… porque há concelhos onde a “prática cultural da tauromaquia” faz parte da “identidade” (?????).
O que não seria se o senhor ministro fosse aficionado!!!!!!
Esperar o quê de um governo cheio de trogloditas? De gente sem massa crítica, sem substância cinzenta suficiente dentro do crânio, que possa fazê-los distinguir o trigo (CULTURA) do joio (TORTURA de seres vivos sencientes) para divertir uma fatia minoritária da população portuguesa com baixíssimo nível moral e cultural, e que ainda não evoluiu?
Mais um para o caixote de lixo da História.
Veja, senhor ministro, o que o senhor quer respeitar e absolutamente tolerar, porque faz parte da cultura e da identidade, sim da identidade até pode ser, mas de gente que ainda NÃO evoluiu, e que o senhor, como ministro CULTURA tinha o DEVER de fazer evoluir, e NÃO faz. Muito pelo contrário.
O senhor NÃO SABE o que é Cultura ou o que é Identidade. E o que chama respeitar e tolerar significa simplesmente aceitar e apoiar o que pode ser visto com a maior REPUGNÂNCIA, nesta imagem:
Demita-se senhor ministro da (IN)CULTURA! Defender e TOLERAR tal barbárie, nos tempos que correm, só DESONRA E ENVERGONHA Portugal!
Isabel A. Ferreira
***
VilaFranquenses Anti-tauromaquia
«Retrocesso para os Touros e Cavalos! "Respeito e tolerância" para a tortura.
*Volta Graça Fonseca*
«Pedro Adão e Silva defende “respeito e absoluta tolerância” com a tourada. No Parlamento, questionado (...) pelo PAN, o ministro admitiu não ser aficionado, mas lembrou que há concelhos onde a prática cultural da tauromaquia faz parte da identidade.
(...)
É sempre o tema mais fracturante nas reuniões da comissão de Cultura no Parlamento e na estreia de Pedro Adão e Silva como ministro da Cultura não foi excepção.
(...)
Para que não houvesse dúvidas, o novo ministro da tutela começou por dizer que não é um “aficionado”. Ressalvou, no entanto, que “temos de saber sempre respeitar a forma como os outros olham para a cultura.”
(...)que questionou sobre a alteração da taxa de IVA cobrada no preço dos bilhetes para espectáculos tauromáquicos, Pedro Adão e Silva lembrou que “não há neste momento um desejo dominante de proibir as touradas” e explicou que “também não há a ideia de que as touradas devam ser subvencionadas, ou apoiadas de alguma forma fiscal”.
(...)
“Não contem comigo para censurar aquilo que são as práticas culturais e os gostos dos outros”, disse o ministro sobre as touradas. Embora reconheça que, “felizmente, há espaço” para as posições do PAN (...), Adão e Silva lembrou que “depois, no meio, há os portugueses, mesmo aqueles que são a larga maioria que não vai a corrida de touros”.
“Não lhes passa pela cabeça impedir os outros de ir a corrida de touros”, destacou. “Há concelhos onde as pessoas vêem nisso um aspecto fundamental da sua identidade, outros onde não, portanto devemos viver com respeito e absoluta tolerância em que relação a isso”, rematou o ministro, que repetiu a expressão “absoluta tolerância” como a sua “resposta aos proselitismos e autocensura e censura dos outros.»
https://rr.sapo.pt/.../nao-contem-comigo-para.../283710/
Fonte: https://www.facebook.com/VFXAnti.tauromaquia/photos/a.1050063075024035/5442899839073648/
(Texto transcrito conforme a Grafia Portuguesa LEGAL, que se encontra em vigor).
O Grupo Parlamentar do PAN - Pessoas-Animais-Natureza num comunicado enviado á Imprensa, informou que questionou a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, quanto ao cumprimento da legislação em vigor das iniciativas integradas no “Dia da Tauromaquia”, agendadas para o próximo dia 26 de Fevereiro, na praça de touros da Moita [e isto só podia acontecer na Moita].
Origem da imagem: Internet
Refere o comunicado que, tal como em anos anteriores, estão previstos eventos que violam a legislação vigente, tais como a exibição de “recortadores” e “demonstrações de toureio” com a participação de CRIANÇAS de “escolas” [leia-se antros] de toureio.
E o que são os “recortadores”? São uma prática que inclui a lide de bovinos ditos de “raça brava” [não existe na Natureza bovinos de “raça brava”] na arena por grupos de acrobatas, algo que não está contemplado na legislação que regula as práticas tauromáquicas e que é bastante clara quanto a este tipo de ocorrências tauromáquicas AINDA permitidas em Portugal, bem como aos indivíduos que participam nos mesmos.
De acordo com o PAN, apesar da insistência da indústria tauromáquica, os “recortadores” foram excluídos do RET (Decreto-Lei n.º 89/2014, de 11 de Junho). Porém, como já é hábito, a Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) tem ignorado este facto e as constantes denúncias realizadas, permitindo que os “recortadores” continuem a exibir-se em várias praças de touros fixas.
Além disso, e ainda segundo o PAN, tal como em 2020, o [inconcebível] “Dia da Tauromaquia” prevê a realização de demonstrações das "escolas" de toureio com a participação de CRIANÇAS, situação que viola igualmente a legislação vigente, pois que a participação de CRIANÇAS menores de 16 anos é expressamente proibida por lei, pelo que, no entender do PAN, é importante que as autoridades competentes actuem na salvaguarda da segurança e superior interesse destas crianças e no cumprimento da lei.
Estando-se em vias de mais um atropelo (entre muitos outros) à Lei vigente, o PAN quer ser informado [e todos nós, que somos anti-tourada, queremos saber também] do seguinte:
- Se o Ministério da Cultura tem conhecimento da realização desta iniciativa ilegal de “recortadores” e de uma “demonstração de toureio” com a participação de escolas de toureio, no próximo dia 26 de Fevereiro, na praça de touros da Moita;
- Se estas práticas tauromáquicas (com lide de reses [ditas] “bravas”) foram licenciadas pela IGAC e ao abrigo de que legislação;
- Quem se responsabiliza pela segurança das CRIANÇAS que participarão na “demonstração de "escolas" de toureio” e quais os meios previstos para garantir essa segurança;
- Se a praça de touros da Moita cumpre todos os requisitos previstos no RET [raramente isto acontece] nomeadamente ao nível da segurança e assistência médica;
- Se foi feita alguma inspecção à referida praça;
- E que medidas vai o Governo adoptar para evitar a realização de um evento ilegal.
Todos aguardamos, com grande expectativa, que a senhora Ministra da Cultura, Doutora Graça Fonseca, nos elucide acerca desta questão, que, a realizar-se, será gravíssima, porque lesiva da Lei vigente.
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Noutro registo, aqui deixo outra informação oriunda de um comunicado do PAN, que informa o seguinte:
Origem da imagem: Internet
Parlamento vai ouvir Governo sobre situação de seca a pedido do PAN
Refere o PAN que o Ministro do Ambiente e Acção Climática, José Pedro Matos Fernandes, e a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, vão ser chamados ao Parlamento para a realização de um debate político de urgência sobre a situação de seca em Portugal, num requerimento que surgiu pela mão do PAN - Pessoas-Animais-Natureza, na conferência de líderes de 18 de Fevereiro, porém, na altura, não reuniu o consenso necessário.
Contudo, atendendo à gravidade da situação de seca no país e aos impactos que já se fazem sentir em termos ambientais e socioeconómicos, o PAN entendeu avançar na passada segunda-feira, dia 21, com pedidos de reunião urgente a ambos os ministros.
À proposta do PAN veio juntar-se uma iniciativa do PCP no mesmo sentido, em nova conferência de líderes realizada hoje, tendo sido aprovadas. O debate político sobre o tema terá lugar já na próxima semana, isto numa altura em que 91% do território nacional se encontra em seca severa e extrema.
Todos esperamos que as políticas, para esta questão, sejam levadas muito a sério, tão a sério, que se lembrem, por exemplo, de que os campos de Golf, para uns poucos andarem a divertir-se, bebem mais água do que várias manadas de gado bovino, ovino, caprino e suíno.
Isabel A. Ferreira
Sem qualquer surpresa, vemos os nomes de Carlos César, Manuel Alegre, Luís Castro Mendes, João Soares, Gabriela Canavilhas, Francisco José Viegas, e de 26 autarcas (18 socialistas), e de figuras do desporto, dos media, empresários, de 56 deputados de diversos partidos, tudo gente da INCULTURA, com os pés enterrados na Idade Média, sem a mínima visão de futuro. Dizem que querem defender uma convivência democrática plural e tolerante da cultura, esquecendo-se que em Democracia há lugar para a CULTURA, mas não para a TORTURA de seres vivos, e que a liberdade deles acaba, quando a dos Touros e Cavalos começa.
Também dizem que esperam do Estado «o cumprimento da Constituição da República e das leis que nela se fundamentam, com isenção doutrinária ou ideológica, como forma de respeito pelo dever de tratamento de igualdade de todos os cidadãos, no caso em apreço, o dever da promoção do acesso à cultura, de toda a cultura, sem discriminação, como a lei obriga», esquecendo-se de que em parte alguma da CRP se diz que a TORTURA de Touros e Cavalos faz parte da Cultura Portuguesa.
A carta foi dirigida a Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa, Graça Fonseca, Nuno Artur Silva, Nicolau Santos, Vieira de Andrade e Sebastião Coutinho Póvoas.
Chegados aqui não há necessidade de avançar mais nas (des)considerações deste pequeno grupo de cidadãos, que ainda NÃO EVOLUÍRAM, e pior, que se RECUSAM a evoluir, e estão a anos luz da verdadeira Cultura e Ética do mundo contemporâneo.
Para memória futura aqui fica o link da carta com os nomes desse grupinho insignificante numericamente e socialmente: Carta Aberta pela Liberdade de Programação na RTP
Como se sabe, as touradas não dão mais audiência à RTP, que está na cauda dos canais televisivos.
Também como se sabe, hoje em dia, só os sádicos, os psicopatas e os trogloditas se divertem com o SOFRIMENTO de um ser vivo. Sentem “orgulho” de ser trogloditas, e isso já diz muito da deformação mental dessa gente.
As touradas são uma forma bárbara de maus-tratos a animais sencientes. Ou os Touros e Cavalos não serão animais? Não se pode maltratar um Cão e um Gato, mas os Touros e os Cavalos podem ser massacrados nas arenas, para que os sádicos se divirtam. Isto é algo que está à margem do senso comum e de toda a racionalidade.
A transmissão de touradas NÃO É serviço público, que deva ser pago com os impostos dos Portugueses. Ponto final.
Cada vez mais este tipo de “diversão” está a ser rejeitado e repudiado pela sociedade que, lentamente (é certo), vai evoluindo e deixando as práticas medievalescas, que não combinam com os festivais de música de Verão, a que milhares de jovens aderem.
Às arenas vão sempre os mesmos e poucos, marialvas e betinhos, em excursões pagas pelas autarquias, com dinheiros do Povo. De resto, nem as moscas querem lá por os pés.
As touradas só ainda existem, porque o PS, o PSD, o CDS/PP, o PCP, o CHEGA e o IL, fomentam esta política de direita e cujos deputados estão ao serviço do lobby tauromáquico, que enche os bolsos à custa dos impostos que o povo paga, com sacrifício.
Não fosse esse servilismo rastejante, as medievalescas touradas, que nasceram para entreter uma realeza decadente, na vizinha Espanha, e que os reis Filipinos espanhóis implantaram em Portugal com todos os seus defeitos, já não existiriam há muito.
Mas em Portugal ainda há esta mentalidade pobre de copiar o que de mau se faz no estrangeiro, apenas porque é estrangeiro. E os políticos portugueses e administradores disto e mais daquilo, que, vá-se lá saber porquê, adoram ser servis e vergam-se com muita facilidade ao poderio torpe estrangeiro, infantilmente dizem que sim a tudo, como aqueles bonecos que abanam a cabeça sempre para a frente, a dizer que sim, que sim…
Só não dizem que sim aos apelos da Razão, da Lucidez, da Evolução, da Civilização, da Ética e isto porque adoram viver no passado, a rastejar na lama.
Há que dizer BASTA a esta vergonhosa situação, que não dignifica a Nação Portuguesa e os Portugueses, que sentem orgulho em ser Portugueses.
Está mais do que na hora de o governo português, liderado por um Partido Socialista com uma asa na direita, rejeitar esta política a cheirar à monarquia decadente de outrora.
Está mais do que na hora de evoluir, e de caminhar com a espinha dorsal bem erecta, à maneira do Homo Sapiens Sapiens.
Pois é certo e seguro que as touradas e os trogloditas que as praticam, apoiam e aplaudem não têm lugar no FUTURO.
Isabel A. Ferreira
É necessário fazer um desenho?
Um desenho, não. Uma imagem?
Aqui está ela:
Isto é TORTURA.
Isto NÃO É Cultura. Nem “espectáculo”. Isto é TORTURA. Vamos repetindo, para ver se encaixam, porque está difícil encaixarem isto. por que será? Terão o cérebro desactivado?
Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS-PP, no passado , esteve em Santarém, uma localidade ainda com um pé na Idade Média, e disse ser inadmissível a “política de gosto” e a “visão preconceituosa” da ministra da Cultura, Graça Fonseca, para com a tauromaquia, pedindo uma política cultural que respeite os aficionados.
Como disse? Respeitar os aficionados? Umas criaturas que NÃO RESPEITAM a vida de seres sencientes, de sere vivos? De animais como eles? Por alma de quem? Quem não respeita a VIDA, seja de que criatura for, NÃO MERECE o mínimo respeito. E quem pratica e apoia esta barbárie, também, não merece respeito algum.
Ó Dr. Francisco, Dr. Francisco, apesar de ter frequentando o Ensino SUPERIOR (?) não sabe que torturar Touros nada tem a ver com GOSTOS, mas com CULTURA CULTA, com CIVILIZAÇÃO, com ÉTICA, com VALORES HUMANOS?
Não sabe?
A nossa Ministra da Cultura sabe, por isso, ela faz muito bem em não incluir esta prática bárbara, cruel, violenta e boçal, no rol da Cultura. E o IVA para isto devia ser 1.000%, e não 23%.
É por estas e por outras que o CDS/PP está condenado à extinção, aliás, bem como as touradas, e não surpreendeu absolutamente nada que os últimos resultados eleitorais, fossem uma razia. Os próximos serão piores.
Não reconhecer que torturar Touros, para divertir sádicos, nunca foi, não é e jamais será Cultura, é de mentes que ficaram estagnadas no passado. Não evoluíram.
Também não querem uma lotação de 25%, nos antros, para a prática da tortura? Querem ser candidatos a ocupar camas de hospital, infectados com a Covid-19?
Como é possível um “deputado da Nação” afirmar que a tauromaquia faz parte da cultura portuguesa (não faz), tem raízes profundas na sociedade (não tem) e, nos termos da lei (qual lei?) é considerada uma arte performativa (arte quê?) que encerra em si um sistema de valores (que valores?), de crenças (que crenças?), e de tradições (que tradições?) , que resultam da liberdade do povo português (que liberdade, a de torturar?) e da sua caracterização cultural (que caracterização?) ». Isto é de uma ignorância descomunal! É de quem não conhece a Lei. Não sabe o que é Cultura, nem valores, nem tradições, nem arte. Nem coisa nenhuma.
O deputado da Nação também mentiu, ao dizer que este sector se encontra inactivo desde Outubro, com risco de arrastar para a “pobreza” milhares de famílias e prejudicar financeiramente os concelhos onde se realizam eventos taurinos, porque este sector recebe milhares de Euros “roubados” ao erário público, para manter estes parasitas tauromáquicos. Ninguém morre de fome, porque estão cheios de FARTURA.
E como diz Sandro Figueiredo Pires, no Facebook, «enquanto centenas de milhares de agentes culturais das mais variadas áreas - inclusive das festas e romarias de Verão que por este país todo não se vão realizar - [esses sim] estão a passar fome... o CDS/ PP tem como prioridade cultural do país...espetar e maltratar em arenas centenas de animais para gáudio de uns milhares de nababos que vivem e sempre viveram à custa dos impostos que esses verdadeiros agentes culturais pagaram... Batemos palminhas ou mandamos este tipo para um lugar que eu cá sei?!?!?!»
E ainda há mais, para enterrar o CDS/PP e todos os que apoiam a TORTURA de Touros:
Assembleia_26.06.2020_Plenário ISR1 Tauromaquia VIRAL
TORTURA NÃO É CULTURA!
PSD e CDS vieram "de fininho" incluir a barbárie da INDÚSTRIA TAUROMÁQUICA num debate sério sobre o Estado da Cultura e sobre os apoios para profissionais das artes e do espectáculo que enaltecem o nosso país. Mas Inês de Sousa Real deu-lhes a resposta certa.
Muito bem, Inês Sousa Real.
A tauromaquia nada mais é do que a política do mau gosto. Boa!
Em Portugal não se vive em estado de graça…
Texto de Prótouro – Pelos Touros em Liberdade
https://protouro.wordpress.com/2018/12/13/ministra-da-cultura-continua-a-ser-alvo-a-abater/
Ministra da Cultura Continua a ser Alvo a Abater
Na comemoração dos 50 anos da RTP 2 Graça Fonseca foi recebida no átrio do Cine-Teatro Capitólio com um paso doble.
Perante tal facto Graça Fonseca afirmou e citamos:
“Quando entrei até me assustei porque receei que me estivessem a levar para uma tourada.”
Tal foi o bastante para que o aficionado Joaquim Letria ripostasse afirmando:
“Quero acreditar que a senhora ministra disse o que disse por graça ou terá de aprender o que é um Paso Doble.”
Joaquim Letria afirmou ainda e citamos: “Quem a escolheu deve ter-lhe dito que a linha política do Governo é anti-tourada, senão ela não pensaria como pensa.”
Tocar um estilo musical espanhol na comemoração dos 50 anos de uma televisão portuguesa é de mau gosto e fazê-lo no preciso momento em que a ministra entrava no Cine-Teatro cheira a provocação, portanto, não é de espantar a inteligente e irónica afirmação da ministra.
E não, a ministra não cometeu nenhuma gafe já que embora o paso doble seja usado em marchas militares, hoje em dia é usado sobretudo em touradas e é conhecido pela sua associação à tauromaquia e não a marchas militares.
Portanto o aficionado jornalista Joaquim Letria perdeu uma boa ocasião para ficar calado primeiro porque demonstrou que o inculto é ele e segundo porque só mesmo um arrogante convencido poderia afirmar que a ministra faz o que lhe mandam e não tem cabeça para pensar por si própria.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Graça Fonseca, Ministra da Cultura de Portugal, deslocou-se a Guadalajara (México) para inaugurar a já famosa Feira do Livro, em que Portugal foi o convidado de honra.
Pois não é que ali mesmo, aos jornalistas portugueses, mais preocupados em dar visibilidade aos trogloditas socialistas, do que à Cultura Literária, em Guadalajara, deram-lhes para perguntar à Ministra o que pensava sobre a proposta, ainda a ser (ainda a ser) dos socialistas, para mudar a selvajaria tauromáquica de cruelmente bárbara, para simplesmente bárbara, com a introdução do tal de velcro, como se isso resolvesse o problema da tortura dos desditosos Touros. Ao que a Ministra respondeu lucidamente que «uma coisa óptima de estar em Guadalajara é não ver jornais portugueses».
Grande resposta. Merecida resposta. Um bom jornalista não vai a Guadalajara falar de propostas trogloditas, num evento Cultural, que nada tem a ver com barbárie. Um bom jornalista, iria à Feira do Livro de Guadalajara, perguntar à senhora Ministra se a Literatura Portuguesa está no bom caminho, quando se sabe que a Língua Portuguesa está um caos, com a aplicação ilegal da grafia brasileira; ou se existe alguma política para a ajuda da tradução e divulgação de autores portugueses, para línguas estrangeiras; enfim, algo que condissesse com o que ali estava a passar-se. Porém, ir para ali falar das propostas de trogloditas foi a coisa mais a despropósito e parva que se possa imaginar. E a resposta só dia ser aquela.
E veja-se a tinta que corre por aí a este propósito, distorcendo o que Graça Fonseca quis dizer.
Só s de má-fé interpretariam o que se interpretou da declaração da senhora Ministra.
Na realidade, não ter de ver os jornais portugueses quando se está fora do País, é a melhor coisa do mundo, para quem, por ossos do ofício, diariamente tem de ler os jornais portugueses e de ver os noticiários televisivos.
Mas isto que a Ministra disse, qualquer pessoa diz quando vai para o estrangeiro. É o que eu digo quando vou para Espanha, para as minhas tertúlias literárias e artísticas, que alívio, estar longe dos noticiários televisivos e dos jornais portugueses, com as suas polemicazinhas alienantes, que têm como objectivo afastar o povinho dos grandes problemas que afectam o País.
E quando Graça Fonseca disse o que disse, compreendia-a perfeitamente. E o que entendi da declaração dela, foi que ela estava em Guadalajara numa missão CULTURAL, e como era bom estar, por uns dias, longe da INCULTURA, difundida exaustivamente pelos jornais e canais televisivos portugueses, aliás, quase todos descaradamente defensores da barbárie tauromáquica e mortinhos por ajudar os aficionados na sua cruzada de atirar a Ministra para a fogueira, visando a sua demissão.
Como a compreendi. Para mim, que não sou ministra, mas que também, por ossos do meu ofício, tenho de ver, ouvir e ler o que dizem os jornalistas portugueses, quando saio do país, é um alívio, não ter de os ver, ouvir e ler. É um alívio poder FUGIR à mediocridade instalada na comunicação social, que nos entra casa dentro diariamente. E isto é tão óbvio! E se os jornalistas enfiaram carapuças, o problema é deles, não é da senhora Ministra.
Uma vez mais, a senhora Ministra da Cultura, Graça Fonseca, esteve à altura do seu cargo, respondendo à letra, o que os jornalistas portugueses mereceram ouvir.
Isabel A. Ferreira
Li no jornal Público, que a «prótoiro quer que Presidente (da República) defenda touradas, de que até gosta, de “ataques inconstitucionais», e para tal até pediu uma audiência a Belém.
É que todos sabemos que Marcelo Rebelo de Sousa era aficionado (não sabemos se ainda é, porque sempre há a probabilidade de uma pessoa evoluir). Sim, o Celito, quando ainda era apenas Marcelo Rebelo de Sousa, gostava de assistir à tortura de Touros, frequentava-as, aplaudia-as, apoiava-as, cumprimentava os carrascos. Quem não aprecia estas práticas bárbaras, nem amarrado vai vê-las. Mas Marcelo ia e aplaudia.
E a protóiro, que não tem a mínima noção de que as touradas não fazem parte da vida normal dos portugueses, quer que Marcelo intervenha e os receba em Belém.
Pois se os receber, daqui lanço já o meu apelo, para que o presidente da República receba o Movimento em Prol da Língua Portuguesa (MPLP), porque a Língua Portuguesa, essa sim, ao contrário da tauromaquia, está a sofrer gravíssimos ataques constitucionais, e faz parte da Identidade e Cultura Portuguesas.
Diz a protóiro que em 2015, Marcelo manifestou-se um aficionado das touradas, porém, desde então, devemos dar-lhe o bónus da evolução, ou não fosse ele o actual Presidente da República Portuguesa
Origem das fotos: Internet
Diz a notícia:
«A Prótoiro - Federação Portuguesa de Tauromaquia pediu uma audiência ao Presidente da República para lhe fazer um ponto da situação sobre “o que se passa pelo país” relativamente “aos ataques inconstitucionais de acesso dos portugueses à cultura”. Vai também pedir a Marcelo Rebelo de Sousa que se pronuncie publicamente sobre “estes ataques enquanto responsável pelo garante da Constituição». O pedido de audiência em Belém foi enviado a 7 de Novembro e ainda não obteve resposta.
Se a tauromaquia, que não faz parte da Cultura Portuguesa, nem sequer pertence ao rol dos símbolos que identificam a Nação Portuguesa, obtiver resposta por parte de Marcelo Rebelo de Sousa, todos os portugueses, incluindo eu, que estamos fartos de dirigir cartas abertas e fechadas ao responsável pelo garante da Constituição da República Portuguesa, que está a ser violada no que respeita à imposição ilegal do AO90, EXIGIMOS que nos responda também. Se faz favor.
A prótoiro quer «debater com o Presidente da República o envolvimento de alguns órgãos de Estado na restrição que está a ser feita aos direitos, liberdades e garantias de acesso aos cidadãos à cultura”, neste caso às touradas, afirmou ao PÚBLICO Hélder Milheiro, secretário-geral da prótoiro.
O MPLP quer debater com o Presidente da República a ilegalidade e inconstitucionalidade e o crime de lesa-infância que constitui a aplicação do AO90 em Portugal.
Os da prótoiro, ainda não perceberam que as touradas não fazem parte de nenhuma cultura? São uma prática bárbara, cruel, grosseira, medievalesca que tortura violentamente um ser vivo senciente, para divertir um bando de sádicos e psicopatas, gente que sofre de uma deformação mental e de graves desvios comportamentais, estudados pela Psiquiatria e Psicologia?
Lá por Marcelo Revelo de Sousa ter sido (será ainda, ou evoluiria?) aficionado de algo tão selvático como a tauromaquia, não significa que, enquanto presidente da República tenha de validar algo que o mundo civilizado rejeita com repugnância, e a esmagadora maioria dos Portugueses também.
E a prótoiro, sem ter a noção do ridículo, desesperadamente acha que Marcelo tem o dever de vir a público defender a barbárie.
Logo, Marcelo, que não é capaz de vir a público defender a Língua Portuguesa que, essa sim, é Património Cultural Imaterial de Portugal, virá defender a selvajaria tauromáquica?
A tauromaquia está a ser atacada como nunca esteve, porque é algo que apesar de ser legal, caminha à margem da sociedade moderna. Nos tempos que correm, já ninguém se diverte a torturar seres vivos, a não ser uma minoria muito atrasada civilizacionalmente.
E o presidente da República se não defende o símbolo maior da identidade portuguesa, a sua Língua Materna, irá defender a tortura de Touros?
Interrogamo-nos.
É verdade o que diz a prótoiro: «em Fevereiro de 2015, ainda antes de anunciar a sua candidatura a Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, após participar na Tertúlia do Convento, iniciativa organizada pela Junta de Freguesia de Aveiras de Baixo, em Virtudes, concelho de Azambuja, assumiu-se um aficionado das touradas, nomeadamente dos espectáculos com toiros de morte».
«Já assisti diversas vezes a faenas sensacionais que terminaram com a morte do toiro, sobretudo em Espanha, e não me lembro de ter ficado indignado com o facto. Em Portugal há quase uma tradição contra isso desde o tempo do Marquês de Marialva», afirmou na altura ao jornal O Mirante.
Eu também li isto no Mirante e estarreci-me, embora sempre soubesse que as Universidades não formam índoles. Estes desvios vêm do berço. Mas há sempre a possibilidade de evolução.
E a notícia prossegue com a lengalenga habitual, com a alusão a Picasso e tal, como se Picasso fosse um exemplo de ser humano para alguém, ele, de quem até os filhos e as mulheres diziam que era um homem extremamente cruel!
Diz a protóiro: Marcelo Rebelo de Sousa considerou mesmo “incompreensível” o facto de “haver pessoas e movimentos que se opõem à realização de touradas em Portugal”. Afirmando que não se via como um “homem das cavernas” ou um “troglodita”, como por vezes são classificados os aficionados pelos activistas antitouradas, o agora chefe de Estado deu o exemplo de Pablo Picasso, que “era um amante de toiros e tinha uma visão de esquerda”, ou do próprio Manuel Alegre, que além de ser político e poeta “é caçador e gosta de touradas”.
Pois o grave problema dessa gente é esse mesmo: ser amantes de touros e adorar vê-los sofrer na arena, não compreendendo que torturar e matar animais por prazer faz parte da psicopatia e sadismo que atacam determinadas pessoas.
No início deste mês, a Prótoiro e a Associação de Tertúlias Tauromáquicas de Portugal reclamaram a demissão da ministra da Cultura, considerando que Graça Fonseca “insultou” os milhões de portugueses aficionados ao afirmar no Parlamento que a discriminação da tauromaquia “não é uma questão de gosto, mas de civilização”.
A ministra da Cultura, Graça Fonseca, não insultou “milhões” de portugueses aficionados, porque os aficionados nem sequer chegam ao milhar. Além de que defender a Civilização e a Cultura não pertence ao rol dos insultos, em parte nenhuma do Universo. Defender a barbárie é que insulta os milhões de portugueses que já evoluíram e rejeitam esta prática medievalesca, que não faz parte da modernidade, e constitui uma descomunal ofensa à inteligência humana.
E agora Celito? (como amorosamente o nosso PR é designado em Angola).
Movimento em Prol da Língua Portuguesa (MPLP) ou prótoiro?
Quem será recebido em Belém?
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia:
A notícia diz que o Partido Socialista anunciou hoje que apresentará uma proposta de alteração ao OE/2019 para incluir a selvajaria tauromáquica no conjunto de espectáculos culturais (?????) que terão uma redução do IVA para 6%, tendo os deputados socialistas liberdade de voto.
Então que desfeita é esta à senhora Ministra da Cultura?
Isto a ser verdade (custa-me a acreditar que o PS desça tanto, mas, como diz o ditado, em casa de doidos tudo é possível!) estão a mostrar a porta de saída a Graça Fonseca? Porque era isto que eu faria, se tal acontecesse, e mais, sairia de "sócia” socialista, com urgência, antes de ser apanhada pela pestilenta doença tauromáquica.
Foto: JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA © 2018 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Origem da imagem:
Estas imagens pertencem ao passado, quando o Dr. António Costa era presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e condecorava carrascos de Touros, abraçava-os e aplaudia-os na arena (não era obrigado, pois podia enviar um substituto aficionado, que os havia). Mas as pessoas evoluem. E quando, já como primeiro-ministro, escreveu, na carta aberta ao caçador Manuel Alegre, que lhe chocava a transmissão de touradas na RTP, se não fosse dizer logo a seguir que, apesar disso, não lhe ocorria acabar com tal barbárie, eu até podia acreditar nesse choque, porque as pessoas têm o dever e o direito de evoluir.
E acredito que o Doutor António Costa queira evoluir. E terá o meu aplauso.
Mas a minha intuição sempre me fez desconfiar de tudo o que o Doutor António Costa diz com aquele seu ar bonacheirão, que lhe é tão característico, e que não teria mal nenhum, se deixasse esse ar para circunstâncias menos graves.
Esta posição do Partido Socialista foi transmitida aos jornalistas pelo presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César, no final da reunião semanal da bancada socialista.
Então, Dr. António Costa? Vão contradizer a senhora Ministra da Cultura, Graça Fonseca que, no debate do Orçamento do Estado para 2019, na generalidade, recusou descer o IVA de 13 para 6% no que respeita à selvajaria tauromáquica, alegando que se trata de uma questão de "civilização"?
O senhor vai dar o dito pelo não dito, e desdizer-se a si próprio, no que escreveu ao caçador Manuel Alegre?
Vai pôr a selvajaria tauromáquica ao mesmo nível dos verdadeiros espectáculos artísticos e culturais, sabendo como sabemos que a tauromaquia não passa de uma prática medievalesca e bárbara, que nem espectáculo é? E que os torturadores de Touros não são, nunca foram, nem nunca serão artistas de coisa nenhuma?
O que leva o Partido Socialista português, que se diz um partido de esquerda, a unir-se aos trogloditas, deste modo vexatório, arrastando na lama os valores humanistas e progressistas tão apregoados (falsamente?) pelo Socialismo?
Os trogloditas ameaçaram dar-lhe uma carga de pancada, Doutor António Costa? Como fazem comigo? É que mesmo assim, não devia ceder. A mim, os trogloditas andam sempre a ameaçar-me de tudo, até de morte, por eu defender, com todas as minhas garras de fora, a abolição desta peste tauromáquica que só envergonha o meu País e insulta o meu intelecto e envergonha a minha condição humana, e eu continuo a lutar pela Causa dos que não têm voz, para se defenderem dos trogloditas, inclusive, dos trogloditas socialistas que propuseram desacreditar a senhora Ministra da Cultura.
Bem, eu não acredito nesta notícia (actualmente anda por aí a moda das “fake news”, e isto deve ser uma falsa notícia, coisa de muito mau gosto) pois seria uma grande afronta à actual Ministra da Cultura, e à inteligência dos Portugueses, para não falar num enorme retrocesso, que põe o Partido Socialista no rol dos maiores trogloditas portugueses.
Isabel A. Ferreira
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Os socialistas distanciam-se da Ministra da Cultura? E daí? A esmagadora maioria dos Portugueses aproximaram-se da Ministra da Cultura.
E a quem interessa ser próximo de trogloditas?
Antes só do que mal-acompanhada.
E a direita está muito caladinha, mais o PCP, com medo de perderem mais votos do que aqueles que sabem que vão perder. Estão todos caladinhos também para que o PS se enterre cada vez mais e perca votos, que todos sabemos que vai perder. E isso só ajuda o PAN a subir. Porque os Portugueses já estão demasiado fartos de políticas carniceiras, e de ver o nome de Portugal enxovalhado no mundo civilizado, à conta da barbárie (e não só).
Graça Fonseca (Manuel de Almeida/Lusa)
Fonte da notícia:
Pois é! É que a caça está no mesmo patamar das touradas, ou seja, ambas são práticas bárbaras, onde se tortura e mata animais indefesos, por mero divertimento.
Os caçadores matam animais e dizem que fazem muito por eles (pelos animais) e pela Natureza, como se nós fôssemos muito estúpidos.
A etapa de caçador, no percurso evolutivo do homem, é a etapa mais primitiva. De caçador passou a colector, de colector a agricultor, e hoje o Homem vai à Lua.
Manuel Alegre é caçador. Não seria preciso dizer mais nada.
Mas vou dizer, porque me repugna os poetas que gostam de matar ou ver matar e torturar animais indefesos, algo que não faz parte da Cultura e da Civilização do Homem Contemporâneo.
Origem da imagem: Internet
O ex-candidato presidencial Manuel Alegre manifestou-se esta quinta-feira muito incomodado com as declarações da ministra da Cultura, Graça Fonseca, sobre as touradas no Parlamento. "É este tipo de intolerâncias que cria os Bolsonaros", disse Manuel Alegre ao jornal PÚBLICO.
Contudo, de acordo com Leonardo Boff, com o qual estou completamente de acordo, «tudo tem limites, também a tolerância, pois nem tudo vale neste mundo. Os profetas de ontem e de hoje sacrificaram as suas vidas porque ergueram a sua voz e tiveram a coragem de dizer: "não te é permitido fazer o que fazes". Há situações em que a tolerância significa cumplicidade com o crime, omissão culposa, insensibilidade ética ou comodismo. Não devemos ter tolerância com aqueles que têm poder de erradicar a vida do Planeta e de destruir grande parte da biosfera.»
Não devemos ter tolerância com aqueles que se divertem a matar e a torturar animais indefesos, porque tal não faz parte da Ética, da Civilização, da Evolução Humana.
Não podemos ser tolerantes com gente que não respeita a Vida. A vida de qualquer ser vivo é tão importante para ele, como a nossa vida é importante para nós. Daí que não possamos ser tolerantes com gente que mata e tortura animais apenas para se divertir ou passar o tempo.
Não podemos ser tolerantes com os trogloditas, sejam eles caçadores/poetas, ou escritores, ou pintores, ou presidentes da República, ou tauricidas.
Incomodado com a posição defendida pela ministra da Cultura relativamente às touradas, Manuel Alegre assume que "atitudes como" a de Graça Fonseca "colocam a democracia em causa".
Mas qual democracia? Torturar e matar animais não-humanos é uma atitude antidemocrática, porque não farás aos outros (sejam esses outros animais humanos ou não-humanos) o que não gostas que te façam a ti. E este é um princípio democrático, que remonta quase ao início dos tempos. Um preceito universal já conhecido entre os povos muito antigos.
Ao explicar que o Governo não pretende recuar no fim da isenção do IVA para toureiros, Graça Fonseca disse: "Quanto à tauromaquia não é uma questão de gosto, é de civilização e manteremos como está". O CDS logo se indignou, no hemiciclo e fora dele, mas agora também os socialistas estão a mostrar o seu desagrado.
Eu direi: estão a mostrar o seu IMO. Não estão a demonstrar o seu desagrado. Os socialistas (não serão todos, mas como não se manifestam, são medidos pelo mesmo alqueire) estão de conluio com as máfias da tauromaquia e da caça. Os socialistas apoiam estas políticas carniceiras da monarquia e da direita republicana.
E Manuel Alegre diz ao PÚBLICO, esta coisa espantosa: «O que está aqui em causa com as suas [da Ministra da Cultura] declarações é a liberdade de uma grande tradição ibérica reflectida por muitos escritores e artistas de todas as áreas. […] Agora são as touradas, depois há-de ser a caça e depois o livro que podemos ou não ler ou o filme que podemos ou não ver".
Pois. O problema aqui é que a caça pode vir a ser atingida pela flecha certeira da Civilização. O que vale é que os caçadores são uma espécie em extinção. A nova geração é feita de outro barro. Jamais a Cultura Culta, da qual fazem parte os livros e os filmes, estará no mesmo saco da caça e das touradas.
Como é possível aliar um costume bárbaro, introduzido em Portugal pelo rei espanhol Filipe I (II de Espanha, e que não regulava lá muito bem da cabeça) a uma tradição ibérica, reflectida por muitos escritores e artistas de todas as áreas, como se os tais escritores e artistas, que os trogloditas tanto gostam de citar, fossem deuses intocáveis ou gente de boa índole, e não tivessem grandes pancas, ou não fossem cruéis como Picasso, ou com graves problemas psicológicos, como Hemingway (que se suicidou) e Garcia Lorca. Além disso, na época dessa gente não se sabia o que hoje se sabe sobre a senciência animal. Mas a dúvida persistirá: uma vez bárbaro, bárbaro para sempre? Os contemporâneos têm toda a informação, e continuam aficionados, porque pau que nasce torto nunca se endireita (são raríssimos os que se endireitam), e o facto de serem artistas ou escritores ou frequentarem universidades não implica que tenham boa índole. Os maiores assassinos da História da Humanidade foram (e são) gente com cursos e cargos dos mais superiores. Porque isto da boa índole, do carácter, do IMO forma-se no berço.
Manuel Alegre diz que a introdução do IVA agora decidida "é uma perseguição aos toureiros e a uma actividade que mexe com milhares de pessoas". Mas que milhares de pessoas? Talvez umas centenas. Contudo, uma actividade sangrenta, brutal, irracional, inculta, estúpida, cruel e desumana, ainda que mexa com centenas de pessoas, não pode justificar a sua existência. Essas pessoas que vão plantar batatas, porque plantar batatas também alimenta bocas, e é uma profissão digna. Ser toureiro nem profissão é. Plantar batatas poderá não dar para comprar Ferraris e Porches, mas enche o estômago.
E Manuel Alegre não se contentou a fazer uma triste figura com estas declarações anti-civilização. Teve o desplante de deixar um aviso a Graça Fonseca e a outros políticos, como se ele fosse o dono do mundo, e disse esta coisa incrível: "Falar de touradas pode dar muita visibilidade, mas há problemas mais graves de que os deputados e governantes não falam, como por exemplo o desaparecimento dos cavalos marinhos da Ria Formosa ou a proliferação de eucaliptos por todo o país".
Pois o governo da geringonça não fala desses problemas e de muitos outros mais, aliás muito cabeludos, como o da ilegalidade do acordo ortográfico de 1990, por exemplo, porque não lhes convém, o que não tira que a actual Ministra da Cultura, confrontada com a pergunta da deputada do CDS/PP, não tivesse o direito e o dever de lhe responder adequadamente, pondo a questão no plano da Civilização.
Era o que mais faltava, um caçador vir admoestar uma Ministra da Cultura, a mais equilibrada que já tivemos desde há longos, longos anos, apenas porque esta defendeu a Civilização!
E Manuel Alegre conclui, de um modo, inacreditável, apenas condizente com mentalidade da direita: «Isto não é uma questão de gostar ou não gostar. Isto não pode ser uma questão de natureza filosófica como a ministra quer fazer crer».
Pois esta coisa das touradas nada mais é do que uma questão filosófica, uma questão social, uma questão cultural, uma questão moral, uma questão civilizacional, que a senhora Ministra da Cultura teve a lucidez e a coragem de levar para um hemiciclo que, na sua maioria, pugna pela incultura e pela incivilização.
E nós, a esmagadora maioria dos Portugueses, estamos com a senhora Ministra da Cultura, nesta questão, e vaiamos o poeta da carnificina.
Faço inteiramente minhas as palavras do Comandante Manuel Figueiredo, um dos muitos portugueses que enviaram à senhora Ministra Graça Fonseca, o seu apoio:
Para terminar, diz a notícia que o primeiro socialista a mostrar a sua indignação foi o deputado Luís Moreira Testa, que escreveu no Facebook: «Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa, Ernest Hemingway ou Federico García Lorca. É desta civilização que eu faço parte, mas também da de Goya, Dalí ou Picasso e de tantos outros, como Jorge Sampaio ou Manuel Alegre».
Pois o senhor Luís Moreira Testa tem todo o direito de expressar o que lhe vai na alma, e os seus gostos literários e de amizade. Contudo, é preciso dizer que a todos os cidadãos citados, falta-lhes o sentimento maior que faz de um ser, um verdadeiro Ser Humano: a empatia. Dir-se-á, igualmente, que todos esses senhores ficarão para a História, quando a bárbara tauromaquia estiver extinta, do mesmo modo que ficaram os imperadores romanos, apoiantes do bárbaro Circo Romano, ou seja, serão lembrados como seres incivilizados, incultos, primitivos, dotados de instintos cruéis, ou seja, ficarão lembrados como seres desumanos.
Todos esses nomes já constam do Livro Negro da Tauromaquia, facto que não dá prestígio a nenhum deles.
Isabel A. Ferreira
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