Poderá ser uma provocação ou não.
Em 2018, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, com ratificação da Assembleia Municipal, decidiu proibir a realização de touradas e outras práticas medievalescas que envolvam violência animal na área do município.
No entanto, existem ainda, evidências de que as touradas têm um trajecto. Vejamos:
Quem vai da Avenida Mouzinho de Albuquerque e entra na Avenida dos Banhos há uma placa a indicar que a Praça de Touros da cidade fica numa determinada direcção.
Seguindo essa indicação, e lá chegados, deparamos com aquilo a que chamam “Monumental” Praça de Touros da Póvoa de Varzim, que, se na verdade, irá ser reconvertida num pavilhão multiusos, estando previsto que o projecto possa arrancar ainda este ano, conforme o prometido por Aires Pereira, presidente do município, a designação “monumental praça de touros”, já devia ter desaparecido, e ser substituída por uma faixa a indicar que brevemente ali nascerá um pavilhão multiusos, para que não haja mais dúvidas.
Deste modo, quem está acostumado a ver touradas na Póvoa de Varzim, com estas indicações, acha que elas não acabaram, e podem ainda ser realizadas, ali, onde ainda se diz que é o tal monumental antro de tortura de Touros. Basta estalar os dedos!
Por isso, a protóiro, como é de seu hábito, garante que irá avançar com todos os meios legais contra a autarquia, contra o autarca e contra todos os que se associaram a este ataque vil à liberdade dos “espectáculos culturais no concelho”.
É que os da protóiro, coitados, vivem na ilusão de que a selvajaria tauromáquica é um “espectáculo cultural”, e que dizer NÃO à selvajaria por ela protagonizada é um “vil ataque”. Pobres mentes!
Já estamos habituados a ouvir isto.
Porém, esta será a grande prova de fogo do autarca poveiro.
Não ouvimos o primeiro-ministro, António Costa, dizer que a realização destas práticas medievalescas passariam a estar sob a alçada das autarquias?
Poie é. A autarquia poveira disse NÃO a estas práticas boçais, por lhe parecer ser a atitude mais adequada para o tempo em que vivemos.
E quem manda na Póvoa de Varzim? É a protóiro ou é a Câmara Municipal?
A autarquia não recebeu ainda nenhum pedido de licenciamento para a prática desta selvajaria, mas se surgir, aqui fica a promessa de Aires Pereira: «A decisão não pode ser outra senão rejeitar».
Quanto à protóiro, que diz que avançará com todos os meios legais contra a autarquia, contra o autarca e contra todos os que se associaram a este ataque vil à liberdade de realizarem tortura de Touros, num conselho que se declarou livre dessa barbárie, tenho a dizer que avance com esses meios, também contra mim, que me associo a esta defesa da liberdade dos Touros de terem uma vida tranquila como é de seu direito, porque a “liberdade” da protróiro, de os atacar vilmente, para se divertirem boçalmente, acaba quando começa a liberdade dos Touros à sua vida tranquila nos campos.
É que liberdade não rima com tortura, nem com ignorância, nem com estupidez, algo em que a prática da tauromaquia está assente.
Isabel A. Ferreira
Algo que tem a ver também com a actualidade portuguesa
Ouçam Leandro Karnal e tirem as vossas conclusões…
Apesar disso, eles insistem no erro…
Isto é um sinal claro da decadência tauromáquica e da recusa da realidade, o que configura uma alteração do estado de saúde mental, por parte dos envolvidos…
E o pior, é que esta gente não tem a noção de que ficarão para a História como os promotores da violência, da crueldade, da incultura, numa televisão pública…
O que lhes interessa são os dividendos do agora…
Como se iludem…
Que demonstração colossal de incompetência, de ignorância, de insensibilidade, de incivilidade!
Muitas mais pessoas estiveram presentes nesta Marcha do que as que têm assistido à tortura de bovinos, nas arenas.
Apesar disso, as televisões calaram-se.
O que significa que estas iniciativas incomodam o sistema caduco vigente, e não querem que Portugal saiba.
Mas o mundo saberá desta vitória sobre a ignorância.
Não foram poucos… mas milhares…
Magnífica reportagem fotográfica de Carlos Ricardo para ver neste link:
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Por Bianca Santos
Lá fomos nós mais um ano à Marcha Animal.
Se os animais fossem respeitados e não estivessem todos os dias sujeitos a um sofrimento atroz e a uma VIDA sem qualquer significado para a sociedade, que não o de serem meras "coisas" para não nosso bel-prazer, não precisávamos de lá estar.
Se os canis e gatis não estivessem a abarrotar e com fila de espera para o abate semanal, os animais não fossem largados na rua desprotegidos, a terem ninhadas consecutivas que só vêm ao mundo para sofrer e morrer e as pessoas não continuassem a encomendar novos rebentos aos "criadeiros" apenas pelo capricho de escolherem um bebé com a dita "raça" sem quererem saber o que acontece aos seus irmãos ou aos seus progenitores, não precisávamos de lá estar.
Se já tivéssemos uma legislação moderna e actualizada, à semelhança dos restantes países vizinhos, que os protegesse e proporcionasse melhorias para o seu bem-estar, acusasse de CRIME e punisse efectivamente os culpados, também não precisávamos de lá estar.
Se as touradas e os circos com animais estivessem já ao nível da proibição da escravatura humana, dos circos romanos, da segregação racista, da inferiorização da mulher ou da discriminação de homossexuais, não precisávamos de lá estar.
Se as pessoas finalmente admitissem que o que comem não vem de um porquinho ou de uma vaquinha feliz dos prados verdejantes e que para aparecerem apetitosos nos pratos passaram uma vida de verdadeiro inferno, de maus-tratos e abusos e sucumbiram a uma matança sanguinária num matadouro à margem da sociedade que se recusa a ver o verdadeiro terror de um ser que sente a DOR, chora enquanto espera pela sua vez na fila para a morte e morre SÓ, em profunda dor, sem defesa e sem nunca ninguém saber da sua triste existência, não precisávamos de lá estar.
A descrição do sofrimento poderia continuar e continuar e continuar...em todas as formas intermináveis de exploração animal.
Se não fosse assim não precisávamos de lá estar na Marcha Animal, não precisávamos de lembrar o Governo, a AR, o país, os nossos amigos, colegas e familiares que estes animais não só sofrem hoje, como sofrem TODOS os 365 dias do ano.
Marchamos porque acreditamos que por eles podemos fazer muito mais juntos e melhor, e quem não está faz sempre falta. Por eles. Marchamos pois pelo menos neste dia fazemos saber, quer queiram ou não, que eles existem e que vamos continuar a marchar e a lutar. Por eles.
Fonte do texto:
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=10154215312985107&id=740080106
Isto só acontece num país onde as autoridades não valem nada, e as leis são letra morta (IF)
A degradação moral, a estupidez e a falta de humanidade num só gesto covarde…
Por Prótouro
«No próximo dia 8 de Setembro, terá lugar um “grande acontecimento taurino” em Monsaraz. Este acontecimento, consiste em matar um touro previamente amarrado à muralha do castelo. Esta carnificina é feita debaixo de um toldo para que os autores não sejam identificados.
Esta prática ilegal, repete-se ano após ano, sem que ninguém a impeça porque as autoridades fecham os olhos.
A G.N.R., quando isso acontece, nem sequer está presente mas convenientemente aparece depois do facto consumado para proceder ao levantamento do auto e apreender o animal.
O “grande acontecimento taurino” é como o segredo de polichinelo, todos sabem de antemão o que vai acontecer mas ninguém faz nada para o impedir.
Como consequência, os processos em tribunal são mais que muitos, arrastam-se e custam os olhos da cara ao erário público, tudo porque quem tem a obrigação de fazer respeitar a lei não o faz.
Em Monsaraz reina a bandalheira total. Nem os eleitos municipais são punidos, nem as forças de autoridade que deveriam fazer cumprir a lei o são.
Este é o retrato de Portugal que a todo o custo pretende impor-se aos olhos do mundo como um país civilizado, mas que na verdade é um país onde as autoridades são incapazes de fazer cumprir a lei.
Como é que um país pode exigir aos cidadãos o cumprimento da lei quando permite que autoridades camarárias e forças policiais o não façam?
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte:
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COMENTÁRIOS:
É lamentável que uma região tão bonita não explore as suas potenciais qualidades e seja falada por esta barbárie e total desrespeito pela lei. Igualmente lamentável a falta de vontade e firmeza de quem as devia obrigas a cumpri-las. Portugal um doa países mais atrasados da UE nas mãos de uns tantos políticos que para manterem o lugar se vergam aos interesses de uma tauromaquia doente, arcaica que subsiste de dinheiros públicos. Portugal dos pequeninos! (Teresa Lopes)
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São uma cambada de anormais isso sim, psicopatas e a GNR outra merda. (domingos raul forte)
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Monsaraz é uma das aldeias mais pitorescas e interessantes do nosso país. A aldeia, isto é, o espaço físico, merece todo o nosso respeito e admiração. Já as pessoas nem por isso.
Tal como um sinal cheio de pêlos na cara de uma rapariga muito bonita, as pessoas de Monsaraz estragam todo o misticismo e atracção do lugar ao insistirem em propagar pseudo tradições por imposição da escumalha tauromáquica que mantém todo o Alentejo sob o seu pulso de ignorância e estupidez.
Se Portugal fosse um país coerente, não se esperaria menos do que outra intervenção policial do género, mas desta vez a proteger os justos para variar. É a prova que no nosso país o dinheiro e a corrupção ainda se sobrepõem facilmente perante os mais básicos princípios morais.
A culpa desta vergonha é de todos os intervenientes como é óbvio. A tradição dos touros de morte em Monsaraz é tão antiga como o mandado do Jorge Sampaio. Esperar-se-ia alguma inteligência e integridade, quer do presidente da junta de freguesia, quer do presidente da câmara de Reguengos de Monsaraz, mas, em nome do voto fácil e da perpetuação do nível de inteligência inferior da terra, não só viram a cara à questão como a abraçam, apesar de todas as contradições que tal acarreta. (Ricardo)
Esta é para todos os governantes portugueses (incluindo a Igreja Católica) que no Parlamento e nas autarquias e nos altares dos templos teimam em manter a ignorância e a estupidez activas, ao apoiarem a carnificina de animais não humanos em todas as modalidades carniceiras que o homem predador criou para satisfazer o seu ego sádico.
Obrigatório ver.
Quem não demonstrar respeito até pelo menor ser da criação, seja animal ou vegetal, não demonstra respeito por si próprio.
Temos todos a mesma Mãe Vida.
La Alcadesa de Madrid, Ana Botello, a pensar: «Não devia ter declarado a Corrida de Touros Património Cultural Imaterial… Devia tê-la abolido... Como fui capaz de ter passado um atestado de ignorante a mim própria?...»
Enquanto milhares de madrilenos (e também portugueses ) assistem atónitos ao fim da situação de bem-estar em que viviam, sofrendo grandes cortes nos salários, na educação, na saúde, nos serviços sociais, a Câmara de Madrid (e algumas Câmaras portuguesas) pôs em cima da mesa as suas verdadeiras preocupações e declarou as corridas de Touros Património Cultural Imaterial.
Esta proposta foi aprovada graças à maioria absoluta do Partido Popular, que lá, como cá, prima por ser um partido retrógrado, logo, em vez de se preocupar em trabalhar para dar um futuro melhor ao povo que o elegeu, declara a TORTURA património cultural...
Isto não será de gente completamente INSANA?
Fora os mais de 2,5 milhões de Euros que a tauromaquia recebe da Comunidade de Madrid. E em Portugal 16 milhões de Euros saíram também do nosso bolso, para a TORTURA de seres vivos.
O Partido Animalista – PACMA – exige à “la alcaldesa” de Madrid o fim da utilização dos dinheiros públicos para financiar uma actividade posta em causa pela maioria dos cidadãos.
E nós cá, também uma esmagadora maioria, exigimos o fim do financiamento a este ritual sanguinário.
Nestes momentos de crise, esse dinheiro sangrento, além de APOIAR a TORTURA e a MORTE de animais, é uma BOFETADA a todo o povo que sofre com as medidas de austeridade impostas por estes governos tauricidas.
Fonte:
http://www.pacma.es/n/13748/el_ayuntamiento_de_madrid_declara_los_toros_patrimonio_inmaterial
Mas façamos uma pergunta:
Que importância tem para a Humanidade que a tourada seja declarada Património Cultural Imaterial?
NENHUMA.
Isto vale ZERO. É como declarar a Lixeira Municipal como Património Cultural Imaterial. A mesmíssima coisa.
Quem se importa com isso? Talvez as moscas que gostam de comer lixo.
Quando este ritual sanguinário acabar (e está para breve, não tenham dúvidas), fica o dito pelo não dito, e vai tudo para a trituradora de papeis.
Coitados! Sabem que estão no fim.
Deixai-os gozar um pouquinho a “glória” de ver o ritual grosseiro e grotesco deles ser declarado património...
Isto só fica mal a quem o declara. É passar um atestado de IGNORÂNCIA a eles próprios.
E nós temos compaixão, porque fazem figura de parvos.