A notícia diz da irracionalidade que se arrasta por aí como uma gosma peganhenta e insalubre.
Estamos a falar de cenas como as desta imagem, onde Cavalos e Touros, magníficos mamíferos, seres sencientes, são exterminados até à morte para satisfazer os instintos sádicos e assassinos de uma minoria da população portuguesa, que, sendo subsidiada pelo governo português é reduzida, mas poderosa, porque o vil metal pode gerar os piores instintos.
Sabemos que as misericórdias portuguesas (em letra minúscula porque não merecem mais do que isto) que se dizem instituições de solidariedade, são proprietárias de cerca de mais de metade das arenas de tortura do país. E com isto não ficará tudo dito? Porque isto de misericórdia é só no nome, porque, pelo que vemos na imagem, quando se trata de Touros e Cavalos, a misericórdia transforma-se numa impiedade perturbante.
Então o que se passa? A união das misericórdias portuguesas (nem apetece escrever isto com letra maiúscula, de tão baixo que desceram) assinou, no antro de tortura de Estremoz (uma vila civilizacionalmente atrasada) um protocolo com a federação portuguesa das associações taurinas, mais conhecida por prótoiro, qua anda por aí desesperada a tentar pôr de pé a moribunda tauromaquia, e com esta aliança, pretende reanimar as três dezenas e meia de antros de tortura (entre 70 que existem em Portugal) pertencentes às impiedosas misericórdias. E mais, as misericórdias (nem apetece escrever isto com letra maiúscula, de tão baixo que desceram) passam a integrar a direcção da protóiro, diz que para «consolidar a centenária ligação à tauromaquia» destes organismos, que de misericórdia nada têm.
Para justificar esta união, Manuel Lemos, presidente da união de misericórdias portuguesas, refere que as três dezenas e meia de antros de que essa tal união é proprietária, situam-se nas regiões do país onde esta prática selvática, violenta e cruel tem forte implantação, ou seja, no Ribatejo, Beira Baixa e Alentejo, regiões civilizacionalmente atrasadas, onde ainda se vive em plena Idade Média.
Agora veja-se a até onde chega a hipocrisia desta gente, que vai à missa, engole a hóstia, bate no peito e finge que é católica. Diz Manuel Lemos: «Antes de o Estado social existir, o povo construiu estas praças para que as misericórdias pudessem exercer a sua missão social e humanitária com as receitas destes espectáculos. Eram a sua principal fonte de rendimento. Sei que este é um problema delicado, mas temos uma história e não podemos fazer de conta que ela não existe. Esta manifestação cultural faz sentido nalgumas regiões do país.»
Ai têm uma história? Não podem fazer de conta que ela não existe? Acham que esta prática selvática, a que ignorantemente chamam manifestação cultural faz sentido nalgumas regiões do país?
Acham mesmo tudo isto? Então e os pelourinhos que encontramos por aí, em quase todas as localidades com histórias? Porque não estão activados também? Penso que se a selvajaria tauromáquica faz sentido nalgumas regiões, os pelourinhos também fazem. Aí se torturavam e matavam seres vivos, muitos, inocentes, indefesos e inofensivos, tal como os Touros e Cavalos.
O senhor Manuel Lemos já ouviu falar de uma coisa chamada EVOLUÇÃO DOS COSTUMES? Não me parece. Então deixo-lhe aqui uma sugestão: leia mais sobre este assunto e tente evoluir, porque a tauromaquia é uma prática primitiva, tosca, praticada por cobardes com deformações de personalidade, para divertir sádicos e encher os bolsos a predadores. Esta é a definição de tauromaquia, no século XXI d.C.. É que não sei se sabe, que o mundo evoluiu, as mentalidades evoluíram, e vocês ficaram parados num tempo em que torturar seres vivos era muito “coltural”…
Os da protóiro, coitados, já se sabe, iludem-se com o facto de lavarem as mãos sujas de sangue, com a suposta caridadezinha… que acham que lhes dá “brilho”, e só se sujam cada vez mais.
Enfim, que a tauromaquia tem os dias contados, é algo dado como certo. Mas não seremos nós, anti-touradas, que iremos acabar com elas. Quem acabará com as touradas serão os próprios tauricidas e seus apoiantes. Com estas atitudes anti-socias, anti-culturais, anti-cristãs, que a Sociedade Portuguesa rejeita, o Mundo rejeita, a Civilização rejeita. E quando uma minoria é rejeitada, acaba por se reduzir à sua própria insignificância até desaparecer.
Estais em minoria. Não significais coisa nenhuma.
Isabel A. Ferreira
Para memória futura:
E é a estes espécimes que alguns autarcas e alguns deputados portugueses e até magistrados se vergam.
O que mostra que são feitos da mesma massa.
Venham mais destas. Os Touros e os Cavalos agradecem. E os abolicionistas também.
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©RebelPen
https://www.facebook.com/pyka.miolos
A prótoiro disse, tá dito, mesmo que tenha apagado o comentário à posteriori,… é de perguntar se existe alguém que concorde com esta afirmação terrorífica:
"A forma como se matam os animais é uma das mais expressivas formas de cultura de qualquer comunidade humana.” PRÓTOIRO – Federação Portuguesa das Associações Taurinas, Facebook | 18 de Agosto de 2012 às 11:18
https://www.facebook.com/PROTOIRO
Artigo principal:
via https://www.facebook.com/z.touro
A UNESCO nunca considerará este símbolo do Touro Massacrado, esta imagem de dor e sofrimento, como Património Cultural Imaterial da Humanidade. Seria descer demasiado baixo...
Posted about 13 hours ago by Francisco Vieira to Portugal sem touradas |
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A federação taurina (PróToiro) uniu-se à Coordenadora Internacional para a Tauromaquia (CIT) para «apresentar uma candidatura colectiva da Tauromaquia à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da UNESCO», conforme consta de documento divulgado hoje:
Documento disponível em: tauromaquia.pt
Pode ler-se neste documento:
No passado dia 13 de Dezembro teve lugar, em Madrid, um encontro entre a PRÓTOIRO – Federação Portuguesa das Associações Taurinas e a Coordenadora Internacional para a Tauromaquia (CIT) no qual participaram representantes da Associação Internacional de Tauromaquia (AIT), da Associação Nacional de Presidentes de Praças de Toiros (ANPTE), da União das Federações de Aficionados (UFTAE) e da Escola de Tauromaquia de Madrid, cujo momento de especial significado foi a recepção, por representantes do Centro de Assuntos Taurinos da Comunidade de Madrid, na Praça de Toiros de Las Ventas.
O encontro serviu para lançar os pilares fundamentais de uma abordagem da defesa da Festa dos Toiros de maneira conjunta entre ambas as entidades. Um acordo taurino de colaboração recíproca assinado entre ambas as organizações permitirá coordenar as actividades para uma melhor defesa de Tauromaquia, entendida esta no seu conceito mais amplo e extenso.
Neste sentido, a Coordenadora Internacional (CIT) trabalhará em conjunto com a PRÓTOIRO para estender o Projecto Tauromaquia-UNESCO a Portugal, onde a PRÓTOIRO intensificará, conjuntamente com as tertúlias e os aficionados portugueses, as actividades necessárias para estimular e pôr em marcha a declaração da Tauromaquia como Património Cultural Imaterial de Portugal, trabalho já iniciado por aficionados de festejos populares nesse país que recentemente conseguiram a importante declaração da “Capeia Arraiana” como Património Cultural Imaterial da Nação. (...)
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O movimento abolicionista da tauromaquia não pode ficar parado a assistir, deve preparar-se para impedir que a UNESCO reconheça esta barbaridade medieval e unir-se, organizar-se e liderar a luta pelo fim das touradas e de todos os espectáculos com touros.
É verdade que as touradas têm tradição em Portugal mas também é verdade que o movimento abolicionista tem tradição no nosso país, com verdadeiros combatentes desta causa nobre muitos deles desconhecidos até dos próprios defensores da extinção das touradas. |