Porquê?
O grave e vergonhoso problema do Hospital de São João (entre tantos outros que existem no país) é um descaso do actual governo, tal como foi um descaso dos anteriores governos. E se não se faz barulho na televisão, nada se resolve. Arrasta-se pelo chão de lama de um Portugal ainda tão terceiro-mundista!
E tinha de vir o José Diogo Quintela fazer ironia com o drama de crianças inocentes, sírias e portuguesas, e de pais desesperados, sírios e portugueses?
Porquê?
Um texto de muito mau gosto. Nem tudo serve para se fazer ironia.
E não é da inteligência justificar uma estupidez, com outra estupidez, ainda que ironicamente.
E colocar ao mesmo nível o problema das crianças da Síria e das crianças com cancro no Hospital de São João é de uma falta de sensibilidade atroz.
E o Diogo acha, ainda que ironicamente, que não se deve lutar pelas crianças do São João, apenas porque as da Síria sofrem os horrores da guerra?
Guerra e cancro são horrores, sim, a que nenhuma criança devia jamais estar sujeita.
Porém, a guerra existe por culpa das bestas humanas e poderia ser evitada se essas bestas humanas se humanizassem. O cancro, infelizmente, existe, mas não é o homem que o lança no mundo. Ou será?
Muito infeliz, este texto do Diogo. Haja respeito pelo sofrimento das crianças da Síria e pelo das que sofrem de cancro. E pelos pais delas também.
Vivemos num mundo do vale tudo! Inclusive, fazer pretensa ironia com o imensurável drama de tantas crianças inocentes.
Fonte:
Os votos andam por aí… de boca em boca…
Os católicos celebram o nascimento do Menino Jesus, que nasceu numa manjedoura, humildemente…
O mundo rejubila com pais-natal e luzes… e um apelo irracional ao consumismo…
Enquanto isso… no outro lado da Vida, existe o caminho da morte, da tortura, da fome, da violência, da guerra…
E o mundo importa-se? Os governantes insanos que promovem guerras insanas importam-se?
E os que falam em nome dos deuses importam-se…?
E tu? Importas-te…
… com esta fome…?
… com esta guerra…?
… com esta morte…?
… com este suicídio forçado…?
… com o uso de armas químicas…?
… com armar meninos para serem soldados…?
… com crianças/produtos expostos para venda…?
…com esta violência doméstica…?
… com o trabalho infantil…?
… com a escravatura infantil…?
…com os prisioneiros do mal…?
…com esta redução à condição de nada…?
…com a morte como única opção…?
Não, não me peçam para celebrar a hipocrisia…
Não enquanto o mundo estiver impregnado da loucura de governantes insanos…
Eu, individualmente, nada posso fazer para os impedir, a não ser mostrar as imagens dessa insanidade e indignar-me com ela…
(Origem das imagens: Internet)
Hoje, no telejornal da SIC, a propósito da notícia sobre o polícia norte-americano que puxou os cabelos a uma jovem negra, a jornalista disse: aviso que as imagens são agressivas.
E as outras imagens, das outras violências, que correm nos ecrãs da televisão não serão agressivas também?
Violência contra negros
Violência contra crianças
Violência contra cristãos
Violência contra cavalos
Violência nos matadouros
Violência nas touradas
Violência em rituais religiosos
Violência contra animais
Violência contra focas bebés
Violência contra baleias
Violência na escola
Violência doméstica
Violência da guerra
Violência do holocausto nazi
QUE SE PASSA COM ESTE MUNDO?
Texto de Josefina Maller
«Todos sabem (os meus leitores, claro!) que eu sou uma defensora acérrima dos animais (de qualquer animal, seja doméstico ou selvagem, do cão, do gato, da formiga ao hipopótamo), dos seus direitos, e de como os considero meus irmãos, porque somos seres da mesma Criação, com quem partilho o mesmo Planeta e a mesma Vida: respiramos o mesmo ar; bebemos da mesma água; alimentamo-nos do que a Natureza nos dá; temos as mesmas necessidades vitais, fome, sede, sono; sofremos as mesmas dores; somos fustigados pelo mesmo Vento; ilumina-nos o mesmo Sol; vela-nos a mesma Lua; abrasa-nos o mesmo Fogo; somos atingidos pelos mesmos flagelos da Natureza, pelas mesmas doenças, pelos mesmos martírios que nos infligem os animais humanos.
Porém, nem todos saberão porquê.
in «A Hora do Lobo», livro de Josefina Maller
Gosto dos animais não-humanos porque:
- São-nos fiéis em qualquer circunstância: nos bons e nos maus momentos; na fartura e na miséria; na saúde e na doença.
- Não têm vícios, não se embebedam, não se drogam...
- Não são rancorosos.
- Não usam da violência para maltratar os da sua espécie, a não ser em legítima defesa ou por uma questão de sobrevivência...
- Não matam por prazer.
- Não são cruéis.
- Não sentem ódio, nem escárnio.
- Não massacram.
- Não são terroristas.
- Não desprezam os seus.
- Não poluem as águas, o ar, o solo, o ambiente...
- Não fazem guerras.
- Não são bombistas suicidas.
- Não destroem o seu meio ambiente.
- Não inventam armas mortíferas.
- Não sequestram os seus.
- Não violam os seus.
- Não torturam os seus.
- Não impingem o seu modo de vida a ninguém.
- Não são intolerantes.
- Não mentem nunca.
- São afectuosos.
- São pacifistas.
- Não são hipócritas, nem cínicos.
- São amorosos, perspicazes, laboriosos, inteligentes.
- Não agridem, se não os agredirem.
- Não são ladrões.
- Não são corruptos.
- Não são vigaristas.
- Não são traficantes de droga, nem de armas, nem dos seus.
- Respeitam as leis da Natureza e da Sobrevivência.
- Não andam no mundo só por ver andar os outros: intuem o verdadeiro sentido da vida, porque a vivem de acordo com a Lei Natural... que é forma mais inteligente de viver...
Que motivos terei eu para não respeitar ou não gostar dos animais não-humanos ou de considerá-los inferiores a mim?»
Josefina Maller
Sei que o meu País atravessa um momento difícil, onde o caos se instalou a todos os níveis, devido à incompetência dos governantes.
Sei que somos desgovernados por corruptos.
Sei que somos roubados descaradamente.
Sei que somos vilipendiados nos nossos mais básicos direitos.
Sei que os “políticos” que temos são surdos aos apelos que fazemos.
Sei que entre o povo que se faz de vítima, estão os principais cúmplices e culpados da situação caótica que o nosso País vive.
Sei que os governantes não gostam de um povo que pensa, por isso promove a incultura.
Sei que os governantes gostam de um povo submisso, daí não investirem no Ensino, na Educação e na Cultura.
Sei que o nosso País precisa de uma Revolução séria, que derrube esses corruptos.
Sei que uma minoria inculta manipula descaradamente a maioria parlamentar que despudoradamente se deixa manipular.
Sei que essa maioria parlamentar não merece consideração, porque não se dá ao respeito.
Sei que a política praticada em Portugal, desde Lisboa aos municípios (com raríssimas excepções) é suja, é podre, é antiquada, é madrasta, é coisa para deitar ao lixo.
Sei que da política e dos políticos fiquei farta, fartíssima, depois de tantos anos a lidar com eles, e conhecer-lhes, por dentro e por fora, as manhas e artimanhas.
Por isso, um dia decidi emprestar a minha voz aos que não têm voz, e entrei numa “guerra” de muitas batalhas, e nela, desde então, continuo firmemente de pé, com as palavras em riste (a minha arma) apontadas para os inimigos dos que decidi defender, apesar das ameaças de morte, apesar das dificuldades, apesar dos obstáculos, apesar do processo judicial que me foi movido…
Sei que a tourada está oficiosamente abolida.
Está acabada. A cair de podre. De velha. Ultrapassada. Desactualizada. Marginalizada. Morta.
Mas falta enterrá-la debaixo de uma lei oficial.
E para tal, os Touros e os Cavalos precisam de todas as vozes.
Não haverá muito mais para dizer. Já foi tudo dito, tudo esmiuçado, tudo mencionado ao pormenor.
Só não aprendeu sobre tauromaquia, quem optou por ficar ignorante.
Mas há algo que ainda é necessário fazer: derrubar as mentes velhas, encerrar as escolas de toureio, desmoralizar os aficionados, marginalizar os sádicos, boicotar os apoiantes, desfazer o nó entre os governantes e os tauricidas, enfim, fechar o cerco a esta minoria sanguinária que anda por aí, em bicos de pés, a tentar segurar um cadáver.
Travamos a batalha final.
É urgente que todas as vozes abolicionistas se ergam para esmagar os últimos “olés” que ainda se ouvem por aí…
Venceremos, amigos Touros. Venceremos!
Isabel A. Ferreira
Esta é para os aficionados terceirenses que costumam “mimosear-me” com um palavreado típico de quem não saiu da toca, especialmente para o Popeye …
Isto é que é "tratar bem" e "amar" o Touro...
Roberto Meneses: Caro José Sousa, ou seja, o típico terceirense habitual ignorante, ignóbil deficiente e orgulhoso de ser isso tudo acima de tudo. Como muito fala neste post, parece ser um grande entendido da matéria, gostava de saber qual a sua especialidade para isso, é o de filmar (mal) os bichinhos a morrer e ficar a ver detrás de uma câmara, ou é de filmar as tradicionais matanças da nossa evoluída gente terceirense com "brandos costumes". Como é que vocês dizem que os terceirenses e açorianos são gente que gosta de animais, sendo eu terceirense, e sabendo bem o que se passa nesta terra, não pensem lá porque a ignorância está em maioria na Ilha Terceira que tem razão não... ISTO TEM OS DIAS CONTADO, MARQUEM ISTO NA VOSSA MENTE. Penso que isso já o fizeram, que já se sente bem o vosso medo em todo o lado, na agressividade, na violência nas ameaças, sim nas ameaças.
***
Roberto Meneses: Ó Débora Garcia o que queres que falemos da fome, dos incêndios, da guerra? Qual o problema de não se poder falar do sofrimento animal quando há pessoas a sofrer noutra parte do mundo??? O especismo é assim tão grande nas vossas mentes, que pensam que o ser humano é o único ser neste planeta com algum tipo de direitos. E já agora pergunto a ti ou menina que tem muitos sentimentos o que já fizeste pela fome no mundo, pelos incêndios ou pela guerra???
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