Acontece que 99,9% das mulheres portuguesas não se revê nesta prática bárbara e imprópria para homenagear quem quer que seja, muito menos as MULHERES, que são fonte de amor e vida, e não de tortura e morte.
Torturar Touros para homenagear as mulheres, além de ser uma iniciativa de muuuuuuito mau gosto, é um enorme desprestígio para a Figueira da Foz, que não há meio de evoluir, e também para o mundo feminino.
E torturam-se Touros para satisfazer o sadismo apenas de um punhado de trogloditas?
Pobre gente, que vive num mundo onde a estupidez e a ignorância reinam, e não tem a noção da insanidade dessa “pseudo-homenagem” que só desprestigia as mulheres que nela estão envolvidas.
Isabel A. Ferreira
Precisamos de vós [aqui]:
https://www.facebook.com/events/3047344455510176/
Quantas de vós, MULHERES, se revêem nesta homenagem???
[Nenhuma MULHER se revê nesta prática bárbara. Apenas as trogloditas se revêem!]
Indignem-se!Vamos mostrar que nem todas as mulheres querem ser homenageadas com Tortura!
Tourada não é cultura, tourada é tortura!
Fonte: https://www.facebook.com/VergonhaNacional/photos/a.1218268481549138/6219195034789766/
Mais um, para somar a todos os outros!
Foi assim, ontem, na Figueira da Foz: um bando de alcoolizados a massacrar um indefeso bezerro assustado… para bancadas vazias…
Fonte ad Foto: Ana Cláudia
Os falsos “estudantes” de Coimbra, quiseram mostrar que a Democracia em Portugal não existe, e lá foram para a Figueira da Foz torturar bezerros, com o aval da autarquia figueirense.
Esta garraiada não constou no programa da Queima das Fitas, tão-só na queima da dignidade estudantil, daqueles que deviam aceitar, democraticamente, o resultado do Referendo, com 70.7% dos estudantes a dizerem NÃO a esta prática medievalesca, e não aceitaram.
Eles bem querem passar a ideia de que são milhares. Mas coitados, quando estão toldados pelo álcool vêem tudo a quadruplicar.
Pobres bezerros, massacrados para uma multidão de assentos vazios.
Tenha vergonha, Senhor presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, por ser conivente com a ditadura e com tortura de bezerros indefesos, para uns poucos trogloditas, a cair de bêbados, exibirem a sua invirilidade, porque só os impotentes se arrastam nesta lama, e descarregarem sobre os indefesos animais as suas frustrações.
Um HOMEM inteiro, evoluído e civilizado, não precisa disto.
Isabel A. Ferreira
Eles fingem ser estudantes. Mas não são. São prótoiros e não representam a Academia Coimbrã que disse um rotundo NÃO às garraiadas.
E esse NÃO mantém-se.
O que vai passar-se na Figueira da Foz, com o aval dos trogloditas figueirenses não passa de um insulto à Civilização, à Cultura Culta e à Democracia, um insulto bem condizente com o baixo nível moral, social, cultural e político de todos os envolvidos nesta prática medievalesca a realizar no antro de tortura da Figueira da Foz.
Isto jamais aconteceria se vivêssemos em Democracia. Isto condiz com a ditadura salazarista, por isso, continuo a gritar que o 25 de Abril ainda está por cumprir.
Para que conste…
O falso movimento “Coimbra dos Estudantes”, que não é um “movimento de alunos” mas uma usurpação da identidade do “ser estudante de Coimbra,” pois sabemos que são prótoiros e não representam a Academia Coimbrã, mas tão só a máfia tauromáquica, anda por aí a “garantir” que vai manter o costume bárbaro da garraiada (isto jamais foi tradição) e pondera realizá-la em Coimbra, e não na arena de tortura da Figueira da Foz, porque (e agora vem o mais delirante) valores democráticos da academia devem garantir que alunos possam escolher participar na tal actividade selvática, visivelmente em decadência.
Como disseram prótoiros?
Valores democráticos? Sabem lá o que isso é! Sabem lá o que é Liberdade! Democracia! Nada disso tem a ver com a selvática prática tauromáquica.
Veja-se neste vídeo, que mostra a garraiada coimbrã, de 2017, os milhares de estudantes na assistência…
Então não é que, democraticamente, 70.71% dos verdadeiros estudantes de Coimbra votou contra a continuidade da barbárie, contra 26.69% a favor, e os protóiros vêm falar em “valores democráticos a garantir, para a banda errada? Para a minoria? ACORDEM!
Isto em DEMOCRACIA significa que os estudantes trogloditas PERDERAM, logo, os valores democráticos estão assegurados, pela esmagadora maioria, que votou contra a selvajaria.
É assim que funciona a DEMOCRACIA, ó prótoiros!
Ficaram tão vesgos com a derrota que não conseguem ver um palmo adiante do nariz!
E os protóiros andam por aí a dizer mais esta coisa fantástica: vão organizar a garraiada durante a Queima das Fitas, mesmo que o Conselho de Veteranos decida excluir dela esta selvajaria que, há 115 anos, conspurca a Academia Coimbrã.
A isto chama-se “democracia à protoiros”.
Vão estrebuchando! A morte tem destas coisas: estrebucha-se como os Touros nas arenas, quando levam a estocada final.
As garraiadas em Coimbra levaram a estocada final, e os seus mentores contorcem-se à beira dos estertores da morte.
E como se estes delírios de moribundos já não chegassem, atiram-nos com irregularidades inexistentes, coisas que eles têm por hábito fazer e acham que todos são iguais a eles, como se todos fôssemos muito estúpidos. Além disso, não aceitam a evolução, e apesar da esmagadora VITÓRIA do NÃO a esta selvajaria, eles acham que num universo de 5.638 alunos 70.71% é a minoria, e 26.69% é que é a maioria.
Se bem que não concorde que se referende a tortura de um ser vivo para divertir um bando de beberrões, este Referendo como diz a minha amiga Amália Carrilho, foi óptimo para aferir a quantidade de parvos que ainda acham que garraiada é sinónimo de Cultura Culta e Identidade de Coimbra.
Ainda bem que que a verdade veio ao de cima: aferiu-se que afinal, num universo de 5.638 estudantes, apenas 26.69% são parvos.
Dizem os protóiros que estão duas opções em cima da mesa deles: continuar a realizar a garraiada na Figueira da Foz ou o regresso da garraiada à cidade de Coimbra.
Pois… O regresso da garraiada a Coimbra implica algumas licenças. E então há duas opções em cima da outra mesa: ou violam a lei, ou não realizam a garraiada. Mas se ainda assim a realizarem, será à revelia, e esta não será incluída no Programa da Queima das Fitas, nem em nome da Academia de Coimbra, porque, pura e simplesmente e inequivocamente, esta declarou-se CONTRA esta prática selvática.
Acordem para a nova realidade.
Coimbra livrou-se do cancro que vocês, prótoiros, representam para a sociedade. E uma coisa é certa, os estudantes poderão continuar a viver a Cultura Culta inerente à Universidade de Coimbra, com a exclusão das garraiadas.
Isabel A. Ferreira
Fonte do estrebucho dos derrotados:
http://www.touradas.pt/noticia/queima-das-fitas-de-coimbra-vai-ter-garraiada-em-2018
Joselene Barreto é uma cidadã brasileira que, fazendo uma busca pela Internet, ao procurar informações sobre a Figueira da Foz, chegou ao até ao meu Blog e decidiu escrever-me a seguinte carta, com o título supracitado, a qual aqui transcrevo com a permissão dela, juntamente com a resposta que lhe dei.
E isto para dizer que vale a pena lutar por esta causa, neste Blog, porque as mensagens aqui transmitidas chegam longe, e fazem eco, não só no Brasil, mas em mais 103 países espalhados por todos os continentes.
Obrigada, Joselene.
A nódoa negra da Figueira da Foz, que diz do atrasado civilizacional desta cidade.
Carta de Joselene:
«Querida Isabel,
Não a conheço, mas li o que você escreveu sobre as touradas em Portugal e no mundo. É realmente uma coisa que muito me entristece. Parabéns pela coragem de levantar essa bandeira.
Sou brasileira, neta de portugueses nascidos em Porto e em Braga, e casada com um Português nascido em Esposende. Tenho orgulho que a região onde eles nasceram não participa desse horrendo massacre contra os touros.
Aqui no Brasil também praticam o tal do “rodeio”. Uma festa horrível, de origem norte-americana, onde os bois, novilhos e cavalos são tratados como lixo. No sul, Estado de Santa Catarina, na parte colonizada pelos portugueses dos Açores, praticam a tal Farra do Boi. Pesquise na internet e verá quão horrível é (nem tenho coragem de lhe contar, tamanho o sofrimento dos animais).
Eu e meu marido estamos pensando em voltar para Portugal, mas como moramos à beira mar, na cidade de Santos, litoral do Estado de São Paulo, gostaríamos de em Portugal também morar à beira mar. Por isto escolhemos a cidade de Figueira da Foz, no Distrito de Coimbra.
Mas qual foi a minha surpresa de, ao viajar virtualmente em Figueira da Foz através do Google Maps, me deparar com uma construção enorme, redonda, tipo um coliseu, e descobrir que se tratava de uma Praça de Touros.
Foi assim que cheguei até você. Pesquisando sobre touradas em Figueira da Foz e em todo o Portugal.
Achei a cidade muito bonita, mas fiquei com muita raiva do povo de lá acolher esse tipo de horror.
Isabel, você acha possível, uma vez que nos mudemos para Figueira da Foz, fazer alguma coisa contra essas touradas? Você teria alguma idéia? Também como posso fazer para me engajar com você nessa sua luta, uma vez morando em Figueira?
Como a polícia portuguesa trata os manifestantes a favor dos direitos dos animais, uma vez que o próprio governo dos municípios é a favor das touradas? Há violência polícia x manifestantes e até adeptos das touradas?
Você já pensou em pedir auxílio a alguma organização internacional para, “juntos”, ganhando forças, conseguirem “engatinhar”, e “começar” a conseguir algum resultado contra essa velhacaria? Pensei na Mercy for Animals, mais relacionada a animais do campo (gado).
Não conseguirei morar em Figueira e sempre passar à porta da Praça de Touros, apenas achando ruim, mas sem fazer nada contra.
Muito obrigada por sua atenção
Aguardo sua resposta. Não queria desistir de mudar-me para Portugal.
Bjs,
Josie (Joselene Lacerda de Oliveira Barreto)
Santos – SP/ Brasil»
***
A minha resposta:
Querida Joselene,
Agradeço a sua mensagem, que me tocou profundamente.
Não nos conhecemos, mas tal não é obstáculo para que estejamos em sintonia.
Realmente, as touradas são uma prática horrorosa, que envergonha a Humanidade do século XXI depois de Cristo.
É muito triste viver num país, embora seja o meu país, onde estes costumes bárbaros ainda se mantêm enraizados, por culpa de governantes incultos, portadores de um descomunal atraso civilizacional.
Eu nasci em Portugal, mas fui para o Brasil com dois anos, passei a minha infância, adolescência e juventude, cá e lá, e quase toda aminha família é brasileira, portanto podemos considerar-nos irmãs.
Sei que no Brasil também praticam o chamado “rodeo” e as hediondas vaquejadas, com grande sofrimento para os animais. Tenho lutado também pela abolição dessas práticas importadas dos EUA. Conheço também a idiota Farra do Boi, uma prática oriunda dos Açores, onde ainda se praticam, em algumas ilhas, as imbecis touradas à corda, as quais conspurcam o belo Arquipélago dos Açores. Luto pela abolição de todas estas monstruosidades.
Fico feliz por o Porto, Braga e Esposende não estarem no rol dos municípios atrasados civilizacionalmente. Eu nasci em Ovar, uma cidade do Distrito de Aveiro, que também está limpa do lixo tauromáquico. Podemos orgulhar-nos das nossas terras de origem.
Em Portugal, existem 308 municípios e, destes, apenas cerca de 40 são medievalescos. Entre eles, infelizmente está a Figueira da Foz, uma bonita cidade, sim, mas manchada de lixo tauromáquico, com uma arena de tortura activa, que diz do atraso civilizacional da cidade.
Mas querida Joselene, existem muitas cidades à beira-mar, livres de touradas, no Norte do País e também no Sul.
Na região de Esposende, por exemplo, terra do seu marido, existem belas praias e lugares paradisíacos para se viver, como Ofir, Belinho, Apúlia, e mais a norte, na região de Viana do Castelo (única cidade portuguesa que se declarou anti-tourada) existem sítios maravilhosos para morar, como Areosa, Vila Praia de Âncora, Afife, Moledo.
Mais para Sul, temos também lindas cidades à beira-mar, como Espinho. E no Concelho de Ovar, na zona da Ria, existem belas vivendas com vista para a própria Ria. Um lugar de sonho.
Não precisa de fixar-se numa cidade que, na época tauromáquica, suja-se com cartazes horrorosos, de propaganda à tortura de Touros e Cavalos.
Há muito tempo, vários grupos anti-tourada e pessoas como eu, individualmente, lutam pela Abolição da Selvajaria Tauromáquica, porque tal prática não passa disso mesmo. Todos os anos fazem-se manifestações na Figueira da Foz e nas restantes cidades atrasadas, para que os governantes evoluam e acabem com esta vergonhosa actividade medievalesca, que não passa de um insulto à civilização.
Não temos tido o sucesso desejado, embora cada ano que passa as touradas têm diminuído bastante, bem como também o número de adeptos, porque não estamos a lidar com pessoas normais. É gente completamente alienada, que optou pela ignorância, pois todos sabemos que a tauromaquia assenta em três bases: ignorância, estupidez e mentiras que, repetidas ao longo de séculos, tornaram-se verdades falaciosas para os que se recusam a evoluir.
Uma vez que escolha a Figueira da Foz para morar, como poderá fazer alguma coisa contra as touradas ou como se engajar comigo nesta luta? Boa pergunta.
Poderá fazer o que nós fazemos: insistir junto às autoridades locais e governo central para que acabem com esta prática que envergonha a Humanidade e Portugal, diante do mundo civilizado.
A abolição desta selvajaria não está longe de acontecer. Já faltou mais. Porém, antes de limparmos os municípios deste lixo, temos de limpar a Assembleia da República Portuguesa dos deputados do PS, PSD, CDS/PP e PCP que, inacreditavelmente, estão lá para servir o lobby tauromáquico e não os interesses cultos do País. E isso é mais difícil de conseguir porque eles sentaram-se naquelas cadeiras com cola no fiofó. E a abolição passará por uma lei que acabe com este vergonhoso atraso civilizacional.
Quando há manifestações, a polícia portuguesa está claramente a favor dos carrascos dos animais e não a favor dos manifestantes que são pelos Direitos dos Animais, uma vez que os torturadores têm a lei pelo lado deles: é que em Portugal há uma lei retrógrada que permite que se torture Touros e Cavalos nas arenas, para divertir sádicos, porque os Touros e Cavalos não são considerados animais como os Cães e os Gatos, aliás, em Portugal, apenas os Cães e os Gatos são considerados animais, e têm uma lei que os protege, desde que não sejam “artistas” dos circos, ou de corridas. De resto, todos os outros animais, domésticos ou selvagens, podem ser exterminados, em Portugal, à vontade da crueldade dos seus criadores, caçadores e psicopatas.
Agora, raramente há violência nessas manifestações, em Portugal, exclusivamente porque os manifestantes animalistas rejeitam a violência, o que já não acontece com os torturadores que, sendo adeptos da tortura, por vezes, tentam atropelar-nos ou atacar-nos como atacam os Touros: cobardemente. Já aconteceu.
Quanto a pedir auxílio a estrangeiros, nós trabalhamos em conjunto com algumas organizações de Espanha, México e sul-americanas, no sentido de pressionar os governos dos respectivos países. Em Espanha, México, Equador, Peru e Bolívia tem-se conseguido óptimos. Portugal está mais atrasado, aliás como em quase tudo, porque mais atrasados têm sido os seus governantes, desde há muito tempo. Mas lá chegaremos.
Compreendo que não vá sentir-se bem morando na Figueira da Foz e ter de passar à porta da Praça de Touros, apenas achando ruim, mas sem fazer nada contra. É terrível esse sentimento.
Mas como lhe disse, se escolheu a Figueira da Foz apenas por ser uma cidade bonita e não por motivos de trabalho ou outros, há bastantes cidades bonitas, à beira-mar, livres do lixo tauromáquico, para nela poderem viver tranquilamente e civilizadamente.
Desde já lhe digo que lutar contra blocos de cimento armado não é nada fácil. Temos a certeza de que um dia esses “blocos” cairão como tordos, porque um dia é da caça e outro do caçador. Sempre foi e sempre será assim.
Não desista de Portugal. É um país lindo e maravilhoso para se viver, desde que não seja em cidades conspurcadas com lixo tauromáquico e atrasadas civilizacionalmente.
Espero ter-lhe sido útil.
Beijinhos, Joselene,
Isabel A. Ferreira
***
Entretanto, recebi, hoje, uma mensagem da Joselene, a dizer o seguinte:
«Primeiramente gostaria de agradecer por sua resposta. Ela foi elucidativa a ponto de eu e meu marido desistirmos totalmente de nos mudarmos para Figueira da Foz. Como mencionou, há outros destinos em Portugal, provavelmente até mais lindos do que Figueira da Foz (que, à primeira vista, apenas virtualmente, pareceu-me linda)». (Joselene)
Sim, a Figueira da Foz é apenas virtualmente linda. Nenhuma cidade é plenamente linda, quando promove a selvática tortura de Touros e Cavalos.
Um dia, a Figueira da Foz libertar-se-á deste estigma, e tornar-se-á uma cidade realmente linda e digna de albergar cidadãos cultos e civilizados, quando assim o quiserem, os governantes. (IAF)
Aconteceu ontem na Figueira da Foz.
Mais um cavalo colhido numa tourada em Portugal.
E o cobarde montador tauromáquico, ao qual isto tem acontecido demasiadas vezes, fugiu, uma vez mais.
Felizmente, a tauromaquia já está em forte declínio e as touradas vão acabar.
Mas quantos mais Touros e Cavalos vão ter de ser sacrificados à estúpida brutalidade humana antes disso?
Fonte:
Quando chegamos a uma cidade e nos deparamos com uma arena de tortura de bovinos ainda activa, apenas um pensamento nos ocorre: entrámos num lugar civilizacionalmente atrasado.
É o caso da Figueira da Foz que ficou parada no tempo em que uma burguesia parola ia a banhos e aproveitava para ver touradas.
Desde o século XIX que a Figueira da Foz promove tortura, crueldade, violência, sofrimento animal, tudo em nome de uma mentalidade tacanha que se recusa a evoluir e opta pela ignorância.
Estamos em pleno século XXI, e a Figueira permanece no passado, e a burguesia parola continua a ir a banhos e aproveita para ver touradas.
O antro de tortura de bovinos que catapulta a Figueira da Foz para um passado que já passou
Mas as coisas estão a mudar.
Existe uma outra mentalidade evoluída que está a lutar para que a Figueira da Foz deixe esse passado e dê um salto para a modernidade.
Na Figueira somos anti-tourada.
Somos modernos. Evoluídos. Civilizados.
Por isso, no próximo dia 11 de Agosto, quando a RTP1, na senda da parvoíce, optará por transmitir mais um programa de violência em directo, com o aval do presidente da Câmara Municipal (mais um socialista adepto de políticas de direita, a pender para a dinastia filipina, que introduziu esta prática de broncos em Portugal), o qual não tem coragem de elevar a Figueira da Foz ao nível de uma cidade evoluída, lá estaremos para recordar aos envolvidos nesta selvática “diversão” que a Figueira merece coisa melhor.
O povo da Figueira da Foz não se identifica com esta selvajaria.
A esses, os governantes portugueses chamam-lhe “artistas tauromáquicos”, aos quais dão todo o apoio financeiro e mais algum.
Os outros, os que cantam “Acordai” à porta do Ministério da Educação, os músicos, enfim, os que se dedicam às Artes Cultas, são tratados como o rebotalho da Cultura Portuguesa.
Isto só acontece num país governando por mentes absolutamente terceiro-mundistas
Origem da foto:
Fotos: António Cotrim/Lusa
Os professores das escolas de ensino artístico manifestaram-se esta segunda-feira em frente ao Ministério da Educação, com um concerto em protesto pelos salários em atraso.
Os manifestantes transportaram instrumentos musicais, outros optaram por levar cartazes, com expressões "um país sem artistas é um país de curtas vistas".
Mas não é o país que tem curtas vistas. São os governantes.
Para esses (os governantes) apenas os “artistas tauromáquicos” contam…
Está prevista a presença de professores, alunos, pais e encarregados de educação de Ponte de Lima, Figueira da Foz, Caldas da Rainha, Setúbal, Ourém, Tomar, curiosamente, municípios que se fartam de esbanjar dinheiros públicos em práticas selváticas tauromáquicas…
O ensino artístico especializado em Portugal envolve 110 escolas particulares e cooperativas, com cerca de 24 mil alunos e 3.500 professores, e já foram suspensas aulas em várias escolas.
No entanto os 12 antros (ou fábricas de monstrinhos) a que chamam “escolas de toureio” continuam abertos e a tirar a inocência de crianças, ministrando-lhes aulas de violência e crueldade contra bovinos bebés.
E ninguém fala disto. Não convém?
A manifestação de hoje terminou com o coro Lopes Graça a interpretar o "Acordai", com música de Fernando Lopes Graça e letra de José Gomes Ferreira.
Como um pouco de Cultura Culta não fará mal a ninguém, aqui deixo a letra e a música…
ACORDAI
homens que dormis
a embalar a dor
dos silêncios vis
vinde no clamor
das almas viris
arrancar a flor
que dorme na raiz
Acordai
acordai
raios e tufões
que dormis no ar
e nas multidões
vinde incendiar
de astros e canções
as pedras do mar
o mundo e os corações
Acordai
acendei
de almas e de sóis
este mar sem cais
nem luz de faróis
e acordai depois
das lutas finais
os nossos heróis
que dormem nos covais
Acordai!
***
ACORDAI GOVERNANTES!
PORTUGAL PRECISA DE EVOLUIR URGENTEMENTE!
Fonte:
O mês de Maio, o mês das Rosas e do renascer da Natureza, em Portugal, mancha-se com um comportamento imbecil, praticado por quem se diz “estudante do ensino superior” e demonstra instintos dos mais básicos, agravados por uma ignorância atascada, que envergonha os verdadeiros estudantes e as Universidades Portuguesas – as ÚNICAS NO MUNDO que apoiam a tortura de jovens e inocentes seres vivos, que sofrem a dor física e psicológica tal como nós.
Em nenhuma Universidade Europeia e do mundo, os estudantes, que têm o privilégio de entrar para o Ensino Superior, o qual, em princípio, serve para formar intelectualmente os que hão-de fazer EVOLUIR os países, se vêem estas iniciativas, que apenas dizem da inferioridade intelectual dos que nelas participam.
É a nódoa negra do Ensino Superior em Portugal, que em nada dignifica o país, e a classe estudantil.
E o que fazem os Reitores e os Dux Veteranorum, expoentes máximos da Academia, para travarem esta onda de estupidez universitária?
O que fazem os autarcas, como os da Póvoa de Varzim e da Figueira da Foz, para elevarem o nível da cultura que querem, para os concelhos que governam?
APOIAM ESTA ESTUPIDEZ.
E quem apoia a estupidez como se designará?
E eis o que temos no mês de Maio, o mês das Rosas e do renascer da Natureza:
Um bando de ignorantes, já bem bebidos (o que é outra demonstração da inferioridade intelectual desses interventores), vai para uma arena, onde garraios, ou seja, touros de 2 e 3 anos, são covardemente torturados psicológica e fisicamente, num jogo parvo, cruel e inútil, para o qual não estão preparados: puxam-lhes o rabo, obrigam-nos a andar à roda, molestando-os sem dó nem piedade. Parvamente.
Por vezes chegam a provocar-lhes a morte, como já aconteceu na arena da Póvoa de Varzim, (a cidade mais carniceira do Norte do País).
Ainda que a “garraiada” seja uma variante “light” da tourada, os tormentos pelos quais passam os pequenos bovinos, ainda inexperientes, provocam-lhes fracturas várias, lesões internas, e ataques de ansiedade, bastante nocivos ao bem-estar deles.
Tudo isto é de uma covardia e de uma falta de inteligência atroz.
Os “estudantes” que participam nesta estupidez académica deviam ser expulsos do Ensino Superior por não reunirem as faculdades mentais saudáveis requeridas para poderem frequentar tal Ensino, tais como espírito crítico, lucidez, consciência e posições esclarecidas, condizentes com o desenvolvimento científico e a evolução das mentalidades, para uma formação superior e capaz de fazer EVOLUIR um país.
É por estas e por outras que temos o País que temos: um pequeno paraíso terrestre cheio de gente inculta nos lugares-chave da governação.
Concluindo: se as garraiadas ainda persistem por ignorância dos “estudantes” que as incluem nos seus programas “académicos”, aqui deixamos este registo, para que saiam dessa ignorância e possam EVOLUIR.
Se persistirem na ignorância, melhor será desistirem de querer ser “doutores” porque simplesmente nunca passarão de parvos.
Nota marginal:
E para os que criticam a minha linguagem, aqui deixo uma nota marginal: eu não estou a dissertar sobre POESIA.
Estou a discorrer sobre GARRAIADAS, uma prática parva, cruel e inútil, por isso as palavras têm de ser adequadas às circunstâncias.
Isabel A. Ferreira
O Touro é uma animal herbívoro, por conseguinte, é um animal manso... Quem o tortura é que o torna "enraivecido", e essa raiva é puro instinto de defesa...
Por Manuel Salgado Alves
Olá caro Ataíde!
Olha nos meus olhos, quando falo contigo, pois esta conversa é muito séria: é a minha vida que está em jogo!
Tu como presidente da Câmara da Figueira da Foz, tens demonstrado não ter coragem para declarares a proibição dos degradantes espectáculos da tourada, as quais fazem incidir tortura sangrenta , sobre o meu corpo e sobre a minha dignidade animal: é-me imposto estar na arena, onde me são espetados ferros atrás de ferros no meu dorso ensanguentado, até eu cair de exaustão psico-física total!
Será que és algum aficionado das práticas da tortura da GESTAPO no tempo do nazismo? Será que és algum saudosista das práticas de tortura levadas a cabo pela Igreja Católica, nos tempos pré-históricos da inquisição? Mas que confissão queres afinal obter de mim?
Como tu e os teus amigos sádicos de sangue bem sabem, eu sou um animal (nem percebo ainda como fui excluído da lei 92/95, mas tu como és magistrado podes ajudar-me a esclarecer-me) !
Como tu, tenho cérebro, sistema nervoso e órgãos sensoriais, por isso sou um ser senciente, sofro quando me fazem sofrer, e sou feliz quando me deixam em paz no meu habitat natural dos campos, na companhia das fêmeas touras! Não cometi nenhum crime que eu saiba, além de ter nascido animal touro: não roubei, não matei, e apenas me limito a comer erva e a saborear os prazeres da intimidade com as minhas namoradas tourinhas!
Afinal explica-me lá oh Ataíde, qual a razão por que pactuas com os promotores das touradas para liquidares irreversivelmente a minha integridade psico-física? Achas que isso para mim é alguma festa? Eles perseguem o lucro, os patrocínios das câmaras municipais e os subsídios estatais e europeus, apostados no incentivo da cultura da violência! Mas tu Ataíde que ganhas em permitires essa cultura da violência?
Queres aumentar os índices de violência doméstica e de crimes de "bullying" na Figueira da Foz? Sabes bem que estás a prestar um mau serviço ao turismo de qualidade da Figueira da Foz: eu não sou da Figueira da Foz, nem da Figueira da Foz são os aficionados sádicos que querem gozar com o meu sofrimento atroz e com a destruição total do meu ser!
Fica sabendo Ataíde que tenho bons amigos cidadãos da Figueira da Foz, que prezam o respeito pela minha dignidade animal, como de todos os outros animais, e que ficam profundamente ofendidos na sua dignidade humana, por tu permitires touradas na Figueira da Foz, que repito são espectáculos bárbaros e degradantes, que se baseiam na violência gratuita cometida contra a minha dignidade de animal senciente, e me provocam lesões graves que levam ao extermínio da minha vida!
Por tudo isso Ataíde, peço-te na minha humildade de animal touro, que não te deixes envolver pelos Moitas Flores, e Miguéis Tavares, arvorados em criminosos sádicos do animal touro deste país. Revela a tua dignidade de magistrado, mostra a tua coragem para defender a dignidade humana de todos os cidadãos da Figueira da Foz, a qual é ofendida sempre que alguém pretende infligir-me maus tratos continuados, até à minha morte cruel, e tudo isso só por "trinta dinheiros"!
Ao invés de seres cúmplice, decreta pois a proibição na cidade da Figueira da Foz desses espectáculos bárbaros, que arrastam turistas sádicos de sangue para a tua cidade, e que incentivam a cultura da violência sangrenta quer sobre mim animal touro, quer sobre os outros animais, e promovem a violência doméstica e o crime de bullying nas escolas! Do funda da minha dignidade de animal touro, peço-te que não laves as mãos como Pilatos, e saibas respeitar a minha senciência animal em pleno!
http://alves-revisoroficialdecontas.blogspot.pt/2012/08/carta-de-um-animal-touro-ao-presidente.html