Touros Morrem por Asfixia - Confirmado
Acabou de ser confirmado por Jorge Carvalho, professor do Instituto Superior Técnico, e ganadeiro há 50 anos.
“Os toiros sofrem é quando prolongam a lide em demasia ou em VFX nas largadas quando estão mais de 45 minutos à espera e MORREM POR ASFIXIA nos curros.”
Isto tem de ser amplamente divulgado.
in “Primeiro Colóquio da Semana da Cultura tauromáquica de VFX”.
Fonte: último parágrafo aqui
Atirado à morte por aficionados e aplaudido por sádicos, numa arena quase vazia, na Moita, mais um forcado morre de uma morte insana, inútil e inglória.
E é isto que querem elevar a património cultural
Não estava lá por obrigação, mas por devoção à barbárie.
A Lei do Retorno anda por aí, infalível e implacável…
É que Deus suporta os maus, mas não eternamente, já dizia Miguel de Cervantes, autor de «Dom Quixote de la Mancha», o qual viu os seus carrascos serem mortos, um a um.
Mais uma morte, carimbada pelo governo português.
Quantos mais precisarão de morrer, para que se acabe com esta estupidez?
Morreu esta manhã, o forcado Fernando Quintela, que não resistiu às fortes hemorragias internas, que sofreu, ontem, quando o Touro que torturava, também ele com hemorragias internas, sofridas ao lhe serem espetadas bandarilhas, o colheu, em legítima defesa, em mais uma sessão de selvajaria na Moita.
Os tauricidas aproveitaram-se logo desta morte, para fazer propaganda à ganadaria que “forneceu” o Touro, para ser sacrificado em nome do vil metal e do sadismo, e ao grupo de forcados a que pertencia o falecido, que tinha apenas 26 anos.
Os aficionados atiraram mais um jovem para a morte, e estavam a aplaudi-lo quando foi colhido pelo Touro moribundo.
E do que é capaz um animal, seja humano ou não humano, quando está moribundo, e reúne as suas derradeiras forças para se defender!
Quantos mais terão de morrer?
Até quando?
E pensar que esta barbárie acaba de receber, por vias obscuras, 200 mil euros do Orçamento Participativo Portugal (OPP), para que continuem a morrer, insanamente, jovens forcados e toureiros e Touros e Cavalos… Se esta selvajaria vier a ser património, será o património da morte nas arenas.
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia e da imagem:
http://touroeouro.com/article/view/14915/faleceu-o-forcado-fernando-quintela
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E NA MOITA É ASSIM…
Duas pessoas baleadas nas “festas” da Moita, no distrito de Setúbal.
Como se a morte do forcado Fernando Quintela já não bastasse, hoje, nas “festas” da Moita, duas pessoas foram baleadas, tendo sido transportadas para o hospital, informou fonte da GNR, sem adiantar mais pormenores.
O caso foi entregue à Polícia Judiciária.
Fonte da notícia:
https://www.noticiasaominuto.com/pais/865255/duas-pessoas-baleadas-nas-festas-da-moita
«Argumento que o touro nasceu para ser toureado; que o touro não sente dor, não sofre. Argumento que o touro não é torturado. E que com o fim da tauromaquia, o touro extinguir-se-á.
Dou estes argumentos, mas não os provo, com provas científicas sérias.
Procuro sistematicamente prová-los, utilizando, por exemplo os argumentos do Ilhera, mesmo que saiba de ante mão, que tais argumentos não foram cientifica e eticamente provados, mesmo que saiba que os argumentos do Ilhera e de outros, no mesmo sentido, não foram publicados na Revista Científica Nature e nem em nenhuma outra Revista Científica internacional.»
Andei vários anos numa faculdade, a tirar o curso de Medicina Veterinária.
Durante o curso, jurei cumprir o código deontológico da Medicina Veterinária. Mas, depois, resolvi mandar o código deontológico veterinário para o lixo. Se não, não me teria tornado ganadeiro.
Para mim, por dinheiro vale tudo. E se por dinheiro, tenho de ignorar por completo o código deontológico da Medicina Veterinária, paciência. Afinal, o que quero é ganhar dinheiro. E ganhar dinheiro, para mim, é muito mais importante do que a ética profissional.
Por fim, a Ordem dos Médicos Veterinários sabe de tudo isto e assobia para o lado!
É desta forma que o Médico Veterinário e Ganadeiro pensa!
Mário Amorim»
in:
A entrevistadora não teve o mínimo sentido crítico, o entrevistado mostrou que não vale nada... E a revista "Caras" demonstrou estar ao serviço do lobby tauromáquico.
Ó Ordem dos Médicos-Veterinários, de que estão à espera para banir da Ordem quem assim é apenas uma "espécie" de veterinário? Que vergonha!!!
Isabel A. Ferreira
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Em entrevista à revista “Caras”, publicada na edição de 18 de Maio de 2013, Murteira Grave responde a questões colocadas por Rita Ferro e fala na “espécie dos toiros de lide”. Se essa classificação viesse de um aficionado comum, apesar de errada do ponto de vista da taxonomia, não seria muito extraordinária, tendo em conta os elevados índices de analfabetismo entre a população aficionada. Mas a afirmação é de um suposto veterinário, um perito em touros, pelo que a gafe é de uma gravidade estrondosa. Um veterinário inserido na indústria tauromáquica revelar esta incapacidade para proceder à classificação biológica dos touros é verdadeiramente sintomático da impossibilidade dos aficionados alicerçarem a defesa da tauromaquia com argumentação coerente, racional e verdadeira. E mais, tal lapso imperdoável pode potenciar dúvidas legítimas em relação ao diploma académico do ganadeiro em questão.
Uma criança que frequente o 5.º ano de escolaridade, altura em que aprende a classificar os seres vivos, sabe que os touros não são uma espécie, mas sim os indivíduos machos de uma espécie designada por Bos Tauros, à qual pertencem todos os bovinos, incluindo aqueles que são torturados em espectáculos tauromáquicos. Ou seja, os touros que existem no planeta são todos da mesma espécie, o que pode variar é a raça, que é algo bem diferente.
Os touros ditos de “lide” não são uma espécie com toda a certeza e nem sequer reúnem os requisitos para serem classificados como uma raça distinta entre os bovinos. Por conseguinte, a “bíblia” tauromáquica "El Cossío" não se atreve a determinar que o touro dito de “lide” constitui uma raça, como se pode constatar na ficha zoológica que apresenta relativamente a estes animais.
http://www.animanaturalis.org/704
Ficha zoológica do touro dito de “lide” segundo a enciclopédia tauromáquica “El Cossío”:
Tipo – Vertebrados
Classe – Mamíferos
Subclasse – Monodelfos
Ordem – Ungulados
Subordem – Artiodáctilos
Secção – Ruminantes
Família – Cavicórnios
Subfamília – Bovinos
Género – Bos
Espécie – Bos Tauros
Raça – Bos Tauros Africanus
Sub-raça ou Variedade – Andaluza, Navarra etc.
Este caso de ignorância relativamente à classificação biológica dos touros deveria ter como desfecho o regresso do suposto veterinário à escola, para aprender que os touros não são uma espécie e para aprender a definição de espécie.
Espécie - grupo de seres vivos com características semelhantes, que se cruzam entre si dando origem a descendentes férteis.
Em comentário acerca do antropomorfismo, o ganadeiro Murteira Grave diz que "antropomorfismo é a teoria que extrapola para os animais os sentimentos humanos”. Acusa os anti touradas de padecerem desse antropomorfismo mas, no mesmo comentário, acaba por antropomorfizar o touro dizendo que o touro “realiza o seu grande bem lutando” e que “realiza-se plenamente na corrida”. Ou seja, o perito tauromáquico explica que “o toiro é um profissional da fúria” e que as touradas são o culminar da realização profissional dos bovinos, numa clara e absurda antropomorfização dos animais. Como todos sabem, os animais não têm uma especial preocupação em realizar um grande bem ou em realizarem-se pessoal e profissionalmente, sendo estas afirmações do ganadeiro um exemplo crasso da visão antropomórfica subjectiva distorcida dos bovinos. É uma visão distorcida porque atribuí características a um animal herbívoro que contradizem a natureza dos herbívoros, tal como é descrita pelos etólogos.
“O Sofrimento implica zonas mais profundas do organismo e supõe uma consciência reflexiva que, naturalmente, o animal não possui” – Murteira Grave in entrevista da revista Caras, publicada na edição de 18 de Maio de 2013.
Esta poderia ser uma consideração de algum nazi-fascista, numa tentativa desesperada de justificar as macabras experiências científicas em seres humanos ou a eliminação física dos deficientes levadas a cabo durante o holocausto perpetrado pelo regime nazi. Mas não, é um suposto veterinário da indústria tauromáquica negando a capacidade dos animais sofrerem. Para este perito tauromáquico, o sistema nervoso central é algo inútil no caso dos animais porque neles a dor não se traduz em sofrimento. Por isso, certamente considerará sem sentido toda a panóplia de legislação comunitária no sentido de evitar ou minimizar o sofrimento dos animais. Diria ele, que esta legislação e considerações científicas são obra de animalistas que desconhecem a realidade dos animais:
- Legislação europeia para evitar e minimizar o sofrimento dos animais
http://europa.eu/legislation_summaries/food_safety/animal_welfare/index_pt.htm
- O sofrimento do Touro de lide explicado pelo veterinário José Enrique Zaldívar Laguía
http://mmedia.uv.es/buildhtml/19860
- ‘Suffering’ in bullfighting bulls; An ethologist’s perspective - By Jordi Casamitjana
- Adaptive Metabolic Responses in Females of the Fighting Breed Submitted to Different Sequences of Stress Stimuli
Segundo Murteira Grave, infligir cortes de pouca profundidade não é coisa que cause sofrimento, porque este implica zonas mais profundas. Para o ganadeiro, não existindo “consciência reflexiva” não há sofrimento, pelo que deve deduzir que os bebés e os deficientes profundos não têm capacidade para sofrer.
O que se pode dizer destas teorias aberrantes que tentam justificar a injustificável tortura de seres inocentes? São aberrações, nada mais do que isso.
E ainda por cima, os aficionados não se entendem uns com os outros, como se isto se tratasse de uma brincadeira de opiniões. Uns dizem que os touros não sofrem, e outros dizem que sim, como é o caso deste empresário tauromáquico:
“Eu acho que de facto existe sofrimento. E esse sofrimento tem de ser assumido.” - Carlos Pegado, empresário tauromáquico no debate do programa Aqui & Agora na SIC sobre direitos dos animais.
Fonte:
http://pelostourosvivos.blogspot.com/2013/05/o-perito-tauromaquico-que-nao-sabe.html
(Este texto, assinado pela "engrácia" foi publicado no âmbito de uma ESTRATÉGIA para desmascarar a prótoiro que, utilizando o nome da Ganadaria Palha, entregou-me pistas preciosas para chegar ao mundo IMUNDO da tauromaquia)
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Um testemunho real, contado na primeira pessoa, por uma heróica mulher, que casou (contra a vontade) com um ganadeiro, e agora criou coragem para “gritar” o que teve de calar durante 27 anos.
«Bom dia Isabel.
Tentei ontem enviar-lhe uma mensagem para falarmos um bocadinho mas não sei o que se passou com a Internet aqui e fiquei sem acesso. Estava sempre a cair e eu não conseguia ver nada.
Mas vi que alguns dos aficionados foram atacar a Graziela por ela ter partilhado o seu texto lá num fórum de debate. Sei muito bem que eles não querem estas coisas ignóbeis reveladas e tentarão descredibilizar os nossos testemunhos. Mas não vão conseguir.
Quando engravidei ainda não tinha 17 anos. Casei porque uma menina naquela altura grávida e ainda por cima menor era uma vergonha para as famílias. O que sabia eu da vida Isabel? Nada. Era apenas uma menina que queria apenas estudar e brincar e viver a minha vida.
Isso foi-me roubado com a agravante de ter sabido anos mais tarde que o meu pai recebeu em gado (vacas) por parte do ganadeiro o suficiente para se calar e não fazer queixas.
Se há um Deus Isabel, e eu espero bem que sim, espero também que um dia os perdoe e me perdoe a mim por ter sido conivente com esta barbaridade toda a que assisti durante 27 anos. Senti-me durante anos como uma moeda de troca que não valeu mais do que algumas cabeças de gado.
É curioso que depois de tanto sofrimento tenha encontrado no Facebook o apoio de pessoas como a Isabel e que me compreendem e apoiam não me apontando o dedo.
Uma das coisas que eu sempre assisti e sei que é verdade era como se processava a engorda dos toiros. Eles chamam-lhe o remate. Rematar um toiro não é mais do que pôr-lhe a carne e peso suficiente para que possa ir para a praça. Eles têm pesos mínimos para as diferentes praças, consoante sejam de 1ª, 2ª ou 3ª categoria.
O que lhe vou contar é gravíssimo pois viola mesmo normas sanitárias, da Direcção-Geral de Veterinária e até normas da Comunidade Europeia. Viola tudo o que está definido nas normas de bem-estar animal.
Para não gastarem muito dinheiro normalmente os toiros vão para o remate apenas 5 ou 6 meses antes de serem vendidos para as touradas. É sabido que os animais comem a ração que lhe dão e por vezes vemos os mesmos animais a comerem ração que não lhes é destinada. Neste caso usa-se a ração dos suínos, pois tem hormonas e antibióticos que são legais na comunidade europeia mas apenas para os suínos.
Dizem eles que essa ração dos suínos e esses componentes aceleram o crescimento dos bovinos e por isso utilizam-na sem restrições.
O problema é que esta ração de suínos dá aos bovinos diarreias e cólicas horríveis que os mesmos têm de suportar. A Isabel já se perguntou porque quase todos os toiros quando saem a praça estão sempre sujos e com diarreias?
Está aqui a razão. Partilho isto consigo pois entre tantos que lêem o seu blogue poderá haver alguém que consiga uma fiscalização a uma ganadaria. Seria interessante saber porque eles compram tanta ração de suínos, quando muitos, não têm sequer os mesmos.
Isto é crime Isabel.
Quanto ao ataque que eles estão a fazer contra a Graziela e o seu texto não se preocupe. Terei muito gosto em entregar-lhe algumas fotos que tenho e que provam isto tudo. Apenas terei de as ir buscar ao Alentejo.» (Maria Engrácia Facas)
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Obrigada, Maria Engrácia. A História faz-se com gente corajosa. E o mundo evolui quando uma mulher heróica decide que JÁ BASTA!
Isabel A. Ferreira
(É esta "arte" que existe no toureio, que o señor R. teme
que eu não esteja aberta para ver?)
PELA ABOLIÇÃO DA TOURADA
(Obs: Abstenho-me de identificar o ganadeiro, por uma questão de delicadeza, uma vez que esta questão está a ser tratada em mensagens privadas, e só a torno pública pelo interesse do seu conteúdo para a Causa)
Escreveu-me um ganadeiro espanhol, numa mensagem, a propósito de um comentário que fiz sobre um seu toureiro:
«No sé si Vd. ha asistido a una corrida de toros, ni qué conocimientos taurinos tiene. Yo admito que en estos tiempos en que la bravura y casta de los toros ha disminuido hasta el punto de que una buena parte de los toros actuales no quieren pelear e incluso huyen de los toreros y se acobardan, no deberían ser lidiados. También admito que una parte de las corridas pudieran modificarse y reducir el castigo que recibe el animal, básicamente porque no lo necesita para ser dominado por el torero.
Tal vez no haya interpretado bien el significado que Vd. quiso darle a su frase: «Este tipo tiene ceguera mental». Pero teniendo en cuenta que Vd. conoce perfectamente el idioma español, deberá saber que el calificativo “tipo” tiene sentido despectivo y por “ceguera mental” entiendo que es calificarle de idiota, tonto, memo, bobo, etc.
Conozco su biografía y sé que es Vd. una persona culta y razonable, pero demasiado apasionada cuando ataca a las corridas de toros, me temo que no esté abierta a ver lo que de arte hay aprovechable en el toreo.
Si entráramos en contacto más prolongado tal vez me convenciera Vd. de que la solución está en suprimir totalmente las corridas o tal vez le convenciera yo de que no hay que suprimirla, sino modificarla.
Yo estoy dispuesto a continuar tratando sobre nuestra discrepancia, si Vd. cree que vale la pena.»
Respondi-lhe o seguinte:
Senõr R.:
Tenho por hábito NÃO falar daquilo que não sei. É óbvio que para defender, como defendo, a abolição TOTAL da corrida de Touros, já assisti a uma, uma só, e bastou, porque tive de sair a meio do primeiro Touro, tal as náuseas que me causou ver o que vi: sangue a jorrar do Touro e do Cavalo, dois magníficos e inocentes seres vivos, a serem cruelmente torturados numa arena, diante de uma assistência apatetada, que aplaudia cada jorro de sangue que manchava o chão.
Não, señor R., aquele era um espectáculo demasiado bárbaro, cruel e primitivo para a minha sensibilidade.
Naturalmente que também tenho os conhecimentos taurinos suficientes para dizer que a tauromaquia não passa de uma “arte” de torturar um ser vivo, com requintes de malvadez, executada por um covarde.
A bravura e a casta dos touros nunca estiveram em causa. Eles são o que são, por natureza. E para entrarem numa arena vão já enfraquecidos pelas barbaridades que sofrem ANTES da lide. E o que vemos na arena é um torturador metido a valente, diante de um ser vivo debilitado pela atrocidade que já sofreu. Basta retirar um touro do pasto e metê-lo num transporte para que ele entre em stress e já não seja o Touro INTEIRO que pastava tranquilamente no campo.
Quando o señor R. refere «también admito que una parte de las corridas pudieran modificarse y reducir el castigo que recibe el animal»… CASTIGO? Castigo porquê? O Touro não é cruel para com o homem, porque haverá o homem de ser cruel para com o Touro? CASTIGO porquê? Se o Touro não está na arena por sua livre e espontânea vontade, e não fez qualquer mal à humanidade? É um ser completamente inocente. É como levar um niño pequenito para ser sacrificado aos deuses (como era TRADIÇÃO em alguns povos primitivos).
Quando escrevi aquela frase: «este tipo tem cegueira mental» estava a escrever para portugueses, e TIPO em Portugal, é o mesmo que sujeito, indivíduo, fulano. Não gosto de chamar HOMEM a quem não é HOMEM, porquanto um verdadeiro HOMEM não maltrata um ser que está em desvantagem perante ele. Um torturador de Touros tem espadas, tem bandarilhas, ferros, e o Touro? Ao torturador chamo COVARDE, não HOMEM. E um covarde para mim é um tipo desclassificado. Um tipo.
Entendeu mal, sim, Señor R.. Um “cego mental” é aquele que não consegue VER O ÓBVIO. Se não conseguindo ver o ÓBVIO é tonto, idiota, memo... bem, isso já fica por conta de quem interpreta.
Sim, sou uma pessoa culta e razoável, e muiiiiito apaixonada por TOUROS e por CAVALOS e em geral por TODOS os animais não humanos, meus IRMÃOS, que partilham o mesmo Planeta que eu, e têm uma VIDA tal como EU. E defendo-os com todas as minhas garras, tal como defendo los niños, los viejos, las mujeres y los hombres agraviados. Faz parte da minha natureza humana.
E na minha cultura não vejo qualquer “arte” no toureio, a não ser a arte da crueldade, com muito requinte de malvadez, señor R.. A arte para mim, é a Música, a Dança, a Pintura, a Escultura, a Literatura, o Teatro, o Cinema, e a Arte Circense, SEM ANIMAIS.
A arte não pode incluir CRUELDADE, TORTURA, SANGUE E MORTE.
A minha luta é pela ABOLIÇÃO TOTAL de TODOS os espectáculos onde os animais não humanos são utilizados: circos, touradas, lutas, jardins zoológicos, enfim, tudo o que retire o animal do seu habitat natural e o faça viver uma vida para a qual não nasceu. O TOURO e o CAVALO não são excepções. Não poderão existir touradas “modificadas”. NUNCA. O Touro tem o DIREITO de viver a sua vida tranquilamente. Não nasceu para ser TORTURADO numa arena. Tal como EU. Tal como o señor R..
Lembre-se señor R., ele é BIOLOGICAMENTE IGUAL a Vd. e a mim. Nós somos tão animais como ele.
Coloque-se no lugar do Touro. Lembre-se do que os romanos faziam com os gladiadores: homem contra homem, mas também leões e tigres contra homem, mas aí levavam vantagem os animais não humanos: estavam esfomeados. E que eu saiba, acabou-se o circo romano, mas não se extinguiram os leões e os tigres.
Portanto, senõr R., nunca conseguirá fazer-me aceitar a corrida de Touros, como está ou “ modificada”, porque ela é algo ANÓMALO sob o ponto de vista HUMANO.
Termino esta exposição das minhas ideias com uma citação que, creio, diz muita coisa:
«Estou disposto a acreditar que sempre que o cérebro começa a gerar sentimentos primordiais – isso poderá acontecer bastante cedo na história evolutiva – os organismos tornam-se sencientes numa forma primitiva. A partir desse momento, poderá vir a desenvolver-se um processo de eu [self] organizado que se acrescenta à mente, garantindo assim o início de mentes mais complexas. Os répteis, por exemplo, merecem esta distinção, as aves mais, e para os MAMÍFEROS não há qualquer dúvida».
António Damásio, in «O Livro da Consciência»
Lembre-se, señor R., o TOURO é um MAMÍFERO SUPERIOR, tal como eu e Vd..
A tauromaquia é uma acção patológica, de desvio de personalidade. Ninguém em sã consciência se atira para cima de um ser vivo com farpas e espadas para o retalhar, por gozo e com gozo.
Isabel A. Ferreira