… no triângulo ocidental europeu terceiro-mundista: Portugal, Espanha e França.
Foi assinado em Madrid um protocolo de cooperação em defesa, imagine-se de quê?
Disto: valores culturais da tauromaquia, bem visíveis na imagem que ilustra esta publicação, e para delinear estratégias para combater os milhares de movimentos mundiais opositores à prática bárbara da tauromaquia, que uma minoria muito reduzida defende.
Quem assinou o protocolo?
Por Portugal a prótoiro, pela Espanha, a fundação do touro de Lide, e pela França o observatório nacional das culturas taurinas, e criaram uma coisa a que pomposamente chamaram conselho internacional de tauromaquia (CIT) para estabelecer uma cooperação relativa a todos os temas relacionados com a prática, o desenvolvimento, a defesa e a promoção taurina, como se fossem muitos… e com umas ambições delirantes: as de pretender exercer pressão na defesa da tortura de touros, junto de várias instâncias internacionais, como as Nações Unidas e o Parlamento Europeu, como se a ONU ou o Parlamento Europeu fossem dar crédito a meia dúzia de gatos pingados, e colocarem-se contra o mundo civilizado.
Este recém-criado conselho pretende ainda, alucinadamente, dar apoio ao reconhecimento das tradições taurinas como património cultural imaterial e sensibilizar os actores institucionais e associativos envolvidos e informar as formações políticas e os meios de comunicação social sobre aquilo que as três associações nacionais consideram ser “a realidade de uma cultura identitária e da maior importância”.
Ora este tipo de “cultura” bronca até pode ser identitário e da maior importância para a comunidade tauricida. Para mais ninguém.
E claro, podem assinar seja o que for, o certo é que as touradas têm os dias contados. Os tauricidas estão em minoria. Fora da modernidade. Fora do mundo civilizado. Não têm a mínima credibilidade.
A Europa tem 47 país. Desses 47, apenas três se mantém ainda ligados à Idade das Trevas: Portugal, Espanha e França. O triângulo ocidental europeu terceiro-mundista.
E no mundo, de 193 países, apenas oito, a caminho de serem seis, tentam manter de pé uma prática arcaica, grosseira, cruel, violenta e medievalesca, repudiada por todos os restantes países.
Situem-se! A tauromaquia está a dar o berro.
Assinem o que quiserem.
A verdade é que a validade das touradas terminou. O Século XXI D.C. já não comporta esse tipo de “divertimento” que apenas as mentes deformadas promovem, apoiam e aplaudem.
Isabel A. Ferreira