Quarta-feira, 21 de Agosto de 2013

A tourada à corda na ilha Terceira, além de ser uma prática primitiva e grosseira, de gente que não evoluiu, dá mau nome à ilha – Mas os terceirenses não querem saber disso para nada…

 

O que fazer para que entendam que estão errados?

As autoridades são ainda piores do que o povo rude, a quem não deram oportunidade de evoluir… Imagens como a que vemos aqui, correm mundo, levando o nome da ilha Terceira arrastado na lama e no lixo que é a tourada à corda…

 

 

Não, os touros não se ferem… Dizem eles… Nem sequer sabem o significado de ferir, nem o que é tortura psicológica…

 

Um recado muito especial aos terceirenses

 

Hoje, ao abrir o meu e-mail, deparei com mais de 80 comentários de terceirenses frustrados, despeitados, furiosos, violentos, obscenos, incultos, enfim… nada que me espantasse, vindo de onde vem.

 

Só li a primeira linha de cada comentário, e o resto ficou por ler. Publiquei os curtos e grossos, ou seja, os que melhor dizem da incultura de um povo que se recusa a evoluir, e cuja linguagem é típica dos aficionados broncos, e dizem  tudo sobre o seu baixo nível cultural e moral.

 

Os outros ficam arquivados para o momento certo.

 

Recebi também uns e-mails de um tal Tarcísio Popey que diz estar a fazer um “folhetim” sobre a minha pessoa, num jornal aí da terra, e que eu (já lhe disse) não tenho a mínima intenção de ler.

 

Dei-lhe a minha autorização para dizer o pior que quiser sobre mim, que isso não me afecta, nem me desafecta.

 

Divirtam-se muito com esse folhetim. Dou permissão para falarem mal de mim o que quiserem, mas DEIXEM OS TOUROS EM PAZ, que é o que mais me interessa.

 

Bem, isto significa que os terceirenses não fazem a mínima ideia que a tourada à corda é também uma violência para o animal não humano, e divertem-se como broncos que são, e a cair de bêbados, a puxar o desgraçado animal pelas ruas. E depois riem-se. Riem-se muito. E não sabem o que fazem.

 

Isto não é um divertimento de gente mentalmente sã. É uma prática de gente que sofre das suas faculdades mentais.

 

A tourada à corda é uma prática tauromáquica tão grosseira e maléfica quanto qualquer outra.

 

Um Touro é um animal. E sofre tanto como nós, que também somos animais. E não é de pau. Portanto, não é um brinquedo. E as ruas e as cordas não fazem parte do seu habitat. E não nasceram para ser brinquedinhos de gente parva.

 

E quem não consegue perceber isto… é BRONCO.

 

E quem não quer ser bronco, não lhe vista a pele.

 


***

 

Dois comentários de alguém que é culto, e que dizem tudo sobre a tourada à corda:

 

Jay Nandi, deixou um comentário ao comentário O lixo da tourada à corda na ilha Terceira às 18:43, 2013-08-21.
 

Comentário:

 

O que que há para conhecer da tortura de bovinos com cordas que as pessoas já não saibam?! As touradas à corda são touros feridos, ensanguentados, aterrorizados, exaustos, humilhados, cuspidos e pontapeados. É uma aberração que só pode ter um futuro: a ABOLIÇÃO! Tenham juízo e não envergonhem os açorianos civilizados! 

 

***

 

Jay Nandi, deixou um comentário ao comentário O lixo da tourada à corda na ilha terceira às 19:18, 2013-08-21.
 

Comentário:

 

Como sempre os aficionados com as suas enxurradas de mentiras. Os aficionados são mentirosos compulsivos e importa esclarecer a verdade aos que desconhecem o que é a tortura de bovinos com cordas.

 

1.º Torturar animais com cordas não é uma festa, é uma aberração para divertir psicopatas;

 

2.º Nas touradas à corda os touros são feridos, aterrorizados, cansados, humilhados, cuspidos, pontapeados, atirados ao mar, esganados e embriagados à força. Muitos touros morrem de exaustão, de fracturas graves derivadas das frequentes quedas ou morrem de golpes de calor.

 

3.º Os bovinos torturados não servem para alimentar ninguém. Ou seja, as touradas à corda para além de cruéis, são totalmente inúteis. As vacas de qualquer tipo podem dar leite, e as ditas "bravas" não são excepção. No passado o leite dessas vacas foi mesmo importante para o sustento de várias famílias na Terceira. A extinção dos bovinos é uma ficção ridícula da gente que vive da indústria da tortura de animais.

 

4.º Os touros explorados nas touradas à corda não têm vidas de luxo. A vida dos bovinos nas ganadarias são tentas (tortura de bebés), ferras (queimadelas com ferros em brasa), separação de bebés das mães à paulada, treinos, abstinência sexual forçada (bovinos machos vivem isolados gerando manadas instáveis, onde imperam as lutas e os consequentes ferimentos e mortes). A maioria dos bovinos não tem acesso a cuidados veterinários. As feridas e ossos partidos nas touradas à corda curam-se ao ar livre por si só. Um touro famoso das touradas à corda morreu com problemas cardíacos enterrado no próprio esterco, sem cuidado veterinário algum, em agonia, enquanto era filmado.

 

5.º A tourada à corda prejudica gravemente a economia dos açorianos. Milhões de euros são desviados para sustentar meia dúzia de famílias da tauromaquia, enquanto importantes investimentos em infraestruturas e serviços à população ficam por fazer. A violência da tourada à corda repele a afluência de turistas, apenas atraindo pessoas embriagadas, delinquentes com problemas de integração social e psicopatas insensíveis ao sofrimento dos animais.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:38

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