MATARAM-NO AOS POUCOS!»
Já ouviram dizer que aqueles touros que depois das touradas não seguem para o matadouro, mas para a ganadaria de origem, vivem muitos anos e são muito felizes para sempre? Esqueçam.
Sim, há meia dúzia de touros em Portugal que depois das touradas não seguem para o matadouro, porque os seus proprietários querem fazer mais umas experiências com eles e eventualmente passar a utilizá-los para padrear. E era este o destino que foi idealizado para o Marismero.
Acontece que o Marismero veio comprovar que um touro que passa pelos horrores de uma tourada fica ferido, debilitado e com a sobrevivência comprometida.
O Marismero nunca recuperou do que lhe fizeram na arena do Campo Pequeno em Agosto de 2020. E numa altura em que ainda estava extremamente debilitado por causa da tourada (com as suas capacidades físicas e as suas defesas abaixo do que seria normal se não tivesse sido toureado), foi corneado, ainda em Agosto de 2020, por outro touro.
Talvez porque o Marismero já tivesse anteriormente sido notícia mais de uma vez, e havia muita gente curiosa relativamente ao seu percurso, o Marismero teve direito a uma intervenção cirúrgica logo após a cornada mencionada, e as fotos da cirurgia vieram a público – acompanhadas de legendas como “Esta é a Ética das Touradas”.
Desde então, vários aficionados da tauromaquia foram perguntando pelo Marismero na página do Facebook da ganadaria. No entanto, pelo menos pela mesma via, nunca nenhum obteve resposta.
Quase 8 meses depois, foi hoje notícia a morte o Marismero.
Imaginamos o sofrimento deste indivíduo desde o dia em que foi carregado para uma tourada, em Agosto de 2020, até à data da sua morte – que se presume (?) que seja a de ontem.
Descansa finalmente em paz, Marismero. Desculpa!
(Notícia de hoje sobre a morte do Marismero em:
Fonte:
https://www.facebook.com/antitouradas/photos/a.215152191851685/4131657476867784/
Até onde chega a irracionalidade dos responsáveis pelo bem-estar das crianças em Portugal!
Tomás Bastos, tem apenas 13 anos, é bezerrista, aluno do antro de toureio de Vila Franca de Xira (Portugal). Está no México há cerca de duas semanas, e por lá tem andado a torturar e a matar bezerrinhos, para divertimento, já se sabe, dos sádicos e psicopatas (nunca é demais repetir). Algo que daria para pôr na prisão quem tal malvadez permite. E não estou só a referir-me à malvadez para com o bezerrinho, mas também ao requinte de malvadez que é treinar crianças para matar, cruelmente, seres vivos, inocentes, inofensivos e indefesos como são os bezerrinhos.
No passado sábado ao participar em mais um evento selvático, passou-se o que o Farpas Blogue refere nesta notícia:
"𝘚𝘦𝘯𝘵𝘪𝘢 𝘥𝘰𝘳𝘦𝘴 𝘥𝘦 𝘦𝘴𝘵ô𝘮𝘢𝘨𝘰, 𝘷ó𝘮𝘪𝘵𝘰𝘴 𝘦 𝘵𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘥𝘪𝘢𝘳𝘳𝘦𝘪𝘢. 𝘔𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮 𝘲𝘶𝘪𝘴 𝘵𝘰𝘶𝘳𝘦𝘢𝘳", 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘢-𝘯𝘰𝘴 𝘰 𝘱𝘢𝘪. 𝘌 𝘢𝘤𝘳𝘦𝘴𝘤𝘦𝘯𝘵𝘢: "𝘘𝘶𝘢𝘴𝘦 𝘴𝘦𝘮 𝘧𝘰𝘳ç𝘢𝘴, 𝘴𝘢í𝘶 𝘢𝘰 𝘲𝘶𝘪𝘵𝘦 𝘯𝘰 𝘯𝘰𝘷𝘪𝘭𝘩𝘰 𝘥𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘢𝘭𝘵𝘦𝘳𝘯𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘦 𝘵𝘰𝘶𝘳𝘦𝘰𝘶 𝘱𝘰𝘳 '𝘨𝘢𝘰𝘯𝘦𝘳𝘢𝘴'. 𝘕𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘯𝘰𝘷𝘪𝘭𝘩𝘰, 𝘧𝘦𝘻 𝘶𝘮𝘢 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢-𝘨𝘢𝘪𝘰𝘭𝘢 𝘦 𝘵𝘰𝘶𝘳𝘦𝘰𝘶 à '𝘷𝘦𝘳ó𝘯𝘪𝘤𝘢'. 𝘋𝘦𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘷𝘰𝘭𝘵𝘰𝘶 𝘢 𝘴𝘦𝘯𝘵𝘪𝘳-𝘴𝘦 𝘮𝘢𝘭 𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘧𝘢𝘭𝘦𝘤𝘦𝘶. 𝘔𝘢𝘴 𝘳𝘦𝘤𝘰𝘮𝘱ô𝘴-𝘴𝘦 𝘦 𝘢𝘪𝘯𝘥𝘢 𝘵𝘰𝘶𝘳𝘦𝘰𝘶 𝘥𝘦 𝘮𝘶𝘭𝘦𝘵𝘢". (Farpas, 24/11/2020)
Isto é simplesmente revoltante, repugnante, desprezível, vil, imoral, e todos os demais adjectivos quejandos, que existem na Língua Portuguesa, para qualificar tais actos abjectos...
E pensar que tudo isto é apoiado pelos governo, parlamento, igreja católica, comissão de protecção de crianças e jovens de Portugal, irresponsáveise incompetentes.
Tenham vergonha, e tomem atitudes RACIONAIS! Para irracionais bastam os que atiram as crianças para a crueldade e a violência tauromáquicas. Este é um acto CRIMINOSO que deve ser levado ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e ao Comité dos Direitos da Criança da ONU.
Entretanto, Tomás Bastos esteve hospitalizado, mas já regressou aos treinos, para continuar a torturar e a matar bezerrinhos, cruelmente.
Eis um desabafo de uma vila-franquense, repleto da mesma indignação e desespero de todos os que abominam esta prática selvática, ainda mais praticada por uma criança, a quem não deram oportunidade de ser criança.
«Este miúdo é filho do bandarilheiro, forcado frustrado e ex-matador-que-nunca-foi, sobrinho do "matador" José Júlio e da minha terrinha, VFX.
Aluno da "escola", o covil de torturadores.
Nem tenho palavras para descrever o que sinto quando um pai coloca em perigo a vida de um filho.
Por muito menos a CPCJ tem retirado filhos aos pais/mães.
Se a criança tivesse morrido? Como é possível a insanidade deste pai?????
Ainda bem que não o encontro porque, juro que lhe dava uns socos😡😠😤
A indignação! O desespero. A impotência por não podermos proteger estes jovens, é atroz.
Fonte da notícia Marinhenses Anti-touradas:
***
Para que não restem dúvidas quanto a maus-tratos a crianças. Ambas têm treze anos. Uma enveredou pela sublime arte musical, a outra pela abominável prática bárbara de tortura de seres vivos.
Isto é ARTE:
Isto é BARBÁRIE:
Fonte da imagem:
Senhores deputados da Nação, Igreja Católica Portuguesa, ponham os olhos neste exemplo e não cedam aos apelos sanguinários dos tauricidas, que querem ser incluídos no rol das ajudas financeiras, para continuarem a torturar seres vivos, que merecem todo o nosso respeito e carinho.
Aproveite-se a portentosa mensagem que o coronavírus veio transmitir ao mundo, e acabe-se de uma vez por todas com as práticas cruéis contra os animais não-humanos, em todas as circunstâncias: tauromaquia, corridas (de cavalos e cães), rinhas de galos, circos, jardins zoológicos, gaiolas, correntes, caça e pesca desportivas, tiro aos pombos, enfim, todas as práticas que fazem sofrer os seres vivos não-humanos, tanto quanto nos fariam sofrer a nós, se as experimentássemos.
Engaiolados já ficámos nós. Gostámos? É a pergunta a responder.
No dia de São Francisco de Assis, um padre italiano comoveu o mundo com este gesto simbólico… (Repare-se na expressão deleitada do Cão!) Uma imagem poderosa e muito significativa do respeito que devemos ter para criaturas que também são de Deus. E não só os Cães e Gatos, mas todos os outros animais, porque todos eles têm alma (do Latim anima)= sopro da vida, alento (= respiração).
Lamento que a esmagadora maioria dos padres católicos portugueses não sinta este apelo franciscano, obviamente cristão, e permita que os animais não-humanos sejam torturados tão barbaramente, com a sua bênção.
E pior ainda: que permita que os Santos e Santas da Igreja sejam festejados com as mais grosseiras e sanguinárias e cruéis variantes da tauromaquia.
E lamento também, que a esmagadora maioria dos deputados da Nação, desalmadamente, dêem cobertura legal a tamanha barbaridade.
Absolutamente deplorável!
Isabel A. Ferreira
Excelentíssimo Dom João Evangelista Pimentel Lavrador
Bispo Residencial da Diocese de Angra
domjoaolavrador@diocesedeangra.pt
Venho, por este meio, manifestar a minha mais veemente repulsa pela presença de alguns forcados, devidamente identificados, através da sua indumentária, numa procissão realizada no passado dia 8 de Março, em Angra do Heroísmo, tendo alguns deles transportado o andor da imagem de Nosso Senhor dos Passos, como se fossem “irmãos” de alguma confraria religiosa; bem como pela realização de um “festival” taurino, previsto para o próximo dia 23 de Maio, de apoio a obras das igrejas das Lajes e da Agualva, como se a tortura de criaturas, também de Deus, servisse para branquear as acções selváticas perpetradas por algozes.
Ao longo dos tempos, têm sido inúmeras as declarações de membros da Igreja Católica a condenar as práticas tauromáquicas entre outras, em que são maltratados animais não-humanos. A título de exemplo, posso referir o que o Secretário do Vaticano, Bispo Pietro Gasparri, em 1923, disse: «Embora a barbárie humana ainda persista nas corridas de touros, a Igreja continua a condenar em voz alta estes sangrentos e vergonhosos “espectáculos”, como o fez Sua Santidade o Papa Pio V». Mais recentemente, na sua Encíclica Laudato Si’, o Papa Francisco escreveu que «sujeitar os animais ao sofrimento e à morte desnecessária não é digno de um ser humano».
Face ao exposto, venho manifestar a minha repugnância e repúdio pela presença de forcados, devidamente identificados, numa procissão, fazendo propaganda a uma actividade condenável nas sociedades humanas actuais, e não a manifestar a sua fé em Deus que, pela Sua Natureza divina, condena todos os actos violentos e cruéis contra as Suas criaturas, quer sejam humanas ou não-humanas.
Manifesto também, a minha indignação e repúdio pela realização de uma sessão de tortura de touros para, hipocritamente, apoiar obras em igrejas.
Venho, igualmente, apelar a Vossa Reverendíssima para que, em nome de Deus, condene estas práticas bárbaras e macabras, e a presença de forcados identificados em procissões, e não autorize que as paróquias aceitem recolher fundos através de touradas ou de outros eventos onde animais não-humanos, indefesos, inocentes e inofensivos são barbaramente torturados, para divertimento de uma peque fatia de um povo que ficou parado no tempo, e afastado dos ensinamentos de Jesus Cristo.
Para um melhor aprofundamento deste tema, sugiro a Vossa Reverendíssima a leitura dos textos inseridos nestes links:
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Um extraordinário texto, da autoria de Marcelo Lafontana, o qual convida a uma profunda reflexão
Por Marcelo Lafontana
«O único exercício moral válido para a Igreja Católica seria tentar seguir os ensinamentos e imitar o comportamento do mesmo Cristo que adora.
Vejamos:
Jesus aceitaria a desigualdade social ou defenderia oportunidades para todos?
Jesus veria com bons olhos a distribuição da riqueza de forma igualitária?
Jesus promoveria a guerra em nome da fé?
Jesus perseguiria, torturaria, prenderia e queimaria gente em nome da religião?
Jesus acumularia tanta riqueza e ostentaria tanto luxo como o Vaticano?
Jesus daria igual oportunidades a homens e mulheres?
Jesus teria aceite um acordo com Mussolini e o fascismo para ter um Estado independente da Itália?
Jesus perseguiria ou mesmo hostilizaria homossexuais?
Jesus aprovaria ter o infame General Franco enterrado num monumento religioso construída por presos políticos?
Jesus oprimiria cientistas como Galileu Galilei ou artistas como Miguel Ângelo só por terem uma ideia diferente da sua?
Bem, a lista não teria mais fim.
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10218354449365575&set=a.10201991215414953&type=3&theater
Em plenas festas de São José. E nem São José valeu a este jovem, que ficou gravemente ferido, quando um Touro, em legítima defesa, o colheu, no recinto da picaria, provocando-lhe um traumatismo crânio-encefálico.
Mas isto não faz parte da tão apregoada ARTE e CULTURA tauromáquicas? Que importa que morram, que fiquem feridos ou estropiados! O que interessa é a ARTE e a CULTURA que “isto” representa, e soma e segue… sempre...
Lamento pelo rapaz, que foi OBRIGADO à força (e ao bofetão, na maioria das vezes) a expor-se a estes perigos, com a conivência dos progenitores, da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, da igreja católica, e, consequentemente, com o apoio explícito do ESTADO PORTUGUÊS, que nada faz para acabar com estas tragédias. E ninguém aprende nada com elas.
Este é o Portugal pequenino, medíocre, troglodita, que existe dentro do outro Portugal: do Portugal para “inglês ver”.
«O jovem foi transportado para o Hospital Distrital de Santarém tendo sido depois transferido para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde está internado e a realizar exames.
A vítima foi socorrida pelos Bombeiros Municipais de Santarém que estiveram de prevenção nas festas. Os bombeiros assistiram ainda outras duas pessoas no local também devido a colhidas».
E nós todos a pagarmos para isto.
Os tauricidas não estão propriamente a trabalhar em prol da Humanidade e do Planeta, quando estas tragédias acontecem.
Então porquê os contribuintes portugueses têm de pagar estas contas? Além da REVOLTA que tudo isto provoca a quem é dotado de EMPATIA, e sofre com o sofrimento dos Touros, e lamenta o que acontece a quem adora torturar seres vivos.
Quanta miséria moral, social e cultural vai em Santarém!
Isabel A. Ferreira
Fonte: