A Democracia só funciona em pleno, num país em que o povo é maioritariamente instruído, esclarecido e imbuído de espírito crítico.
Não sendo assim, a democracia será uma democracia manca.
E obviamente que é essa democracia manca que predomina em Portugal.
Os órgãos de comunicação social mais visíveis (as televisões) atulharam-nos com os resultados de Lisboa (cujo candidato PS perdeu a maioria); do Porto (cujo candidato independente ganhou a maioria); de Oeiras (a maior demonstração da falta de espírito crítico do povo); e Coimbra (cujo candidato PS ganhou sem maioria).
Depois era só falar da vitória do PS, com os melhores resultados de sempre; da derrota do PSD, a nível nacional; no bom resultado do CSD/PP em Lisboa; da perda de mandatos da CDU para o PS; do Bloco de Esquerda que consegue um deputado para a CM de Lisboa e mais alguns, por aí… mas não consegue a Câmara de Salvaterra de Magos, e ainda bem, pois assim temos menos uma aficionada de touradas (sem que o BE, que se diz anti-tourada, se importasse com isso) no poder; dos independentes que se destacaram nestas eleições; e do PAN? Ninguém dizia nada. Era como se não existisse.
No entanto, pela primeira vez, o PAN quintuplicou os seus resultados, conseguindo 26 deputados municipais e uma freguesia, tendo chegado a ficar acima do CDS/PP em vários concelhos, mas para sabermos disto, tivemos de andar a procurar informação.
E isto é muito significativo. Significa que a mosca continua a incomodar o elefante. E o elefante não gosta. E como não gosta passa a palavra: é proibido falar no PAN ::: Pessoas-Animais-Natureza nas televisões. E as televisões obedecem... servilmente...
Bem… safou-se Cascais, que rejeitou a aficionada de touradas do Partido Socialista, Gabriela Canavilhas;
Safou-se a Golegã, do candidato PSD, grosseirão e também aficionado assumido da selvajaria tauromáquica;
Em Viana do Castelo um candidato tauricida levou um grande banho de água gelada;
Em Ponte de Lima foi mais do mesmo, nem eram necessárias eleições, CDS/PP levou a melhor, mas não haverá mal que sempre dure…
Nos restantes municípios, onde o atraso civilizacional é evidente, onde ainda existe a ultrapassada prática medievalesca da diversão assente no sofrimento animal, a saber: Lisboa, Albufeira, Moita, Seixal, Vila Franca de Xira, Póvoa de Varzim, Montijo, Leiria, enfim, nestes lugares obscurantistas o PAN será a mosca que incomodará os elefantes.
A abstenção foi enorme, 45,5%; os votos nulos, 1,9%, e os brancos 2,6, e isto tudo somado dá 50%.
Assim sendo, metade dos eleitores portugueses não disse de sua justiça. Azar o deles. Agora não têm autoridade nenhuma para protestarem sobre o rumo que o país vai levar, se esse rumo não lhes agradar. Terão de aceitar servilmente o que lhes impingirem.
Sei que as leis estão feitas assim. Mas fazendo bem as contas, somando e tirando percentagens dos 50% que votaram, é tudo tão insignificante…!
Resumindo: num país em que o povo é maioritariamente desinstruído (temos a mais alta taxa de analfabetismo da União Europeia), é desiluminado e não tem o mínimo espírito crítico, para saber distinguir o trigo do joio, e não acreditar nos mentirosos, ainda não é desta que o nosso país dará um passo em direcção à evolução.
Continuará mais ou menos tudo na mesma, com tendência para piorar, uma vez que PS, PSD, CDS/PP e CDU tirando um ou outro detalhe, tocam sambinhas de uma nota só.
Contudo, espero com muita fé e esperança que eu esteja redondamente enganada.
Isabel A. Ferreira
Mais Fundos Europeus para a Tauromaquia
Não basta a autarquia da Golegã estar a ser disputada, nestas eleições autárquicas, por um candidato aficionado, do mais baixo nível moral e cultural, ligado ao PSD, tem de se afundar ainda mais no lixo tauromáquico, sem a mínima noção das prioridades do concelho.
A autarquia da Golegã acaba de assinar um protocolo com a família do aficionado Manuel dos Santos para a criação (pasmemo-nos) de um centro de “cultura” tauromáquica, como se a selvajaria tauromáquica pertencesse ao domínio da Cultura, com a agravante de a candidatura deste centro ser submetida, ainda antes das eleições, aos fundos comunitários Portugal 2020, num investimento total de 217.011,79 euros que será comparticipado pelo programa FEDER com 140.250,00€.
Golegã: momento da assinatura do obsceno protocolo
Isto é uma vergonha para Portugal, mas também para a União Europeia que, cegamente ou não, esbanja fundos comunitários em algo que não interessa nem ao mais atrasado e primitivo país do mundo!
Por esta amostra, podemos deduzir que a Golegã deve estar bem apetrechada de escolas, hospitais, serviços sociais, estradas, enfim, a Golegã deve ser um paraíso na Terra, para que se dê ao luxo de desperdiçar milhares de Euros em algo que pertence ao domínio do lixo.
Há demasiadas coisas insólitas e incompreensíveis neste meu País…
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem e da notícia:
https://protouro.wordpress.com/2017/09/21/mais-fundos-europeus-para-a-tauromaquia/
Fui ao mural do Facebook, de Victor Borges da Costa, aficionado dos quatro costados, candidato à Câmara Municipal da Golegã, pelo PSD, deixar aquele recado que publiquei ontem, de que não votaríamos em quem fosse comprometido com a selvajaria tauromáquica.
E ele respondeu-me desta maneira magistral, que diz bem do baixo nível moral, cultural, humano e político dos candidatos às autarquias que pugnam pela selvajaria tauromáquica, quer sejam do PSD ou de qualquer outro partido. Quando se trata de aficionados, só há uma cor política possível: o vermelho do sangue dos Touros.
Isto sim, é um candidato com grandes “combições" .
Envergonho-me disto. Como é possível que, no meu país, exista este tipo de gentinha, com tão baixo nível moral, cultural, humano e político a candidatar-se às câmaras municipais? O que tem a dizer sobre esta vergonha, Dr. Passos Coelho?
É este atraso civilizacional, esta incultura, esta falta de civismo e educação, esta ordinária expressão verbal (que o AO90 veio disfarçar), que tem para oferecer a Portugal?
Gente desta não pode estar à frente de uma câmara municipal, ainda que a terrinha seja atrasada civilizacionalmente. Com gente assim Portugal nunca evoluirá.
Até quando teremos esta desgraça nacional a emperrar a evolução do nosso desventurado País, onde ainda há “gente” desta com pretensões a “políticos”?
O comentário, entretanto, foi apagado.
A página deste candidato social-democrata é esta:
Jamais votaremos nesta espécie de candidatos.
Não podemos permitir que "gente" assim se empoleire no Poder.
Isabel A. Ferreira
Todos os anos no mês de Novembro e durante uma semana realiza-se a Feira do Cavalo na Golegã.
Durante este período é muito frequente assistirmos a casos de maus-tratos a animais, póneis e/ou cavalos a puxarem charretes com famílias inteiras, num esforço brutal, cavalos a circularem na manga durante dias e noites sem parar.
Todos os anos morrem Cavalos!
Cães que servem para sensibilizar o tolo que passa e coloca a moedinha no balde que os desgraçados são obrigados a suportar na boca horas a fio ao frio e à chuva…
SOCOOOOOORRO!!!!!!
Na Golegã a civilização ficou à porta!
Isabel A. Ferreira
Crianças toureiro feridas em espectáculos tauromáquicos.
Fonte da imagem: http://pelostourosvivos.blogspot.pt/2013/10/tauromaquia-arte-de-torturar-bovinos-ou.html
No passado dia 16 de Janeiro enviei ao Senhor Ministro da Educação e Ciência, Dr. Nuno Crato o seguinte e-mail:
Assunto:
NA GOLEGÃ AS AUTORIDADES MUNICIPAIS AO PRETENDEREM REACTIVAR A ESCOLA DE TOUREIO SERIAM ACUSADAS POR CORRUPÇÃO MORAL DE MENORES SE ESTIVÉSSEMOS NA COLÔMBIA…
Mensagem:
Exmo. Senhor Ministro, diga-me que isto não está a acontecer…
Com os meus cumprimentos,
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/na-golega-as-autoridades-municipais-ao-375591
Isabel A. Ferreira
***
O senhor Ministro Nuno Crato enviou então esta minha mensagem para outro lado:
De: Gab Ministro da Educação e Ciência
Enviada: quinta-feira, 16 de Janeiro de 2014 17:14
Para: Gab Sec Est Ensino Básico e Secundário
Assunto: FW: NA GOLEGÃ AS AUTORIDADES MUNICIPAIS AO PRETENDEREM REACTIVAR A ESCOLA DE TOUREIO SERIAM ACUSADAS POR CORRUPÇÃO MORAL DE MENORES SE ESTIVÉSSEMOS NA COLÔMBIA…
***
O que faz o Gab Sec Est Ensino Básico e Secundário?
Faz isto:
Gab Sec Est Ensino Básico e Secundário
17 de jan
para director-geral, mim
Exmo. Senhor Director Geral,
Junto remeto a mensagem de email infra, encarregando-me o Sr. Chefe do Gabinete de solicitar que promova, por favor, a análise do seu conteúdo e dirija resposta à interessada.
Muito obrigada pelo seu cuidado,
O Secretariado
***
Conforme podemos deduzir, o e-mail infra é o meu, e a interessada sou eu.
Isto passou-se a 17 de Janeiro de 2014. Portanto, precisamente há um mês.
Ainda continuo à espera da resposta.
Não sei se um mês é muito ou pouco tempo para analisar algo que nem sequer teria razão de existir se vivêssemos num País em que um Ministério da Educação se preocupasse realmente com a educação dos menores de 18 anos.
Uma “escola” de toureio, ou seja, uma “escola” onde se promove junto desses menores a violência e a tortura gratuitas sobre seres vivos, ainda bebés, não será propriamente algo que diga respeito à Educação, mas à incultura, logo não haveria muito o que pensar: estas escolas não deviam sequer existir, quanto mais serem reactivadas.
Penso que a resposta ainda virá.
E claro, só poderá ser a do encerramento dos 12 antros de violência e tortura existentes no País que atiram crianças e adolescentes, menores de 18 anos (idade limite da menoridade), para a prática da violência e tortura, o que contraria a obrigação do Estado Português em proteger esses menores de idade.
Neste processo é importantíssimo sublinhar a negligência visível dos progenitores, que dão o seu consentimento para que os filhos frequentem esses antros, com o intuito de perpetuarem algo que já bateu no fundo e é rejeitado pelo mundo civilizado.
Por muito menos, já vi Senhores Juízes a retirarem os filhos aos pais.
Que espécie de protecção o Estado Português dá a estes menores?
Senhor Ministro da Educação e da Ciência, Dr. Nuno Crato, continuo a aguardar uma resposta racional para algo que se mostra altamente prejudicial ao pleno desenvolvimento mental e físico das nossas crianças, menores de 18 anos.
Sou uma cidadã portuguesa, pago os meus impostos, não devo nada ao Estado (o Estado é que me deve a mim), não sou de ficar a ver passar o vento sem entrar na tempestade, vivo os problemas do meu País com grande intensidade e, sobretudo, sou defensora acérrima dos Direitos das Crianças, dos Direitos dos Homens, dos Direitos dos Animais e dos Direitos da Natureza.
Por isso, sinto-me lesada na minha cidadania, ao ver que os governantes do meu País não cumprem as leis, não cumprem os decretos, não cumprem as convenções, e exigem-me que seja uma cidadã exemplar?
***
Para mais notícias sobre escolas de toureio em Portugal abram, por favor, este link:
http://www.iwab.org/portpor.html
Mas a Golegã, uma terrinha onde a evolução ainda não chegou, infelizmente, pertence a Portugal, onde as autoridades não cumprem o que está consignado na Constituição da República Portuguesa no que respeita ao respeito pelos Direitos das Crianças.
Todos os portugueses cultos sabem que a cultura da violência é inconstitucional, uma vez que põe em risco o desenvolvimento harmonioso da personalidade das crianças.
Apenas as autoridades não sabem, e continuam a permitir esta INCONSTITUCIONALIDADE IMPUNEMENTE.
Pois… Clint Eastwood tem toda a razão, mas não é intenção de quem pode e manda em Portugal, deixar filhos melhores para o nosso futuro… Pelo contrário, querem fabricar monstrinhos violentos, a coberto do que dizem ser uma “tradição” e que não passa de um costume bárbaro, a cair de podre…
A violência selvagem (no mau sentido da palavra selvagem) anda nas ruas, nas escolas, dentro das famílias (com filhos a matarem os pais), em cada beco, em cada esquina… nas televisões, enfim… em todo o lado…
Sabemos os estragos morais e psicológicos que a violência provoca na vida de uma criança, de um adolescente, de um jovem, que ainda estão a formar as personalidades deles.
É absolutamente criminoso o que estão a fazer com estes menores de 18 anos, que frequentam as várias escolas de toureio que existem no país.
O Senhor Provedor de Justiça estará a par desta situação?
Desta inconstitucionalidade?
E o Senhor Procurador Geral da República?
Na Golegã, uma terra taurina, existe uma escola de toureio desactivada, e agora que a tauromaquia está morta, as autoridades municipais, munidas de uma inconsciência colectiva, querem reactivar esse antro de violência, de tortura, de crueldade, de sementeiras de sadismo e de psicopatia, contrariando o que está consignado na Constituição da República Portuguesa.
Lê-se no Jornal O Mirante:
«Queremos reactivar a Escola de Toureio
No global os documentos foram bem aceites por todas as bancadas, registando-se alguns pedidos de esclarecimentos sobre as verbas inscritas em algumas rubricas. A CDU aludiu à inscrição de uma verba de cerca de três mil euros para a Escola de Toureio, que está desactivada, e quatro mil euros para actividades taurinas, tendo ficado esquecida a Instituição Olé Golegã. O que mereceu um comentário mais assertivo do presidente da câmara.
«Não olvidamos o Olé Golegã. Reconhecemos o bom trabalho efectuado pelo grupo e vamos continuar a apoiar as suas organizações. Mas também queremos reactivar a Escola de Toureio da Golegã, queremos que volte a trabalhar para que se mantenha a nossa tradição taurina», garantiu Rui Medinas.
Também o presidente da assembleia, Veiga Maltez interveio para saudar a vontade de reactivar a escola e também para informar que, apesar de desactivada, existem cerca de três mil euros no banco que podem ser colocados à disposição de quem fizer a reactivação. Veiga Maltez é também presidente da assembleia geral da Escola de Toureio.»
Fonte:
http://semanal.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=634&id=97178&idSeccao=11074&Action=noticia
Depois não querem estes senhores que se denuncie publicamente estas transgressões aos mais elementares direitos de cidadãos indefesos, tão indefesos e inocentes como os bezerros que são utilizados nessas escolas onde se ensina a torturá-los barbaramente sem razão alguma.
Esperamos que as autoridades judiciais ponham cobro a estes antros de violência, para salvaguardar a saúde mental de muitas crianças portuguesas, que não têm quem as defenda, estando à mercê de gente absolutamente inconsciente.
Não parece impossível?
Pois parece-me que esta será uma matéria para ser denunciada ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
Sim, porque as crianças são SERES HUMANOS e têm DIREITOS que Portugal tem o DEVER de defender, até porque assinou a Convenção referente a esses direitos.
«Os abusadores de animais continuam a procurar novas fórmulas de enriquecer à custa do sofrimento animal. No penúltimo dia da Feira do Cavalo, que teve lugar na Golegã, foram introduzidas, pela Câmara Municipal, corridas de cavalos».
Esta será uma imagem de 2013 ANTES de Cristo?
«Mais tortura animal – Golegã corridas de Cavalos»
De acordo com o presidente Rui Medinas, é uma forma de desenvolver a economia da região e até do País. E vai mais longe afirmando: “Agora é preciso que o poder político perceba que esta pode ser uma actividade económica de interesse e que crie legislação adequada.”
Apelou ainda à Santa Casa para que crie um sistema de apostas.
Será que esta gente não consegue compreender de uma vez por todas, que os animais não existem para serem sistematicamente explorados e torturados em actividades lúdicas!
E não nos venham dizer que não existe tortura nas corridas de cavalos. Os cavalos são drogados para aumentar a performance e milhares de cavalos morrem anualmente. E os que não morrem durante as corridas mas sofrem lesões são posteriormente abatidos porque já não servem para competir.
Este tipo de actividade, tal como a tauromaquia, é execrável e não desenvolve a economia nem da região nem do país bem pelo contrário não só afasta turistas como mancha a imagem de Portugal.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte:
***
Comentários:
Concordo completamente com esta crítica do PRÓTOURO!
As corridas de cavalos são controladas por uma máfia terrível, que, por vaidade, por ambição, por ganância, pelo sistema de apostas, manipulam, corrompem. Cavalos são explorados, dopados, sacrificados até ao limite, sem escrúpulos.
Infelizmente, as corridas de cavalos atraem público pela emoção da competição, pela beleza e generosidade dos animais, e ainda pela tentação/ chegando até ao extremo do vício das apostas.
Muito público não prima por cultura científica biológica, por respeito pelos animais, por ética, por compaixão. Deixa-se levar por curiosidade, exibicionismo, “voyeurismo”, sede de emoções, pelo gosto da aposta.
Enfim, pouco pensarão no muito esforço, risco, sofrimento do veloz animal.
A pouco compassiva e, talvez, pouco escrupulosa, Santa Casa da Misericórdia pode ver aí um filão para lucros num sistema de apostas.
Os ganadeiros, ameaçados de falência pelo progressivo desinteresse do público pela tauromaquia e habituados a explorar animais, podem virar-se para aí.
Da parte da governação não se espera a força do conhecimento, da ética, da compaixão, da decência em relação a esse extraordinário ser, o cavalo.
O que resta para tentar evitar mais essa fonte de exploração e sofrimento para o cavalo é um competente, consequente, insistente alerta muito divulgado sobre esta desgraça que se poderia esperar!!! (Dr. Vasco Reis – Médico Veterinário)
***
Faço minhas as palavras do Dr. Vasco Reis e a crítica do Prótouro.
Explorar o magnífico ser que é o Cavalo, para estas manifestações pseudo-
lúdicas e bárbaras só interessa a quem não tem o mínimo de sentimentos e vê nos animais uma fonte de lucro, sem olhar ao enorme sofrimento que causa.
Apetece dizer que esta gente sinta em triplo o que faz os cavalos sentirem neste jogo sujo, incivilizado e desadequado aos tempos que correm. (Isabel A. Ferreira)
Texto de PAULA SOMMER
«No sábado fui à Feira da Golegã. Deparei-me logo cedo (pela manhã) com um cavalo de cascos grandes e peludos que puxava uma carruagem. Chamavam-lhe o "TÁXI". O preço de cada volta era de 3,5€ e ofereciam um pacote de castanhas. O percurso era feito na manga dos cavalos com o piso de terra molhado pelo que obrigava o animal a fazer um grande esforço. A seguir ao almoço volto ao mesmo sítio e o desgraçado do animal continuava na sua tarefa árdua de puxar uma carruagem com cerca de 10 a 15 pessoas. Os passeios eram interruptos já que a fila de pessoas para este passeio parecia não ter fim.
Ao princípio da noite volto à "Paragem" do táxi e o animal já se arrastava, a fila continuava imensa. Sem aguentar a situação dirigi-me a quem estava a cobrar os bilhetes e expus a minha indignação acusando a falta de respeito pelo animal que estava a ser usado na minha opinião para além dos seus limites. O Sr. explicou-me que aquele cavalo de cascos grandes, era um animal de trabalho habituado por isso a grandes esforços, não convencida comecei a falar com as pessoas da fila demovendo-as da ideia de pagar um bilhete para serem puxados por um animal em sofrimento... as pessoas olhavam-me com ar de critica e apenas uma família desistiu desta terrível viagem.
Fui falar com a Policia, que me encaminhou para o secretariado da Golegã... furiosa atropelei um monte de pessoas até conseguir chegar ao Secretariado. Fui atendida por uma Sra., que tentou por diversas vezes contactar o Veterinário de serviço, Dr. Ricardo, as redes estavam sobrecarregadas e a chamada desligava-se constantemente. a Sra., facultou-me o nº de telef. do VET, mas consegui apenas deixar uma msg de voz.
Saí da Feira por volta da 1hr da manhã e o Táxi, tinha saído uns minutos antes (não sei se voltou ainda essa noite) mas, a feira terminou ontem e soube que o pobre cavalo repetiu toda esta tortura durante o dia de ontem. Durante o dia fui assistindo a outras cenas não menos cruéis, vi cavalos a deitar sangue da barriga provocado pelas esporas dos cavaleiros, que insistiam em tocar o cavalo obrigando-o a fazer exibições, vi um pónei a puxar uma charrete com uma família inteira durante horas e era visível o seu esforço, mas o chicote impunha-se e o desgraçado lá continuava, vi cavalos desorientados no meio das pessoas que se empinavam, relinchavam de aflição, este cenário era apreciado de bom agrado.
Vi uma mulher que tentava colocar a sela e o cavalo estava inquieto e ela ia pontapeando a sua barriga, vi um cavalo que começou a tremer das pernas e caiu literalmente para o lado. Também vi bons cavaleiros e amigos dos seus animais, mas, todas as outras situações que testemunhei ainda estão presentes na m/memória. Esta Feira podia ser um espaço agradável e divertido desde que se respeitassem os animais.»
(O texto é da Paula Sommer, o título é da autora do Blogue).
Quem terá coragem de comer a carne deste CAVALO?
SE ME CONTASSEM NÃO ACREDITAVA.
MAS LI.
TANTA ESTUPIDEZ JUNTA, SÓ MESMO NESTE NOSSO PEQUENO PAÍS CHEIO DE GENTE LERDA!
E ISTO SÓ PODIA VIR DA GOLEGÃ...
AGORA QUEREM COMER CAVALOS... E JÁ FORAM ABATIDOS 1447 CAVALOS...POR EXCESSO... ACREDITAM?
FIQUEI COM NÁUSEAS...
Li aqui:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/crise-obriga--ao-abate--de-cavalos
«Golegã: 27.ª edição da Feira Nacional do Cavalo decorre até domingo
Crise obriga ao abate de cavalos
Em Portugal, há hoje cavalos a mais para um mercado que está a dar fortes sinais de contracção, sobretudo a nível da procura externa. Quem dá conta deste problema é José Veiga Maltez, criador, presidente da Câmara da Golegã e responsável máximo pela Feira Nacional do Cavalo, o maior certame ibérico dedicado ao mundo equestre, que está a decorrer até ao próximo domingo na vila ribatejana.
"O abate de cavalos é inevitável porque é impossível manter o mesmo número de animais como há anos, quando as condições económicas eram outras", afirmou ao Correio da Manhã Veiga Maltez, explicando que a maioria das coudelarias e criadores estão a sentir grandes dificuldades para manter a rentabilidade desta actividade. "Temos de ser realistas e deixar de ser líricos, porque não podemos continuar a viver da emoção e do sentimento", acrescentou o responsável, dando como exemplo o facto de existirem cerca de 500 cavalos só na Fundação Alter Real, que gere a coudelaria do Estado com graves dificuldades financeiras.
"Ainda há pouco tempo tive a oportunidade de dizer à ministra da Agricultura que, se não há condições para os manter, estes cavalos têm de ser abatidos, embora selectivamente", acrescentou o também presidente da Associação Nacional de Criadores de Raças Selectas. Entre Janeiro e Julho, foram abatidos 1447 cavalos em Portugal, mais 187,7% do que no mesmo período de 2011.
CONSUMO DE CAVALO É SOLUÇÃO
Para Veiga Maltez, autarca da Golegã e presidente da Associação Nacional de Criadores de Raças Selectas, uma das saídas para o grande excedente de animais é o fomento do mercado da carne de cavalo.
"Faz parte da cultura ibérica ver o cavalo como um animal de estimação, mas, de França para cima, toda a Europa consome esta carne", explica o responsável, defendendo que será "desejável" o aparecimento de talhos a comercializarem alimentos feitos a partir do cavalo.
FARDA DE CAVALEIRO CUSTA 800 EUROS
Até ao próximo domingo os vendedores que comercializam artigos relacionados com o mundo equestre esperam, também eles, ganhar um novo alento contra a crise. Segundo o Correio da Manhã apurou junto de vários comerciantes que marcam presença na 27ª edição da Feira Nacional do Cavalo, actualmente a indumentária de um cavaleiro custa, em média 800 €. A saber: botas (65 €), calças de montar (70 €), camisa (20 €), casaco (350 €), colete (20 €), chapéu (35 €), esporas (15 €), luvas (30€), polainas (45€) e toque (protecção para a cabeça, 150 €).
Nos últimos dois dias, a GNR visitou os comerciantes e aconselhou-os para o cumprimento integral da legislação. "Todos os agentes económicos vão ser fiscalizados", disse ao CM fonte do Comando de Santarém da GNR, explicando que a acção preventiva serve para que os comerciantes não sejam apanhados de surpresa quando a ASAE, a Sociedade Portuguesa de Autores ou a Autoridade Tributária e Aduaneira, lhes “baterem” à porta».
***
DIGAM LÁ SE ISTO NÃO É ESTUPIDEZ DA MAIS PURA?
DEIXEM OS CAVALOS EM PAZ, LIVRES NO HABITAT DELES...