Terça-feira, 4 de Dezembro de 2012

A “ferra” é outro modo de torturar barbaramente os desventurados Touros que tiveram a infelicidade de nascer numa época em que o homem-predador domina

 

 

 

E fazem disto uma festa…

 

A “FERRA” faz parte do processo de identificação dos animais. A tradição em Portugal ordena que equinos e bovinos sejam ferrados a ferro e fogo
 
No chamado “gado bravo de lide”, funciona assim:

 

1. Imobilização – Por uma das formas seguintes:

 

1.1. Alguns rapazes agarram o bezerro ou garraio pelas orelhas ou pelas ilhargas e derrubam-no. Caído no chão, são-lhe amarradas as patas;

 

1.2. O animal é imobilizado numa jaula, vulgarmente designada por caixão da ferra, sendo a sua cabeça presa numa abertura de uma portinhola. Fica com o lado esquerdo do corpo encostado a uma placa, preso por duas cordas ou por correntes amarradas no tronco, sendo ainda agarrado pelo rabo.

 

2. Marcação com ferros em brasa

 

São feitas as seguintes marcações, todas elas do lado direito:

 

2.1. Nádega - Ferro da ganadaria, como símbolo da casa onde nasceu o bovino, que tem as iniciais do ganadeiro ou o brasão de família;

 

2.2. Dorso - Número de registo;

 

2.3. Espádua - Último algarismo do ano em que nasceu;

 

2.4. Pescoço – Letra da associação de criadores de touros em que a ganadaria a que pertence o bovino está inscrita; no caso de Portugal, a letra “P” - ferro da Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide.

 

3. Cortes nas orelhas - Um extra frequente

 

Aproveitando a imobilização do animal, não é raro que se façam vários cortes nas orelhas com uma faca afiada. São feitos desde furos a rasgos, que chegam a dividir orelhas em duas partes. O intuito (dizem) é as marcas serem uma espécie de assinatura, que difere de ganadaria para ganadaria.

 

4. Dores e infecções A marcação com os ferros em brasa provoca dores insuportáveis, por não ser utilizado qualquer tipo de anestesia ou analgésico. A extensão e profundidade das queimaduras provoca feridas que acabam muitas vezes por infectar, pois também não é administrada medicação que vise prevenir futuras infecções.

 

5. Momento da vida

 

Os animais são marcados por este processo quando ainda são muito jovens, tendo alguns menos de um ano de idade. Em Portugal, a época Outubro-Março á a mais escolhida.

 

6. Separação forçada A ocasião é aproveitada para separar os machos das fêmeas (igualmente marcadas com os ferros em brasa), sendo que, muitos deles, não mais voltarão a pastar juntos.

 

7. Dia de Ferra; dia de Festa! Assistem quase sempre muitos convidados e o ambiente é festivo.

 

Exemplo:

 

 

Fonte: Marinhenses Anti-touradas

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=433770273323208&set=a.433770216656547.101053.215151238518447&type=3&theater

 

***

 

ALÉM DE HORRORIZADA, FIQUEI NAUSEADA.

 

COMO É POSSÍVEL UMA COISA DESTAS!

 

GRANDES BÁRBAROS! UM DIA CHEGARÁ A VOSSA VEZ!

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:57

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