Gosto de receber comentários assim… porque me dão a oportunidade de soltar as palavras… e aí vão elas…
Recebi este comentário delirante do João, que não poderia deixar passar despercebido.
Nele está tudo o que ficou bem claro no texto que aqui publiquei, sob o título «Tauromaquia – Doença do Foro Psiquiátrico».
Ora leiam:
Joao, deixou um comentário ao post Quando os aficionados nascem com o cérebro descido...
às 16:29, 2016-08-31
Comentário:
Boa tarde cara Isabel, Como é possível estudar tanto e saber tão pouco? Definir o amor a uma arte como doença mental, comparar humanos e animais, e depois negar a animalidade dos humanos, e negar-lhes o direito a ser animais e a viver e experimentar esse lado animal, isso sim é quase uma doença mental.
Digo quase, porque na maior parte dos casos, como parece ser o seu e da legião de dúbios doutores de que se faz uso, é mais provavelmente uma lavagem cerebral do que uma doença.
A torada, ou se preferir a tauromaquia é uma arte e uma maneira de viver, de ser humano e animal de ser crente ou ateu, de sofrer e de sorrir. A tourada é a vida ela mesma, e os toros de lide são praticamente encarnações de Deuses, ou para os ateus como eu da própria força vital da natureza e do universo. É uma pena que tenha estudado tanto e saiba tão pouco. Bem-haja. João
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Pois não é, meu caro João? Como é possível? “Malhei” tanto naquela Universidade e não sei nada. Mesmo nada. Sou a ignorância personificada.
O meu caro João, ao contrário de mim, deverá ter estudos superiores, tipo mestrado, doutoramento em artes… naturalmente.
Mas como foi possível, eu ter definido o amor a uma arte como doença mental? Tem razão. Sou uma besta. Confundir um conceito tão sublime como o amor aliado à arte da tortura, com uma doença mental, só de uma besta. De uma grande besta.
E comparar humanos a animais? Então essa é que é imperdoável.
Na verdade os humanos não têm um coração como os animais. Os humanos são assim uma espécie de vegetal que rasteja. Acertei? Corrigi-me?
Os animais não, os animais são mais humanos. Comportam-se como seres racionais na Natureza. Não poluem, não torturam e matam os da sua espécie nem os de outras espécies para se divertirem.
Negar a animalidade dos humanos, e negar-lhes o direito a ser animais e a viver e experimentar esse lado animal, não é quase uma doença mental, nem uma lavagem cerebral. Na verdade é uma doença mental, das mais graves. Então não é? Como pude ser tão cega mental?
E a torada? Eu prefiro o termo torada, a tauromaquia. Torada é mais condizente com a realidade da vossa arte e da vossa maneira de viver, de ser humano e animal, de ser crente e ateu, de sofrer e de sorrir. Que bonito! Isto é demasiado sublime para a minha irracionalidade.
A torada é a vida ela mesma, então não é? E os toros de lide são praticamente encarnações de deuses? Então não são?
Eu, por exemplo, adoro os Touros, são animais magníficos, plácidos, ruminantes, têm uma personalidade superior à de muitos joões que eu conheço. São na realidade a própria força vital da Natureza, e quiçá do Universo.
Para depois acabarem gloriosamente assim, às mãos do animal homem que, por amor à arte, cruelmente o estraçalha:
Pois na verdade é uma pena que eu tenha estudado tanto e saiba tão pouco! É lamentável. Muito lamentável. Humildemente admito ter de regressar aos bancos da escola primária.
E depois não querem que se diga que a tauromaquia é uma doença do foro psiquiátrico!
Bolas!!!!!!
Isabel A. Ferreira