Isabel A. Ferreira
A imagem é linda. Touros livres no campo...
Encontrei-a na página do FB da prótoiro. Mostram os animais assim, como se fosse assim a vida deles. Como se eles nascessem, crescessem e morressem livremente, como é de seu direito, num ciclo de vida normal, vivido num campo florido, longe das torturas atrozes que os esperam, lá mais adiante…
Dizem os tauricidas que em Portugal, existem cerca de 70 mil hectares de montado afectos à criação de “toiros bravos”, isto é, Touros “fabricados” desde a nascença para serem “bravos”, pois sendo os Touros da família dos bovinos, nunca seriam “bravos” se não os “fabricassem”, atormentando-os para esse efeito.
E dizem também os tauricidas que existem 110 ganadarias, ou seja, lugares onde "fabricam" estes belos animais, para mais tarde serem sacrificados em nome da ganância, do "espectáculo", do sadismo, da psicopatia, da ignorância e da estupidez.
E dizem mais: juntamente com 30 mil cabeças de “gado bravo” coabitam no montado outras espécies animais (e agora vem o mais caricato) contribuindo a criação do Touro para a PRESERVAÇÃO DESTE TIPO DE ECOSSISTEMA, único do sul da Península Ibérica.
Santa ignorância! Querem fazer crer que o “gado bravo” que é um animal que não existe na Natureza, se não fosse “fabricado” com o único fim de ser TORTURADO, o tal ecossistema não existiria. Isto é mesmo de quem não sabe o que está a dizer. É da mais crassa estupidez!
Então para terminar esta caricatura, eles sugerem: «Conheça a importância ECOLÓGICA da Festa e defenda-a! PARTILHEM!»
Que importância ecológica? A da terra estrumada? Sem produtos químicos?
De que festa? Da festa das Flores do Campo?
Sim, vamos defender a festa das Flores do Campo, e partilhar a ideia dos Touros livres dos seus carrascos, nesses montados floridos.
Retrato de Alexandre Herculano. Gravura a buril de Louis Auguste Darodes. Séc. XIX.
Então, temos o seguinte: Portugal e Espanha ainda se arrastam por eras bárbaras, e a civilização ainda não pôde desterrar da Península». E isto diz tudo da involução das mentalidades destes dois povos peninsulares, para grande desventura dos que, apesar de peninsulares, já evoluíram.
Depois, no seguimento da anedota da importância do “toiro bravo” para o ecossistema e para a ecologia, alguém muito dotado de uma inteligência, virada do avesso, deixou este comentário absolutamente IDIOTA:
«Coisa que os "defensores" dos animais não percebem por desonestidade intelectual. Para eles as vacas deveriam era estar fechados em estábulos para lhes ser extraído o leite para beberem e as galinhas em "aviários" para porem os ovos para eles comerem e simultaneamente comerem rações de engorda rápida. E isto que é ser ovolactovegetariano.»
Pois o que os torturadores de animais não sabem (ou não lhes convém saber) é que os DEFENSORES dos animais querem ver as vacas livres nos campos. Querem ver os bois livres nos campos. Querem ver os bezerros livres nos campos. Não querem que se FABRIQUEM “toiros bravos” para serem torturados nas arenas.
Os DEFENSORES dos animais querem ver as galinhas soltas nos campos, a picarem o chão. Querem ver os pintainhos a correrem atrás delas em filinha indiana, ou aninhados debaixo das asas das progenitoras.
Os DEFENSORES dos animais querem ver a NATUREZA tal como ela deve ser. E não como o que o animal homem-predador quer fazer dela: cruel e cruenta.
Isabel A. Ferreira
Tal como um Dom Quixote há muito que também eu luto contra o Medo, contra a Injustiça e contra a Ignorância… muitas vezes com êxito, outras, nem por isso.
Em 2016, escrevi o texto que aqui hoje reproduzo, porque já naquele tempo eu pressentia um mundo a vir, povoado por algo que não podia ainda imaginar.
Hoje, que o mundo anda virado do avesso, devido a uma essência invisível, mais poderosa do que o mais poderoso dos homens, repito essas palavras, escritas com desalento, mas mantendo a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Foi nessa esperança que Dom Quixote assentou toda a exuberância da sua saga…
É com profundo descrédito no bom senso, na inteligência e no poder de discernimento dos homens que entro no ano de 2016 [leia-se 2020].
… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Bem gostaria de aqui deixar uma mensagem optimista dos tempos que estão para vir, mas as notícias que nos chegam do mundo não são as mais propícias.
Quanto mais a Humanidade avança no tempo, mais retrocede o poder de raciocínio do homem, mais irracional ele se torna e, por este andar, não tarda, regressaremos ao tempo das trevas, ou talvez ao fim de uma era.
Até há alguns anos, à partida, para mim, todos os homens eram bons, até demonstrarem o contrário. Hoje, o meu pensamento mudou: tantas foram as decepções, tantos foram os desaires!...
Hoje, à partida, para mim, todos os homens são maus, até demonstrarem o contrário. E esta mudança, bastante radical, confesso, começou a operar-se depois que entrei neste mundo imundo que aqui vou denunciando, quando fui penetrando a fundo nos problemas políticos, melhor dizendo, nos desajustes dos políticos que estão na base de todos (ou quase todos) os desequilíbrios sociais, económicos, morais, culturais e até religiosos de toda a sociedade humana.
O avanço tecnológico, mal orientado e mal aproveitado, tem levado a Humanidade ao caos. Os valores humanos estão a diluir-se, e o homem está a transformar-se num ser vazio e irracional.
Já não há respeito pela vida, não há respeito pelos outros animais, mão há respeito pelo Ambiente, não há respeito por absolutamente nada, porque o homem deixou de se respeitar a si próprio, e este é o pior dos desrespeitos, é o começo da desestruturação do ser, que leva à desintegração de toda a sociedade.
E aqueles que, agarrados a um fiozinho da racionalidade que ainda se vislumbra algures, entre as ruínas do mundo, parece que perdem o seu tempo, tentando abrir os olhos e os ouvidos daqueles que há muito deixaram de ver e ouvir, não por motivo de alguma doença súbita, mas levados por um egoísmo desmedido que os lançou na ignorância, ao ponto de se ignorarem a si próprios.
(Origem da imagem)
http://semeadoresdadiscordia.blogspot.pt/2008/01/chico-mendes.html
Recordo, hoje, aqui e agora, Chico Mendes, um seringueiro, sindicalista, activista político e ecologista brasileiro, assassinado nas vésperas do Natal de 1988, apenas porque compreendia as árvores, acarinhava a água e respeitava as flores, ao ponto de não querer flores no seu enterro, pois sabia que as iam arrancar da floresta…
Chico Mendes era um ambientalista, que apenas pretendia defender a Amazónia, pretendia defender a vida do nosso Planeta, e os tais ignorantes assassinaram-no.
Por todo o mundo, em pleno século XXI depois de Cristo, ouvimos falar de guerras, de um terrorismo com consequências incalculáveis, porque os governantes endoideceram, e o povo endoideceu com eles, e não há nada nem ninguém que faça parar esta loucura.
Na Rússia e nos EUA passa-se fome. Em países da dita civilizada Europa vegeta-se e morre-se. Na África, milhares de pessoas estão condenadas. Nos países ricos esbanjam-se bens, esbanja-se dinheiro e esbanjam-se vidas.
Um desequilíbrio cósmico instalou-se no nosso Planeta, e mais perigosamente no íntimo dos homens, e a poluição do meio ambiente aliou-se a uma poluição mental, que está a conduzir o mundo para o abismo.
Num destes dias, em conversa com uns amigos, chamaram-me a atenção para a visão pessimista que eu tenho em relação à sociedade, aos políticos, aos governantes…
É verdade!
Mas que motivos terei eu para ser optimista?
… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Podem chamar-me de desatinada, quando me vêem sorrir para as flores, mas é que eu entendo a linguagem das flores…
Podem chamar-me de desatinada quando canto ao desafio com os pássaros, mas eu sei de cor todas as canções que os pássaros cantam, sem pauta, sem métrica, mas com muita harmonia…!
Podem chamar-me de desatinada, quando me encontram a acarinhar um Lobo, mas eu tenho alma de Lobo, sei das emoções dos meus irmãos animais…
Podem chamar-me de desatinada quando me quedo a escutar o silêncio, mas podem crer que o som do silêncio é extasiante, é o mais eloquente som da Natureza.
Não me perguntem como, nem por que tenho a percepção deste meu mundo feito de coisas invisíveis, acantoado por detrás desse outro mundo que todos julgam real, mas que, na realidade, não passa de uma miragem no infinito deserto, que é a vida dos que não conseguem ver o invisível…
Que razões tenho eu para ser optimista quando os que me rodeiam não conseguem ver o mundo das flores; não conseguem acompanhar o canto harmonioso dos pássaros; não conseguem sentir a respiração da alma dos Lobos; ou ouvir o vibrante som do silêncio?
Apenas uma certeza faz com que possa vislumbrar uma luz ao fundo do túnel: é que, tal como Miguel de Cervantes, eu também acredito ferverosamente que «Deus suporta os maus, mas não eternamente» …
Por isso, um a um, aqueles homens maus, cujo único objectivo da existência deles é violar a harmonia cósmica, cairão um dia. Sempre assim foi, desde o princípio dos tempos… Todos os tiranos da Humanidade caíram inevitavelmente… E aos maus, jamais nenhum Homem de bem ergueu uma estátua. E se as ergueram, por equívoco, logo as derrubaram.
E nesta mensagem de Ano Novo que aqui vos deixo, um tanto ou quanto pessimista, continuo a manter a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Isabel A. Ferreira
Fonte:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/no-entanto-mantenho-a-esperanca-de-608100
Todos os dias, celebro a existência de todas as coisas boas da Vida e de todos os seres animados pela centelha cósmica, quer sejam humanos ou não-humanos!
Todos os dias, celebro o Ar, as Árvores, as Flores, as Florestas, os Jardins, as Águas, os Rios, as Fontes, os Oceanos, os Ventos...
Porém, hoje, quero celebrar, particularmente, a minha Mãe, que já partiu, e que continua viva dentro de mim. Quero celebrar todas as Mães que já partiram.
Mas hoje, quero celebrar, sobretudo, todas as mulheres que são Mães, especialmente, aquelas Mães que, devido à sua missão de combate à Covid-19, não abraçam os seus filhos há muitas semanas!
Para essas, hoje, envio o meu abraço solidário, o meu agradecimento, e estas flores, que nascem das pedras, mostrando que resistir é um atributo apenas dos fortes.
Isabel A. Ferreira
(Que vergonha! Não há verbas para o essencial, mas para a selvajaria é o que se vê!
O povo destas ilhas que abra os olhos!!!!!)
TERCEIRA
Angra do Heroísmo. Câmara PS.
Praia da Vitória. Câmara PS.
GRACIOSA
Santa Cruz da Graciosa. Câmara PS. Candidato PSD.
SÃO JORGE
CDS.
FLORES
Lajes das Flores. Câmara PS.
SÃO MIGUEL
Lagoa. Câmara PS.
Ribeira Grande. Câmara PSD. Candidato PS.
Nordeste. Candidato PS.
***
VEJAM O NÍVEL DO PRESIDENTE DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES (PS)
Pela aragem não se vê quem vai na carruagem?
ABRAM OS OLHOS, AÇORIANOS!!!!!
Foi nessa esperança que Dom Quixote assentou toda a exuberância da sua saga…
Tal como Dom Quixote, há muito que também eu luto contra o Medo, contra a Injustiça e contra a Ignorância… Muitas vezes com êxito, outras, nem por isso...
É com profundo descrédito no bom senso, na inteligência e no poder de discernimento dos homens que entro no ano de 2016.
… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Bem gostaria de aqui deixar uma mensagem optimista dos tempos que estão para vir, mas as notícias que nos chegam do mundo não são as mais propícias.
Quanto mais a Humanidade avança no tempo, mais retrocede o poder de raciocínio do homem, mais irracional ele se torna e, por este andar, não tarda, regressaremos ao tempo das trevas, ou talvez ao fim de uma era.
Até há alguns anos, à partida, para mim, todos os homens eram bons, até demonstrarem o contrário. Hoje, o meu pensamento mudou: tantas foram as decepções, tantos foram os desaires!...
Hoje, à partida, para mim, todos os homens são maus, até demonstrarem o contrário. E esta mudança, bastante radical, confesso, começou a operar-se depois que entrei neste mundo imundo que aqui vou denunciando, quando fui penetrando a fundo nos problemas políticos, melhor dizendo, nos desajustes dos políticos que estão na base de todos (ou quase todos) os desequilíbrios sociais, económicos, morais, culturais e até religiosos de toda a sociedade humana.
O avanço tecnológico, mal orientado e mal aproveitado, tem levado a Humanidade ao caos. Os valores humanos estão a diluir-se, e o homem está a transformar-se num ser vazio e irracional.
Já não há respeito pela vida, não há respeito pelos outros animais, mão há respeito pelo Ambiente, não há respeito por absolutamente nada, porque o homem deixou de se respeitar a si próprio, e este é o pior dos desrespeitos, é o começo da desestruturação do ser, que leva à desintegração de toda a sociedade.
E aqueles que, agarrados a um fiozinho da racionalidade que ainda se vislumbra algures, entre as ruínas do mundo, parece que perdem o seu tempo, tentando abrir os olhos e os ouvidos daqueles que há muito deixaram de ver e ouvir, não por motivo de alguma doença súbita, mas levados por um egoísmo desmedido que os lançou na ignorância, ao ponto de se ignorarem a si próprios.
(Origem da imagem)
http://semeadoresdadiscordia.blogspot.pt/2008/01/chico-mendes.html
Recordo, hoje, aqui e agora, Chico Mendes, um seringueiro, sindicalista, activista político e ecologista brasileiro, assassinado nas vésperas do Natal de 1988, apenas porque compreendia as árvores, acarinhava a água e respeitava as flores, ao ponto de não querer flores no seu enterro, pois sabia que as iam arrancar da floresta…
Chico Mendes era um ambientalista, que apenas pretendia defender a Amazónia, pretendia defender a vida do nosso Planeta, e os tais ignorantes assassinaram-no.
Por todo o mundo, em pleno século XXI depois de Cristo, ouvimos falar de guerras, de um terrorismo com consequências incalculáveis, porque os governantes endoideceram, e o povo endoideceu com eles, e não há nada nem ninguém que faça parar esta loucura.
Na Rússia e nos EUA passa-se fome. Em países da dita civilizada Europa vegeta-se e morre-se. Na África, milhares de pessoas estão condenadas. Nos países ricos esbanjam-se bens, esbanja-se dinheiro e esbanjam-se vidas.
Um desequilíbrio cósmico instalou-se no nosso Planeta, e mais perigosamente no íntimo dos homens, e a poluição do meio ambiente aliou-se a uma poluição mental, que está a conduzir o mundo para o abismo.
Num destes dias, em conversa com uns amigos, chamaram-me a atenção para a visão pessimista que eu tenho em relação à sociedade, aos políticos, aos governantes…
É verdade!
Mas que motivos terei eu para ser optimista?
… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Podem chamar-me de desatinada, quando me vêem sorrir para as flores, mas é que eu entendo a linguagem das flores…
Podem chamar-me de desatinada quando canto ao desafio com os pássaros, mas eu sei de cor todas as canções que os pássaros cantam, sem pauta, sem métrica, mas com muita harmonia…!
Podem chamar-me de desatinada, quando me encontram a acarinhar um Lobo, mas eu tenho alma de Lobo, sei das emoções dos meus irmãos animais…
Podem chamar-me de desatinada quando me quedo a escutar o silêncio, mas podem crer que o som do silêncio é extasiante, é o mais eloquente som da Natureza.
Não me perguntem como, nem por que tenho a percepção deste meu mundo feito de coisas invisíveis, acantoado por detrás desse outro mundo que todos julgam real, mas que, na realidade, não passa de uma miragem no infinito deserto, que é a vida dos que não conseguem ver o invisível…
Que razões tenho eu para ser optimista quando os que me rodeiam não conseguem ver o mundo das flores; não conseguem acompanhar o canto harmonioso dos pássaros; não conseguem sentir a respiração da alma dos Lobos; ou ouvir o vibrante som do silêncio?
Apenas uma certeza faz com que possa vislumbrar uma luz ao fundo do túnel: é que, tal como Miguel de Cervantes, eu também acredito ferverosamente que «Deus suporta os maus, mas não eternamente» …
Por isso, um a um, aqueles homens maus, cujo único objectivo da existência deles é violar a harmonia cósmica, cairão um dia. Sempre assim foi, desde o princípio dos tempos… Todos os tiranos da Humanidade caíram inevitavelmente… E aos maus, jamais nenhum Homem de bem ergueu uma estátua. E se as ergueram, por equívoco, logo as derrubaram.
E nesta mensagem de Ano Novo que aqui vos deixo, um tanto ou quanto pessimista, continuo a manter a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Isabel A. Ferreira
01 de Janeiro de 2016
Amanhã, o governo português pretende celebrar o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades, com cerimónias hipócritas, que em nada dignificam um país que está a ser vendido e a perder um dos seus maiores símbolos identitários: a Língua Portuguesa.
Esta estátua jacente de Luís Vaz de Camões encontra-se no Mosteiro dos Jerónimos. Os seus restos mortais estarão ali ou não, mas o que importa é o Homem de Letras que ele foi, e amanhã será celebrado numa língua que não é a Língua de Camões, aquela Língua que ele usou para tornar grande um Portugal pequeno.
Se pudesse falar, lá do limbo, onde com certeza se encontra, diria, desgostoso:
«Parai, ó (h)omens sem honra! Arrancasteis as raízes da Língua, com a qual celebrei os feitos dos Portugueses, e agora só restam palavras desfeadas, afastadas das suas origens, para contar as proezas imperfeitas dos que venderam, por baixo preço, o meu País!»
***
Eu, como cidadã portuguesa, não pactuarei com esta traição à minha Pátria.
Que acordo permitiu unificar que língua?
A Língua Portuguesa não foi, com toda a certeza.
A Língua Portuguesa não é aquela mixórdia de palavras mal escritas e mal ditas que o governo português pretende impingir-nos.
Com isto, as editoras perderam uma boa cliente: eu gastava fortunas em livros, e agora não gasto, porque não compro livros acordizados.
Espero que quem ama verdadeiramente a sua Pátria e os seus valores culturais identitários, digam um rotundo NÃO a esta deslealdade para com os Homens (com H maiúsculo) que nos deixaram uma Língua, e omens (sem H nenhum – se não se lê, não se escreve, não é esta a nova regra deformatória da nossa Língua?) a mataram por trinta dinheiros.
Amanhã, em vez de flores, depositarei as minhas lágrimas no túmulo de Luís Vaz de Camões.
Os governantes portugueses depositarão flores no túmulo de Luís "Vás" de Camões.
E isto não é a mesma coisa.
Isabel A. Ferreira
A 19 de Março de 2015, o suplemento Sete da revista Visão, da responsabilidade dos enviados Miguel Judas (Faial, Pico e São Jorge) e Vanessa Rodrigues (Terceira, São Miguel e Santa Maria) apresenta 100 razões para ir aos Açores.
Isto será um "divertimento" de gente?
Para além do esquecimento de duas ilhas, Corvo e Flores, a razão número 22 é uma não razão já que se refere ao espectáculo decadente, arcaico e desumano que são as touradas à corda na Ilha Terceira, anualmente são responsáveis por mortos e feridos tanto em bovinos como em seres humanos.
Os autores do texto (ou a autora?) possivelmente não tiveram acesso aos vídeos das marradas profundamente difundidas na ilha Terceira e na Internet que mostram a bestialidade e desumanidade da "festa tauromáquica, tradicional dos Açores", nem aos dados dos gastos de saúde derivados das idas e internamentos nos hospitais por causa das touradas à corda e dos apoios, inclusive europeus recebidos pelos criadores de gado bravo, de tal modo que a importância das mesmas é, segundo eles, aferida pela existência de 13 ganadarias registadas.
Enfim, é lamentável uma revista conceituada (?) tratar este assunto com uma ligeireza nada digna dos seus “pergaminhos”.
Com a minha mais veemente indignação,
Isabel A. Ferreira
A imagem é linda. Touros livres no campo...
Encontrei-a na página do FB da prótoiro. Mostram os animais assim, como se fosse assim a vida deles. Como se eles nascessem, crescessem e morressem livremente, como é de seu direito, num ciclo de vida normal, vivido num campo florido, longe das torturas atrozes que os esperam, lá mais adiante…
Dizem os tauricidas que em Portugal, existem cerca de 70 mil hectares de montado afectos à criação de “toiros bravos”, isto é, Touros “fabricados” desde a nascença para serem “bravos”, pois sendo os Touros da família dos bovinos, nunca seriam “bravos” se não os “fabricassem”, atormentando-os para esse efeito.
E dizem também os tauricidas que existem 110 ganadarias, ou seja, lugares onde "fabricam" estes belos animais, para mais tarde serem sacrificados em nome da ganância, do "espectáculo", do sadismo, da psicopatia, da ignorância e da estupidez.
E dizem mais: juntamente com 30 mil cabeças de “gado bravo” coabitam no montado outras espécies animais (e agora vem o mais caricato) contribuindo a criação do Touro para a PRESERVAÇÃO DESTE TIPO DE ECOSSISTEMA, único do sul da Península Ibérica.
Santa ignorância! Querem fazer crer que o “gado bravo” que é um animal que não existe na Natureza, se não fosse “fabricado” com o único fim de ser TORTURADO, o tal ecossistema não existiria. Isto é mesmo de quem não sabe o que está a dizer. É da mais crassa estupidez!
Então para terminar esta caricatura, eles sugerem: «Conheça a importância ECOLÓGICA da Festa e defenda-a! PARTILHEM!»
Que importância ecológica? A da terra estrumada? Sem produtos químicos?
De que festa? Da festa das Flores do Campo?
Sim, vamos defender a festa das Flores do Campo, e partilhar a ideia dos Touros livres dos seus carrascos, nesses montados floridos.
***
Depois, no seguimento da anedota da importância do “toiro bravo” para o ecossistema e para a ecologia, alguém muito dotado de uma inteligência, virada do avesso, deixou este comentário absolutamente IDIOTA:
«Coisa que os "defensores" dos animais não percebem por desonestidade intelectual. Para eles as vacas deveriam era estar fechados em estábulos para lhes ser extraído o leite para beberem e as galinhas em "aviários" para porem os ovos para eles comerem e simultaneamente comerem rações de engorda rápida. E isto que é ser ovolactovegetariano.»
Pois o que os torturadores de animais não sabem (ou não lhes convém saber) é que os DEFENSORES dos animais querem ver as vacas livres nos campos. Querem ver os bois livres nos campos. Querem ver os bezerros livres nos campos. Não querem que se FABRIQUEM “toiros bravos” para serem torturados nas arenas.
Os DEFENSORES dos animais querem ver as galinhas soltas nos campos, a picarem o chão. Querem ver os pintainhos a correrem atrás delas em filinha indiana, ou aninhados debaixo das asas das progenitoras.
Os DEFENSORES dos animais querem ver a NATUREZA tal como ela deve ser. E não como o que o animal homem-predador quer fazer dela: cruel e cruenta.
Isabel A. Ferreira
(Vista da Pedra Bela - Gerês - Foto: Isabel A. Ferreira)