E não é. A tortura de Touros não é possível, numa sociedade evoluída.
O que é da ÉTICA não pode ser referendado. A tortura de Touros é uma questão da Ética, do Senso Comum, das Leis Naturais e Universais.
Referendar a tortura de Touros é admitir que a tortura de Touros é possível.
Eis o que é a Ética, explicada de um modo simples, por Mário Sérgio Cortella (***) para que todos entendam:
Referendar a tortura de Touros é ACEITÁ-LA como algo que pode ser válido para a sociedade, e que uns querem, e outros não querem.
As questões da VIDA não são referendáveis. A VIDA é tão importante para o animal humano, como para o animal não-humano, por isso estes são tão cuidadosos com a vida deles, defendem-na corajosamente, não poluem o seu habitat natural, e são eles o equilíbrio racional do ecossistema, que o animal homem, irracionalmente, destrói.
Ainda se a pergunta a fazer fosse directa e clara:
É A FAVOR DA TORTURA DE TOUROS E CAVALOS NUMA ARENA, PARA DIVERTIR SÁDICOS E PSICOPATAS?
… talvez (talvez) o referendo pudesse ser aceitável...
Contudo, nos referendos, como todos nós sabemos, as perguntas nunca são directas e claras, precisamente para confundir os menos esclarecidos e, com isso, servir a política e não a sociedade.
De qualquer modo, um referendo sobre a tortura de Touros é admitir essa barbárie no seio da nossa sociedade, que se quer evoluída. Portanto, algo contraproducente.
(***) Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro, mais conhecido por divulgar, com outros intelectuais como Clóvis de Barros Filho, Leandro Karnal, Renato Janine Ribeiro e Luiz Felipe Pondé, questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.
Isabel A. Ferreira
Um excelente texto, do Movimento Não À Vaca das Cordas, onde se conta a verdade mais verdadeira sobre as touradas à corda.
Mas isto, os socialistas monarquistas, que apoiam as touradas à corda nos Açores, não vêem, tanta é a cegueira mental!
Foto 1: Touro morre na tourada à corda nos Açores e ninguém o socorre, e riem e gozam a sua morte, não nos digam que evoluíram, porque não é verdade!
Foto 2 - Touro desmaia e entra em colapso, na Ilha Terceira.
Texto de Movimento Não À Vaca das Cordas
«Não, os touros não se ferem…» Dizem eles… Nem sequer sabem o significado de ferir… nem o que é tortura psicológica…
«Como sempre os aficionados com as suas enxurradas de mentiras. Os aficionados são mentirosos compulsivos e importa esclarecer a verdade aos que desconhecem o que é a tortura de bovinos com cordas.
1.º Torturar animais com cordas não é uma festa, é uma aberração para divertir psicopatas;
2.º Nas touradas à corda os touros são feridos, aterrorizados, cansados, humilhados, cuspidos, pontapeados, atirados ao mar, esganados e embriagados à força. Muitos touros morrem de exaustão, de fracturas graves derivadas das frequentes quedas ou morrem de golpes de calor.
3.º Os bovinos torturados não servem para alimentar ninguém. Ou seja, as touradas à corda para além de cruéis, são totalmente inúteis. As vacas de qualquer tipo podem dar leite, e as ditas "bravas" não são excepção. No passado o leite dessas vacas foi mesmo importante para o sustento de várias famílias na Terceira. A extinção dos bovinos é uma ficção ridícula da gente que vive da indústria da tortura de animais.
4.º Os touros explorados nas touradas à corda não têm vidas de luxo. A vida dos bovinos nas ganadarias são tentas (tortura de bebés), ferras (queimadelas com ferros em brasa), separação de bebés das mães à paulada, treinos, abstinência sexual forçada (bovinos machos vivem isolados gerando manadas instáveis, onde imperam as lutas e os consequentes ferimentos e mortes). A maioria dos bovinos não tem acesso a cuidados veterinários. As feridas e ossos partidos nas touradas à corda curam-se ao ar livre por si só. Um touro famoso das touradas à corda morreu com problemas cardíacos enterrado no próprio esterco, sem cuidado veterinário algum, em agonia, enquanto era filmado.
5.º A tourada à corda prejudica gravemente a economia dos açorianos. Milhões de euros são desviados para sustentar meia dúzia de famílias da tauromaquia, enquanto importantes investimentos em infra-estruturas e serviços à população ficam por fazer. A violência da tourada à corda repele a afluência de turistas, apenas atraindo pessoas embriagadas, delinquentes com problemas de integração social e psicopatas insensíveis ao sofrimento dos animais.
A tourada à corda é uma prática tauromáquica tão grosseira e maléfica quanto qualquer outra.
Um Touro é um animal. E sofre tanto como nós, que também somos animais. E não é de pau. Portanto, não é um brinquedo. E as ruas e as cordas não fazem parte do seu habitat natural.»
Assine a petição, confirme no seu e-mail e partilhe, o seu apoio é muito importante: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT89816
Fonte: https://www.facebook.com/eu.digo.nao.a.vaca.das.cordas/posts/1277756725660284
A iniciativa legislativa do PAN não foi votada no passado dia 21 de Dezembro, como seria de esperar, num País evoluído. Baixou sem votação para ser trabalhada durante um período de (mais) 60 dias por todos os partidos na 12ª Comissão (de que Cultura? De que Comunicação? De que Juventude? De que Desporto?).
Só num país terceiro-mundista uma tal iniciativa legislativa BAIXA sem votação para ser (mais) trabalhada…
O facto de estarmos a discutir tal matéria em pleno século XXI d. C. já é um sinal de atraso civilizacional.
Ninguém entendeu, à primeira, o que André Silva explicou com tanta clareza?
A iliteracia impera na Assembleia da República Portuguesa.
Diz André Silva:
«No circo, os animais passam a maior parte do seu dia encarcerados e os actos de performance na presença de espectadores causam stress severo aos animais.
Os espectáculos de circo têm um impacto contraproducente na percepção das crianças. Ao invés de conhecerem os animais de uma forma natural, são doutrinadas para a repressão da espécie humana sobre as outras.
Privar animais selvagens da liberdade é cruel. Jaulas maiores, melhor regulamentação e mais fiscalização não são solução. É manifestamente impossível aos circos assegurarem requisitos fisiológicos, mentais e sociais adequados para animais, prejudicando gravemente seu bem-estar.
Não desistiremos. Até todas as jaulas estarem vazias!»
É que não é preciso ser-se uma inteligência rara para saber que o habitat natural de qualquer animal não é uma jaula de circo.
Os Touros estão ali para isto mesmo: serem “bravos”, defendendo-se dos seus cobardes carrascos.
No habitat natural deles são mansos como cordeirinhos…
Na arena defendem-se assim… Ah! bravos Touros! São os meus Heróis!
Defender-vos-ei até que o último Touro seja sacrificado em nome da estupidez do animal pré-humano
A turista que vemos neste vídeo a ser colhida numa tourada à corda em Agualva, na Ilha Terceira, há uma semana, acabou por morrer, no maior dos silêncios…
Não convém às autoridades revelar estas mortes.
Também não convém às autoridades acabar com este divertimento boçal, em que animais humanos e não-humanos morrem ou ficam maltratados desnecessariamente…
(Nota: o vídeo, talvez, por conveniência dos tauricidas, foi eliminado. Se mostrasse gente a dançar nas ruas, não sereia eliminado.)
Por sua vez, a comunicação social açoriana também em nada contribui para que esta prática de broncos seja erradicada do Arquipélago dos Açores.
Acerca da morte desta turista, a parangona de um jornal local, o Diário Insular, num artigo de 25 de Agosto de 2016, sob o título «É preciso alertar turistas para perigo dos touros» (ler a notícia neste link:
http://www.diarioinsular.pt/version/1.1/r16/?cmd=noticia&id=84643
vai para a falta de informação para quem chega à Ilha Terceira, e não para lamentar a morte de alguém que vai à ilha assistir a algo que o povo local “vende” como algo muito “coltural” e perde a vida estupidamente, mergulhado nessa "coltura".
Mas na verdade o que é preciso é alertar os turistas não para o perigo dos touros, que esses são mansos, são herbívoros, não fazem mal algum a ninguém, se estiverem nos prados a pastar tranquilamente, mas para o perigo dos broncos, que se divertem a torturar um bovino amarrado a uma corda, e este, naturalmente, obviamente, tenta defender-se desses energúmenos embriagados, e também obviamente não sabem distinguir os carrascos dos turistas que ali são levados ao engano.
Diz o Diário Insular que «O interior da ilha Terceira tem paisagens e trilhos que encantam os amantes da natureza, mas tem também touros bravos, que podem surpreender os mais desprevenidos.»
Tem também Touros bravos? Acontece que não há Touros bravos na Natureza. Só há bovinos enraivecidos nas ruas por onde os arrastam, alarvemente, amarrados a uma corda.
José Pires Borges, proprietário de uma empresa dita de “animação turística”, diz que «falta informação para quem faz trilhos, sobretudo para estrangeiros».
É preciso não enganar os turistas a este ponto.
Esta turista não morreu num trilho, nem num campo onde pastavam bovinos. Morreu na RUA, quando um boi amarrado a uma corda, tentava defender-se dos seus carrascos.
As surpresas mais desagradáveis que os turistas podem encontrar na ilha são os terceirenses embriagados, a correr parvamente e a berrar histericamente pelas ruas, atrás de bovinos assustados, embolados, amarrados, a que chamam “touros bravos”.
Estes terceirenses embriagados é que são perigosos para os turistas, pois são eles que largam os bovinos nas ruas, e os bovinos nada mais fazem do que defender-se. E para eles (bovinos), turistas e broncos vai dar tudo ao mesmo.
Este “animador turístico” diz ainda que «os animais estão à solta nos cerrados e facilmente saltam os muros»… Bovinos a saltar muros como se fossem cabras? Só na imaginação doentia de um alienado, para enganar turistas...
Os animais que andam à solta nos cerrados, estando no seu habitat, não apresentam perigo algum, nem saltam os muros, se não forem lá acirrá-los. Se um turista acirrar um terceirense, estando este embriagado ou não, ele investe brutalmente contra o turista. Tão simples quanto isto. E é isto que os turistas devem saber.
O tal “animador turístico” diz também que «devem assumir que têm touros e informar as pessoas do perigo que correm e do comportamento que devem adoptar».
O que os terceirenses devem assumir perante os turistas é quem têm um bando de broncos alcoolizados, que acirram bovinos e estes, num acto de legítima defesa, atiram-se para cima de quem se mexer, incluindo turistas.
Eu faria o mesmo, se fosse bovino.
E são estes broncos alcoolizados que os turistas devem evitar.
Mas o mais hilariante neste artigo é a comparação que se faz da ilha Terceira e da “festa dos broncos” com os safaris em África. Podemos ler o seguinte: «Em África, os turistas assinam termos de responsabilidade quando vão a safaris, por exemplo. Na Terceira, isso ainda não é feito, mas Pires Borges está a ultimar um processo nesse sentido e propõe que os empresários do sector discutam essa possibilidade.»
Vamos lá a ver, querem que os turistas que vão à ilha Terceira assinem um termo de responsabilidade porque podem deparar-se com animais herbívoros, como os bovinos?????
Saberá esta gente o que diferencia os animais herbívoros dos carnívoros? E que a invasão do habitat de um animal qualquer pode induzi-lo (ao animal) a defendê-lo?
Isto é uma autêntica anedota. Só na ilha Terceira… a ilha mais atrasada civilizacionalmente do mundo.
E a finalizar este texto surrealista diz-se: «Pires Borges alerta, por outro lado, para a falta de informação sobre as touradas à corda e sobre a postura que se deve adoptar, que por várias vezes provoca acidentes com turistas. Na semana passada, uma mulher foi colhida numa tourada na Agualva e acabou por falecer.»
E quanto ao falecimento desta turista é tudo o que se diz.
Não lamentam a morte da jovem. Mas como podem lamentar a morte de um ser vivo, se não são dotados de empatia, o sentimento mais nobre dos seres humanos?
A preocupação maior é que os turistas assinem um termo de responsabilidade, como se estivessem em pleno coração de África, com animais carnívoros à solta, incomodados pela invasão do seu habitat…
Isto é a estupidez da tourada à corda na Ilha Terceira, no seu grau mais elevado.
Isabel A. Ferreira
O texto que deu origem a este protesto pode ser recordado neste link:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/denuncia-ao-cuidado-do-pan-acores-640860
O Touro a sangrar (tinha uma argola enfiada nas narinas). Disseram que era um “piercing”, acrescentando que os humanos também usam “piercings”. Ainda que fosse. Só que os humanos usam “piercings” de livre e espontânea vontade, e ao Touro puseram-lhe umas argolas à bruta, sem o seu consentimento. Isto será coisa de gente civilizada, torno a perguntar?
Eis o conteúdo do protesto:
«Boa tarde,
A Irmandade do Divino Espírito Santo da Mãe de Deus, vem por este meio expressar o seu profundo descontentamento pela notícia apresentada no vosso Blog do passado dia 11/05/2016.
Informamos que a notícia, ou melhor, o texto elaborado da notícia não corresponde à verdade.
A ideia transmitida no vosso texto faz referência a maus tratos e violência ao animal, e é falso.
Mais uma vez informo que a verdade do acontecimento foi a seguinte: esta família, fez uma oferta ao Divino Espírito Santo, ou seja, o referido animal. Por ser um animal de grande porte, geralmente é aplicada uma argola na narina aos 2 anos de idade, sempre que o animal apresenta ameaça ao tratador/agricultor. Este animal tinha 4 anos de idade, ou seja, já tinha a referida argola à mais de dois anos, colocada pelo proprietário/agricultor a quem a família comprou o animal. Neste dia, o animal foi descarregado e amarrado em frente à moradia da referida família. Por ser um ambiente diferente para o animal, e também por ser um animal de grande porte, o mesmo animal com a força que fez, rebentou a tal argola, sem que alguém toca-se nele, e feriu a narina, e na respiração do animal, foi projectado algum sangue deste corte.
Nnão houve maus tratos ao animal.
E mais, estava presente um agente de autoridade com a nossa Irmandade, que pode comprovar a justificação acima apresentada.
A nossa Irmandade, vem mais uma vez por este meio, solicitar a correcção da referida notícia, ou até mesmo a sua eliminação.
A nossa Irmandade está disposta a tudo, pela verdade, sobre esta matéria e contra os argumentos apresentados no vosso texto/Blog.
Com os meus melhores cumprimentos,
Carlos Vieira»
(AVISO: uma vez que a aplicação do AO90 é ilegal, não estando efectivamente em vigor em Portugal, este texto foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático, não estando abrangidos erros gramaticais).
***
Exmo. Senhor Carlos Vieira,
Em primeiro lugar, agradeço este protesto, pois vai dar-me oportunidade para esclarecer alguns pontos importantes.
O senhor diz: «A ideia transmitida no vosso texto faz referência a maus tratos e violência ao animal, e é falso.»
Bem… se o que vemos na foto NÃO SÃO maus tratos e violência ao animal, o que será? Mimos? Delicadezas?
Um inocente, inofensivo e indefeso animal, acuado numa rua, amarrado a um muro, com uma argola enfiada nas narinas, entre uma poça do seu próprio sangue não será, por si só, uma violência?
Só se for nos Açores.
Em qualquer parte do mundo civilizado isto é uma violência, por não ser natural que um bovino esteja amarrado, a sangrar, numa rua.
Primeiro, porque o animal não está no seu habitat, está amarrado a um muro, com umas cordas, com uma argola enfiada nas narinas, e isso, por si só, já constitui uma violência.
Segundo, porque o animal está a sangrar devido a um corpo estranho ao seu próprio corpo, que lhe foi enfiado nas narinas sem o seu consentimento, e obviamente muito à bruta, o que é outra violência.
Mas o senhor Carlos Vieira diz ainda que a «verdade é que esta família (suponho que seja a proprietária do animal) fez uma oferta ao Divino Espírito Santo, ou seja, o referido animal.»
Esta família ou outra qualquer poderia ofertar ao Divino Espírito Santo qualquer outra coisa, como arrecadas de ouro, sacos de batatas, pipos de vinho, excepto um animal vivo, a sangrar, retirado do seu habitat e manietado com cordas.
A Irmandade do Divino Espírito Santo da Mãe de Deus devia ser a primeira a dar o exemplo cristão e recusar tal oferta, por ir contra o preceito máximo que Jesus Cristo deixou aos homens: «não faças aos outros (e nestes outros estão incluídas todas as criaturas de Deus, animais não-humanos incluídos) o que não gostas que te façam a ti.
Naturalmente nenhum dos senhores da Irmandade gostaria de estar no lugar daquele bovino amarrado com argolas nas narinas. Certo?
E a tentativa de justificar o injustificável continua: «Por ser um animal de grande porte, geralmente é aplicada uma argola na narina aos 2 anos de idade, sempre que o animal apresenta ameaça ao tratador/agricultor.»
Ameaça????
Um animal manso, herbívoro, pacato, ruminante, que se o deixarem a pastar tranquilamente no campo, não faz mal nem sequer a uma mosca, que espécie de ameaça pode representar ao seu tratador se esse tratador o tratar bem? Será ameaça para se defender dos seus torturadores… aliás, como qualquer dos irmãos da Irmandade se alguém os atacasse.
Nenhum bovino precisa de argolas nas narinas, para coisa nenhuma. Isso não é da natureza deles.
E o senhor Carlos Vieira diz ainda mais esta, com um desplante como se tudo isto fosse muito natural: «Neste dia, o animal foi descarregado e amarrado em frente à moradia da referida família (o que, só por si, já constitui uma violência contra o animal).
E arremata: «Por ser um ambiente diferente para o animal, e também por ser um animal de grande porte, o mesmo animal com a força que fez, rebentou a tal argola, sem que alguém toca-se nele, e feriu a narina, e na respiração do animal, foi projectado algum sangue deste corte.»
Exactamente: o animal estava fora do seu habitat, num ambiente diferente. Assustado. Descarregado (o termo é seu), sabe-se lá como! Amarrado (qual o animal, seja humano ou não-humano, que gosta de estar amarrado? Isto é uma violência). Fez força… resta saber como e porquê? Rebentou a tal argola, sem que alguém TOCASSE nele… e pronto… feriu as narinas, muito naturalmente, e também muito naturalmente foi projectado algum sangue. Uma insignificância. Coisa pouca, nem deu para notar… como podemos ver na imagem.
Não houve maus tratos ao animal diz o senhor Carlos Vieira. Não. O que fizeram a este indefeso animal foram mimos. Vejamos então.
- Foi delicadamente retirado do campo, com uma argola enfiada nas narinas.
- Amarrado a uma corda.
- Descarregado em frente à casa de uma família (como se fosse um saco de batatas?).
- Assustado, o animal agitou-se, a tal ponto que se magoou e esvaiu em sangue, como a foto demonstra.
E não houve maus tratos ao animal? O que seria então, se houvesse maus tratos?
«E mais…», diz o senhor Carlos Vieira, «estava presente um agente de autoridade com a nossa Irmandade, que pode comprovar a justificação acima apresentada». Como se isto sirva de justificativa para o injustificável, ou seja, fazer de um animal indefeso, uma “coisa” para ofertar ao Espírito Santo que, se pudesse manifestar-se, diria tudo o que eu já disse.
E agora vem o mais surpreendente:
«A nossa Irmandade, vem mais uma vez por este meio, solicitar a correcção da referida notícia, ou até mesmo a sua eliminação».
Pois já dou como corrigida a “notícia”, que não é só minha. Corre pela Internet do mesmo modo que eu a dei.
Quanto à sua eliminação, por alma de quem deveria ser eliminada?
E se a vossa Irmandade está disposta a tudo, pela verdade, sobre esta matéria e contra os argumentos apresentados no meu Blogue, a autora do Blogue também está disposta a tudo, pela verdade.
E a verdade é que a Irmandade do Divino Espírito Santo da Mãe de Deus deveria seguir os ensinamentos de Jesus Cristo e pôr em prática o exemplo de São Francisco de Assis, que tinha os animais não-humanos, como seus irmãos (que também são meus irmãos, por isso, os defendo com as garras de fora) e não permitir que façam a um bovino indefeso, inocente e inofensivo, o que não gostariam que vos fizessem a vós, porque, repito, é uma violência arrancar do pasto, um bovino, enfiar-lhe uma argola nas narinas, descarregá-lo numa rua, e amarrá-lo com uma corda a um muro, para servir de “oferta” ao Espírito Santo, que não lhe fará bom proveito.
E esta violência não fui eu que a inventei.
E repito: isto é a maior demonstração do atraso civilizacional em que ainda está mergulhado o arquipélago dos Açores, em pleno século XXI depois de Cristo.
E não sou eu que o digo. Aprendi isto com Mahatama Gandhi - a Grande Alma.
E o animal que esta imagem nos mostra foi efectivamente maltratado, e não importa os meios ou os fins, porque nem uma coisa nem outra justifica o animal estar ali amarrado, com uma argola enfiada nas narinas e a sangrar copiosamente.
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Os animais enjaulados, encarcerados, aprisionados, escravizados, torturados, quando se libertam das amarras que os prenderam a uma vida que não pediram, nem é da natureza deles, agem deste modo agressivo, legitimamente.
E quem pode culpá-los?
O homicida NÃO É O ELEFANTE, mas o dono deste circo torturador de animais retirados do seu habitat natural, para serem escravizados e servirem de entretenimento a desalmados.
Duplo crime, o destes donos de circo.
Fonte:
Apesar dos fiascos destas iniciativas, incivilizadas e toscas, a autarquia poveira e a RTP continuam a apoiar a tortura de bovinos, transformando a Póvoa de Varzim num antro a cheirar a ontem…
Amanhã, dia 25 de Julho, a arena de tortura abrirá novamente as suas portas para psicopatas e sádicos se divertirem à custa do tormento de seres vivos.
Esta gente não tem um mínimo de auto-estima. Não se importa nada de ser bronca, desde que encha os bolsos.
O CIRCO DOS TUBARÕES
Este será o lugar apropriado para Pinguins (amestrados à força)?
Como se a tortura de bovinos não bastasse para colocar a cidade poveira abaixo de lixo, a autarquia permite a entrada no seu território, de um Cardinali com um “verdadeiro circo dos tubarões” (segundo os panfletos).
Chamam-lhe “Aquático Show”, e apresentam Tubarões do OCEANO PACÍFICO, Focas do ALASCA, e Pinguins do PÓLO NORTE, todos enfiados num aquário, na Póvoa de Varzim, a muitas milhas do habitat natural deles, os quais vivem escravizados e confinados a um espaço exíguo, sim, porque um aquário de 30.000 litros de água não é o Oceano Pacífico, nem o Alasca ou o Pólo Norte, imensos…
Este é um daqueles casos cujo dono do circo devia ser encarcerado, para sentir o mesmo que sentem estes animais, e obrigado a devolvê-los ao habitat natural deles.
Isto pertence ao foro do Biocídio.
Mas o que fazem as autoridades?
São cúmplices deste malfazer.
A Póvoa de Varzim continua na senda da incultura e da incivilização.
Uma cidade a não constar nos roteiros turísticos de qualidade.
Há dias, escrevi uma carta aberta ao presidente da Câmara Municipal de Braga a propósito desta iniciativa primitiva e aberrante que não dignifica nem a cidade nem as gentes bracarenses
(Abrir o link abaixo)
CARTA ABERTA AO SENHOR DOUTOR RICARDO RIO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/carta-aberta-ao-senhor-doutor-ricardo-428897
Fonte da imagem, onde podem encontrar uma outra referência a esta idiotice: http://www.eidh.eu/magazine/?p=1392&cpage=1#comment-4721
Em resposta a esta carta recebi a seguinte mensagem:
«Exma. Senhora Isabel Ferreira,
Em nome do Senhor Presidente da Câmara de Braga, agradeço a sua mensagem e a participação cívica que nos prezamos em acolher.
Quanto à mencionada Corrida do Porco Preto, iniciativa integrada no programa das Festas de São João e promovida por diversas associações e instituições locais, cumpre-nos dizer que se trata de um desfile que recupera algumas tradições sanjoaninas, onde se encontra também integrada a largada de um porco preto, não estando previsto qualquer ato “bárbaro e cruel” ou qualquer ofensa à integridade física do animal, tal como foi mencionado.
Informa-se ainda, que não está também prevista qualquer iniciativa que coloque em causa, quer a imagem da cidade e dos seus habitantes, quer a dignidade dos animais entendida à luz das normas e condutas universalmente aprovadas.
As informações detalhadas a respeito da iniciativa poderão ser obtidas junto das entidades organizadoras.
Com os meus melhores cumprimentos,
Olga Pereira
(Gabinete de Apoio Presidência)»
***
A minha resposta:
Exma. Sra. D. Olga Pereira:
Agradeço a amabilidade da resposta à carta que dirigi ao Senhor presidente.
Devo, porém, fazer duas observações:
A primeira prende-se com a frase: «onde se encontra também integrada a largada de um porco preto, não estando previsto qualquer ato “bárbaro e cruel” ou qualquer ofensa à integridade física do animal, tal como foi mencionado.»
Ora, o Porco tem um habitat natural. Todos os animais (humanos e não humanos) retirados dos seus habitats naturais, ainda que não seja para os matar ou torturar fisicamente, sofrem um grande stress, além de pôr em causa a integridade física do animal (veja-se a foto que ilustra este texto) provocando ainda malefícios psicológicos, tal como provocaria numa criança retirada do seu meio e a colocassem num meio estranho; mormente o Porco que, entre os animais domesticados, é o mais inteligente.
Abrir este link: http://animalplanet.discoverybrasil.uol.com.br/os-5-animais-mais-inteligentes-do-planeta/
Portanto, só o facto de largar um Porco no meio de uma multidão aos berros, e depois persegui-lo, já e uma crueldade indizível. É na verdade, um acto bárbaro e inútil, um costume medieval sem a mínima valia, até porque não confere dignidade à festa de um Santo, nem às pessoas que promovem tal crueldade.
E a igreja católica neste aspecto tem muita culpa. Não sabe honrar os ensinamentos de Cristo.
A segunda tem a ver com a seguinte afirmação: «não está também prevista qualquer iniciativa que coloque em causa, quer a imagem da cidade e dos seus habitantes, quer a dignidade dos animais entendida à luz das normas e condutas universalmente aprovadas.»
Pois conforme já referi no parágrafo anterior, a retirada de um animal do seu habitat natural, só por si, fere, e muito, a dignidade desse animal, à luz de todas as normas e condutas universalmente aprovadas, incluindo os Direitos dos Animais. E não sou eu que o digo.
Portanto, Sra. D. Olga Pereira, mantenho tudo o que disse na minha carta aberta ao senhor Presidente da Câmara Municipal de Braga, e repito que esta iniciativa não dignifica nem a terra nem as gentes bracarenses do século XXI, e muito menos o Porco, que será vilipendiado, humilhado e agredido psicologicamente, só pelo facto de o retirarem do seu habitat natural.
E com que finalidade? Divertir um povo inculto? Sim, porque o culto não se diverte com uma tal aberração.
Além disso, um Porco vivo não é um brinquedo. É um ser senciente que sofre, tal como qualquer um de nós.
Por favor, mantenham o nível na cidade de Braga.
Não pretendam regressar às trevas e introduzir nuns festejos até agora limpos, um evento moralmente pobre e socialmente desprezível.
Continuando com a minha indignação,
Isabel A. Ferreira
Partilho esta informação, de uma página do Facebook, porque a única opção é “partilhar”…
A informação é de doidos!
Repare-se na situação em que se encontra o bovino, de pernas enroladas na corda que o deixa á mercê dos seus carrascos e sem qualquer opção de defesa ou e liberdade… E chamam a isto “festa”.
«A corda é o acessório mais importante na tourada á corda, dai o nome atribuído á tradicional tourada da terceira e de outras ilhas que já aderiram a esta festa.
(UM CONCEITO DE FESTA BASTANTE RETRÓGRADO)
A corda acima de tudo tem o papel de manter o toiro bravo dentro das limitações do arraial.
(SÓ ISTO É DE UMA VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA ATROZ. E ESSE “BRAVO” VEM PRECISAMENTE DA TENTATIVA DE AUTODEFESA, DEVIDO À TORTURA IMPOSTA A UM SER, CUJO HABITAT NATURAL É O PRADO E NÃO AS RUAS.)
Esta costuma ser utilizada pelos pastores, onde ficam 5 pastores ao meio da corda e 5 pastores na pancada. A pancada é os pastores que a única função é segurar toiros dentro das limitações.
(ESTA PANCADA… QUE VEM DE PANCA!)
Enquanto os pastores do meio da corda têm outra função, que é proteger o toiro acima de tudo mas também ajudar a capinha a dar a sua contribuição e a cumprir a sua função no arraial.
A corda é importante para fazer o toiro investir em algo, fazer o toiro descansar o mesmo e sobretudo aguentar nos lugares principais de um arraial, com o intuito de provar as gentes que o toiro tem valor.
(PRINCIPALMENTE UM VALOR MONETÁRIO PARA ENCHER OS BOLSOS DE ALGUNS…)
Também é essencial para aqueles toiros que se destacam nas paredes ou tapadas, mas depende da capacidade do comandante da corda para conseguir tirar proveito das suas qualidades.
Mas a corda também tem as suas desvantagens, como por exemplo pode perturbar a lide do toiro. Existe pastores que estão constantemente a puxar o toiro o que leva a que este se amarre muito á corda, comprometendo a lide do toiro e a sua mesma apreciação por parte aficionada.
(ISTO REALMENTE É ALGO MUITO CULTURAL, MUITO INSTRUTIVO, ALGO DIGNO DE GENTE INTELIGENTE, POIS É PRECISO MUITA SABEDORIA PARA MANOBRAR AS CORDAS QUE PRENDEM AS PERNAS DO DESVENTURADO BOVINO, QUE É PUXADO PELAS RUAS, AO SOM DOS BERROS DE BÊBADOS E DE GENTE HISTÉRICA.
SÓ MESMO NOS AÇORES! E … JÁ AGORA…EM PONTE DE LIMA, QUE TAMBÉM TEM ESTE COSTUME PARVO).
Fonte