O Homem é um animal.
Biologia, Zoologia, Anatomia, Deontologia, Bioética, Embriologia, Fisiologia, Genética, Reprodução Animal, sinto quase tudo o que estas Ciências descrevem.
Aceito como certo, quase tudo o que aqui nos é transmitido.
Os ditos animais não-humanos, tal como a maioria dos animais humanos, têm medo da morte. Lutam pela vida, e sentem a aproximação da morte, tal como os humanos.
Só quem nunca conviveu com animais, pode dizer que «o animal naturalmente pela sua natureza, enfraquece, extingue-se, acaba». Eles não ACABAM, tal como nós também não acabamos. Eles são feitos da mesma Natureza. Fazem parte da criação do mesmo Deus.
Não acabam, e têm uma alma imortal. Têm um caminho a percorrer, tal como nós.
Eu sei. Sou tão animal como eles. E assim como consigo "ver" a alma de um humano a espreitar pela janela dos olhos, de igual modo vejo a alma dos não-humanos a espreitar nuns olhos semelhantes aos meus. Em tudo.
Estejam atentos a essa Natureza. E saberão do que estou a falar.
Sou um animal que possui cinco sentidos comuns a todos os outros animais; mas em mim, o instinto, que também possuo, não está tão desenvolvido como nos meus outros irmãos planetários.
Sou uma animal com emoções, sentimentos e estados físicos comuns a todos os outros animais: medo, tristeza, alegria, raiva, afecto, sofrimento, dor, cansaço…
Sou um animal com necessidades biológicas ou fisiológicas básicas, comuns a todos os outros animais: comer, beber, respirar, dormir, urinar, defecar, reproduzir, ter segurança, abrigo, viver em grupo…
Sou um animal que pode padecer de um conjunto de sinais e sintomas específicos comuns a todos os seres vivos, alterando o estado normal da saúde, que também é comum a todos os animais.
O vocábulo “doença” vem do latim “dolentia” que significa “dor, padecimento” e eu, como animal, tal como uma infinidade de outros animais, posso padecer de alergia, asma, cancro (em qualquer órgão), catarata, intoxicação, depressão, diabetes, diarreia, gripe, hepatite, pancreatite, hipertensão, HIV (FIV nos gatos), infecção urinária, leucemia, obesidade, osteoporose, hérnias de disco, epilepsia, traumatismos cranianos, tumores cerebrais, fracturas de coluna, entre outras…
Para tratar essas doenças existem a Medicina Humana e a Medicina Veterinária.
E se eu, como animal, sinto dor e padeço com todas essas doenças, logo, todos os outros animais sentirão dor e padecerão também…
Sou um animal biologicamente semelhante a todos os outros animais nos mecanismos pelos quais nos mantemos vivos, com órgãos e sistemas que desempenham funções vitais: cérebro, coração, pulmão, estômago, fígado, pâncreas, bexiga, rins, intestinos e pele; e os sistemas cardiovascular, digestivo, endócrino, genital, imunitário, muscular, nervoso, respiratório, urinário sensorial, tegumentar…
Sou um animal que partilho sequências do meu ADN não só com os meus parentes mais chegados, os símios, mas também com porcos, cães, gatos, bovinos, ratos, e até mesmo com recifes de coral e galinhas.
Os meus amigos e companheiros mais recentes, que criei e cuidei com o desvelo com que criei e cuidei dos meus filhos:
O meu Ratolinha (ratinho branco de cauda comprida) nasceu, cresceu, e morreu com insuficiência respiratória.
A minha gatinha Mindinha nasceu, cresceu, e morreu intoxicada pelo pólen de uma flor belíssima: a açucena.
A minha cadelinha Josefina nasceu, cresceu, e morreu com problemas degenerativos do foro neurológico.
A minha gatinha Francisquinha nasceu, cresceu e morreu com FIV (sida dos felinos).
A minha gatinha Nany nasceu, cresceu, e morreu de cancro da mama.
A minha gatinha Zézinha nasceu, cresceu e morreu com problemas cardíacos.
O meu cãozinho Platão nasceu, cresceu, e morreu com falência dos órgãos vitais devido a idade avançada. Era cego.
O meu gatinho Napoleão nasceu, viveu, e morreu de complicações derivadas da Diabetes.
Sou um animal que nasceu, cresceu e morrerá como todas as coisas, como todos os seres viventes, como todos os restantes animais, certamente com uma qualquer doença das que afectaram os meus amiguinhos patudinhos.
Que motivos terei para não os considerar animais como eu?
Isabel A. Ferreira
Um texto com pernas e cabeça e penas de aves…
Obrigatório ler.
Só os cegos mentais não conseguem ver o óbvio, que há tanto tempo entra pelos olhos dentro, de todos os povos do mundo.
Por Paulo Veiga
«Entre 1918 e 1919 uma versão melhorada do Influenza H1N1 matou cerca de 50 milhões de sapiens, mais do dobro do que a recém-terminada I Guerra Mundial. Nessa altura não se sabia o que originava a chamada “gripe espanhola”, mas hoje sabemos o que são vírus e como surgiram entre nós. Vieram dos animais que comemos.
A ciência genética dá uma ajuda: o vírus do sarampo deriva de um seu primo que ataca os bovinos, o da peste bovina. Até hoje, nas áreas onde não há vacina, o sarampo mata mais de meio milhão de sapiens por ano. Imagine-se o "nosso mundo" sem vacina.
Se o sarampo veio da criação de vacas, a gripe é filha das pocilgas e galinheiros. O caminho do influenza começa nas aves selvagens que carregam o vírus sem ter como infectar sapiens. Mas estes arranjaram maneira de isso acontecer.
Durante as suas migrações, as aves selvagens acabavam por beber água nos reservatórios das criações de galinhas. E também faziam as suas necessidades por lá. Como galinhas e porcos sempre foram criados juntos, não demorou que surgisse um vírus mutante dessa gripe aviária capaz de atacar os suínos… Agora é imaginar a quantidade de mutações e combinações proteicas que ocorreram em milhares de anos nos laboratórios com pernas que são os porcos.
Neste momento em que os sapiens vivem quase tão assustados como porcos a caminho do matadouro, colocam-se algumas opções: ir para a janela bater palmas e cantar o hino nacional; dar ouvidos aos profetas do apocalipse que asseguram que iremos morrer todos (esta parte é verdade); encomendar pizzas pela Internet; testar os dotes matemáticos ou de adivinhação sobre o número de mortos do dia seguinte; pensar em acções verdadeiramente inteligentes e éticas.
Pronto, se não for pela ética, ao menos que seja pela inteligência.
Fonte:
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