Há indivíduos que, não conseguindo discernir o óbvio, precisam de estudos MUITO, MUITO CIENTÍFICOS para entenderem as coisas que um cego de nascença consegue ver com os olhos da alma.
Porém, quando lhes fornecemos esses estudos, CONTINUAM sem conseguir discernir.
Então só resta uma conclusão: esses indivíduos não batem bem da bola, e isto, em linguagem científica, significa que sofrem de um qualquer distúrbio mental que os impede de ver óbvio.
Isto vem a propósito de um comentário brilhante, que me enviou o José Manuel…
José Manuel E. R. C. Costa, deixou um comentário ao post TAUROMAQUIA - DOENÇA DO FORO PSIQUIÁTRICO às 11:31, 2016-09-16.
Comentário:
Bom gostaria de saber onde foi publicado este "brilhante" estudo. Quais os dados estatísticos.
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José Manuel E. R. C. Costa, eu nem quero acreditar que alguém, que no mínimo sabe unir as letras, faça uma pergunta destas.
Você gostaria de saber ONDE foi publicado este “brilhante” estudo?
Pois então ainda não se deu conta ONDE foi publicado este “brilhante” estudo?
Se AINDA não se deu conta, pois não serei eu quem lho dirá.
Quanto aos dados estatísticos não sei a que se refere.
No entanto, poderei responder-lhe à pergunta do cabeçalho desta publicação, com as brilhantes palavras que um médico dirigiu a alguém que comentou este meu texto publicado também no Facebook, e que, por coincidência (ou não, uma vez que se identificou como Zé Mané, e apresentou-se numa figura feminina), fez a mesmíssima pergunta, ou seja, quis saber onde foi publicado o meu estudo…
E o Luís Vicente respondeu assim:
«O Galileu dizia que a experimentação servia para explicar aos ignorantes aquilo que ele estava farto de saber.
Sobre a necessidade deste estudo da Isabel, apenas lhe quero perguntar umas coisas, Zé Mané: Independente do vasto conteúdo da palavra "doentio" que é vasto, a Zé Mané não acha doentio ter prazer, por exemplo, a assistir ao espectáculo do circo de Roma em que cristãos são mortos por leões? Não acha doentio ter prazer em assistir ao espectáculo dos guilhotinados na Praça da Revolução em Paris (hoje Praça da Concórdia)? Não acha doentio ter prazer em assistir à morte de "bruxas" nas fogueiras do Rossio? Não acha doentio ter prazer em assistir a um filme onde se expõe o abuso sexual de menores? Não acha doentio, alguém ter prazer na morte de judeus nos fornos crematórios dos campos de concentração?
A Zé Mané necessita de ler um estudo para, se assistir na rua a uma cena de violência gratuita em que alguém é barbaramente agredido, se insurgir contra isso?
Acha que são necessários estudos para concluir que é doentio, ou é simplesmente uma questão de civilidade, ética e bom senso? » (Luís Vicente)
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Sobre a mesma pergunta, o Rui Barbosa disse o seguinte: «dever-se-ia fazer era um estudo para tentar compreender como há gente que ainda precisa de estudos para entender que esta porcaria das touradas já deveria ter terminado há muito tempo!»
Pois é…
Não posso estar mais de acordo com Luís Vicente e Rui Barbosa.
José Manuel E. R. C. Costa, sugiro-lhe que reflicta acerca destas palavras. Use o cérebro, se é que tem cérebro…
Não sei quem é o Ivo, mas seja quem for, é um daqueles indivíduos a quem a VERDADE aguilhoa, mas não tanto como as bandarilhas cravadas na carne dos Touros…
O Ivo comentou:
De Ivo a 14 de Setembro de 2016 às 13:33 Comentário no post Tauromaquia - Doença do foro psiquiátrico
As conclusões a que você chega, que 2o escreve, se baseiam em estudos, mto bem. Algum desses estudos teve por população alvo toureiros? Ganaderos? Cavaleiros? Pessoas que assistem a touradas? Se ñ teve como pode você extrapolar as conclusões desses estudos para essas pessoas? Nenhum cientista que queira ser levado a sério o fará. As suas conclusões são suas e ñ passam de uma opinião sua e de forma alguma se baseiam em factos e mto menos em conclusões dos estudos que fala. Tb eu gostava que esses estudos existissem ou que sejam feitos, recorrendo a métodos científicos e isentos para que as conclusões a que cheguem ñ possam ser colocadas em causa.
Eu respondi:
Ora vamos lá a ver se nos entendemos.
As conclusões a que eu chego, baseiam-se em estudos mais do que comprovados e confirmados. Em factos reais, actos reais, atitudes reais e comportamentos públicos. Certo?
Os estudos em que me baseei estão esmiuçados no meu texto, e penso que esta parte está bastante clara, para quem sabe ler e compreende o que está escrito (porque há quem saiba ler, mas não compreende o que está escrito).Certo?
Estes estudos fazem-se estudando. E quem os faz não é propriamente quem se dedica à agricultura ou à limpeza de estábulos, profissões bastante dignas, mas que não dão aptidão a ninguém para saber investigar, observar e estudar os comportamentos desviantes de um determinado indivíduo ou grupos sociais. Certo?
Quem faz estes estudos, tem de ter conhecimentos aprofundados sobre uma série de disciplinas entre elas a Psicopatologia, Ciências Humanas e Sociais, Sociologia, Psicologia, Ciências do Comportamento, Métodos de Pesquisa e Análise de Dados, e também os Aspectos da Sexualidade Humana (à qual está ligada transtornos comportamentais que um leigo nem imagina, e que constitui o cerne da minha pesquisa), apenas para referir alguns. Certo?
Quem faz estes estudos tem o dever ético e profissional de observar à lupa a população alvo que pretende estudar. Certo?
Ora, chegados aqui, e tendo em conta tudo o que referi, as conclusões que aqui apresentei, foram baseadas nos estudos efectuados por mim, que não sendo encartada em Psicologia, nem em Psiquiatria, nem em Criminologia, tenho conhecimentos suficientes nestas três áreas (o facto de ter me dedicado ao Jornalismo de Investigação, durante cerca de 15 anos, assim mo exigiu) para poder efectuar um estudo, que já dura há mais de cinco anos, tendo como alvo os toureiros, os ganadeiros, os montadores de cavalos, os forcados e os aficionados, e devo dizer-lhe que todos estes indivíduos deram-me preciosos elementos para chegar às conclusões a que cheguei, e que qualquer cientista encartado chegará, se quiser aproveitar este “comboio que deixei em andamento”.
Eu lido com FACTOS. Com ACTOS. Com ATITUDES. Com COMPORTAMENTOS que fazem parte da REALIDADE. Não lido com ilusões, ou fantasias, ou mentiras convenientes e repetidas há séculos, pelos que teimam em manter viva uma prática obsoleta, obscura, primitiva, cruel, violenta, repugnante, que apenas mentes completamente deformadas podem chamar “cultura” ou “arte”.
Não meta aqui a palavra OPINIÃO, porque eu só dou opinião quando escrevo artigos de opinião.
Portanto, apenas aqueles que têm um interesse mórbido em que a selvajaria tauromáquica se mantenha, colocam em causa (porque lhes convém) as conclusões a que cheguei, baseada em estudos científicos e na análise de dados que fui recolhendo ao longo de cinco anos, no grupo alvo da tauromaquia: toureiros, ganadeiros, montadores de cavalos, forcados, bandarilheiros e aficionados, nos quais estão incluídos governantes, artistas, escritores e gente comum, que tão bem conheço.
Chega-lhe isto, ou precisa de mais pormenores?
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O Ivo precisou de mais pormenores e comentou:
Comentário no post Tauromaquia - Doença do foro psiquiátrico
Ñ, ñ chega, li e compreendi mto bem o seu texto e opinião expressa. Tb segui e li os links que disponibilizou, li com atenção e no que escrevi anteriormente ñ coloquei em causa os estudos, nem as suas conclusões, nem a competência de quem os realizou.Você escreve que teve ou tem a um estudo por si efectuado onde estuda pessoas ligadas à tauromaquia. Se o está a fazer deve ter um objectivo para o mm, qual é o objectivo do estudo?Critérios de inclusão e/ou de exclusão? Método do estudo? Idoneidade do(a)(s) investigador(es)? Declaração de interesses? (sendo essa parte mto importante, pq as nossas convicções influenciam as conclusões a que mtas vezes chegamos), e você obviamente ñ é neutra nesta questão. Ñ tem formação nem idoneidade para fazer esse tipo de estudo, ser jornalista de investigação ñ lhe dá essa qualificação. O que eu quis dizer (parece-me que ñ compreendeu o que escrevi), e o que coloquei em causa foram as SUAS conclusões.Em nenhum dos links que disponibilizou se conclui ou sequer se refere que alguém ligado à tauromaquia fez parte dos sujeitos dos estudos, logo ñ se pode concluir que todas as pessoas que de alguma forma estão ligadas à tauromaquia, ou toiricidas como você escreve, sejam todos psicopatas. Se assim fosse e com base no que li daquilo que disponibilizou tb posso afirmar que quem humaniza os animais e lhes atribui características humanas ou os tratar como filhos, sofre de algum distúrbio mental. Acha correcta essa minha afirmação?
Ivo a 14 de Setembro 2016, 22:51
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E eu respondi:
Primeiro: Se o que eu já disse não chega, não chegará apenas para os que se recusam a INTERPRETAR o meu texto à luz da racionalidade. E então o problema será seu. Você leu, leu, leu, mas não entendeu, ou não quis, para não ter de enfrentar a REALIDADE. Se tivesse entendido, teria concluído que EU NÃO DEI OPINIÃO. EU TIREI UMA CONCLUSÃO baseada nos estudos realizados por outros e que eu aproveitei para COMPLETAR O MEU ESTUDO.
Já ouviu falar em Ascânio Sobrero? Foi ele que descobriu a nitroglicerina. Mas foi Alfred Nobel que lhe deu a forma final. Quem alia hoje a dinamite a Sobrero? Apenas os que sabem.
Isto para dizer que no que respeita à psicopatia dos tauricidas e afins, passa-se mais ou menos a mesma coisa.
Alguém tinha de começar.
Comecei eu.
Os especialistas deram-me todos os instrumentos e eu aproveitei-os para traçar o perfil psicológico dos que deambulam pelo mundinho cavernícola da tauromaquia. E este meu Blogue é um manancial para quem quer fazer esse estudo.
Está aqui TUDO.
E ainda lhe digo mais: não é preciso ser ESPECIALISTA de coisa nenhuma, para chegar à CONCLUSÃO a que EU cheguei. Basta ser um SER HUMANO SENSÍVEL e VER COM OLHOS DE VER tudo o que se passa ao redor da selvajaria tauromáquica. Até uma criança de cinco anos, educada num meio MENTALMENTE SAUDÁVEL dirá diante deste vídeo:
Estes homens são maus para o Touro
Nunca dirá estes homens são bons para o Touro.
Ora, este “MAUS” na boca de uma criança tem o significado de MALVADOS, MALÉVOLOS.
Na boca de um adulto mentalmente saudável significará CRUÉIS.
Mas na boca de um psiquiatra, de um psicólogo ou de um sociólogo a palavra “MAUS” soará como PSICOPATAS, SÁDICOS, MENTES DEFORMADAS. E é óbvio que cada doença mental (não estou a falar de deficiência mental) apresenta vários graus. Elevado, médio e baixo.
Segundo: respondendo à pergunta qual é o objectivo do MEU estudo? Tenho dois objectivos com o MEU ESTUDO: mostrar ao mundo que a TAUROMAQUIA, implicando comportamentos anti-sociais, cruéis, violentos e sanguinários para com seres que estão catalogados como SENCIENTES (Touros e Cavalos), tão sencientes como os humanos, provocando, com isso, um mau-estar psicológico nos seres humanos sensíveis e mentalmente saudáveis, É UMA ACTIVIDADE NOCIVA às sociedades humana e não-humana, e como tal deve ser ABOLIDA; e demonstrar que os indivíduos nela envolvidos, desde os que a praticam, aos que a aplaudem e aos que a promovem e apoiam, sofrem de perturbações mentais, que podem ir desde a psicopatia, ao sadismo ou á simples deformação mental, passando pela IGNORÂNCIA CRASSA à qual se agarram, recusando a VERDADE que lhes é apresentada, perdendo assim o comboio da evolução.
E isto tudo tem um nome: COMPORTAMENTO DESVIANTE, ou seja, um comportamento contrário aos PADRÕES E NORMAS aceites como CORRECTOS numa sociedade que já entrou no século XXI d.C., portanto, não ficou parada no século XII, e já não se diverte a torturar seres vivos sencientes, indefesos, inocentes e inofensivos.
Exemplos de comportamentos desviantes incluem homicídio, pedofilia, violação, roubo, piromania, vandalismo, bullying, CRUELDADE, SADISMO, independentemente de serem dirigidos contra animais humanos ou não-humanos, incluindo TOUROS E CAVALOS.
O pior é que os que DEAMBULAM PELO MUNDINHO TAUROMÁQUICO ignoram o facto de estarem a AFECTAR NEGATIVAMENTE A SOCIEDADE, por falta de empatia com o sofrimento dos animais não humanos que TORTURAM PARA SE DIVERTIREM, e também por falta de empatia com o sofrimento que causam aos seres humanos sensíveis e mentalmente saudáveis.
Terceiro: não estando eu minimamente preocupada em apresentar um ESTUDO CIENTÍFICO, até porque esses estudos já foram realizados e eu apenas os transferi para uma “população” ATÉ AGORA considerada normal (mas os pedófilos também o foram até há poucos anos) e que é URGENTE DESMASCARAR, não sou obrigada a apresentar critérios, métodos ou declarações de interesse, e é óbvio que não sou NEUTRA (os neutros nunca fizeram evoluir o mundo), nestas questões de TORTURA seja de animais humanos ou não- humanos. Não estou aqui na qualidade de CIENTISTA, mas de JORNALISTA SEM PATRÃO (isto é importante dizer porque há patrões que atrapalham, por não ser conveniente dizer alto o que a sociedade precisa de saber sobre os podres das máfias, e como há patrões escravos do poder… fica tudo dito)
Quarto: tenho formação e idoneidade suficientes para fazer o que faço, e para daí tirar as MINHAS CONCLUSÕES, que só são colocadas em causa por aqueles a quem NÃO CONVÉM que este ESTUDO seja validado. O que parece ser o seu caso.
Quinto: Não, não acho correcta a sua última afirmação, porque animais somos todos nós, e já ficou demonstrado que os animais não-humanos têm uma inteligência superior à de muitos destes “humanos” que se dedicam a torturar touros numa arena para se divertirem, e à dos que lá vão aplaudir essa crueldade. E isto é um comportamento de criaturas com mentes completamente DEFORMADAS. Não haverá ninguém que diga o contrário, a não ser os CEGOS MENTAIS.
Os animais não humanos já demonstraram que são SUPERIORES àqueles “humanos” que andam no mundo a destruí-lo IRRACIONALMENTE, e a atrapalhar o trabalho construtivo dos outros.
Já agora remeto-o para um texto de Josefina Maller que poderá abrir-lhe a mente (se tiver a mente disponível) para aquilo que eu pretendo dizer com o que já disse:
Por que gosto dos animais não-humanos...
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/por-que-gosto-dos-animais-nao-524277
Sexto: a sua tentativa de DESVALORIZAR O MEU ESTUDO falhou, até porque existem estudos sobre a psicopatia ligada ao maltrato animal (e aqui estão incluídos TODOS os animais, TOUROS e CAVALOS também).
O vosso problema é achar que os Touros e Cavalos não são animais.
Pois se souber ler castelhano LEIA e aprenda, e SURPREENDA-SE.
El maltrato animal es una psicopatía
https://www.psicologiapuebla.com/maltrato-animal-una-psicopatia/
(Esqueci-me de incluir esta preciosa fonte no meu texto, mas vai já para lá…)
Isabel A. Ferreira
Este é o vídeo da vergonhosa acção deseducativa dos Açores
Exma. Senhora Presidente do Conselho Executivo da EB1 de Angra do Heroísmo
Exmo. Senhor Secretário Regional da Educação e Cultura
Foi com enorme indignação e estranheza que tomei conhecimento, através do programa da XIV Semana da Ciência, promovida pelo Departamento de Ciências da EB1 de Angra do Heroísmo, de que a conferência «Importância da Festa Brava na Ilha Terceira» constava da lista das temáticas a abordar.
Não é compreensível que para promover a Ciência – que é o conhecimento rigoroso e racional de um determinado tema, obtido mediante um método próprio; é o domínio organizado do saber; é o conjunto organizado de conhecimentos baseados em relações objectivas verificáveis e dotados de valor universal – tenha sido imponderavelmente aproveitada a selvajaria tauromáquica, para incutir em crianças, pré-adolescentes e adolescentes a prática da tortura e maus-tratos a seres vivos.
É pública, no vídeo da conferência, a forma como o tema é abordado, pela Doutora Fátima Ferreira, docente do 1º ciclo e (pasmemos!) ganadeira, que incute a barbárie como uma “ciência” incontestável.
Daí a minha mais veemente indignação pelo lugar e o momento escolhidos para esta acção que, vinda de uma docente, proprietária de uma ganadaria, é legítimo considerá-la infectada de intuitos comerciais, ainda mais apresentada numa Escola Pública, onde terá sido forçosamente autorizada pelos respectivos órgãos de gestão, e no âmbito de uma Semana da Ciência, no qual não se compreende a pertinência deste tema integrar um programa no qual o objectivo é despertar e sensibilizar para a Ciência.
O que terá a selvajaria tauromáquica a ver com Ciência…?
Já a quiseram ter como Cultura e Arte… Acrescentam-lhe agora a Ciência, qualquer dia temo-la como Hermenêutica…
Desta forma, e tendo em conta toda a contestação aos níveis regional, nacional e internacional de que tem sido alvo a prática desta selvajaria por questões de natureza ética; face a estudos científicos que comprovam a senciência animal; face às recomendações feitas a Portugal pela ONU, através do seu Comité dos Direitos da Criança, no sentido de tomar medidas para proteger os jovens portugueses da violência ligada à actividade tauromáquica, violência da qual não está isenta a tourada à corda; considera-se que integrar o tema da tauromaquia na Semana da Ciência é despropositado, desenquadrado, abusivo, deseducativo, irracional e, consequentemente, em todos os sentidos, altamente nocivo e antipedagógico.
Posto isto, venho sugerir a Vossas Excelências, que sejam tomadas todas as medidas, para que esta situação não se repita em nenhuma instituição de ensino, em toda a Região Autónoma dos Açores.
Uma tal iniciativa arrasta o Arquipélago dos Açores para a lama da iniquidade. E os Açorianos Cultos não merecem esta vergonha.
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Existem coisas que são tão óbvias para um ser humano minimamente racional que não necessitariam de estudos científicos, para serem provadas.
Mas neste caso, por acaso, até existem estudos…
Porém, em Portugal, há uma lei que exclui alguns animais do Reino Animal, e os psicopatas podem “treinar” nesses indefesos seres os seus instintos assassinos.
Depois é a violência que vemos contra os mais indefesos: crianças, mulheres e idosos que, diariamente, são assassinados, maltratados, torturados…
Este texto vai ao cuidado das autoridades portuguesas
(Foto: Divulgação)
A partir de 2016, as pessoas que cometerem actos de maus-tratos contra os animais serão agrupadas na mesma categoria dos assassinos nos Estados Unidos. O FBI anunciou esta semana que o abuso de animais receberá uma nova categorização, sendo tipificado como “crime contra a sociedade”. As informações são do site Dog Heirs.
Essa nova categorização provavelmente ajudará as leis a favor dos animais e será uma melhor forma de rastrear os crimes de crueldade animal, já que actualmente eles são colocados na categoria “outros”, dificultando o rastreamento.
«A atividade criminal e informação de grupo será expandida para incluir quatro tipos de abusos», lê-se num comunicado oficial do FBI.
Haverá quatro categorias de abuso: a negligência simples, abuso intencional e tortura, abuso organizado e abuso sexual.
Segundo o FBI, o conceito de crueldade encaixa-se na “execução intencional, com conhecimento de causa ou de forma imprudente de uma acção que maltrate ou mate qualquer animal sem justa causa, tal como a tortura, mutilação, atormentação, envenenamento ou abandono”.
Essa nova classificação trará dois efeitos imediatos, como afirma o director de políticas de abuso contra animais da Sociedade Humana da América. O primeiro será o de mostrar a todas as agências policiais que esse problema deve ser encarado com seriedade, devido à sua gravidade. O segundo será a monitorização em tempo real de casos de abuso animal nos 50 estados norte-americanos, compilados em relatórios mensais pelas autoridades locais.
Estudos mostram que crianças que torturam ou matam animais podem repetir essa violência contra as pessoas quando crescerem. Sendo assim, enquadrar os crimes contra animais no mesmo nível de assassinatos é uma forma de agir com mais rigor contra quem maltrata animais e, indirectamente, impedir que essa pessoa aja com violência contra algum ser humano.
O director de aplicação da lei para o Monmouth County SPCA, Victor “Buddy” Amato, afirmou que o FBI está a caminhar para um próximo nível e que as pessoas estão a levar o combate à crueldade animal mais a sério. “Um crime violento, e se não for controlado, leva a coisas maiores”, disse.
Estudos comprovam
Segundo estudos do FBI cerca de 80% dos psicopatas começam os seus crimes cometendo abusos contra os animais. Como já foi mostrado pela jornalista colaboradora da ANDA, Fátima Chuecco, na série “Matadores de Animais”, que aborda o universo dos serial killers, são inúmeros os exemplos, dentre eles o conhecido Caso Dalva, no Brasil, e casos como o dos assassinos Edmund Kemper e Edward Leonski, dos Estados Unidos.
Dalva Lima da Silva viveu 10 anos da sua vida fazendo-se passar por protectora de animais, e durante esse tempo, matou-os fazendo uso da injecção letal, até que, em 2012, foi apanhada em flagrante, tentando desfazer-se dos corpos de 37 cães e gatos. O laudo pericial atestou que todos os animais estavam saudáveis, inclusive uma cadela que teve a sua região peitoral perfurada 18 vezes numa tentativa cruel de localizar o coração para injectar o líquido que a mataria de forma extremamente dolorosa.
Edmund Kemper foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de oito mulheres, dentre elas, a sua avó. No entanto, antes de começar a matar pessoas, ele já praticava actos de extrema crueldade contra os animais, decapitando gatos e atirando em pássaros quando tinha apenas 13 anos de idade.
Já Edward Leonski foi condenado à forca, em 1942, por ter estrangulado três mulheres, crimes justificados por ele como uma forma de conseguir as vozes delas. Mas, assim como Kemper, ele também treinou os seus actos de psicopatia em animais, utilizando agulhas para cegar pássaros na infância, acto que pode ter ligação com o canto das aves.
De acordo com a jornalista Fátima Chuecco, os alvos predilectos dos psicopatas são “criaturas frágeis, ingénuas, indefesas, fáceis de enganar, capturar e manter sob o seu domínio – e os animais enquadram-se em todos os itens, assim como as crianças, mulheres e idosos que, numa segunda etapa da vida de um psicopata, podem tornar-se seus alvos”.
Sendo assim, é preciso olhar para essa questão de outra forma, tendo consciência da necessidade de punir severamente quem comete abusos contra animais e, além disso, ver essa punição como uma prevenção que impede posteriores vítimas humanas.
Fonte:
http://www.anda.jor.br/06/04/2015/crueldade-animal-sera-considerada-crime-sociedade-fbi
(Este texto foi transcrito para a Língua Portuguesa)