São apenas oito, os países que ainda mantém esta prática medievalesca. Entre eles, encontra-se Portugal, que à conta disso, carrega o estigma de um atraso civilizacional terceiro-mundista.
E em pleno século XXI da era cristã, estarmos aqui a falar da tauromaquia no mundo é algo indigno para a Humanidade.
Mas enquanto esta praga não for extinguida, temos de continuar a combatê-la até que o último Touro e o último Cavalo sejam libertados das mãos dos seus carrascos.
Comecemos pela recente recomendação da ONU
Recentemente, um comité sobre os Direitos das Crianças da ONU recomendou a Espanha (e apenas a Espanha, por que não também a Portugal ou à França, para referir apenas os três países da muito civilizada Europa que teimam em manter um pé na Idade Média?) a proibição da participação de crianças nas touradas, apontando nas suas conclusões que considera preocupantes os “efeitos dos danos” nas crianças nelas envolvidas.
Isto será uma manobra de diversão? A gota de água que não esvaziará o “copo tauromáquico”, porque a ONU esqueceu-se de que os “efeitos dos danos” também se fazem sentir nos adultos tornando-os insensíveis, sádicos e a anos luz da civilização.
Gehad Madi, membro do Comité, disse a este propósito, esta coisa espantosa: «O organismo, em geral, não é contra a tauromaquia na Espanha, já que é um evento histórico e cultural, mas usar crianças como toureiros é um exercício violento”.
Como disse, senhor Gehah Madi? A tortura de Touros e Cavalos é um evento histórico assim do género de um desfile onde se recria a corte de Isabel, a Católica, de Espanha? Ou um evento cultural, assim como o lançamento de um livro, ou um concerto de música clássica, ou uma peça de teatro?
Isto é inacreditável. O senhor Gehadi Madi não deve fazer a mínima ideia do que é uma tourada, para lhe chamar o que chamou.
E a ONU, para fazer esta triste figura, mais valia estar CALADA.
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Lixo tauromáquico regressa à Ásia…
… através de um projecto turístico (?) desenvolvido pelo montador português Marco José, em Guizhou, na China, (pasmemo-nos) destinado a mostrar a multiculturalidade de vários países, entre eles o nosso pobre país, tão mal representado por aí...
E como Portugal nada tem para exportar da sua Cultura Culta, exporta o lixo tauromáquico, com o aval do governo português.
Bem, isto nem sequer é para levar a sério, nem vai vingar, porque a China está a civilizar-se e as organismos animalistas estão atentas.
Um "tuguinha" (porque ser português é outra coisa) que precisa de sair da Europa e ir para os confins do mundo, carregando o lixo tauromáquico às costas, significa apenas uma coisa: a selvajaria tauromáquica está com os dias contados. Até porque isto não é uma tradição, e muito menos portuguesa. Isto é um costume bárbaro espanhol que os reis Filipes, de má memória, introduziram em Portugal para os atrasados mentais da época se divertirem. E foi ficando em Portugal, porque a raça dos parvos ainda não se extinguiu.
Mas já está em vias de extinção...
Isto é uma vergonha para Portugal.
Desejo ao montador português que tenha o maior fracasso para a sua empreitada, porque isto não é maneira de prestigiar Portugal nem a sua Cultura.
Isabel A. Ferreira