Uma carta dirigida ao Dr. Luís Marques Mendes, comentador da SIC, que me foi enviada via e-mail, por um português residente no Canadá, há vários anos. Uma visão de alguém que, longe de Portugal, tem uma percepção racional do que aqui se passa, a percepção de alguém que saiu de Portugal, mas não quer voltar, porque Portugal não lhe oferece o que se espera do próprio país, um país que praticamente expulsa os seus, a sua mão-de-obra qualificada, e recebe os de fora, concedendo-lhes, de mão-beijada, o que não concede aos de dentro.
Subscrevo esta Carta.
Isabel A. Ferreira
«Prezado Dr. Marques Mendes,
Não é que discorde do que disse no seu comentário de ontem (que ouvi até ao fim, antes de começar a escrever...).
Mas gostava de lhe dar a minha visão do assunto, comparando o Portugal que conhecia com o Canadá que conheço.
Portugal desceu da Galiza, e não indo atrás até aos Visigodos e "Mouros", passou há muitos anos a ter uma população homogénea, com relativamente pouca diferenciação.
O Canadá tinha população original, povos chamados Micmac, Algonquin, Huron, Mohawk, Cree, Inuit, etc...
Contudo, vieram imigrantes que os dominaram, tentaram apagá-los (retirando crianças às famílias, instalando-as em 'escolas' residenciais, proibindo-as de falar as suas próprias línguas, e fazendo coisas abusivas do género que recentemente foi assunto em Portugal).
O actual Papa veio há pouco tempo ao Canadá, andou por aí, pediu desculpa, mas não foi tão longe como os nativos esperavam, e quando no avião de volta a Roma lhe perguntaram porque não tinha usado a palavra 'genocídio', ele disse que não lhe tinha ocorrido!!... Ha!...
Os povos nativos (chamados aqui "Primeiras Nações") ainda existem, em poucos números, marginalizados, alguns em 'reservas'. Fazem-lhes o favor de não pagar impostos federais (aqui no sul do Ontário, passei uma vez num local que sabia ser "pertença" deles, e vi um posto de gasolina com preços fantasticamente baixos... Mas não me venderam, porque eu não tinha nem cara nem cartão que me identificasse como tendo esse direito...).
Onde eu quero chegar, é que em contraste com Portugal, o Canadá é um país de imigrantes.
Primeiro franceses, depois britânicos que tomaram a primazia, e chamaram a esta colónia "Domínio do Canadá" (nome que ainda era oficial quando eu cheguei).
Era tão "dominado", que ainda havia, por lei, o costume de tocar o 'God save the Queen' no fim de sessões de cinema (o que fazia os espectadores fugirem assim que as legendas finais começavam a aparecer).
Aliás, o Canadá nos anos 60 não tinha bandeira própria nem sequer hino!
O PM do dia era contra...
Mesmo a propósito, foi agora no dia 1 o Dia do Canadá (que antes era chamado em inglês Dominion Day).
Então por favor veja estes dois artigos do Toronto Star (jornal que apoia os partidos Liberais, i.e., tanto o federal como o do Ontário - aqui há partidos federais, e cada província e território também tem os seus).
Têm a ver com imigração e diversidade.
Neste, não perca os comentários...
E neste, repare nos números, especialmente na população imigrante em Toronto.
Então com a eleição de Olívia Chow na semana passada (com 37% dos votos, porque nos sistemas não-democráticos britânicos não há segunda volta), temos uma Presidente da Câmara apoiada pelo partido de cujo o seu falecido marido era líder, mas que não fala inglês correcto, e tem pronúncia esquisita.
Ana Bailão, em segundo lugar, veio de Portugal com 15 anos... Era apoiada por este jornal.
Imagine um estrangeiro/a a candidatar-se a Presidente da Câmara e a ganhar...
Ora tanta e tão variada imigração faz com que o país se torne amorfo.
O Quebeque era bem afrancesado e a parte onde vivo era feita quase exclusivamente de anglo-saxónicos.
Depois vieram ucranianos, que se dirigiram às pradarias do Manitoba.
Depois italianos, portugueses só na década de 50, e depois então é que se escancaram as portas, mais recentemente com migrantes ilegais que apesar de estarem nos EUA, vêm pedir "refúgio" no Canadá.
Isto impede que exista uma consciência "nacional" no país, ainda mais prejudicada por o Chefe de Estado ser o rei de Inglaterra!
Em Portugal, ainda não se chegou a este ponto.
Mas o Benformoso já não é o que era...
Nem o Martim Moniz, tomado por uma multidão festejando o Eid na semana passada. Para onde foi a procissão da Senhora da Saúde?...
E no interior, também. Perto de Viseu, uma igreja é dispensada a ucranianos regularmente.
Em entrevistas de rua, é confrangedor o número de brasileiros a quem é emprestado o microfone.
800.000 estrangeiros num país tão pequeno são demais!
E dentro destes números, 31% de brasileiros ainda é pior.
Portugal levou africanos para o Brasil.
Estes, com a pronúncia das línguas deles, por ser bastante sonora, afectaram o Português que se falava nesse tempo (não sei, mas podia ainda ser parecido com o Galego).
Agora, a quantidade enorme de brasileiros, com a sua qualidade igualmente sonora (uma característica dominante) também têm grande influência na língua.
Quando o PM, falando por nós todos, diz que gostaríamos de falar com o sotaque deles, e quando o PR se põe a imitar a fala brasileira (deixando Chico Buarque espantado), e quando a SIC tem um (ocasional) repórter brasileiro em Portugal, e a TVI/CNN usa um brasileiro para falar de futebol (como se se tivessem esgotado portugueses com esse talento), o futuro da língua verdadeiramente portuguesa não é brilhante.
Isto para não falar no desastre que é o Acordo de 1990 (não usado no Brasil!) e nos erros que já se ouvem há tempo no Português falado (até já escutei o PR a dizer que "se resolva rápido", em vez de rapidamente).
Imigrantes do sul da Ásia não afectam a Língua Portuguesa, e até a aprendem.
Africanos dos PALOP têm uma certa pronúncia, mas nem chega a ofender, pois falam Português.
A Ksenia Ashrafullina (8 anos de Portugal) é como eu, tem jeito para línguas, e fala um português excelente, por vezes mesmo com a naturalidade duma portuguesa.
Tem a cidadania portuguesa, e assim devia ser chamada, e não ainda 'russa', como referida, entre outros, até pelo PR, o que é uma desfeita.
Não lhe serviu de muito adquirir a cidadania, e esse tipo de imigração, que não considera como "novos portugueses" os imigrantes, não lhes deve agradar.
Contudo, brasileiros acham que falam português, e não aprendem a falar o português local, como uma senhora que num hospital disse que tinha um "corrimento marron", e ficou toda ofendida, dizendo-se "discriminada", porque a enfermeira não sabia que eles usam essa palavra em vez de "castanho".
E brasileiros não entendem completamente o Português, como é minha experiência, e foi demonstrado quando Lula não entendeu uma pergunta que lhe foi feita e repetida por uma jornalista bem perto dele!
Houve quem dissesse que ele não queria responder, mas acredito que ele não compreendeu mesmo o Português!
Eu viajei muito no Brasil, desde Manaus, nordeste, sertão, até Foz do Iguaçu, e senti essa falta de sintonização e desconhecimento do português padrão.
O visto "para procurar emprego", criado pelo governo, é um convite à imigração ilegal e à permanência fora dos limites.
Isto é o governo a dizer “venham e fiquem”, porque precisamos de gente, seja quem for.
Ainda estou à espera dos escândalos que essa JMJ vai produzir, culpa dum governo que se confunde com religiosos.
Pelo que vejo de longe, Lisboa está a ficar descaracterizada, e não me admirava se daqui a umas dezenas de anos, deitassem abaixo a Alfama e a minha Mouraria e pusessem arranha céus...
Cuidado com imigração a mais!
Eu preferia Portugal pobrezinho, mas ainda português.
"Enquanto houver Santo António, Lisboa não morre mais."
Pois, mas o teclado Google quer que escreva Antônio, à brasileira...
[Tive que interromper a escrita, e quase perdi o fio à meada, para ver "Os Batanetes", na TVI Internacional, como que o Monty Python à portuguesa antiga...]
Calorosos cumprimentos,
C. Coimbra»
Só no nosso Portugal terceiro-mundista é que ainda se vê animais acorrentados uma vida inteira, nomeadamente, nas aldeias, por onde passa a GNR, a qual, apesar disto configurar um crime de maus-tratos a animais de companhia, mas também a muitos outros animais que apesar de não serem de companhia, são ANIMAIS, e que, em princípio, deveriam estar protegidos por duas leis (Leis de Protecção e Estatuto Jurídico dos Animais) já aprovadas, mas confinadas às gavetas, nada se faz para acabar com a imagem triste que ilustra este texto.
Isabel A. Ferreira
Mahatma Gandhi asseverava que «a grandeza de uma Nação pode ser julgada pelo modo como os seus animais são tratados». É fácil pois, mediante esta imagem, avaliar a desgrandeza de Portugal.
O projecto de lei do PAN visa regular o acorrentamento e o alojamento em varandas e espaços afins dos animais de companhia, defendendo a criação de um Plano Nacional de Desacorrentamento.
Nenhum animal de companhia pode ser permanentemente acorrentado ou amarrado. Esta é a proposta do Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza.
E isto, não obstante as alterações legislativas que se têm registado em matéria de protecção e de bem-estar animal desde 2001 - ano em que foram fixadas em diploma as condições de detenção e de alojamento dos animais de companhia - “são inúmeras as denúncias que existem, por todo o país, de animais que vivem permanentemente acorrentados, sem condições de alojamento, com impactos muito negativos no seu bem-estar.
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real quer, por isso, um «Plano Nacional de Desacorrentamento e a alteração do diploma, que passará a limitar a possibilidade de alojar animais em varandas ou espaço exíguos ou mantê-los 24/24 horas acorrentados, corrigindo o desajustamento da legislação, que esteve cerca de duas décadas sem qualquer actualização, à realidade actual».
A proposta do PAN procura, assim, introduzir a interdição do recurso ao acorrentamento ou a amarração, salvo no caso de se revelar indispensável para a segurança de pessoas, do próprio animal ou de outros animais. Nas situações em que não existe alternativa, o acorrentamento/amarração do animal deve ser limitado ao mais curto período de tempo possível, sem ultrapassar as três horas diárias. «E devem, claro, ser sempre salvaguardadas as necessidades de exercício, de abrigo, de alimentação, de abeberamento, de higiene e de lazer do animal», acrescenta Inês de Sousa Real.
Com este projecto de lei, o PAN procura, consequentemente, pôr fim a vários anos de inoperância da legislação vigente, em parte devido a disposições de conteúdo excessivamente indeterminado ou subjectivo, bem como às consequências decorrentes também do carácter qualitativo de algumas das normas que, desprovidas de referenciais objectivos, impossibilitam a devida fiscalização e geram dúvidas de interpretação. Segundo Inês de Sousa Real, «a actual legislação peca por uma indefinição prática ao dispor que «os animais devem dispor do espaço adequado às suas necessidades fisiológicas e etológicas, devendo o mesmo permitir a prática de exercício físico adequado». Ora, o que se entende exactamente por adequado?»
Defende ainda a porta-voz do PAN que «não resulta admissível nem conforme aos presentes regimes legais, nem aos valores do nosso tempo, que um animal de companhia possa ser alojado em varandas ou outros espaços semelhantes e mantido acorrentado uma vida inteira, muitas vezes em condições insalubres condenado a uma existência miserável, privada de liberdade de movimentos que é, afinal, a essência da condição animal». Com efeito, vários são os estudos que dão nota, nomeadamente, de que os cães, enquanto animais sociáveis, necessitam da socialização para poderem desenvolver-se de forma saudável. Se permanecerem acorrentados ou confinados a uma área exígua durante horas, dias, meses ou até anos, podem sofrer sérios danos emocionais e físicos devido aos efeitos acumulados do isolamento, da frustração e do tédio, podendo até consequentemente tornar-se agressivos. De entre os danos físicos a que estão sujeitos os animais amarrados ou acorrentados, contam-se as feridas e os cortes na pele e músculos do pescoço em resultado dos puxões das amarras. Há também o risco de o animal poder asfixiar ao tentar libertar-se, no caso de a corrente ou amarra se enrolar e prender.
Nos últimos anos, o acorrentamento de animais de companhia tem sido alvo de grande divulgação na sociedade civil, sendo que a proibição do acorrentamento permanente é já uma realidade, por exemplo, em diversos municípios e comunidades de Espanha, tais como Galiza, Madrid, Catalunha, Saragoça, Valência, Aragão, Andaluzia, Tenerife; na Alemanha; em França e em 23 Estados norte-americanos.
Consulte aqui o projecto de lei do PAN.
Um texto imperdível, para todos os que se dizem amantes da Língua Portuguesa.
Um importantíssimo e magnífico texto assinado por J. Nuno A. P. S. Ferreira que põe a nu a irracionalidade da mais monumental fraude linguística de todos os tempos, em todo o mundo: o mal dito e escrito AO90.
E isto acontece em Portugal.
Pobre país quando cai nas mãos de pobres de espírito (não confundir com pobres em espírito, que é outro conceito).
Discórdia Ortográfica
1 - A unificação que não existe
Não existe nenhuma Língua global que seja unificada.
Admitindo que seremos (erradamente) pioneiros numa iniciativa deste tipo, fica apenas a certeza de que haverá o dia em que um povo adoptará numa nova palavra ou ortografia não adoptada por outros.
A unificação é uma miragem que o tempo se encarregará de levantar.
Ficará apenas a certeza dos erros cometidos.
As Línguas, faladas ou escritas, não pertencem a nenhum governo.
Pertencem ao povo que as falam e escrevem.
A fala e a escrita estão tão vivas quanto o povo, e sofrem as influências do ambiente que as rodeia.
Em Portugal diz‐se “betão” do francês “béton”, enquanto que no Brasil usa‐se um “concreto” do inglês “concrete”.
Ainda no Brasil, “espingarda” é “rifle” (“rifle” em inglês), “travões” são “breques” (“breaks” em inglês), e “congéneres” são “contrapartes” (“counterparts” em inglês).
Demonstra‐se apenas a ignorância a respeito das regras e práticas das restantes Línguas que se querem como exemplo, mas também a respeito na nossa própria Língua.
Em discussão, esta ignorância fica patente quando os defensores do Acordo Ortográfico referem como exemplo a seguir uma Língua Inglesa que, segundo estes, não têm diferenças de ortografia entre os vários países com esta Língua Oficial.
Nada poderia estar mais errado.
Existe “color” nos USA e “colour” no UK, “gray” e “grey”, “modeling” e “modelling”, e muitas outras diferenças ortográficas.
Isto para além das análogas a um “betão/concreto” como é o caso do “solicitor/lawyer”.
Não existe qualquer mal na ignorância, apenas na omissão de se informar antes de argumentar.
A verdadeira unificação é a aceitação das diferenças. É entender que as diferenças contribuem para um enriquecimento da Língua.
Quantos mais países falarem a Língua, mais contribuições existirão para o enriquecimento da mesma.
Isto é riqueza linguística, cada país com a sua variante:
O que o Acordo Ortográfico promete, é a substituição do “Português (Brasil)” e do “Português (Portugal)” por um tímido e fraco “Português”.
No entanto, aquilo que deveríamos almejar seria um “Português (Brasil)” e “Português (Portugal)” acrescidos de: • “Português (Angola)” • “Português (Cabo Verde)” • “Português (Guiné)” • “Português (Macau)” • “Português (Moçambique)” • “Português (São Tomé e Príncipe)” • “Português (Timor)”
E já agora, porque não: • “Português (Galiza)” • “Português (Goa)”
Os mais atentos terão certamente reparado que a versão que possuo do Microsoft Word é em inglês.
Lá chegaremos em momento oportuno.
Outro aspecto, que só pode ser distracção, é a eliminação das ditas consoantes mudas, sustentada em argumentação de facilidade de aprendizagem.
Resta saber o que fica dificultado.
Se actualmente se escreve “colecção” (do latim “collectio”), e se pretende mudar para “coleção”, gostaria que explicassem como facilita a aprendizagem de Línguas estrangeiras (ou a Língua Portuguesa por estrangeiros), quando temos “collection” em inglês e “collection” em francês.
Voltamos à base do facilitismo.
A iliteracia é elevada.
Escreve‐se mal Português.
Mudar o sistema de ensino está fora de questão.
Muda‐se a Língua.
Albarda‐se o burro à vontade do dono.
Enquanto nos outros países se aumenta a exigência do sistema de ensino, de modo a produzir recursos humanos com maiores competências, em Portugal promove‐se as passagens de ano administrativas.
O resultado de anos de facilitismo, tanto em Portugal como no Brasil, salta à vista, como facilmente se pode observar:
2 - Força da Língua
Muito se fala em torno da Língua Portuguesa ser a quinta ou a sexta mais falada em todo o mundo.
Como se a quantidade de pessoas fosse assim tão relevante quanto isso.
Na lógica da quantidade temos à frente do Português o Mandarim, Hindi, Castelhano, Inglês e, dependendo de como se conta, o Árabe.
Mas será a quantidade assim tão importante, tão relevante? Ou será a qualidade?
Não será mais importante a qualidade dos artigos, documentos, livros originais escritos nessa mesma Língua? Não será mais importante a excelência profissional e intelectual das pessoas com essa Língua nativa?
E assim anda a "inteletualidade" da comunicação social televisiva…
Onde está o Mandarim? O Hindi? Alemão, Francês, Polaco, Japonês, Italiano e Holandês à frente do Português? Como?!
Parece óbvio que o desenvolvimento económico, tecnológico e cultural dos países é mais importante para a projecção de uma Língua do que a quantidade de falantes.
Nem entendo como é possível pensar o contrário.
Repare‐se como o Espanhol (Castelhano) foi prejudicado (de segunda Língua mais falada para nono lugar na WIKIPÉDIA) pelo fraco desenvolvimento da generalidade dos países com esta Língua materna.
Se Portugal pretende dar projecção mundial à Língua Portuguesa, não alcançará o sucesso através de Acordos Ortográficos, mas sim através do apoio económico, tecnológico e cultural aos restantes países de Expressão Portuguesa.
O problema é que ainda nem nos conseguimos apoiar a nós mesmos.
Urge resolver o problema do sistema de ensino Português.
Aumentar o nível de exigência.
Acabar com os facilitismos.
3 - Exemplos de bom senso
Ainda ao abrigo da ignorância, há quem torture os números para que estes digam que a Língua Portuguesa está em oitavo lugar na WIKIPÉDIA devido às diferenças ortográficas, que sem elas estaríamos num lugar muito mais honroso.
Como, uma vez mais, o problema não é a ignorância, mas sim a falta de pesquisa de informação que sustente a argumentação, aqui fica, preto no branco, essa mesma informação em falta.
Informação esta que denota o bom senso e elevação demonstrado por uma comunidade de colaboradores na WIKIPÉDIA que terá, certamente, um elevado nível cultural.
Vejamos de que se trata: «Wikipédia: Versões da língua portuguesa (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)
O Português escrito em Portugal, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Guiné‐Bissau, Angola, Moçambique, Timor‐Leste e Macau (chamado de ʺportuguês europeuʺ) tem diferença sensível em relação ao português escrito no Brasil (chamado de ʺportuguês brasileiroʺ). Ainda, entre cada país do considerado ʺportuguês europeuʺ há diferenças locais relevantes.
No próprio território brasileiro, entre uma região e outra, também há diferenças no modo da escrita e nas gírias locais.
Por exemplo, na página principal aparece em vários sítios a palavra ʺprojectoʺ.
Esta palavra está escrita na norma seguida em Portugal e na África.
No Brasil, escreve‐se ʺprojetoʺ, omitindo a letra ʺcʺ.
Qual das duas versões está correcta? Ambas.
Simplesmente uma versão é usada no Brasil e outra em Portugal, África e territórios asiáticos.
Como acontece nas outras grandes línguas internacionais, não existem versões superiores ou inferiores: são apenas diferentes.
Por isso, não veja algo que não está escrito no seu português como incorrecto apenas por isso.
Este projecto é a Wikipédia em língua portuguesa, também chamada de Wikipédia lusófona.
Ou seja, é de todos os falantes do português, seja qual for a norma que utilizam.
Consequentemente, mudar da norma ʺAʺ para a norma ʺBʺ não é bem‐vindo, porque isso implica uma falta de respeito com os utilizadores das edições anteriores. (...)»
Se os defensores do Acordo Ortográfico partilhassem deste mesmo bom senso e elevação, e estivessem despidos de outros interesses que não a riqueza da Língua Portuguesa, não haveria certamente lugar a um tão ridículo acordo.
Mas ainda se pode ir mais longe.
Podemos chegar ao topo da lista: a Língua Inglesa. «National varieties of English (See also: Wikipédia: Manual of Style (spelling).
The English Wikipedia has no general preference for a major national variety of the language. No variety is more correct than the others. Users are asked to take into account that the differences between the varieties are superficial. Cultural clashes over spelling and grammar are avoided by using four simple guidelines. The accepted style of punctuation is covered in the punctuation section. Consistency within articles Each article should consistently use the same conventions of spelling and grammar. For example, center and centre are not to be used in the same article. The exceptions are: quotations (the original variety is retained); titles (the original spelling is used, for example United States Department of Defense and Australian Defence Force); and explicit comparisons of varieties of English. Strong national ties to a topic An article on a topic that has strong ties to a particular English‐speaking nation uses the appropriate variety of English for that nation. For example:
American Civil War—(American English) Tolkienʹs The Lord of the Rings—(British English) European Union institutions—(British or Irish English) Australian Defence Force—(Australian English) Vancouver—(Canadian English) Retaining the existing variety If an article has evolved using predominantly one variety, the whole article should conform to that variety, unless there are reasons for changing it on the basis of strong national ties to the topic. In the early stages of writing an article, the variety chosen by the first major contributor to the article should be used, unless there is reason to change it on the basis of strong national ties to the topic. Where an article that is not a stub shows no signs of which variety it is written in, the first person to make an edit that disambiguates the variety is equivalent to the first major contributor. (…)»
Como se pode observar, exactamente os mesmos problemas (ou ainda maiores, com os problemas derivados das unidades de medida), e ainda assim conseguem ter o maior número de artigos na WIKIPÉDIA.
4 - Perigos e certezas
Muitos são os que olham para este Acordo Ortográfico como uma oportunidade de negócio.
Um longo caminho se percorreu para evitar que os manuais escolares fossem substituídos anualmente.
Neste momento as editoras esfregam as mãos de contentes para terem a oportunidade de substituir novamente todos os manuais escolares. Em 2009 os do primeiro ano, em 2010 os do segundo, e assim sucessivamente.
Poucos são aqueles que se apercebem dos perigos vindos de Oeste.
Grandes editoras, com matérias‐primas mais baratas, mão‐de‐obra ainda mais barata e sem garantias de qualificações apropriadas.
Por coincidência, ainda há pouco tempo peguei em alguns manuais dos tempos da universidade.
Em dois manuais de apoio (probabilidade e estatística), um era de origem brasileira.
Desconheço a situação actual a nível universitário, mas a nível profissional sei que a grande maioria de traduções para Português de livros técnicos de informática são em Português do Brasil.
Mas não se restringe a livros impressos.
Não é necessário estar muito atento para entender as dificuldades que os tradutores Portugueses têm em Portugal para encontrar trabalho, com a concorrência dos congéneres Brasileiros.
Com o Acordo Ortográfico a situação só tende a agravar‐se.
É um Acordo muito mais vantajoso para o Brasil que para Portugal.
Não só pela mão‐de‐obra mais barata, como também pela facilidade na desvalorização da moeda para facilitar as exportações.
E quem fala em livros, fala em filmes, em programas de computador, etc.
As legendagens estão entregues a mão-de-obra barata brasileira daí este “de dia 23”…
Estes são os perigos.
Quanto às certezas, apenas as de que não existe nenhum Acordo Ortográfico que obrigue as pessoas a mudar o modo como escrevem, nem que obrigue a ler o que quer que seja que esteja nessa forma imposta.
Não posso falar pelos outros Portugueses, mas, no que me diz respeito, posso afirmar que continuarei a escrever do mesmo modo, e que evitarei comprar tudo o que não esteja na forma pré‐Acordo.
Aliás, a esse respeito pouco irá sofrer alguma alteração.
Como se pôde observar, faço os possíveis por ter software apenas em Inglês, sempre que tenho possibilidade de escolha.
Quando não encontro em lojas nacionais, compro através da Internet no UK.
Prática que adquiri desde que fui confrontado nos finais dos anos 80 com a tradução de “help” por “socorro”.
O mesmo se passa com os livros técnicos.
O único livro técnico que tenho em Português do Brasil está vergonhosamente escondido atrás de muitos outros, e apenas consta na minha biblioteca porque foi oferecido num curso de formação que frequentei.
Nunca o teria comprado.
Livros técnicos em Português (poucos) só mesmo os de autores portugueses.
Canais de TV sofrem do mesmo tratamento.
A evitar as dobragens e as legendagens de fraca qualidade.
Para telenovelas não há pachorra.
A avaliar pela quantidade e qualidade dos opositores ao Acordo Ortográfico, fico com a sensação de que a única garantia é que este Acordo irá conseguir afastar ainda mais estas mais‐valias para a Língua Inglesa, empobrecendo cada vez mais a Língua Portuguesa.
Imagino que a tendência seja para haver cada vez mais crianças a frequentar colégios Ingleses, Franceses. Espanhóis e Alemães.
Realmente haverá muita gente a lucrar com este Acordo Ortográfico.
A perder só fica o País.
Penso mesmo existir uma excelente oportunidade de negócio, a editar livros em Português pré‐Acordo.
Quem sabe se não poderá chegar‐se ao extremo de criar um sistema de ensino paralelo. E com a certeza de uma qualidade claramente superior. Também imagino ser difícil fazer pior que o sistema de ensino que existe actualmente.
5 - Referendo
Como já foi referido, a Língua Portuguesa não é propriedade do Estado, nem de nenhum Governo, e muito menos de um qualquer partido político.
A nossa Língua apenas ao povo pertence, seja ele Português, Brasileiro ou outro.
Não me recordo, tão pouco, de um qualquer partido político ter feito referência à sua posição a respeito do Acordo Ortográfico em campanha para qualquer uma das eleições legislativas.
Se o Tratado de Lisboa poderá ser considerado como uma opção política, já o mesmo não se passa com esta questão da Língua que apenas ao povo diz respeito.
Tal ingerência apenas pode ser legitimada através da consulta popular num referendo.
6 - Autoria
J. Nuno A. P. S. Ferreira
Fonte:
http://fs1.nuno.net/DiscordiaOrtografica.pdf
A Responsável Territorial do PACMA, Ana Belén Martín, está na Galiza a trabalhar intensamente e contra-relógio para que o Ministério do Meio Ambiente e Ordenamento do Território da Xunta de Galicia (que só podia ser PP) ordene a suspensão da IX Taça de Espanha de Caça à Raposa. Os montes da Galiza transformaram-se em campos de batalha para as raposas.
O objectivo desta iniciativa é matar tantos espécimes quanto for possível, atentando indiscriminadamente contra a vida dos animais e contaminando o meio ambiente.
O PACMA (Partido Animalista Contra o Maltrato Animal – o correspondente espanhol do nosso PAN) está empenhado em pôr fim à caça.
Eu não disparo. STOP a Caça à Raposa!
FORÇA, PACMA!
Apenas um em Portugal: Viana do Castelo
Portugal vai na cauda dos oito tristes países que permitem a prática da selvajaria tauromáquica…
Sempre na cauda…em tudo…
Que vocação será esta?
Os municípios nesta lista declararam-se oficialmente contra a selvajaria tauromáquica. A declaração foi uma decisão dos municípios.
Espanha
1 - Tossa de Mar (Girona, Catalunha, 1989)
2 - Vilamacolum (Catalunha, 1991)
3 - La Vajol (Catalunha, 1991)
4 - Palafrugell (Catalunha 1991)
5 - Calonge (Catalunha, 1997)
6 - Barcelona (Catalunha, 2004).
7 - Torelló (Barcelona, Catalunha 2004)
8 - Calldetenes (Barcelona, Catalunha, 2004)
9 - Olot (Girona, Catalunha, 2004)
10 - Ripoll (Girona, Catalunha, 2004)
11 - Tavertet (Barcelona, Catalunha, 2004)
12 - Manlleu (Barcelona, Catalunha, 2004)
13 - Granollers (Barcelona, Catalunha, 2004)
14 - San Feliu del Llobregat (Barcelona, Catalunha 2004)
15 - Valls (Tarragona, Catalunha, 2004)
16 - Badía del Vallès (Catalunha, 2004)
17 - Molins de Rei (Barcelona, Catalunha, 2004)
18 - La Roca (Catalunha, Dezembro 2004)
19 - Sitges (Penedès, Catalunha, 2005)
20 - Sant Cugat (Barcelona, Catalunha, 2005)
21 - Bellpuig (Lleida, Catalunha, 2005)
22 - Banyoles (Girona, Catalunha, 2005)
23 - Coslada (Madrid, 2005)
24 - Abrera (Barcelona, Catalunha, 2005)
25 - Cerdanyola (Barcelona, Catalunha, 2006)
26 - Sant Andreu de la Barca (Barcelona, Catalunha, 2006)
27 - Mollet del Vallès (Barcelona, Catalunha, 2006)
28 - Teià (Barcelona, Catalunha, Maio 2006)
29 - Sant Quirze de Besora (Barcelona, Catalunha, Maio 2006)
30 - Gironella (Barcelona, Catalunha, Maio 2006)
31 - Biure de l’Alt Empordà (Girona, Catalunha, Maio 2006)
32 - Cabrera de Mar (Barcelona, Catalunha, Maio 2006)
33 - Cabanes de l’Alt Empordà (Girona, Catalunha, Junho 2006)
34 - Sant Iscle de Vallalta (Barcelona, Catalunha, Junho 2006)
35 - Guissona (Lleida, Catalunha, Junho 2006)
36 - Moià (Barcelona, Catalunha, Setembro 2006)
37 - Artesa de Segre (Lleida, Catalunha, Setembro 2006)
38 - Vilabertran (Girona, Catalunha, Setembro 2006)
39 - Sanaüja (Lleida, Catalunha, Outubro 2006)
40 - Torrelavit (Penedès, Catalunha, Outubro 2006)
41 - Torrebesses (Catalunha, Novembro 2006)
42 - Riudarenes (Girona, Catalunha, Novembro 2006)
43 - Costitx (Ilhas Baleares, 2006)
44 - Fornells de la Selva (Girona, Catalunha, Fevereiro 2007)
45 - Brunyola (Girona, Catalunha, Março 2007)
46 - La Fatarella (Tarragona, Catalunha, Julho 2007)
47 - Morera de Montsant (Tarragona, Catalunha, Outubro 2007)
48 - Calella (Costa Brava, Catalunha, Outubro 2007)
49 - Dels Pallerrols (Tarragona, Catalunha, Novembro 2007)
50 - La Bisbal (Girona, Catalunha, Dezembro 2007)
51 - Basauri (País Basco, Junho 2008)
52 - Castrillón (Astúrias, Julho 2008)
53 - Sant Cebrià de Vallalta (Barcelona, Catalunha, Outubro 2008)
54 - Palamós (Girona, Catalunha, Novembro 2008)
55 - Les Franqueses del Vallès (Barcelona, Catalunha, Janeiro 2009)
56 - Castellar del Vallés (Barcelona, Catalunha, Janeiro 2009)
57 - Tagamanent (Catalunha, Março 2009)
58 - Pallejà (Catalunha, Março 2009)
59 - Arenys de Munt (Catalunha, Março 2009)
60 - Caldes de Montbui (Catalunha, Março 2009)
61 - Hostalric (Catalunha, Março 2009)
62 - Vacarisses (Catalunha, Março 2009)
63 - Santa Eulàlia de Ronçana (Catalunha, Março 2009)
64 - Aiguafreda (Barcelona, Catalunha, Março 2009)
65 - Sant Pere de Vilamajor (Catalunha, Abril 2009)
66 - Sabadell (Barcelona, Catalunha, Abril 2009)
67 - Vilassar de d’Alt (Barcelona, Catalunha, Abril 2009)
68 - Martorell (Barcelona, Catalunha, Abril 2009)
69 - Castellbisbal (Barcelona, Catalunha, Abril 2009)
70 - Vallgorgina (Barcelona, Catalunha, Maio 2009)
71 - Sentmenat (Barcelona, Catalunha, Maio 2009)
72 - Sopelana (País Basco, Maio 2009)
73 - Sant Esteve de Palautordera (Barcelona, Catalunha, Junho 2009)
74 - Arenys de Mar (Barcelona, Catalunha, Outubro 2009)
75 - Esportes (Ilhas Baleares, 2009)
76 - Puigpunyent (Ilhas Baleares, 2009)
77 - Cangas (Galiza, Janeiro 2010)
78 - Begues (Barcelona, Catalunha, Janeiro 2010)
79 - Vedra (Galiza, Março 2010)
80 - Dodro (Galiza, Abril 2010)
81 - Mutxamel (Valencia, Abril 2010)
82 - Pobra do Brollón (Galiza, Julho 2010)
83 - Teo (Galiza, Julho 2010)
84 - Sestao (País Basco, Agosto 2010)
85 - Ares (Galiza, Julho 2011)
86 - Santurzi (País Basco, Outubro 2011)
87 - Barakaldo (País Basco, Vovembro 2011)
88 - Abanto-Zierbana (País Basco, Novembro 2011)
89 - Consell (Ilhas Baleares, 2011)
90 - Donostia – San Sebastian (País Basco, Março 2013)
91 - Olvera (Andaluzia, Fevereiro 2014)
92 - Artà (Maiorca, Junho 2014)
93 - Sencelles (Maiorca, Julho 2014)
94 - Santa María del Camí (Maiorca, Julho 2014)
95 - Algaida (Maiorca, Setembro 2014)
96 - Capdepera (Maiorca, Setembro 2014)
97 - Lloseta (Maiorca, Setembro 2014)
98 - Porreres (Maiorca, Setembro 2014)
99 - Santa Margalida (Maiorca, Setembro 2014)
100 - Manacor (Maiorca, Outubro 2014)
101 - Campanet (Maiorca, Novembro 2014)
102 - Deia (Maiorca, Novembro 2014)
103 - Sant Joan (Maiorca, Novembro 2014)
104 - Ariany (Maiorca, Janeiro 2015)
105 - Mancor de la Vall (Maiorca, Julho 2015)
106 - A Coruña (Galiza, Julho 2015)
107 - Son Servera (Maiorca, Julho 2015)
108 - Palma de Maiorca (Maiorca, Ilhas Baleares, Julho 2015)
109 - Valldemossa (Maiorca, Ilhas Baleares, Setembro 2015)
110 - Alaró (Maiorca, Ilhas Baleares, Setembro 2015)
111 - Búger (Maiorca, Ilhas Baleares, Setembro 2015)
112 - Llucmajor (Maiorca, Ilhas Baleares, Setembro 2015)
113 - Maria de la Salut (Maiorca, Ilhas Baleares, Outubro 2015)
114 - Orihuela (Alicante, Outubro 2015)
115 - Bunyola (Maiorca, Ilhas Baleares, Outubro 2015)
116 - Banyalbufar (Maiorca, Ilhas Baleares, Outubro 2015)
117 - Calvià (Maiorca, Ilhas Baleares, Outubro 2015)
118 - Binissalem (Maiorca, Ilhas Baleares, Novembro 2015)
119 - Marraxtí (Maiorca, Ilhas Baleares, Julho 2015)
120 - Llubí (Maiorca, Ilhas Baleares, Novembro 2015)
121 - Santanyí (Maiorca, Ilhas Baleares, Dezembro 2015)
122 - Sant Antoni de Portmany (Ibiza, Ilhas Baleares, Janeiro 2016)
123 - Sóller (Maiorca, Ilhas Baleares, Fevereiro 2016)
124 - Sa Pobla (Maiorca, Ilhas Baleares, Junho 2016)
França
1 - Mouans-Sartoux (2005)
2 - Bully-les-Mines (Dezembro 2006)
3 - Montignac (Outubro 2007)
4- Joucou (Julho 2009)
Portugal
1 - Viana do Castelo (Fevereiro 2009)
Equador
1 - Baños de Agua Santa (2007) mais ainda fazem corridas de touros.
2 - Loja (Abril 2010)
Colômbia
1 - Zapatoca (Fevereiro 2008)
2 - Bello (Julho 2008)
Venezuela
1 - Carrizal (Outubro 2008)
2 - Caracas (Abril 2009)
3 - El Hatillo (Maio 2011)
4 - Valera (Agosto 2011)
5 - Cabimas (Março 2013)
6 - San Felipe (Março 2015)
Perú
1 - Concepción (Junho 2012)
2 - Surquillo (Novembro 2013)
México
0 - Teocelo, Veracruz (Julho 2012-Janeiro 2015*
1 - Fortín de las Flores, Veracruz (Março 2013)
2 - Xalapa, Veracruz (Março 2013)
3 - Boca del Rio, Veracruz (Abril 2013)
4 - Veracruz, Veracruz (Junho 2013)
5 - Córdoba, Veracruz (Junho 2013)
6 - Tangancícuaro, Michoacán (Junho 2013)
7 - Tlalpujahua, Michoacán (Maio 2014)
8 - Tzintzuntzan, Michoacán (Maio 2016)
*Teocelo já não é município anti-tourada.
Fonte: CAS
Fonte:
ESPANHA: CINCO CIDADES CANCELAM TOURADAS E OUTRAS SEGUIRÃO ESTE CAMINHO
Origem da foto:
Posted: 28 Jul 2015 09:31 PM PDT
Os municípios de Corunha, Gandía, Mancor de la Vall, Pinto e Azira decidiram suspender corridas e outros eventos ligados à tauromaquia previstos para esta época, mesmo que eles tivesse já sido contratualizados há dias ou meses.
Segundo o site 20 Minutos, muitos destes eventos tinham sido acordados entre os empresários e as autarquias antes das eleições de Maio. No entanto, muitos dos programas eleitorais previam o cancelamento destes eventos, pelo que os autarcas eleitos estão a cumprir as promessas.
Para além destes cinco municípios, outros dois ponderam seguir o mesmo caminho: Huesca e Alicante. A nova autarca de Madrid, Manuela Carmena, também já avisou que não irá destinar “nem um euro público” para eventos que exploram os animais. Veja a opinião de várias regiões espanholas sobre o tema:
Galiza
O município da Corunha decidiu na semana passada suspender a Feira Taurina, apesar do pré-contrato assinado com um empresário. O presidente da câmara, Xulio Ferreiro (Marea Atlántica), prometeu durante a campanha eleitoral “não financiar a exploração de touros, nem outros espectáculos de maltrato animal”. A plataforma abolicionista Galicia, Mellor Sen Touradas aplaudiu a medida e destacou que esta decisão pode abrir o debate sobre a possibilidade de impulsionar uma iniciativa legislativa popular sobre a abolição das corridas de touros.
Comunidade Valenciana
É a região onde mais tem aparecido novos municípios anti-touradas. Em Gandía – localidade da Comunidade Valenciana onde não foram realizadas corridas de touros durante 24 anos, até 2012 – as coligações políticas que actualmente governam a região, PSOE e Mes Gandía, decidiram eliminar as festividades taurinas sob os argumentos de que “Gandía é contra o maltrato animal” e porque “é uma despesa que não pode ser assumida actualmente”.
Em Alzira, onde os chamados “bous al carrer” começaram a ser celebrados há sete anos com o apoio do PP (Partido Popular), tais celebrações foram também canceladas pelos novos governantes (Compromís), com o argumento de que a maioria da população não aprova estas práticas na localidade. Além desses, outros municípios valencianos, como L’Horta, Xàtiva e Aldaia planejam realizar referendos sobre a organização de eventos que exploram touros. Em Alicante, por sua vez, o tripartido PSOE, Guanyar e Compromís prevê retirar o apoio financeiro e ajudas públicas à praça de touros, e em 2017 acabarão definitivamente as festividades.
Ilhas Baleares
Mancor del Vall (Maiorca) é, desde o dia 1 de Julho, o povo balear número 18 na lista dos declarados “municípios anti-touradas”, a pedido do novo prefeito, de Mes per Mancor. A capital, Palma de Maiorca, poderá também integrar a lista, debate previsto para o próximo dia 30 de Julho, o primeiro da legislatura. Com o propósito de pressionar as autoridades, a associação “Mallorca sin sangre” (Maiorca sem sangue) convocou uma manifestação para o sábado dia 25 de Julho. A lista de municípios anti-touradas na Espanha abriga actualmente um total de 101 localidades. A primeira a encabeçar a lista foi Tossa del Mar (1989) e a última a juntar-se Ariany (Maiorca), em Janeiro de 2015.
Aragão
O município de Huesca também está susceptível a questionar os seus cidadãos sobre a celebração destas festividades. O presidente da câmara, Luis Felipe (PSOE), disse recentemente que “não proibirá nada”, mas abrirá uma via de diálogo para que as pessoas decidam o modelo de festas que querem para a Feira de São Lourenço. “Se houvesse o não como proposta para o espectáculo de touradas, seriam os cidadãos que decidiriam, pois haveria um referendo para isso”, garantiu.
Comunidade de Madrid
Em Madrid, os vencedores do município de Pinto, Ganemos Pinto, também decidiram deixar de financiar as largadas e corridas de touros. O último plenário municipal foi celebrado no final de Junho. Por sua vez, a presidenta da câmara de Madrid, Manuela Carmena, também planeava, no seu programa de governo, deixar de financiar as touradas. O grupo governamental “Ahora Madrid” renunciou ao seu espaço na plateia da Praça de Touros Las Ventas e não financiará a escola de toureiros. Somos Alcalá optou por sair da comissão de festividades para evitar ter que colocar touros na programação habitual.
Os abolicionistas vêem estes tímidos primeiros passos como um “avanço positivo porque demonstra que os partidos perceberam que há uma necessidade da população de acabar com o drama que vivem os animais nessas festividades”, nas palavras de Amanda Luis, do PACMA. Ela considera que o não financiamento destes eventos ainda não é o suficiente. “Se o que queremos é construir uma sociedade mais justa e ética, os eventos taurinos não só devem deixar de ser subsidiados, como também devem ser proibidos. Ou a tortura deixa de ser humilhante quando é paga com o dinheiro privado?”, disse. A sua proposta passa por uma “proibição, gradual, mas proibição¨, sem deixar de lado outros “maus-tratos a animais como a caça e o abandono de cães”, acrescenta.
via ANDA
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SÓ PORTUGAL CONTINUA MERGULHADO NAS TREVAS