Será que eles merecem morrer ou ficar inutilizados para o resto das suas vidas? A resposta é simples, não o desejamos a ninguém nem nos regozijamos com isso, mas daí a lamentá-lo, se acontecer…
Eis um exemplo de um indivíduo que pôs a sua vida em risco:
Por Prótouro
«Quando um toureiro é ferido durante uma tourada, alguns abolicionistas afirmam: é bem feito ou devia ter morrido. Este tipo de afirmações, são segundo os aficionados, a prova que nós somos fundamentalistas e que damos mais valor à vida dos animais que à vida dos humanos.
Na verdade, muitos dos que fazem essas afirmações, fazem-no porque simplesmente estão fartos de verem animais serem torturados em nome do divertimento e fartos de ver as autoridades comportarem-se como Pôncio Pilatos. É um desabafo de muitos que lutam há anos pela abolição e continuam a não ver nada a não ser estagnação.
No entanto, isso não significa, que façam uma valoração entre vidas, antes pelo contrário. Os abolicionistas defendem vidas e é exactamente por isso, que querem que as touradas sejam abolidas e é exactamente por isso, que querem ver todas as formas de exploração animal (animais humanos e animais não humanos), abolidas.
A título de exemplo, assim como lutamos contra a tauromaquia, também lutamos contra a exploração infantil porque não existe diferença entre a exploração de animais e a exploração de crianças. E no entanto, verificamos, que aqueles que exploram animais também exploram crianças.
A indústria tauromáquica, actua sobre as duas vertentes, exploração animal para obter lucros e exploração infantil para fomentar novos aficionados.
Um bebé a ser esfregado na cara de um bezerro torturado: se não vai a bem... vai a mal... mas a criança tem de ser tauricida...à força!
Ambas as vertentes são criminosas e são estes factos, que fazem com que alguns abolicionistas desejem o pior do mundo aos tauricidas.
Será que eles merecem morrer ou ficar inutilizados para o resto das suas vidas? A resposta é simples, não o desejamos a ninguém nem nos regozijamos com isso, mas daí a lamentá-lo… Porque é aqui que reside o cerne da questão: a morte ou a incapacidade permanente dos tauricidas, reside, unicamente numa escolha feita pelos próprios. Portanto, o que lhes acontece numa praça de touros, deriva dessa escolha e decisão. Pelo contrário, os touros e os cavalos, graças às leis que permitem esta aberração não têm escolha.
O que possa ocorrer a estas pessoas que deliberadamente põem as suas vidas em risco é triste, mas daí a lamentar, vai um grande passo.
O que nós na realidade deploramos, é que ainda existam países e governos, que permitem que estas pessoas, ponham deliberadamente em risco as suas vidas num espectáculo primitivo em que as únicas vítimas são os animais. Os toureiros, esses, quando são corneados são vítimas colaterais da sua própria estupidez e podem agradecer aos governos o facto de lhes darem carta-branca para serem corneados.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte: