Trogloditas de Portugal, aprendam com quem sabe.
«Touradas = Conservação das espécies?»
Por Hugo Evangelista (Biólogo)
«Os proprietários das ganadarias mantêm os touros nos seus terrenos, não porque tenham uma grande consciência ecológica e ambiental, mas porque daí retiram dinheiro. Muito dinheiro. No dia em que os touros deixarem de ser vendidos a 2000 euros cada, cerca de 2600 animais por ano (DN, 2007), os proprietários das ganadarias rapidamente se esquecerão de qualquer importância ecológica ou da biodiversidade do touro bravo.
É esta a principal, senão a única, verdadeira razão para a continuação das touradas no nosso país – interesse económico.
É claro que, para desculpar o indesculpável, atiram para os olhos o facto de se querer proteger uma espécie. Mas nem o touro bravo é uma espécie nem a extinção desta raça é irremediável e obrigatória quando as touradas acabarem.
Nada impede o Estado português de criar parques naturais ou outras soluções viáveis para a conservação destes animais.
O que não pode nunca acontecer é justificarmos o sofrimento e morte de um ser com a capacidade de sofrer para o poder “conservar”.
A conservação do panda passa por espetar bandarilhas no seu dorso? A recolocação do lince ibérico na Península Ibérica passa por o pegarmos de caras?
A conservação de espécies / raças, não é argumento para continuar a haver touradas. É um papel que tem de ser assumido pelos portugueses e pelo Estado e não por empresas que da exploração desses animais retiram avultados lucros.
Existe outro argumento frequente, que é o da conservação dos ecossistemas, mas este é ainda mais frágil. É que estamos a falar de um animal totalmente domesticado, que só existe por selecção artificial de características de interesse. Isto significa que um touro bravo é totalmente substituível senão supérfluo na manutenção dos montados portugueses.
Voltamos então ao único argumento de peso para a manutenção das touradas. Os interesses económicos. Interesses esses que vivem de um espectáculo que promove a ideia de que existe justiça e igualdade em colocar um animal num local estranho e com regras definidas pelos humanos; que coloca animais numa luta que estes não desejam entrar (mas são forçados a isso); que vive da diabolização da imagem de um herbívoro territorial e faz disso um espectáculo de entretenimento.
É vital rejeitarmos esta visão subvertida da realidade. É preciso dizer que a tourada não é uma fatalidade e que podemos acabar com uma das formas mais indignas e desumanas de tratamento dos animais da actualidade. É incontornável assumirmos este como um dos principais objectivos do movimento de defesa e de direitos dos animais.»
Fonte:
http://abolicionistastauromaquiaportugal.blogspot.pt/2008/08/touradas-conservacao-das-especies.html
É UM BOVINO, HERBÍVORO E MANSO…
A ferida aberta no seu dorso não dói, dizem os alucinados tauricidas.
Podemos então rasgar as vossas carnes à vontade?
Um bovino é feito de carne e osso, vísceras, alma e coração. É um animal como qualquer um de nós. Sente. Sofre.
Mas os torcionários acham (porque pensar não pensam) que isto não dói.
Então vamos experimentar nos vossos costados!
Quero ver até onde vai a “valentia” que dizem possuir…
COBARDES!
Por Hugo Evangelista (Biólogo)
«Os proprietários das ganadarias mantêm os touros nos seus terrenos, não porque tenham uma grande consciência ecológica e ambiental, mas porque daí retiram dinheiro. Muito dinheiro. No dia em que os touros deixarem de ser vendidos a 2000 euros cada, cerca de 2600 animais por ano (DN, 2007), os proprietários das ganadarias rapidamente se esquecerão de qualquer importância ecológica ou da biodiversidade do touro bravo.
É esta a principal, senão a única, verdadeira razão para a continuação das touradas no nosso país – interesse económico.
É claro que, para desculpar o indesculpável, atiram para os olhos o facto de se querer proteger uma espécie. Mas nem o touro bravo é uma espécie nem a extinção desta raça é irremediável e obrigatória quando as touradas acabarem.
Nada impede o Estado português de criar parques naturais ou outras soluções viáveis para a conservação destes animais.
O que não pode nunca acontecer é justificarmos o sofrimento e morte de um ser com a capacidade de sofrer para o poder “conservar”.
A conservação do panda passa por espetar bandarilhas no seu dorso? A recolocação do lince ibérico na Península Ibérica passa por o pegarmos de caras?
A conservação de espécies / raças, não é argumento para continuar a haver touradas. É um papel que tem de ser assumido pelos portugueses e pelo Estado e não por empresas que da exploração desses animais retiram avultados lucros.
Existe outro argumento frequente, que é o da conservação dos ecossistemas, mas este é ainda mais frágil. É que estamos a falar de um animal totalmente domesticado, que só existe por selecção artificial de características de interesse. Isto significa que um touro bravo é totalmente substituível senão supérfluo na manutenção dos montados portugueses.
Voltamos então ao único argumento de peso para a manutenção das touradas. Os interesses económicos. Interesses esses que vivem de um espectáculo que promove a ideia de que existe justiça e igualdade em colocar um animal num local estranho e com regras definidas pelos humanos; que coloca animais numa luta que estes não desejam entrar (mas são forçados a isso); que vive da diabolização da imagem de um herbívoro territorial e faz disso um espectáculo de entretenimento.
É vital rejeitarmos esta visão subvertida da realidade. É preciso dizer que a tourada não é uma fatalidade e que podemos acabar com uma das formas mais indignas e desumanas de tratamento dos animais da actualidade. É incontornável assumirmos este como um dos principais objectivos do movimento de defesa e de direitos dos animais.»
Fonte:
http://abolicionistastauromaquiaportugal.blogspot.pt/2008/08/touradas-conservacao-das-especies.html