Todas as vidas importam, até mesmo as que não têm voz...
A dor do silêncio
Há algum tempo, a Acção Directa realizou uma campanha que se espalhou gradualmente nas redes sociais, a qual consiste numa fotografia de um caracol com as frases Gostava de ser cozido vivo? Ele também não!. A campanha tornou-se viral e bastante polémica, sendo actualmente alvo de piadas sarcásticas que espelham a indiferença e a insensibilidade que residem no coração humano, colidindo num imenso vazio que gera o insulto gratuito. Estas reacções adversas ao que a campanha transmite revelam a enorme desconsideração que muitas pessoas têm pelas criaturas mais pequenas: arrisco-me a afirmar que, dentro do próprio especismo, são precisamente elas as mais prejudicadas e as que menos recebem direitos.
Algo tão simples como respeitar a mais pequena vida senciente é sinónimo, para a maioria, de um extremismo tresloucado que não merece atenção. Tal deve-se por nós, como seres antropocêntricos e desligados das restantes vidas não-humanas, acharmos antecipadamente que mais nenhum ser vivo possui quaisquer direitos, à excepção da nossa espécie.
Com o passar do tempo afastámo-nos bastante dos animais não-humanos e passámos a classificá-los como meros organismos instrumentais, cuja existência é para servir os nossos interesses pessoais - e esta avaliação é virada para animais maiores e mais complexos, como as vacas, os porcos, os ratos, entre outros. Por aí pode-se concluir que, se com os mamíferos é assim, com animais mais pequenos e menos complexos a situação tende a piorar.
A inexistência de uma ligação que revele visivelmente que o animal está a sentir dor, como sucede com o caracol, catapulta-o para um olhar ainda mais frio e totalmente ataráxico em relação à sua existência enquanto ser vivo senciente. É avaliado como uma praga ou como algo inútil, sendo aproveitado no ciclo de exploração animal de acordo com uma determinada cultura civilizacional.
Em Portugal os caracóis são vistos precisamente desse modo: como algo para ser pisado se estiver no passeio ou como um petisco. São colocados vivos em água a ferver e ninguém se questiona sobre a dor que estes podem estar a sentir.
Porque eles não gritam.
Porque eles não fazem caretas.
Porque eles não se mexem.
Porque são somente caracóis.
E como não gritam, não fazem caretas, não se mexem e tiveram o azar de pertencer a uma classe altamente desprezada pelo ser humano, automaticamente conclui-se que não estão a sentir rigorosamente nada. O assunto fica arrumado, o que leva à incompreensão relativamente a uma campanha que defende o direito que esses moluscos têm à vida. Afinal não são como cães, ou gatos, ou até mesmo como outros animais assassinados para o mesmo fim: que estupidez vem a ser essa de andar por aí a espalhar uma mensagem implícita de que os caracóis não querem ser cozidos vivos? Eles não querem nada, até porque não têm desejos ou vontades: não são tão desenvolvidos como outros animais, pelo que é irrelevante matá-los para comer.
Desconstruindo esse pensamento:
Durante algum tempo considerou-se que as reacções dos invertebrados fossem simples reflexos e que não sentiam propriamente dor. No entanto, outros estudos científicos posteriores referem que os caracóis, assim como lesmas, baratas, caranguejos e lagostas, sentem dor. Só por não conseguirmos discernir à superfície que o animal está a sofrer, isso não indica que ele não é senciente: os invertebrados apresentam respostas nociceptivas semelhantes às apresentadas pelos vertebrados, podendo detectar e responder a estímulos nocivos, incluindo os caracóis. Tal deve-se porque os devidos possuem um gânglio cerebral: essa concentração de corpos celulares nervosos separados actua como um centro de influência nervoso.
Apesar de não ter as mesmas faculdades de um cérebro mais complexo, o gânglio cerebral é suficiente para reagir a estímulos exteriores e para produzir uma sensação de dor. Somando essa proposição biológica com a proposição ética de que todos os animais merecem viver, independentemente da capacidade que estes têm de sentir dor, é evidente que os caracóis estão enquadrados nesse plano moral que oferece-lhes direitos. Quando se trata de uma vida senciente não importa se esta sofre mais ou sofre menos em relação a outra: o que importa é que esta é capaz de sentir dor.
Ponha a mão no coração da consciência porque todas as vidas importam, até mesmo as que não têm voz.
A dor não é um grito, não é um olhar trucidado, não é uma convulsão. A dor é o que atinge um ser vivo por dentro, mesmo que não seja vista por fora.
Leia mais: Os caracóis sentem dor? Alternativas cosméticas à baba de caracol.
Artigo revisto por Sandra Esteves, licenciada em Biologia pela Universidade de Aveiro.
Recursos utilizados:
Fonte:
http://grito-silenciado.blogspot.pt/
Tudo o que é belo é efémero.
A minha fuga até ao paraíso foi efémera também.
Estou de regresso ao ninho dos pérfidos.
E quanto isto me custa!
Porém, o grito angustiante da Natureza é mais forte, e vem na ponta daquele vento que me arrasta para o olho do furacão.
Regresso ao ninho dos hipócritas, dos traidores, dos incultos, dos brutos, dos que nasceram sem alma, sem senso, sem sensibilidade.
E os seres indefesos (humanos e não humanos), que caem nas mãos destes pérfidos, clamam desesperadamente por defesa, e eu, que não sou indiferente aos gritos do sofrimento do outro, não tenho outra alternativa senão continuar a lutar contra mentes aberrantes, com as únicas armas que possuo: as palavras. Nuas e cruas e cortantes como o fio da navalha.
É preciso dizer que não estamos a lidar com gente normal.
Não estamos a lidar com gente que sabe ouvir e entender as palavras benévolas e o saber dos sábios (não o meu, que é ínfimo), logo à primeira.
E isto acontece a muitos níveis: ao da política, da governação, da justiça, da educação, da cultura, da moral, da crença.
Aos que podem e mandam no nosso pobre e fracassado País, falta-lhes a capacidade de discernir entre o bem e o mal. Entre o bom e o mau. Entre o belo e o feio.
O que acontece é o mesmo que aconteceria se me deslocasse a um manicómio para “pregar” racionalidade aos perturbados mentais lá internados.
Eles ficam a olhar, de olhos esbugalhados e a boca escancarada, e nada percebem do que se diz. Acham que os doentes mentais somos nós, e não são capazes de raciocinar, de observar, de apreender, de compreender, de aprender, de sentir, de ver com olhos de ver, de integrar-se no tempo que corre, e deixar o passado que já passou, enfim, são incapazes de evoluir, porque já nasceram datados.
E isto é bastante frustrante, para quem sente o apelo do grito dos que sofrem às mãos destas mentes formatadas, envoltas nas trevas primordiais, onde nunca se fez luz, e por mais informação que se derrame sobre essas mentes obscuras, jamais conseguiremos arrancá-los do torpor da ignorância, simplesmente porque se recusam a evoluir.
Além disso, nenhum perturbado mental se apercebe de que tem uma incapacidade intelectual que o impede de percepcionar (conhecer através dos sentidos) o mundo que o rodeia.
A alienação é total.
E é com este tipo de criaturas mentalmente cegas que lidamos. É contra esta ultrapassada espécie de animais humanos que lutamos.
Por isso, a estratégia não pode ser “gritar” a nossa razão, porque eles nunca a entenderão. Nem sequer sabem o que isso é. Mas também não fazem qualquer esforço para perceberem.
A única via é a marginalização, é colocá-los à “borda do prato”, é fazê-los “sentir” que não são desejados numa sociedade humana, onde a Vida, qualquer vida, é única e inviolável.
A única forma de combater essas criaturas das trevas é repetir-lhes até à exaustão o quanto são inúteis, asquerosas, feias, más, cruéis, repulsivas, e que não têm lugar no mundo contemporâneo se não estão dispostas a evoluir.
Pertencem ao tempo dos mortos. Cheiram a matéria putrefacta.
Nada mais fere tão profundamente uma criatura irracional do que a rejeição, total e implacável.
Deixá-la a um canto, a babar a sua irracionalidade, sem o calor que se desprende da verdadeira humanidade, é o caminho.
Os poderosos, os políticos, os governantes, os que mandam e são cegos e surdos, nada vêem e nada ouvem a não ser o eco do vazio que existe neles próprios, e aí é que está a raiz do mal que é preciso arrancar, custe o que custar.
E é por aí que irei.
Chega de ser razoável com a irracionalidade optativa dos pérfidos.
E se alguém quiser acompanhar-me… aqui deixo o meu apelo…
O atentado ao Charlie Hebdo, perpetrado por abomináveis terroristas, no dia 7 de Janeiro de 2015, em Paris, não foi um atentado apenas contra os jornalistas que trabalhavam naquele jornal satírico.
Foi um atentado contra toda a Humanidade civilizada e livre.
O mundo não mais será o mesmo depois desta tentativa de calar as vozes de uma consciência colectiva.
Não podemos permitir que obscurantistas e ignorantes desprovidos de qualquer sentido humano calem as nossas vozes, aterrorizando-nos com armas de fogo.
As vozes de dez jornalistas calaram-se para sempre, mas milhares de outras vozes gritarão pelo mundo inteiro JE SUIS CHARLIE, e a liberdade de expressão não perecerá.
Quem não tem capacidade intelectual de se rir das suas próprias fraquezas, utiliza a força bruta que os agrilhoa às pesadas algemas da ignorância, para fazer valer ideias retrógradas e irracionais.
E aqueles que ainda não perderam a sua lucidez não podem permitir que a irracionalidade se sobreponha à razão.
JE SUIS CHARLIE será o nosso grito de uma guerra pacífica.
TODOS SOMOS CHARLIE neste momento.
Que estes jornalistas não tenham morrido em vão.
Eles morreram para manter a liberdade de expressão viva.
Saibamos honrar o extremo sacrifício destes heróis da palavra, por um mundo livre do estigma da tirania religiosa, da escravatura política e do encarceramento do pensamento.
JE SUIS CHARLIE.
Hoje e sempre.
À atenção das autoridades portuguesas!
Vejam até onde vai a demência dos adultos que TÊM O DEVER de zelar pela saúde mental das crianças!
Alguém tem de fazer alguma coisa.
Alguém RESPONSÁVEL tem de tomar medidas drásticas.
Alguém com LUCIDEZ tem de internar esta gente num manicómio.
O futuro está em risco, quando as crianças são atiradas à violência e à estupidez, por quem devia protegê-las dessa violência e dessa estupidez…
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Eis o teor de um texto INACREDITÁVEL! Como é possível dizer-se tantas barbaridades em meia dúzia de linhas?
«Na foto vemos duas crianças vestidas com trajes de pastores.
São um símbolo que a tauromaquia está bem presente e enraizada na juventude e certamente assegurada por muitos anos.
O sonho da maioria das crianças terceirenses não é ser jogador de futebol, mas sim ser pastor ou capinha como seus pais ou avós foram um dia.
Desde cedo são inseridos neste meio, desde de ir às touradas e ir ver o maneio de gado. O gosto vai aumentado ao longo dos anos acompanhado pelo conhecimento.
Assim, certamente a FESTA BRAVA NUNCA VAI DESAPARECER.
Um bem-haja a todos os aficionados.
Texto: André. M
Foto: Renato. B
Fonte:
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Aqui fica um GRITO, para que alguém responsável o ouça.
Salvem, enquanto é tempo, estas crianças!
Isabel A. Ferreira
Reacção de Assunção Esteves aos protestos na Assembleia da República
Esquece-se esta senhora que o poder é do povo, e se ela está sentada naquela cadeira, foi porque o povo assim o quis.
E se agora o povo protesta, é porque a Assembleia da República não cumpriu os seus compromissos para com o povo.
BASTA DE SUBSERVIÊNCIA AOS LOBBIES
Notícia/Artigo
«É o "ADIOS" para touradas espanholas?... (E portuguesas e francesas também)?
Podemos ver a quantidade crescente de pessoas que estão a opor-se às touradas.
Estamos no meio de uma crise económica e as pessoas começam a questionar-se por que, por exemplo, 129.000.000 € provenientes da Comunidade Europeia vão para as touradas?
Isso significa que os Ingleses e os Franceses (e os Portugueses e os restantes povos europeus também) estão a pagar do seu bolso para as touradas.
Então, o que quero dizer é que será apenas uma questão de tempo até as pessoas ficarem cientes de quanto isto está a custar-lhes, e o quanto isso maltrata os animais». (Sharon Nunez).
LER MAIS AQUI:
www.dw.de/is-it-adios-for-spanish-bullfights/a-16954867
"S.A.D">UNITED AGAINST ANIMAL CRUELTY ~ UNIDOS CONTRA LA CRUELDAD ANIMAL@
Fonte: