«E porque os dois anteriores Governos me devastaram economicamente, confirmo que a geringonça e António Costa - especialistas de propaganda política – mantiveram a mesma conduta: raparam, empobreceram, aumentaram nos preços, anunciaram falsas riquezas, abalroaram a democracia e senti-me enganado. Mas venderam bem.» (Artur Soares)
Normalmente os portugueses, no início do ano programam as férias. Também eu. E como aposentado do Estado – ou como agora se diz, “Técnico de Lazer” – tenho mais tempo para férias e gozar a vida. E por medos e incertezas provocadas por quem nos tem desgovernado, gozei as férias do presente ano neste mês de Março. Mas diferentes: férias de borla e a pilhar.
Assim, iniciei-as sem horários e sem transporte, deixando que o cérebro e o resto do meu cadáver-na-vertical, gozassem férias modernaças, segundo a miséria em que nos colocaram os governantes d’agora, com as troycadas e as geringonças passadas.
Programadas e confirmadas as férias, avancei e recordei a vivência da vida nos meus vinte anos.
Visto o filme, embrenhei-me nele, sem saudade. Ao acordar para a realidade, com ironia sorri, porque corro riscos de não ter os pensamentos de há vinte anos atrás: confiava no futuro, para, com todo o temor agora, pensar que posso regressar há (passada) segunda República ou ao Processo de Revolução em Curso, real ninho de víboras em 1975.
E porque os dois anteriores Governos me devastaram economicamente, confirmo que a geringonça e António Costa - especialistas de propaganda política – mantiveram a mesma conduta: raparam, empobreceram, aumentaram nos preços, anunciaram falsas riquezas, abalroaram a democracia e senti-me enganado. Mas venderam bem.
Desse modo, terei de viver mais pobre: de vender a habitação com piscina e as mulas; o topo de gama de quatro rodas e o barco que me distanciava das praias populares; dispor das pessoas que me prestavam vassalagem; habituar-me à presença e à convivência dos sem-abrigo, dos paupérrimos programas de televisão e do organizado mundo-cão que mostram.
Desse modo, iniciei as férias inéditas neste ameno Marçagão, deslocando-me para as aldeias do Alto Minho.
Pelo que, inspirado no exemplo dos pilhantes do meu país, roubei umas calças seminovas e uma camisa remendada em vários sítios.
Deixei crescer o cabelo e a barba, ensebando-os com nauseabundos aromas; deixei-me queimar pela neblina diurna e arranjei um roto boné. Num entulho “agasalhei” umas botas de trolha, já queimadas pelo tempo e pelo maltrato; adquiri umas meias que embora fossem parecidas, eram ligeiramente diferentes; nos arredores de um acampamento cigano, encontrei um saco de serapilheira que serviu para agasalho e roubei a um agricultor uma vara de marmeleiro, para dar a impressão de necessitar apoiar-me.
Finalmente, esperançado e devidamente andrajoso, atravessei campos, caminhos de terra batida, na mira de encontrar alguém que me oferecesse uma tigela de caldo, mas ninguém adivinhou a minha necessidade.
Roubei fruta e, um dos donos, pontapeou-me, por não lhe ter pedido as maçãs. Destruí aglomerados de formigas, porque não me deixaram dormir e dormi em casas em fase de construção. Enganei lavradores e construtores civis, que me oferecendo o jantar e a dormida, exigiam-me o pagamento em trabalhos no dia seguinte, mas fugi a todos antes de os iniciar. Tive de me esconder de jeeps da guarda republicana, porque sujo e esfarrapado, me podiam "deitar a unha" por causa de umas espigas de milho que ia “engavetando” prá sacola.
Durante esses dias de férias e de pilhante, encontrei gente boa que ao se cruzarem, me davam uns cêntimos para tabaco, quando não podia "cravar" ninguém. Encontrei curiosos que pretendiam saber donde era, quem era e porque vivia andrajoso. Falando sempre pouco, a todos culpei: os governos, por me pilharem na pensão desde 2011 até agora e o terem provocado esta crise: de corrupção e rapaces.
Assim, vivi e passei umas férias que provocou risos a uns e dó a outros. Por alguns adultos, fui alvo de desprezo. Mas expliquei acções e denunciei chefes de serviços sem subordinados; apontei a evidente perda de democracia; as gordurosas reformas dos que se servem do país - por estarem dez anos na política - e falei-lhes daqueles que pilharam milhares de milhões à Banca, de milhares de milhões deitados nas latrinas da TAP e dos milhões sugados aos aposentados do Estado.
De modo geral, todos opinavam a necessidade de outro 25 de Abril. Respondia que na 1ª e 2ª República havia Forças Armadas vivas, competentes e atentas. Mas que nesta 4ª república – provocada e iniciada por António Costa - não.
(Artur Soares) (O autor não segue o acordo ortográfico de 1990)
Recebi o texto, que se segue, via e-mail, e sobre ele tenho a dizer o seguinte:
Quem é bom observador e seguiu a carreira política de António Costa, sabe que ele, além de não ser uma pessoa que dá um ponto sem nó, tem algo em mente que vai muito para além de um sair de cena, na hora H. Não tendo talento para aproveitar a maioria absoluta, que uma minoria do povo português votante lhe deu, deixou Portugal de calças na mão, com um obviamente apresentei a minha demissão...
Só faltou dizer: antes que o barco se afunde ainda mais...
Quem não o conhecer, que o compre!
Isabel A. Ferreira
(Para os portugueses analisarem a situação; analisarem as propostas alternativas e …)
António Costa demite-se do Governo, após 08 anos de 1º Ministro e deixa:
- A maior carga fiscal de sempre: 36,4% do PIB
- A maior dívida pública de sempre: 276 mil milhões de euros
- O maior número de portugueses sem médico de família de sempre: 1,7 milhões de portugueses
- 42,5% dos portugueses em risco de pobreza antes de transferências sociais
- O menor número de processos findos nos tribunais portugueses desde 1985: 524 mil (com exceção de 2020, ano de maior impacto da pandemia)
- O ano de menor acesso dos cidadãos à Justiça desde 1979: 484 mil processos entrados nos tribunais portugueses
- O pior mês da história do Serviço Nacional de Saúde, nas palavras do próprio Governo…
- 583 mil utentes em lista de espera para consultas
- 235 mil inscritos em lista de espera para cirurgias
- 32% dos utentes a serem atendidos para lá do tempo recomendado
- Médicos e enfermeiros em guerra
- Professores e auxiliares em guerra
- Forças Armadas em processo de falência e com níveis operacionais em risco
- Crise total na habitação, impossibilidade de os portugueses conseguirem casa para morar´
- A própria Economia a começar a definhar, o último trimestre já foi de contração
- Esta é uma fotografia real, com dados oficiais, de alguns dos mais importantes indicadores da sociedade que somos
- É neste quadro que António Costa se demite!!!"
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Nos dois dias seguintes, nada mais ouvi do velho e regressei ao país. Mas, em toda a viagem, não deixei de pensar porque é que o senhor Yanekang não deu seguimento à Clínica do pai, uma vez que na hora que passa em Portugal, se justificava mais uma remessa de portugueses que fossem em busca de aumento de inteligência para melhor servirem e descorromperem Portugal.
Fonte da imagem: https://intemocional.cosap.pt/sobre/
Um amigo de longa data, que há uns anos constituiu família com uma jovem chinesa que conheceu em Moçambique, aquando da sua participação na guerra colonial, contactou-me por escrito. Mudada a situação política no país devido ao derrube da segunda república em Portugal, pelas Forças Armadas, o meu amigo Santix partiu para a China, cidade de Shenyang, com a mulher, e terra natal dos seus sogros.
Devido à nossa amizade, convidou a deslocar-me à China a fim de ser padrinho de baptismo dum seu neto, uma vez que tinha tudo organizado para – à revelia dos Católicos do Estado – se iniciar a cerimónia por um Diácono acreditado pelo Vaticano.
Organizei a viagem, dei instruções prévias aos criados que me acompanharam e segui para a China, ao encontro do ex-companheiro de guerra. Então, num clima de medo e num local com várias cavernas - onde se reúnem os católicos pro-Vaticano - procedeu-se ao baptismo do bebé.
O senhor Yanekang, avô da mulher do Santix, é um homem de noventa anos, magro, de olhos-tremoço, lúcido e bom poliglota.
- Sabe – dizia-me o senhor Yanekang – sinto-me feliz por a minha neta ter casado com um português. Portugal tem na minha vida grande influência, pois deve-se a muitos portugueses o sucesso da fortuna que recebi do meu pai, de gente doutras nações, mas, sobretudo de portugueses.
- Mas, desculpe interrompê-lo, senhor Yanekang. Não estou a entender como herdou de seu pai fortuna, graças a muitos portugueses?!
- Eu explico: meu pai, que lhe circulava nas veias sangue russo e chinês, foi um cientista na área da medicina, grande investigador e, conquistou, através de alguns anos, fama, na experiência de beneficiação de inteligência de chimpanzés. Anos depois, sabedor das fragilidades cerebrais dos Primatas e dos sucessos então obtidos, iniciou a experiência de aumentar a inteligência a humanos, embora se viesse a provar anos mais tarde que o aumento de inteligência em pessoas era temporário. Isto é, um estúpido, um incapaz, regressaria sempre ao seu estado normal. Então meu pai, que começou a ganhar muita fama, solicitavam-lhe famílias de grande peso económico, melhoramentos cerebrais nos filhos e conseguiu fazer de, praticamente todos, bons políticos, economistas, médicos, advogados, etc..
Como sabe – continuou o filho do cientista – tivemos cérebros que dominaram a Rússia, a China, França, Itália, Espanha, Alemanha, mas, de Portugal, foi a grande avalanche: o maior número de cérebros melhorados, foram do seu país. Meu pai, a portugueses, melhorou idiotas, pasmados, imbecis, pretensiosos, cretinos e, em todos, fez sucesso! Uns eram maus alunos e deram advogados; outros, eram introvertidos e deram políticos bem-falantes; outros ainda, eram militares de carreira banais e deram coronéis e generais.
- Mas pelos meus apontamentos - continuou o senhor Yanekang – neste momento, os benefícios desse aumento de inteligência nas gentes do seu país, terminou-lhes o prazo. Verifico que, os que eram imbecis e idiotas regressaram à imbecilidade e à idiotice e, como deve calcular, essa é a razão por que no seu país ninguém se entende: as crises não se resolvem e o povo sofre, porque a inteligência então ministrada/aumentada, caducou.
- Mas, senhor Yanekang – pode dizer-me quem foram os homens do meu país que se submeteram a essa alteração para aumento de inteligência?
- Bem. Eu não vou quebrar o sigilo profissional de meu pai, uma vez que ele nunca o quebrou. Apenas lhe digo que a Clínica de Melhoramentos de Cérebros, tinha a sua sede aqui em Shenyang e uma filial em Pevek, na Rússia. Os interessados foram melhorados ao cérebro, portanto, na China e na Rússia. Agora dizer-lhe quem foram os portugueses que recorreram a tais serviços, não posso, mas, se o amigo for de inteligência afiada como penso que é, não deve ter dúvidas quanto aos imbecis, pasmados e pretensiosos que se vêem em Portugal. Se dúvidas tiver veja mais televisão, pois esses, quase todos passam no ecrã.
Nos dois dias seguintes, nada mais ouvi do velho e regressei ao país. Mas, em toda a viagem, não deixei de pensar porque é que o senhor Yanekang não deu seguimento à Clínica do pai, uma vez que na hora que passa em Portugal, se justificava mais uma remessa de portugueses que fossem em busca de aumento de inteligência para melhor servirem e descorromperem Portugal.
(Artur Soares – escritor d’Aldeia)
(O autor não segue o novo Acordo Ortográfico).
(Recebido via e-mail)
Uma excelente Lição de História, passada e actual, que devia ser ministrada nos Cursos Superiores das Universidades Portuguesas, e televisionada, mas não é permitido, e não é, porque políticos mal-intencionados baniram do Currículo Escolar o estudo da História, da Cultura e da Língua Portuguesas.
Trata-se de um texto lido, no Castelo de S. Jorge, pelo Oficial Piloto Aviador (na reforma), João José Brandão Ferreira, a propósito do dia 5 de Outubro de 1143 (Tratado de Zamora), como marco da independência de Portugal.
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem: http://castelodesaojorge.pt/site/pt/planear-a-visita/
«Comemorando a independência de Portugal no dia 5 de Outubro de 1143»
Castelo de S. Jorge, Lisboa, 5 de Outubro de 2022
Bom dia a todos!
Começo por citar Fernando Pessoa, sobre Afonso Henriques, no seu poema “Mensagem”:
“Pai, foste Cavaleiro.
Hoje a vigília é nossa.
Dá-nos o exemplo inteiro
E a tua inteira força!
Dá, contra a hora em que, errada,
Novos infiéis vençam,
A bênção como espada,
A espada como bênção!”
Não é, sem uma ponta de emoção que aqui me encontro, dentro destas vetustas muralhas, ao lado da estátua da figura maior do país que somos - pois sem ele não existiríamos como povo autónomo e diferenciado - para falar da independência de Portugal, que teve no “nosso pai fundador” o seu maior esteio e na conquista de Lisboa, um dos principais actos da sua consolidação.
Comemoramos hoje, a nossa independência, na data do Tratado de Zamora ocorrido no já distante dia 5 de Outubro de 1143, em que Afonso Henriques obteve o reconhecimento “de jure” de Afonso VII, de Leão, libertando-o de qualquer vínculo de suserania de que aquele já gozava “de facto”, reconhecendo implicitamente que o território do Condado Portucalense e suas populações eram agora soberanas debaixo do ceptro de quem já se intitulava “Rex Portucalensis” - Rei dos Portugueses. Neste encontro de Zamora, esteve presente o enviado do Papa - que era, ao tempo, a fonte do Direito Internacional para a Cristandade, Cardeal Guido de Vico, que intrigou, mas não se opôs.
Outras datas existem, em que a independência de Portugal pode e deve ser evocada – dado não haver uma data oficial, estabelecida para o efeito, o que não deixa de ser uma peculiaridade nacional (lembro que o dia 10 de Junho é o dia da morte do militar e poeta, Luís de Camões, comemorando-se o Dia de Portugal, mas não especificamente a sua independência) - como é o dia 25 de Julho de 1139, data da Batalha de Ourique, em que se estima que Afonso Henriques foi alçado por Rei (até então apenas usava o título de infante ou príncipe) pela sua hoste, à moda visigoda; ou a data de 23 de Maio de 1179, em que o Papa Alexandre III fez publicar a Bula “Manifestis Probatum”, onde finalmente, reconheceu a independência do Reino de Portugal, livre de qualquer vassalagem a não ser ao Papa e o título de Rei a Afonso Henriques. Finalmente também é de considerar a data do combate de S. Mamede, em 24 de Junho de 1128, que marca a separação “de facto”, mas não “de jure”, do Reino de Leão. A razão sendo a de que, só se reconhece algo que já existe...
*****
Dirão alguns que não faz sentido evocar Zamora, pois já se comemora um outro 5 de Outubro, o de 1910, dia em que no dizer irónico e sarcástico, do jornalista Eduardo Schwalbach, “ao cabo de longos e porfiados esforços, os monárquicos acabaram de implantar a República em Portugal”.
Pois entre uma data e outra, a do Tratado de Zamora deve preferir, sem qualquer sombra de dúvida e a categoria de feriado - a haver - deveria mudar de título.
De facto, a data de 1143 é uma data nacional, aquela em que D. Afonso Henriques trouxe Portugal ao mundo, que traduz um bem maior - a independência - enquanto o ocorrido em 1910, tem a ver com regime político, com partidos, com ideologia. É uma data que divide, não une. Não é nacional.
Para além disso foi uma data aziaga e desgraçada, fundada num crime de regicídio e num golpe de estado revolucionário, que nada justificava. Para além disso foi um regime que nunca foi referendado, a não ser indirectamente, e muitos anos depois, aquando do plebiscito efectuado para aprovar a Constituição de 1933.
O 5 de Outubro teve consequências absolutamente nefastas, podendo os 16 anos da I República, serem considerados como um dos períodos mais anarquizados e malfadados, de toda a nossa História. Apesar de haver entre os defensores da República muitos vultos cheios das melhores intenções e acreditarem que daí adviriam dias melhores para o “Esplendor de Portugal”.
Ora o que interessa no final, em qualquer golpe de estado, ou revolução, são os resultados, muito mais que as intenções. Pois como diz sabiamente o nosso povo, “de boas intenções está o inferno cheio”…
Por isso, o 5 de Outubro de 1910, não deve ser esquecido e deve ser evocado no seu devido enquadramento, em benefício da memória colectiva; mas nunca ser comemorado como coisa boa para o país, muito menos ser distinguido com um feriado – que, aliás, há muito ninguém liga ou comemora.
Já passou suficiente tempo para melhor se discernirem as coisas, mas não há maneira de aprendermos.
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A independência - que, no fundo, representa a nossa Liberdade e se funda na nossa vontade - tem duas componentes principais: a individualidade e a identidade.
No caso português, uma não sobreviverá sem a outra. E aplica-se a um povo e a um território que possui uma organização política há muito conhecida como “Estado”.
Não passou muito tempo para que, população, território, elites, religião, língua, costumes, e o constante batalhar para se preservar, tenha caldeado os habitantes numa matriz cultural forte e coesa, num destino comum. Daí nasceu a Nação Portuguesa, que se estima estar já bem consolidada ao tempo do Rei, Senhor D. Dinis. A construção do “estado” moderno desenvolveu-se com o preclaro Rei, Senhor D. João, o segundo deste nome, e assim se formou o Estado-Nação mais bem conseguido em todo o orbe.
Valores morais, religiosos e culturais, a aspiração a uma vivência debaixo de objectivos comuns a todos; o sofrimento e as alegrias passadas em conjunto, fez a Nação ultrapassar-se a si própria e transmutar-se num patamar superior: a Pátria Portuguesa.
Estes são os valores mais inestimáveis que temos e são valores que nos transcendem. Por isso nunca nos devemos deixar cair num estádio já descrito pelo grande Guerra Junqueiro, dizia ele: “Da mera comunhão de estômagos não resulta uma Pátria, resulta uma Pia”…
Lembro que o Estado-Nação é a fórmula política mais bem conseguida até hoje em termos de Ciência Política, e a que melhor defende os interesses nacionais. E se alguma dúvida houvesse, bastaria reflectir no que se está a passar actualmente na Ucrânia, em que este país luta desesperadamente para ter um estado dentro de uma Nação e o que isso representa para o moral das suas tropas, população e direcção política. Em contraponto ao que se passa do outro lado...
Tudo isto com países europeus à sua volta a desdenhar da sua condição de Estado-Nação (alguns precários), numa amálgama indisciplinada, debatendo-se numa União Europeia onde o “politicamente correcto” pretende caminhar para o federalismo, o que, a efectivar-se, representaria o desaparecimento de Portugal.
A talhe de foice, não quero deixar de dizer, que o fim da obrigatoriedade do serviço militar, em tempo de paz, deve ser considerado um “crime de lesa-pátria” …
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De tudo o que disse decorre um corolário inevitável e absoluto, o de se concluir que a defesa da nossa identidade e individualidade, isto é, a defesa da nossa independência soberana, representa o “Objectivo Nacional Permanente Histórico, principal, de todos os tempos e por isso fundamental.
E tal não pode, nem deve ser posto em causa por qualquer regime, sistema político, governo, ideologia, doutrina ou religião.
Por isso, aquilo que se passar a nível dos órgãos de soberania; demais órgãos do Estado (com Instituição Militar e Diplomacia, à cabeça); autarquias; instituições nacionais e população em geral, deve ter sempre este princípio em mente, sob pena de um infractor dever ser posto a ferros, ou expulso do país!
O conceito de Independência é algo exclusivo, não é inclusivo; com a independência não se brinca, com a Independência não se joga. A Independência exige sacrifícios.
Para preservar a nossa independência e soberania, devemos saber antecipar e identificar as “ameaças” que, em cada momento, podem impender sobre o país, logo, sobre nós.
Ora, hoje em dia acastelaram-se sobre a nossa individualidade e identidade, como Nação - um termo aparentemente abolido do nosso léxico político e social - um conjunto assustador de vulnerabilidades e ameaças, tanto de âmbito interno como externo, sobre cujas origens e causas não vou dissertar. Mas entendo que devo apontar as principais que o discurso feito, até agora, carreia e faz adivinhar.
A primeira das quais é justamente o facto de a população andar “anestesiada” não se apercebendo dos perigos que corre, pois nada no discurso político sobressai sobre essas ameaças como tal (antes pelo contrário), o que é corroborado pela passividade bovina da generalidade da comunicação social (quando não as escamoteia) e das instituições nacionais, “que aos costumes dizem nada”.
Segue-se o suicídio colectivo, uma verdadeira eutanásia de proporções gigantescas em que estamos postos. Este “suicídio” tem duas vertentes principais: uma vertente demográfica e outra política e cultural. Os seus meandros são complexos, variados, já duram há muito tempo e os seus efeitos são multiplicadores e cumulativos.
Damos alguns exemplos: a demografia é fortemente negativa, incapaz de renovar as gerações e já o é por cerca de 40 anos. A população está em declínio acentuado e muito envelhecida.
O problema tem sido camuflado pelo nascimento, de cada vez maior número de filhos de estrangeiros, naturalizados ou não, e por causa da bandalheira da atribuição da nacionalidade. Só na última década foi atribuída, anualmente, a cerca de 80.000 “cidadãos do mundo”, que entram por aqui adentro como cão por vinha vindimada.
A lei da nacionalidade é irracional, facilitista e desagregadora do todo nacional, além de ser facilmente corrompida como os recentes casos da malfadada “lei dos Sefarditas” tão bem ilustra.
Não é o único caso.
Mas aos negros das antigas províncias ultramarinas, que já possuíam a nacionalidade portuguesa (pois todos eram portugueses), e até àqueles que tinham combatido nas fileiras das Forças Armadas Portuguesas, essa nacionalidade foi-lhes negada até hoje. Uma atitude infamante e que nos infama! Mas para “Mamadus e Abranovitches”, não há qualquer peia…
Os vistos “gold” representam, por seu lado, a prostituição da nacionalidade ... A imigração, ou seja, os que vêm para cá, está imparável, parece uma torneira aberta e avariada. Idem para a migração, refugiados, etc.; trabalho ilegal, descontrolo do “Espaço Schengen”, exploração de trabalhadores e campo aberto para a actuação de máfias internacionais, é o que se queira. Tudo agravado pelo inenarrável Pacto de Marraquexe, assinado em 2018, pelo governo português sem que o assunto tenha sido conhecido ou discutido, no nosso país. Um erro assaz deplorável.
E se aquando das chamadas “descolonizações”, o objectivo principal nada tinha a ver com “autodeterminação dos povos”, mas sim com substituição de soberanias, o Pacto de Marraquexe (e outras acções) nada tem de filantropo ou humanitário, mas visam a substituição de populações, o esbatimento das fronteiras e o fim das nações.
Por sua vez, a emigração, ou seja, os nacionais que de cá saem, também não pára de aumentar, vai nos 100 mil por ano, e dos mais qualificados. E agora já não há as desculpas esfarrapadas da “Ditadura”; do “Fascismo” ou da “guerra dita colonial”, para o justificar...
Por outro lado, há um número cada vez maior de europeus (agora também dos EUA e do Brasil) que vêm para cá viver da sua reforma. Uns por causa do sol, da comida e do bom acolhimento; outros para fugirem aos impostos dos seus países e ainda outros, em percentagem crescente, porque não estão para viver nos seus países rodeados de gente que lhes é estranha em termos de raça, cultura, religião e que não se querem integrar nas sociedades locais, causando insegurança crescente.
O Algarve, por exemplo, já tem mais residentes estrangeiros do que indígenas. Não estou a falar de turistas que são outra realidade e que também já são demasiados. Ou seja, parece difícil e muito problemático caberem cá todos...
A insanidade é total!
A prosseguirmos nesta senda, iremos ficar a breve trecho, sem matriz cultural própria e desapareceremos como comunidade individualizada. E ao contrário do que diariamente a maioria da lavagem ao cérebro nos martela, nós não somos todos iguais, somos todos diferentes…
Isto não tem nada a ver com racismo, nem xenofobia, nem com nacionalismo exacerbado, tão pouco como falta de “humanismo”. Tem apenas a ver com bom senso e... sobrevivência. Espero ter ilustrado o ponto.
Por seu turno, temos que os sucessivos governos ditos portugueses, têm alienado cada vez mais pedaços de soberania para Bruxelas; vendem empresas estratégicas nacionais para resolver problemas de tesouraria ou realizarem negócios chorudos; deixam que se aliene cada vez maiores pedaços de terreno para mãos estrangeiras, sem qualquer salvaguarda, etc. (um dia destes não teremos um quilómetro quadrado de espaço em mãos nacionais).
Tudo isto acompanhado de um Relativismo Moral que ultrapassa em muito o declínio moral e ético, que foram a causa do colapso de civilizações antigas, com a agravante de que o actual estado de coisas tem subvertido a célula fundamental da Nação que é a família, os valores sociais e religiosos e a própria ordem natural das coisas, dos homens e do Universo.
Uma palavra para as finanças do País.
É que por detrás da carapaça do euro (que pode ruir a qualquer momento) o País está falido. A maior parte das empresas estão falidas, ou em vias de, se atentarmos no balancete; idem para as famílias; a Segurança Social e o Serviço Nacional de Saúde estão falidos; a maioria das autarquias está falida; os bancos estão falidos e para que não abram falência, às claras, injectam-lhes o dinheiro dos contribuintes.
Desde 1974, o País já teve três bancarrotas e o fulcro do sistema financeiro viveu basicamente, desde então, de especulação, muito empréstimo, “engenharia financeira” e demagogia. A falência do país está envolvida numa dívida, pública e privada - que alguns dizem impagável - que é, à data de hoje, a 12º maior do mundo, tendo em conta o nosso Produto Interno Bruto e a capacidade de produzir riqueza. Esta dívida global (excluindo a financeira) ronda hoje os 732.000 milhões de euros, mais de três vezes o PIB, que era em 2020, de 231.3 milhões de dólares.
Toda a gente sabe disto, mas ninguém quer tirar daqui qualquer conclusão e consequência razoável. Apetece perguntar: na frase “o país está falido”, quais são os termos que não entendem?
Vive-se em estado de negação.
Ora sem equilíbrio orçamental e finanças saudáveis, ninguém pode reclamar o estatuto de independente, nem pode andar de cabeça levantada. Por isso a nossa posição normal é a de cócoras e de mão estendida. É o estado em que estamos e a que chegámos.
O que foi referido é fruto do sistema político de que somos servidos, que se tem revelado medíocre e de funcionamento medíocre. Chamam-lhe “Estado de Direito Democrático”, mas é apenas uma falácia que há muito não consegue esconder a realidade. Além disso tem-se revelado completamente permeável à influência de organizações internacionalistas, de “homens sem rosto”, chamemos-lhe assim. É outra ameaça à independência. E grave.
De resto, temos que considerar as ameaças externas que nos acompanharam ao longo da História e que estão sempre mais ou menos latentes, a que temos que acrescentar a dos inimigos da OTAN, organização de que fazemos parte desde a sua fundação. Que ontem eram uns e hoje já são outros.
Não se pode participar em organizações de Defesa e depois não sofrer as consequências ou participar conforme as exigências ditarem. Do mesmo modo é necessário ter em conta a chamada “Globalização”, que tenta passar a ferro todas as soberanias.
Restam as Forças Armadas, que estão a chegar - no conjunto das suas vertentes - ao estado em que estavam em 1926, ou seja, ao quase zero naval, terrestre e aéreo (e nem me atrevo a falar no Moral). E se naquele ano ainda havia vontade política para as recuperar, hoje essa vontade política é de as extinguir. Não estou a exagerar.
Fico por aqui.
*****
É importante, pois, comemorarmos e exaltarmos a independência do nosso país, mas mais importante é dar-lhe substância, provê-la de amarras e reforçar-lhe os esteios.
Não é isso que se tem feito.
A independência não está garantida; nunca está garantida. Os países, os povos, as civilizações não são eternos, nem está escrito em lado nenhum, que o tenham que ser. E muitos desapareceram ao longo da História.
A Independência tem que ser alimentada de querer e protegida de ameaças. Como disse o poeta, a vigília agora, é nossa. Devemos ser merecedores de Afonso I e do seu Estandarte, e estar à altura desse desafio. Não se pode continuar a cometer erros capitais, aceitar ingenuidades ou tolerar apostasias por mais democráticas, que se apresentem. E as responsabilidades têm de ser apuradas e ter consequências.
Portugal está doente e ferido de corpo e de alma, mas Portugal ainda vale a pena.
Aqui deixo o alerta. Aqui fica o repto.
João José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador (Ref.)
Leiam o que António Mota diz a este respeito. E eu não posso deixar de estar mais de acordo!
Os iludidos políticos portugueses vivem numa bolha onde a realidade não entra.
Isabel A. Ferreira
Origem da imagem: Internet
Por António Mota
in https://www.facebook.com/antonio.mota.12139
«OH, MARCELO! OH, COSTA! OH, PORCA MISÉRIA! IDE TODOS À.»
1.
Vi, algures aqui pela internet, umas fotografias publicadas por alguém que eu conheço. Santo Deus! Fiquei tão triste. É tão ridículo. Uns tanquinhos, uns jeepinhos, um helicópterozinho, mais umas merdas. Mas que raio de País. O que vão comemorar a 10 de Junho? E em Braga? Lá que façam isso em Lisboa, ainda vá que não vá. Mas em Braga?
2.
Vão comemorar o Dia de Portugal? Está bem. Mas que Portugal? Portugal o que é? É um país independente? Não. E hoje estou mal disposto, e não me venham com a merda de que hoje ninguém é independente. Não somos mais que um pequeno ignoto cantão, desprezado e abandonado por seus próprios dirigentes políticos, que se honram de serem terceiros secretários de Espanha, quartos de França e quintos da Alemanha, sendo Berlim a capital de toda a colónia dos EUA, chamada Europa. Não são as Forças Armadas as garantes da independência nacional? Por que se prestam a mais esta encenação circense? Ou basta-lhes aquela fitinha na boina, os desfilezinhos para engalanar qualquer anedota, ou para irem ganhar uns tostões doados caritativamente porque vão garantir a paz depois da guerra feita?
3.
Vão comemorar o Dia de Camões? Mas qual Camões, se todos os dias os nossos políticos assassinam a nossa cultura, incluindo a literária, retirando-a das escolas, reduzindo Os Lusíadas a meia dúzia de tretas, tiradas de episódios desgarrados, e sem uma conexão do todo? Mas qual Camões, se os nossos políticos não entendem sequer o valor literário e cultural de Camões e de Os Lusíadas em termos de Literatura Universal? Mas qual Camões, se já o sanearam do ensino, e querem sanear ainda mais?
4.
Vão comemorar essa riqueza inestimável que é a Língua Portuguesa? Como se atrevem a sugerir sequer isso apenas, estes políticos que temos travestidos de tudo, incultos, irresponsáveis, vadios, câmaras de ar cheias de metano, que aprovaram ilegalmente um Acordo Ortográfico, sem qualquer pudor, desprezando a história, a cultura, a tradição, o estudo, a democracia e, não contentes, o impuseram indignamente à socapa, impondo-o, de novo ilegalmente, nas escolas, na função pública, na merda dos jornais subservientes sempre à espera do subsídio, nos jornais particulares, prostitutas de esquina, que a tudo obedecem? E vergonhosamente, na televisão, até nas legendas, que qualquer detentor da quarta classe no tempo do fascismo faria melhor? Ai pensavam que o problema era o Sócrates? O Sócrates era apenas o Kan-klux-klan a quem tiraram a carapuça, mas os encapuzados lá continuam no seu caminho autocrático, fascista, sebenta, mentiroso, analfabeto e hipócrita.
5.
Vão comemorar a diáspora, como se isso fosse o orgulho de um desígnio nacional, quando, na verdade, desprezam a comunidade emigrante e a sua descendência? Na verdade, a diáspora elege quatro deputados, manda dinheiro para os bancos, que não fica protegido, organiza uns ranchos folclóricos como pode, e organiza umas festas para receber com algum estrondo o desprezo que os visita. E viva! E viva o senhor presidente! E vira, Maria. E até ó despois. Onde estão as escolas portuguesas? E as universidades portuguesas? E as escolas portuguesas para servirem as comunidades emigrantes, honrarem a Língua Portuguesa, e divulgá-la, honradamente, como merece?
Oh, Marcelo! Oh, Costa! Oh, porca miséria! Ide à!
E há quem considere esta história muito normal, e que não belisca em nada as nossas Forças Armadas. Esta e outras histórias vergonhosas, que desonram Portugal e criam um clima de desconfiança no Povo pensante português, que sente vergonha da vergonhosa corrupção ao mais alto nível, que por aí grassa.
Em que organismo estatal e governamental o Povo português pensante pode acreditar?
Pela parte que me toca, em NENHUM. Nenhum merece o meu crédito. Absolutamente NENHUM.
Fonte da imagem (leia-se o que consta no link, e se quiserem saber mais é só clicar):
O Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza questionou o Governo sobre a alegada prática de caçadas ilegais em instalações das Forças Armadas, como é o caso da reserva militar do Campo de Tiro de Alcochete, sob tutela do Estado Maior da Força Aérea. Local onde estarão a ser realizadas caçadas, geralmente ao fim-de-semana e que contarão com a participação de caçadores convidados pelas altas patentes militares e vários empresários que terão negócios com o Estado.
O caso já terá motivado a abertura de um processo de investigação pelo Ministério Público em articulação com Polícia Judiciária Militar, podendo estar em causa eventuais crimes de corrupção, favorecimento pessoal e recebimento indevido de vantagem, com suspeitas de contrapartidas financeiras para os responsáveis militares.
Num documento dirigido ao presidente da Assembleia da República, sob o título «Caçadas ilegais nas Forças Armadas» (no qual me baseio) o PAN pretende que o Ministério do Ambiente e Acção Climática e o Ministério da Defesa Nacional venham esclarecer esta situação com a máxima urgência.
É que a notícia caiu como uma bomba: realizaram-se caçadas ilegais na reserva militar do Campo de Tiro de Alcochete, sob a tutela do Estado Maior da Força Aérea, geralmente aos fins-de-semana, numa zona junto às reservas naturais dos estuários do Tejo e do Sado, que se acredita serem “antigas e recorrentes” e que contará com a participação de caçadores convidados pelas altas patentes militares.
Ainda de acordo com as notícias, nestas caçadas participaram altas patentes das Forças Armadas e vários empresários que terão negócios com o Estado, o que motivou a abertura de um processo de investigação pelo Ministério Público articulado pela Polícia Judiciária Militar.
Segundo a CNN Portugal que denunciou o caso, poderão estar em causa eventuais crimes de corrupção, favorecimento pessoal e recebimento indevido de vantagem, com suspeitas de contrapartidas financeiras para os responsáveis militares, tendo em conta que os empresários convidados para as caçadas gerem empresas que têm contratos públicos celebrados com as Forças Armadas.
As mesmas notícias afirmam que o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) confirmou que foram solicitadas autorizações para controlar a presença de javalis na área e que, alegadamente, terá dado autorização para a realização de acções de correcção de densidade naquela zona. As informações tornadas públicas indicam que terão sido realizadas acções de caça ilegais, que não foram autorizadas nem comunicadas às entidades com competência nesta matéria.
É frequentemente visível a presença de veados no interior de algumas unidades das Forças Armadas, pelo que ao PAN importa saber se tais animais foram igualmente mortos no âmbito de tais caçadas ilegais.
Além disso, é referido que as caçadas terminavam com almoços de caça com os participantes e distribuição de peças de caça por diferentes unidades da Força Aérea “como gesto de simpatia e de manutenção de bom ambiente”.
Numa reportagem exibida pela CNN - Portugal, Jacinto Amaro (Presidente da FENCAÇA) refere mesmo que é normal “(...) quando o Comandante do campo de tiro é caçador, há sempre lá caçadas. Porque ele convida colegas ou gente de fora, ou... quem ele quiser”.
O caso alerta mais uma vez para a falta de controlo, rigor e fiscalização na forma como a actividade da caça é realizada em Portugal, encapotada de “conservação da biodiversidade” e baseada numa suposta correcção de densidade de determinadas espécies, onde tudo serve de justificação para abater animais.
[Eu diria: para dar azo ao instinto assassino dos caçadores, que MATAM POR PRAZER, porque nenhuma das justificações que dão para MATAR animais são válidas a não ser vesse prazer mórbido].
Mas o mais incompreensível é que tal seja feito, de forma ilegal, e com a chancela do Estado, a quem compete, nos termos da Constituição da República Portuguesa, defender a Natureza.
Face ao que aqui foi exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do PAN apresentou ao Ministério do Ambiente e Acção Climática as seguintes questões:
1 - O Ministério do Ambiente e Acção Climática autorizou a realização de caçadas na reserva militar do Campo de Tiro de Alcochete?
2 - Qual o fundamento para a realização destas acções de caça, número e tipo de selos utilizados, tipo de espécies abatidas e número total de animais abatidos, por ano, naquelas instalações nos últimos cinco anos?
3 - O Ministério tem conhecimento da participação de empresários privados, ou outro tipo de civis, em caçadas realizadas nas instalações das Forças Armadas em Alcochete?
4 - Quais as diligências efectuadas pelo Ministério em relação a este caso denunciado na comunicação social?
5 - O Ministério, através do ICNF, autorizou a realização de acções de caça noutras instalações das Forças Armadas? Quais?
6 - Estão previstas outras acções de caça em instalações das Forças Armadas nos próximos tempos? Quais e qual o seu fundamento?
E ao Ministério da Defesa Nacional, o PAN dirigiu as seguintes questões:
1 - O Ministério da Defesa Nacional tem conhecimento da realização de caçadas ilegais nas instalações das Forças Armadas em Alcochete?
2 - Quem dentro da estrutura das Forças Armadas autorizou a realização de uma caçada nas instalações das Forças Armadas?
3 - Quem das Forças Armadas participou desta caçada? Incluindo na alegada caça ilegal?
4 - Quais as diligências efectuadas ou a efectuar pelo Ministério da Defesa Nacional na sequência deste caso?
5 - É frequente a realização de caçadas nas instalações das Forças Armadas?
6 - Em caso afirmativo, quais as acções de caça realizadas nos últimos cinco anos em instalações das Forças Armadas portuguesas, número total e espécie animal abatidas por ano?
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Os Portugueses PENSANTES também gostariam de ver estas questões esclarecidas tim-tim por tim-tim. É que já estamos fartos destas vergonhosas acções envolvendo membros de organismos do Estado português, e também já estamos fartos de que os caçadores andem por aí a dizimar a nossa fauna, em nome do simples PRAZER DE MATAR.
Isabel A. Ferreira
Com a devida autorização, transcrevo uma carta que recebi de uma cidadã portuguesa, com sentido crítico, e que exerce magistralmente o seu direito cívico, e denuncia e luta e age e incomoda e agita a consciência de quem a tem.
Afinal, ainda há Padeiras de Aljubarrota em Portugal!
Não me peça desculpa, Idalete. Não me maçou nada com a sua carta. Ao lê-la fui até ao fundo do abismo em que Portugal e os Portugueses adormecidos se arrastam.
Origem da imagem: https://www.facebook.com/pg/raphaelgouveamonteiroescritor/posts/?ref=notif
Cara Isabel
Muito obrigada pela sua rápida resposta. Congratulo-me em saber que continua activa no Movimento que criou! O que revela sobre os anti-acordistas que se fecharam em copas quando lhes foi pedido apoio e acção, não é nenhuma novidade para mim. Com a Frente Cívica (à qual pertenço, como associada) liderada pelo Dr. Paulo de Morais, tem sido a mesmíssima coisa. Imagine que ainda não se conseguiram as 20 mil assinaturas para apresentar na AR o Projecto de lei para acabar com as PPPs Rodoviárias que são altamente lesivas para o erário público (!) Isto é quase inacreditável.
Acho que fez muito bem sair dos Grupos do Facebook. Através dos comentários que me irritavam (muitos deles completamente estúpidos e cheios de erros de ortografia) é que podemos avaliar o tipo de pessoas que se dizem anti-acordistas. Estou convencida de que não fazem a mínima ideia do que significa a tragédia cultural do AO90 e as negociatas porcas que estiveram na sua origem. Faz muito bem em denunciar, a seu tempo e em Tribunal de confiança, as implicações do 1º ministro e do anestesista do povo português que é o PR, (e não só...) nas negociatas do AO90. Mas, sim! O segredo é a alma do negócio!
Claro que me interesso por tudo o que está a ser feito pelo MPLP. Aliás, vou pedir a familiares ligados ao Ensino que apoiem e façam parte do MPLP. Se não se importa dar-lhes-ei o seu email e os links que me enviou, incluindo o do seu Blog.
Portugal encontra-se numa encruzilhada muito perigosa, pois continuamos nas "garras" de políticos tecnocratas sem ética, sem moral, que só vêem cifrões e estão mergulhados num verdadeiro tsunami economicista. A recente "reestruturação" eleitoralista do (des)governo é uma maquilhagem manhosa, enganadora, eu direi mesmo, sinistra (!) Aquilo que o (des)governo oculta no OE é verdadeiramente escandaloso. Por exemplo o que vai pagar (largas centenas de milhões) às PPPs (!) é um crime financeiro e social de lesa Pátria (!) Mas como o povo está estupidificado, alienado por sucessivos desgovernos desde o 25 de Abril, já não reage a nada. Nem se interessa. Só percebe de futebol. Vai para o FB escrever asneiras (!) E isto é assustador! Os sucessivos desgovernos (PS+PSD+CDS) não fizeram outra coisa senão destruir, sub-repticiamente, as reservas morais do povo português. Desprezo pela Cultura. Sistema Educativo a cair de podre. Corrupção em toda a Administração Pública. Poder Judicial + Poder Político+ Poder Financeiro unidos numa promiscuidade repugnante com um objectivo comum: destruir o que resta da riqueza própria do País. Vender tudo a estrangeiros com a promessa garantida de auferirem salários principescos quando mudam da principal Central de Negócios que é o Parlamento para se acomodarem parasitariamente nas grandes empresas (Bancos, Empresas multinacionais, Empresas Público-Privadas, etc., etc.).
Li há dias uma entrevista do Coronel Pedro Tinoco de Faria que me emocionou profundamente. É um dos poucos militares de alta patente que não se deixou corromper. Também criou aquele "Movimento das Espadas" que teve muitos apoiantes no início, mas quando chegou a hora para depositar as espadas aos pés do PR, os grandes cobardes desertaram e ele ficou praticamente sozinho. Na entrevista dada por Skype (pois o Coronel vive em Londres) há interferências constantes e muito estranhas, sobretudo quando um dos jornalistas, João Chaves, lhe dirige perguntas. Mesmo assim ouvi até ao fim. Abordam-se todos os principais problemas que levaram o País à desgraça em que se encontra. (Corrupção nas Forças Armadas, na Política, em toda a parte; Roubo de armas em Tancos; Maçonaria - a que pertencem praticamente todos os militares de alta patente, políticos, empresários, etc.) O Coronel não demonstra qualquer medo em relação ao que afirma e afirma coisas incríveis que se passam em Portugal, dominado pela Maçonaria. Cita nomes. Tira a radiografia realista do País. Depois do Movimento das Espadas, foi humilhado, perseguido, insultado, desprezado pelos camaradas traidores (!). Vive em Londres com os dois filhos e quis ser empregado de mesa num Hotel para saber o que é a vida de um emigrante. Está a escrever um livro que certamente vai ser uma bomba em Portugal. Acredito que a palavra pode ser uma arma mais mortífera que mil granadas! Dizer a verdade já é um acto revolucionário! São destes homens que Portugal necessita com urgência. Ele, a dada altura, afirma mesmo que a situação em Portugal só mudará com um novo golpe. Felizmente que tem, apesar dos camaradas traidores de braço dado com a velhacaria política, outros que o apoiam e não o abandonaram.
Peço desculpa se a macei com um email tão longo. Continue a contar comigo. A palavra é uma arma!!!!
Idalete Giga