(Que vergonha! Não há verbas para o essencial, mas para a selvajaria é o que se vê!
O povo destas ilhas que abra os olhos!!!!!)
TERCEIRA
Angra do Heroísmo. Câmara PS.
Praia da Vitória. Câmara PS.
GRACIOSA
Santa Cruz da Graciosa. Câmara PS. Candidato PSD.
SÃO JORGE
CDS.
FLORES
Lajes das Flores. Câmara PS.
SÃO MIGUEL
Lagoa. Câmara PS.
Ribeira Grande. Câmara PSD. Candidato PS.
Nordeste. Candidato PS.
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VEJAM O NÍVEL DO PRESIDENTE DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES (PS)
Pela aragem não se vê quem vai na carruagem?
ABRAM OS OLHOS, AÇORIANOS!!!!!
Como é sabido a Ilha Terceira tem sido ao longo dos tempos o bastião da vil prática de torturar bovinos e o centro irradiador da tauromaquia para outras ilhas do arquipélago, com destaque para as ilhas da Graciosa e São Jorge.
Os Touros são bovinos, herbívoros, mamíferos, mansos, animais com um ADN semelhante ao do homem, e não nasceram para divertir sádicos
Texto de José Ormonde
De acordo com o historiador Pedro de Merelim, a primeira tourada à corda, em São Jorge, realizou-se a 7 de Setembro de 1934, durante as festas de São Mateus da Calheta. Segundo o autor citado: “Os rapazes de S. Jorge apesar de a tal, não estarem habituados, demonstraram arrojo e entusiasmo. José Veríssimo, o Prosa, natural da ilha Terceira, dirigiu a corrida. Gente das freguesias circunvizinhas acorreu, dando ao acontecimento esfusiante alegria. Outras touradas à corda se perspectivaram, para a mesma vila e freguesia da Urzelina”.
Com touros vindos da ilha Terceira, em São Jorge começou a prática de desrespeitar animais, de associar as touradas às festas religiosas, sem que a igreja se manifestasse contra aquela prática viciante e que, inclusive, desvia dinheiro dos paroquianos que poderiam reverter para a própria paróquia para os bolsos dos ganadeiros.
Depois da introdução da chamada tauromaquia popular, a indústria tauromáquica, que é insaciável em sangue e em dinheiro sem esforço, partiu para a introdução das touradas mais sangrentas para os animais, as de praça. Assim, de acordo com o autor citado, em 1948, “Alfredo Ovelha deslocou-se a S. Jorge, onde foi estudar, sem êxito, a possibilidade de realizar naquela ilha uma tourada de praça.”
Mais tarde, em 2005, o Governo Regional dos Açores, presidido por Carlos César, deu uma ajudinha à prática da tortura, através da “cedência, a título definitivo e oneroso, à Tertúlia Tauromáquica Jorgense – Amigos da Festa Brava Jorgense, de dois prédios rústicos sitos ao Pico da Caldeira de São Jorge, freguesia e concelho de Velas, inscritos na matriz predial rústica sob os artigos 2432.º e 1458.º e descritos na competente Conservatória do Registo Predial, respectivamente sob os n.ºs 804 e 608/Velas, ao abrigo do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 97/70, de 13 de Março, conjugado com o n.º 3 do artigo 5.º do Decreto Legislativo Regional n.º 3/2004/A, de 28 de Janeiro”.
De acordo com a Resolução do Conselho do Governo n.º 74/2005 de 19 de Maio de 2005, os terrenos que custaram a quantia irrisória de 6.000 euros e destinavam-se à “construção de uma Escola de Equitação e parque de estacionamento de apoio à Praça de Touros”. Ainda de acordo com a mesma resolução “os terrenos ora cedidos regressam ao património da Região Autónoma dos Açores se lhes for dado fim diferente do assinalado ou em caso de incumprimento das condições da cedência”.
A justificação para a cedência dos terrenos é uma autêntica afronta a todas as pessoas que têm e usam o cérebro para pensar. Com efeito, entre as diversas cabeças existentes no Governo Regional dos Açores de então, ninguém viu que era um disparate o seguinte:
“Considerando que a Câmara Municipal das Velas classifica a Tertúlia Tauromáquica Jorgense como uma instituição de grande valor no concelho, quer do ponto de vista turístico quer cultural, e que a construção de uma Escola de Equitação se apresenta como um projecto de grande importância.”
Quando é que uma instituição que fomenta os maus tratos a animais tem valor cultural? Que turistas vão a São Jorge para assistir à tortura de um animal numa praça de touros? Onde anda a Escola de Equitação? Porque não exige o Governo a devolução dos terrenos ao património da região?
O ano de 2014 foi um ano negro para São Jorge, que se traduziu na morte, perfeitamente evitável, do senhor Horácio Borges numa tourada à corda e num número de feridos que nunca entra nas estatísticas porque há hospitais e centros de saúde e corporações de bombeiros que os escondem.
Foi, também, em 2014 que, depois de um interregno, regressaram as touradas de praça, com o ferimento de pelo menos um forcado. Para além do referido, regista-se a falta de vergonha por parte da Tertúlia Tauromáquica Jorgense que pediu o apoio no valor de 35. 000 (trinta e cinco mil euros) para a realização de uma tourada de praça no âmbito da Semana Cultural (?) das Velas.
Vergonhosa foi, também, a acção da Câmara Municipal das Velas que atribuiu 3.500 € à referida Tertúlia contra a cedência de 50 bilhetes para a tourada a distribuir por Instituições de Solidariedade Social do Concelho.
José Ormonde
2 de Abril de 2016
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(AVISO: uma vez que a aplicação do AO90 é ilegal, em Portugal, este texto foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático)
Exmo. Reverendíssimo Senhor Dom António de Sousa Braga:
Está prevista a realização de duas touradas à corda na Ilha Graciosa, nos próximos dias 2 e 3 de Agosto, integradas nas festividades de Nossa Senhora de Guadalupe (que deve estar a chorar lágrimas de sangue).
Considerando que a Igreja Católica deveria ter uma posição clara relativamente às touradas, que foram condenadas e proibidas, numa Bula ainda em vigor, pelo Papa Pio V, que as considerava «espectáculos alheios de caridade cristã»;
Considerando a crise socioeconómica em que os Açores estão mergulhados, à qual não ficam imunes as paróquias que se debatem com falta de recursos, e onde até se passa fome;
Considerando que a «tauromaquia é a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras; traumatiza as crianças e adultos sensíveis; agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espectáculos e desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afrontando a moral, a educação, a ciência e a cultura» UNESCO, 1980;
Considerando que as touradas em nada contribuem para educar os cidadãos para o respeito a ter com todos os seres da criação divina, além de causarem sofrimento aos mesmos e porem em risco a vida dos adeptos de tal selvajaria;
Considerando que as touradas em nada promovem o turismo culto e de qualidade, que se quer para a Graciosa e para o Arquipélago dos Açores;
Venho manifestar a V. Reverendíssima, o meu mais veemente repúdio pela inclusão de uma “diversão” selvagem e cruel, como é a das touradas, sejam em que modalidade for, num programa de uma festividade da Igreja Católica, “diversão” essa que origina sofrimento, sem qualquer justificação, aos animais, e ferimentos e mortes aos adeptos dessa selvajaria, e repudiar também o mau uso de dinheiros da comunidade católica da Graciosa.
Esperando que V. Reverendíssima leve em conta estas linhas, que dizem do sentimento da esmagadora maioria dos açorianos, dos portugueses em geral e de milhões de cidadãos do mundo civilizado, e contribua para a evolução moral, cultural e religiosa desse Arquipélago, fico com a esperança de que elimine destas festividades e do território açoriano, definitivamente, este costume bárbaro e cruel, que não dignifica os Santos e Santas em nome dos quais se tortura um animal, que esteve presente no Nascimento de Jesus Cristo, naquele estábulo, em Belém… há 2014 anos...
Isabel A. Ferreira
O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) lamenta profundamente a morte de mais uma pessoa, neste caso, a de um homem de 62 anos, durante a realização de uma tourada à corda na ilha de São Jorge. Esta morte é mais uma que vem somar-se à de um homem de 78 anos na ilha da Graciosa, em 2013, e à morte de um homem na ilha do Pico, em 2012. Assim, a trágica estatística das mortes nas touradas à corda na região situa-se, no mínimo, numa pessoa morta por ano.
Para além das pessoas que morrem, o número de feridos graves nas touradas à corda é bastante maior, como indicam os casos que chegam a ser conhecidos apesar de, no geral, raramente serem noticiados. No total, o número de feridos graves e ligeiros nos Açores como consequência das touradas à corda estima-se em mais de 300 em cada ano.
Estes números são necessariamente aproximados em virtude dos feridos e mesmo dos mortos resultantes das touradas à corda, não serem mencionados, na maioria das vezes pela comunicação social. Aliás, é lamentável que, no caso da pessoa recentemente falecida em São Jorge, a comunicação social tenha centrado a notícia exclusivamente nas dificuldades da evacuação médica, que não contestamos, chegando mesmo a não referir, muitas vezes, que a causa primeira da morte foram os ferimentos ocasionados durante uma tourada.
Todas estas mortes inúteis e todos estes numerosos feridos, graves ou ligeiros, poderiam ser facilmente evitados com a definitiva abolição das touradas nos Açores e a sua substituição por eventos culturais que, longe de cultivar a violência e a morte, fomentassem a alegria de viver e o respeito pelas pessoas e pelos animais.
É cada vez mais evidente, nos Açores e em todo o mundo, que está na hora de acabar com esta barbárie absurda e sem sentido, permitindo aos povos evoluir e entrar definitivamente num progresso cultural próprio do século XXI.
Porém, longe deste entendimento, as touradas à corda continuam a receber apoios públicos por parte do governo regional e das autarquias açorianas.
Os governantes fecham os olhos à realidade e parecem varrer os mortos e os feridos para debaixo do tapete.
Mas, ainda são também de lamentar as outras vítimas das touradas à corda: os touros. Infelizmente não são raros os casos de animais que chegam a morrer durante as touradas. São conhecidos casos de touros que morreram de esgotamento e outros que morrem ao embaterem contra um muro. São frequentes também os casos de animais que acabam gravemente feridos, perdendo um ou os dois cornos ao embaterem contra as paredes e muros, ou partindo ossos ao escorregar ou saltar nas ruas. É, ainda, comum ver touros com ferimentos, sangrando e sem que por isso se interrompa a festa.
Apesar de tudo isto, lamenta-se que alguns políticos ainda considerem as touradas como simples “brincadeiras” com os animais.
Partilhando o sentir da maioria da sociedade açoriana, o MCATA considera que não é admissível haver mais nenhuma morte nem mais feridos por causa das touradas à corda.
Por último, o MCATA apela às entidades que têm responsabilidade na matéria para que atuem sem mais demora.
Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
03/07/2014
Muitos já morreram. Outros tantos ficaram aleijados. Mas apesar das mortes e dos estropiamentos, eles continuam com sede de sangue, para mostrar a virilidade que lhes falta...
Quantos mais precisam de morrer ou ficar estropiados para que as autoridades (responsáveis por estas mortes e por estas deformações) ponham fim a algo que não é divertimento, mas tão-somente pura estupidez…?
Fontes: