Pois é senhor Joerge Nuno Pinto da Costa. O senhor talvez não saiba que em Portugal quem manda nestas coisas de quem pode assistir o quê em tempo de pandemónio é quem acha que o futebol não é cultura, mas espetar as tais facas nos animais é a cultura maior de Portugal.
Para os que podem querem e mandam, nada mais é importante do que torturar Touros, nas minguadas arenas portuguesas, que ainda estão activas, para um escasso público troglodita.
Nem o cinema, o teatro, a pintura, a escultura, a arquitectura, a dança, o ilusionismo, a música, a literatura chegam ao nível superior em que se encontram as touradas.
Quanto aos estádios de futebol são espaços muito acanhados, muito mais acanhados do que os antros de tortura de Touros, mas tão acanhados que, no entender dos que podem, querem e mandam não dão para manter a distância social a que obriga a loucura deste tempo em que a insanidade impera.
É como diz e muito bem: «É lamentável. Mas estamos em Portugal e manda quem pode».
Ainda que mande mal.
Isabel A. Ferreira
Pinto da Costa volta a criticar a proibição de adeptos nas bancadas:
Sobre o campeonato: “FC Porto acaba, contra tudo e contra todos, depois de ser previsto solenemente por um pateta que o campeonato estava entregue ao fim da primeira volta, mostrámos todos que afinal de contas o titulo não estava entregue e viemos a vencê-lo com todo o mérito”.
O que espera da final da Taça, frente ao Benfica: “Espero o mesmo que em todos os jogos em que entramos. Vencer. Sabemos que não se pode vencer sempre, esperamos sempre vencer o próximo jogo, neste caso é a final da Taça e vamos disputá-la com esse espírito”.
Sem adeptos: “Espero o mesmo de todos os jogos, espero vencer: Não se pode vencer sempre, não há nenhuma equipa do mundo, por mais forte que seja, que seja capaz de vencer sempre. No FC Porto pensamos sempre em vencer: Vamos tentar oferecer a Taça aos nossos adeptos que, infelizmente e injustificadamente não podem estar no nas bancadas. É inacreditável. Hoje vi num canal de televisão que vai haver uma tourada com 50% de ocupação das bancadas. É inacreditável, que para ver espetar facas em animais já se possa ir, mas para ver futebol, ao ar livre, não pode estar ninguém nas bancadas. É lamentável. Mas estamos em Portugal e manda quem pode.”
Fonte: O Jogo