Vejam a imagem do «espectáculo mais culto do mundo»...
Inacreditável!
Não terão a noção do ridículo? Isto é o cúmulo da estupidez.
Isto será uma piada de mau gosto ou é mesmo convicção? Porque se for convicção o caso é muito mais grave: estamos perante mentalidades totalmente deformadas.
Paulo Ramires, licenciado em Gestão pela Universidade do Algarve escreveu isto:
«O espectáculo mais culto do mundo não é explorado em Portugal»
aqui: https://plus.google.com/u/0/115711846390564764135/posts#115711846390564764135/post
Quarta-feira, 1 de Fevereiro de 2012
A festa taurina é o espectáculo mais culto que existe em todo o mundo, tendo um dos mais elevados expoentes culturais e artísticos que podemos considerar, traduzindo-se num importante património cultural riquíssimo, gerador de riqueza, emprego, cultura, arte, incorporando ainda uma importante vertente de nacionalidade e identidade dos países detentores desta cultura. Portugal é um desses países, mas não aproveitando o potencial cultural gerado pela festa brava. Portugal tem ainda maior possibilidade de potenciar a promoção cultural do que a Espanha e outros países, pois somos os únicos que temos os forcados como símbolo e elemento constituinte da festa brava portuguesa.
Temos condições únicas para promover o país a nível internacional de uma forma bastante positiva para Portugal na medida em que o forcado tem uma imagem muito positiva entre os portugueses mas que incompreensivelmente não é aproveitada. Em tempos em que as empresas turísticas passam por momentos difíceis, em que os produtos turísticos, são sempre os mesmos de sempre – o sol e praia, não há esforços para o desenvolvimento de outros, ninguém ainda se lembrou de transformar a tauromaquia num produto turístico, nem de promover a imagem de Portugal com os símbolos da tauromaquia portuguesa. Mesmo com o exemplo de sucesso espanhol na criação de uma imagem promocional do país em todo o mundo, os responsáveis pela promoção da imagem do país, não sabem retirar dai conclusões do que se deveria fazer em termos de promoção do país e da criação de produtos turísticos.
A Espanha não só faz este tipo de promoção no mundo á décadas como as desenvolve e as diversifica, continuamente com vista a resultados futuros. Cabe aos promotores, empresas e governo abrirem os olhos para o prejuízo que é criado pela ausência de exploração do rico património cultural e artístico que temos no país. Como se não bastasse esta falta de visão dos responsáveis do governo e empresas, algumas pessoas ou grupos de indivíduos, sem qualquer consciência dos seus actos radicais e fundamentalistas, acabam por dar uma imagem negativa, e falsa deste vasto e rico património cultural ainda por explorar. O que se faz hoje em Portugal com a tauromaquia, é de uma irresponsabilidade atroz, na prática, está-se a jogar autênticos diamantes para o lixo.
Paulo Ramires
Licenciado em Gestão pela Universidade do Algarve»