A data foi escolhida em 1931 durante uma convenção de ecologistas em Florença. A escolha teve em conta o facto do dia 04 de Outubro ser o dia de São Francisco de Assis, o Santo Padroeiro dos Animais Não-Humanos.
Deixamos aqui um apelo aos governantes:
«A grandeza de um país e a sua evolução podem ser medidas pela maneira como trata os seus animais não-humanos» (Mahatma Gandhi).
Em Portugal, nem grandeza, nem evolução. Em Portugal, massacram-se seres vivos para diversão, e as leis de protecção animal são apenas para constar no papel.
Vamos recordar aqui a Declaração Universal dos Direitos do Animal Não-Humano, porque ANIMAIS somos todos nós
E daqui fazemos um apelo aos governantes para que considerem que TODOS os animais têm direitos, mas só os animais humanos têm o PODER e o DEVER de defender esses direitos. E não o fazem porque se julgam seres superiores aos outros seres.
E como estão enganados!
Contudo, maltratar animais não-humanos indefesos, é exactamente o mesmo que maltratar crianças com a idade de três anos, porque diz-nos a Ciência que os animais não-humanos têm um entendimento igual aos de uma criança de três anos.
A Declaração Universal dos Dioreitos dos Animais Nã-Humanos foi proclamada em Assembleia, pela UNESCO, em Bruxelas, no dia 27 de Janeiro de 1978
Preâmbulo
Considerando que todo o Animal tem direitos. Considerando que o desconhecimento e desrespeito desses direitos conduziram e continuam a conduzir o homem a cometer crimes contra a Natureza e contra os animais não-humanos. Considerando que o reconhecimento por parte da espécie humana do direito à existência das outras espécies de animais constitui o fundamento da coexistência das espécies no mundo. Considerando que o homem comete genocídios e que existe a ameaça de os continuar a cometer. Considerando que o respeito pelos animais não humanos, por parte do homem, está relacionado com o respeito dos homens entre eles próprios. Considerando que faz parte da educação, ensinar, desde a infância, a observar, compreender, respeitar e amar os animais,
PROCLAMA-SE O SEGUINTE:
Princípios gerais
Artigo 1º
Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.
Artigo 2.º
Artigo 3.º
Artigo 4.º
Artigo 5.º
Artigo 6.º
Artigo 7.º
Todo o animal não-humano de trabalho tem direito a um limite razoável de tempo e intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso [se bem que os animais não nasceram com a finalidade de servir o animal humano].
Artigo 8.º
Artigo 9.º
Quando um animal não-humano é criado para a alimentação humana, deve ser nutrido, instalado e transportado, assim como sacrificado, sem que desses actos resulte para ele motivo de ansiedade ou de dor [nada disto é cumprido, e no entanto, também é desnecessário, nos tempos que correm, quando existem muitas outras alternativas para uma alimentação humana completa e equilibrada].
Artigo 10.º
Artigo 11.º
Todo o acto que implique a morte de um animal não-humano, sem necessidade, é um biocídio, ou seja, um crime contra a vida
Artigo 12.º
Artigo 13.º
Artigo 14.º
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Este texto Declaração Universal dos Direitos do Animal foi adoptado pela Liga Internacional dos Direitos do Animal Não-Humano e das Ligas Nacionais filiadas após a 3ª reunião sobre os direitos do animal, celebrados em Londres nos dias 21 a 23 de Setembro de 1977.
A declaração proclamada em 15 de Outubro de 1978 pela Liga Internacional, Ligas Nacionais e pelas pessoas físicas que se associam a elas, foi aprovada pela organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e posteriormente, pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Hoje, dia 4 de Outubro, celebra-se o
Dia Mundial dos Animais.
Embora todos os dias sejam dias para todas as celebrações, infelizmente, ainda precisamos do dia 4 de Outubro para lembrar ao mundo que os animais ditos não humanos, são animais como nós, logo, merecem todo o nosso respeito, porque o amor, na verdade, é universal e engloba todas as criaturas…
«O Amor é Universal» (2008) - Pintura poderosa, da autoria da Artista Plástica Vila-condense Isabel Lhano, e que diz desse maravilhoso amor universal que devemos a todas as criaturas…
Fonte da imagem:
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Tudo começou em 1931, em Florença, Itália, numa convenção de ecologistas.
Decidiu-se celebrar a vida animal em todas as suas formas.
O dia 4 de Outubro foi escolhido para o Dia Mundial dos Animais, em honra de São Francisco de Assis, um amante da Natureza e padroeiro dos animais e do meio ambiente, o qual morreu no dia 3 de Outubro de 1226, e foi a enterrar no dia seguinte, 4 de Outubro.
Diz-se que as Igrejas de todo o mundo reservam o domingo mais próximo desta data para abençoar os animais…
Diz-se…
Mas…
Em Portugal, Espanha e nos outros seis países onde ainda é permitida a prática da selvajaria tauromáquica, entre outros costumes bárbaros, os Santos católicos são celebrados com tortura de Touros e Cavalos, contrariando o exemplo e o amor que o “poverello de Assis” dedicava a todas as criaturas não humanas.
Num livro belíssimo, intitulado «O Irmão de Assis – Vida profunda de São Francisco», da autoria do espanhol Ignacio Larrañaca, Ed. Paulinas, nas páginas 367/368, lê-se esta passagem extraordinária, pela sublime e profunda mensagem que nos transmite, seja-se ou não crente, e que aqui transcrevo para levar até aos padres católicos, algo que talvez eles desconheçam, e que seria primordial que aprendessem, para que transmitissem aos seus “fiéis desgarrados” caçadores, tauricidas e todos os outros abusadores de animais para divertimento, algo que é um dever dos que se dizem representantes de Deus na Terra, transmitir:
«O Irmão jazia por terra. Não voltou a mover-se.
Tudo estava consumado.
Nesse momento formou-se espontaneamente, sem qualquer plano premeditado, um cortejo triunfal que acompanharia o Pobre de Deus até á porta do paraíso.
Abriam a marcha os anjos, arcanjos, querubins, serafins, principados e potestades. Ocupavam o firmamento dum extremo ao outro e cantavam Hossanas ao Altíssimo e ao seu servo Francisco.
A seguir vinham os javalis, lobos, raposas, chacais, cães, pumas, bois, cordeiros, cavalos, leopardos, bisontes, ursos, burros, leões, paquidermes, antílopes, rinocerontes. Todos eles avançavam em ordem, compacta. Não se ameaçavam nem se atacavam uns aos outros. Pelo contrário, pareciam velhos amigos.
Atrás voavam os morcegos, borboletas, abelhas, colibris, cotovias, moscas, andorinhas, rolas, tentilhões, estorninhos, perdizes, pardais, rouxinóis, melros, galos, galinhas, patos. Havia tanta harmonia entre eles como se toda a vida tivessem convivido no mesmo curral na melhor camaradagem.
Por fim iam os golfinhos, hipopótamos, peixes-espadas, baleias, peixes-reis, douradas, peixes voadores, trutas. Era espantoso: os peixes grandes não comiam os pequenos, Pareciam irmãos duma mesma família. Fechavam o cortejo as cobras, anacondas, víboras, lagartos, lagartixas, dinossauros, plectosáurios e cascavéis.
Enquanto no bosque da Portiúncula não cessava de ressoar o Cântico do Irmão Sol, todos estes irmãos cantavam, gritavam, piavam, grasnavam, zurravam, assobiavam, bramavam, uivavam, ladravam, rugia, bailam, mugiam.
Desde o princípio do mundo que não se ouvia semelhante concerto. Todas as criaturas, segundo a sua natureza, cantavam aleluias ao seu amigo e irmão Francisco.
(…)
O Pobre de Deus arrastava consigo toda a criação ao paraíso.
Tinha reconciliado a terra com o céu, a matéria com o espírito. Era uma chama liberta do lenho. Era a piedade de Deus que regressava a casa.
Lentamente, muito lentamente, o Irmão foi-se internando pelas órbitas siderais. Foi-se afastando como um meteoro azul até que se perdeu nas profundezas da eternidade».
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É fundamental para a Humanidade este amor universal.
É fundamental para a Humanidade compreendermos a mensagem de São Francisco de Assis, independentemente de se ser crente ou não.
É fundamental para a Humanidade que os homens comecem a comportar-se como HOMENS.