… é a história chapa 5 dos aficionados de selvajaria tauromáquica. Obviamente cobardes.
Faço esta denúncia publicamente, para que corra mundo (e já são 151 os países de todos os continentes aonde chega este Blogue) e se saiba que em Portugal isto acontece, com o aval das autoridades portuguesas, que teimam em apoiar o miserabilismo moral e cultural gerado pela cruel e violenta prática da tauromaquia.
Esta história vai ao cuidado do primeiro-ministro de Portugal, dos partidos políticos com assento na Assembleia da República, da Procuradoria-Geral da República, e do senhor Presidente da República.
É que este bullying cibernético acontece frequentemente, e nós, que defendemos a Vida Animal (humana e não-humana), a Ética, a Cultura Culta, a Civilização, a Evolução de Portugal, e combatemos o obscurantismo e a ignorância, não somos os Touros que esta espécie de gente está habituada a atacar e a torturar, para gáudio dos sádicos. Não somos obrigados a aturar esta gente, que não pode ficar impune.
Esta história começou com a publicação deste texto:
Tauromaquia: se a ignorância matasse o fadista José da Câmara estaria morto e enterrado…
A propósito disto, alguém muito incomodado, que vive lá para as bandas do Alentejo, forjou um perfil de Facebook falso, com o nome de ZÉ DA BURRA, e enviou-me uma mensagem privada, com ameaças e “mimos” próprios de cobardes aficionados de selvajaria tauromáquica. Nada a que já não esteja habituada. Desta vez coloquei uma bolinha no palavrão, para não parecer muito mal, uma vez que isto está em formato de imagem.
Então, aceitei a mensagem, só para enviar ao ZÉ, que será da Burra, e ele lá saberá porquê) o seguinte recado: «Aceitei esta mensagem só para lhe dizer que é bastante fácil chegar ao Zé da Burra, que não será bem da Burra, mas da Cela.
Estas ameaças estão a caminho da Polícia Judiciária. Tem a noção do crime que cometeu, não tem? Um crime que tornarei público».
Escusado será dizer que mal eu enviei esta mensagem, o Zé da Burra eliminou o perfil, não sem antes deixar mais um palavrão, desta vez em inglês (fuck you…) à moda dos grosseirões dos filmes americanos.
São assim os aficionados de selvajaria tauromáquica, de “fabrico” parlamentar. Uns grandes cobardes. Não são HOMENS para enfrentar um TOURO inteiro, de frente… nem para enfrentar uma mulher.
O Zé da Burra eliminou o perfil, mas deixou o traseiro de fora…
Sei que não sou a única a receber este tipo de ameaças, enxovalhos e grosserias. Já as recebi de deputadosda Nação. Esta é a linguagem típica dos aficionados, sejam doutores, engenheiros ou simples guardadores de vacas. Estas situações devem ser denunciadas publicamente. Quem recebe este tipo de ameaças tem de reagir, denunciar e apresentar queixa.
São todos muito “valentes” a ameaçar mulheres atrás de um ecrã de computador. Mas quando confrontados, cara a cara, tremem de medo. Como já aconteceu comigo. Típico dos cobardes.
Comportam-se com as mulheres do mesmo modo que se comportam com os touros. São a coisa mais cobarde que existe. Quando pensamos que já não há mais nada para ver neste mundinho medievalesco da tauromaquia, eis que aparece um Zé da Burra ou da Cela para nos mostrar que ainda não vimos tudo. A escala ainda está mais abaixo do que o que podemos imaginar. Os homens das cavernas eram muito mais civilizados do que esta espécie pré-humana. Os homens pré-históricos não tinham esta crueldade, esta maldade entranhada na pele. Viviam para sobreviver, e não andavam a torturar animais, para se divertirem. Tinham, respeito pela Vida e pela Natureza, dois valores preciosos naquela e em todas as épocas. Até os animais não-humanos têm essa percepção. Mudei de ideias quanto ao primitivismo dos homens das cavernas, quando comecei a entrar no mundinho tauromáquico. Chamar Neanthertais aos aficionados de tauromaquia é INSULTAR o homem primitivo, que era moralmente muito mais superior do que estes trogloditas desumanos.
Excelentíssimas autoridades, não têm a percepção de que já BASTA disto? Está na hora de Portugal evoluir.
Manter uma franja populacional, ainda que minoritária, neste nível tão baixo, tão reles, tão incivilizado, não dá prestígio alguma a Portugal e às suas autoridades.
Basta de fabricar Zés da Burra.
Isabel A. Ferreira
Os primitivos usaram a inteligência; os modernos abusam do Poder.
Copyright © Isabel A. Ferreira
in Manual de Civilidade - Edição Maio de 2000
(Origem da foto) http://www.escolasapereira.com.br/v_pagina.php?a=tag428
Perguntas-me por que razão te dirijo todas estas palavras?
Por nada de especial.
Apenas pretendo evitar, se for esse o caso, que não comprometas o futuro, com os teus excessos, com os teus exageros, com a tua inabilidade, com a tua cegueira. É que gostaria de viver o que me resta da vida, sem ter de me preocupar contigo. Por isso, decidi expor-te o meu pensamento.
Quando criança, fui criança e costumava dizer: «Quando eu for grande quero ser...». Tanta coisa eu quis ser! Já passei pela juventude e fui apenas o que tive de ser. Nem criança, nem adulta. Apenas jovem. Hoje, estou a meio do meu percurso. Continuo a seguir em frente, claro! Vivo como posso e como sei. Não sou criança, também não sou jovem. Sou apenas o que sou. Como convém.
Quando ultrapassar o Cabo da Boa Esperança, navegarei em outras águas, talvez um pouco mais turvas, mas nem por isso deixarão de ser boas águas para navegar, e provavelmente continuarei a seguir o meu caminho, com a tranquilidade da primeira idade, pois viver cada época de cada vez é a evolução natural da vida. Pretender invertê-la não criará o caos?
Todas as vidas começam de um modo muito primitivo. Uma simples e frágil sementinha transforma-se num belo e frondoso embondeiro, se lhe derem condições. A isto chama-se progresso: movimento para a frente.
Diz-se que o homem também nasceu primitivo. Vivia em cavernas, andava nu e utilizava instrumentos muito rudimentares. No entanto, esse homem primitivo e inculto fez algo que o homem moderno, esparramando tanta sabedoria e tão alta tecnologia, não conseguiu fazer: progresso. Os antigos usaram a sua inteligência, e da pedra à madeira, da madeira à cerâmica, da cerâmica ao metal, tirando partido do fogo, dos ventos e das águas, inventaram quase tudo o que está na base das sociedades ditas modernas.
Todavia, o que o homem primitivo construiu apenas com a sua inteligência, habilidade, e muito engenho e arte, o homem moderno destrói com a sua alta tecnologia. Inabilmente. Desinteligentemente.
E o que faz o homem do nosso tempo com o espantoso progresso dos seus primitivos antepassados? Transforma-o num moderno retrocesso, e o pior é que se vangloria desse feito, assim como de outros feitos também.
Diz ufanado: «Navego na Internet». Isso é bom. É muito bom. Mas navega igualmente em outras águas, onde se vão extinguindo todas as espécies...
Saberás qual é a diferença entre o homem primitivo e o homem moderno?
O homem primitivo usou a inteligência em prol do progresso; o homem moderno abusa do progresso em prol do retrocesso.
E chama a isso PODER.
in «Manual de Civilidade» © Isabel A. Ferreira