Mas a ignorância é a mãe da estupidez. Sempre foi, em tudo.
Quem, ontem, vandalizou a estátua do Padre António Vieira, erguida no Largo Trindade Coelho (Bairro Alto - Lisboa), além de vândalo(s) é (são) ignorante(s) ao mais alto grau.
É no que dá os governos menosprezarem o ESTUDO DA HISTÓRIA, que querem apagar, por motivos dos mais estúpidos, até porque a Humanidade tem uma História, e goste-se ou não das barbaridades que se cometeram, em nome dos homens ou em nome dos deuses, elas existiram, e têm de ser recordadas para que as gerações futuras não as repitam, se bem que haja quem não consiga aprender o mínimo dos mínimos.
E uma coisa é erguer-se estátuas a indivíduos que na sua época foram “heróis”, outra coisa é perpetuar a memória dos actos que esses "heróis" cometeram contra a Humanidade, e isso faz-se através do estudo da História, sem a apagar e não a lendo à luz dos valores do século XXI d. C. Num futuro muito longínquo, isto é, se houver futuro, talvez os "heróis" do nosso tempo também sejam desconsiderados e anulados pelos crimes cometidos contra os seres humanos, contra os seres não-humanos e contra o Planeta.
Não foi o caso do Padre António Vieira, que ergueu a sua voz contra os colonos europeus, e dedicou a sua vida aos escravos, aos negros e aos indígenas brasileiros.
E a National Geographic, num texto escrito em Bom Português, dá-nos uma pequena lição de História, acerca do padre António Vieira, que qualquer um, que esteja interessado, pode aprofundar com a ajuda de uma Enciclopédia.
Espero que os nossos governantes tenham aprendido alguma coisa, com este triste episódio, e tratem de incluir, no currículo escolar, o estudo da História, e não apenas pedaços da História, que mais convêm a quem não tem uma visão global da Humanidade e do seu percurso, para que possamos ter um futuro livre de um vírus chamado estupidez, que anda a atacar países como os EUA e o Reino Unido e, ao que parece, Portugal também.
«Padre António Vieira, defensor dos Índios»
A descoberta do Brasil provocou o choque entre duas culturas em diferentes estados de evolução. Entre conquistadores e conquistados, a voz do padre António Vieira ergueu-se contra os abusos dos colonos europeus.
Nasceu em Lisboa em 1608 e viajou muito novo com a família para São Salvador da Bahia.
Com 15 anos, iniciou o noviciado na Companhia de Jesus e, aos 26, foi ordenado sacerdote. Na hora de fazer os votos, Vieira terá acrescentado um quarto voto especial: o de dedicar a sua vida aos escravos, negros e índios do Brasil.
Com a Restauração, viajou para Lisboa e permaneceu na Europa durante os 11 anos seguintes. Tornou-se Pregador de Sua Majestade, confidente e amigo pessoal de Dom João IV, e os seus sermões cedo causaram sensação na capital. Em Novembro de 1652, o padre António Vieira trocou a vida cortesã da Europa pelas paragens remotas da selva amazónica, onde viu a oportunidade de realizar a sua verdadeira vocação num território que via os escravos, os índios e os negros como a sua principal riqueza.
Nove anos depois, o conflito com os colonos atingiu um ponto insustentável. Vieira foi expulso com os jesuítas do Maranhão e embarcado à força para Lisboa. Os índios perdiam um dos seus mais fervorosos defensores.»
Fonte:
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«Repondo alguns factos históricos:
Sinceramente, até desconfio que quem vandalizou a estátua do Padre António Vieira, em Lisboa, foram os neonazis do "Bosta!" para incendiar os ânimos (uma técnica típica neonazi...); mas, seja como for, é importante repor aqui os factos históricos.
António Vieira foi um pensador muito avançado para o seu tempo. Não era um colonialista, até foi expulso do Brasil por se opor aos colonos, ao modo como escravizavam e oprimiam os ameríndios e os africanos, e pregou e escreveu copiosamente contra a escravatura. Foi também perseguido pela Inquisição por ter uma visão de síntese espiritual inclusiva e multicultural que se opunha ao anti-semitismo e anti-islamismo do 'santo ofício' português.
Em suma, se há uma figura histórica portuguesa que em absoluto não merece o rótulo de colonialista e esclavagista é precisamente o Padre Vieira.
É preciso afirmar aqui que, se fosse vivo, António Vieira, homem vertical e corajoso, estaria pregando e escrevendo contra o fascismo, o nacionalismo, o racismo e o monoculturalismo do extremismo ideológico.
Portanto, os neofascistas nacionalistas que tenham o pudor de não instrumentalizar essa figura que se situa nos antípodas da sua miserável visão fanática monocultura racista.
E os activistas anti-racistas que aprendam História, e canalizem a sua energia para o futuro, apreendendo as lições da História que nos diz que quem gosta de apagar, decapitar e vandalizar vestígios do passado são precisamente os fascistas... Não é através do niilismo destruidor que algo de evoluído e benéfico poderá ser construído. Os fins não justificam os meios; os meios devem já em si prefigurar os fins que desejam.
Ainda umas palavras sobre o derrube e decapitação de estátuas em vários países na esteira de 'protestos' ‘anti-racistas’.
O passado não pode, ou deve, ser apagado, seus aspectos negativos devem ser ultrapassados aqui e agora dentro do Espírito humano, criativamente e construtivamente sublimados e transmutados, apreendendo as suas lições, e evoluindo através delas.
A História é o longo percurso de aprendizagem da espécie humana, percurso feito de muitos erros e horrores, mas um caminho que também possibilitou que paulatinamente ideias luminosas como os direitos humanos, a democracia, o multiculturalismo, o universalismo, o anti-racismo, a inclusão, pudessem expandir-se e enraizar-se. Não deitemos fora o bebé com a água suja do banho!
Viva o exemplo espiritualista luminoso do Padre António Vieira! Abaixo todos os extremismos! Todos os fascismos (que existem em ambos os extremos ideológicos)!
Paz e Unidade!
Miguel Santos»
Fonte:
Vaquejada
Apelo de uma cidadã que vive inserida num mundo que pertence ao século XXI D.C.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República Federativa do Brasil, Doutor Michel Temer
Excelência:
Tendo conhecimento de que está nas mãos de Vossa Excelência o poder de vetar o Projecto de Lei 24/2016, que visa proteger a violenta e cruel vaquejada como património cultural, que o Congresso Nacional, inacreditavelmente, aprovou, atrevo-me a apelar a Vossa Excelência que apoie a decisão do Supremo Tribunal Federal, que considerou inconstitucional esta prática bárbara.
Motivos básicos para o meu apelo:
1 – A vaquejada é uma actividade violenta, cruel e ofensiva aos mansos e herbívoros Bovinos, que, numa situação indefesa, são atacados cobardemente, por seres que dizem pertencer à espécie humana.
2 – A vaquejada é uma prática irracional, que está completamente ultrapassada e que não se justifica nos tempos modernos, nem se harmoniza com a evolução da Humanidade.
3 - Estas práticas são de uma violência extrema e demonstram uma enorme falta de respeito para com os Bovinos, seres sencientes e profundamente sensíveis (pois se até uma mosca os incomoda) provocando-lhes um sofrimento inenarrável e inútil, tanto físico como psicológico.
4 – A vaquejada é uma actividade bárbara e primitiva, que em nada dignifica a essência do ser humano, tortura animais inofensivos e indefesos, e envergonha o Brasil, um país que tem tudo para ser grande, mas nunca o será, enquanto apoiar estas práticas terceiro-mundistas, uma vez que, segundo Mahatma Gandhi, «a grandeza de um país mede-se pelo modo como ele trata os seus animais não-humanos».
5 - Num país que se quer civilizado e desenvolvido não se admite que animais não-humanos sejam perseguidos, torturados e mutilados em nome do entretenimento.
6 - Não pode considerar-se entretenimento a violência e a crueldade exercida sobre um ser vivo indefeso.
7 - A maioria da sociedade brasileira afirma-se hoje contra a obscena cultura de violência que a vaquejada representa.
8 – Os Brasileiros, como o restante mundo civilizado, apelam para que o Brasil seja um país evoluído e progressista onde os animais não-humanos sejam bem tratados, protegidos e respeitados.
9 – A prática da vaquejada além de integrar comportamentos brutos sobre um animal não-humano, constitui também um perigo para os praticantes.
10 – A nossa liberdade termina onde começa a liberdade de outro ser senciente, neste caso, a liberdade de Bovinos indefesos. O mundo evoluiu. Foram-se dando direitos aos seres humanos considerados, durante muitos séculos, seres sem alma: escravos, mulheres, crianças e animais não-humanos. A evolução tem passado ao lado de países onde ainda se mantém estas práticas bárbaras contra animais não-humanos. Porém, actualmente, os Direitos Universais dos Animais Não-Humanos são uma questão fundamental. Tal como foi em tempos a abolição da escravatura, que também teve os seus opositores, mas a racionalidade acabou por vencer, em nome da evolução da inteligência e consciência humanas, que nunca aconteceu em simultâneo a todos os seres humano: os mais conscientes lutam, e as leis vão mudando; os outros, menos evoluídos, acabam por ter de aceitar e ir a reboque... Sempre foi assim, e assim sempre será.
Por isso, se o Brasil não quiser ficar para trás na escala da evolução, tem de começar a olhar para os animais não-humanos, com olhos compassivos, e tentar sentir e compreender que apesar de eles terem uma fisionomia e algumas características diferentes das nossas, têm tanto direito a viver uma vida em liberdade, com saúde e bem-estar, quanto nós. Afinal, são nossos companheiros na aventura da Vida no Planeta Terra.
11 – A vaquejada não tem mais lugar numa sociedade civilizada. O ser humano tem evoluído no sentido de cada vez mais respeitar o sofrimento e vida dos animais e, por esse motivo, as vaquejadas têm vindo a ser repudiadas por todo o mundo civilizado. Trata-se de uma actividade bárbara que não serve absolutamente nenhum interesse do ser humano, mas apenas o interesse económico de alguns, e o de uma minoria que insiste em alimentar e perpetuar este “gosto” mórbido, leviano e sádico de se entreter à custa do sofrimento de um animal herbívoro, que mais não quer do que, pacificamente, pastar e conviver com os da sua espécie.
12 – As vaquejadas promovem a violência gratuita, deseducam as crianças que a elas assistem, inclusive provocam-lhes traumas (estudos provaram-no), representam uma afronta à Ciência que já demonstrou e provou sobejamente que os Bovinos são animais sencientes e conscientes, tal como nós, animais humanos.
Motivos científicos comprovados:
1 - Em Março de 2012, um grupo de neurocientistas de renome internacional, declarou pela Universidade de Cambridge que todos os mamíferos, aves, répteis e outros animais de várias espécies, além de serem sencientes têm também consciência. Quer isto dizer, que têm plena noção do que se passa à sua volta e que, tal como o animal humano, têm a capacidade de experimentar sofrimento físico e emocional, como dor, tristeza, medo, stress, pânico, mas também alegria, amor e emoção. Não há de facto, aos olhos da ciência e de qualquer pessoa civilizada e compassiva, diferenças fundamentais entre nós humanos e os restantes animais não-humanos.
2 - Segundo o Médico Veterinário Dr. Vasco Reis, as vaquejadas «contribuem para insensibilizar, habituar e até viciar crianças e adultos no abuso cruel exercido sobre animais, o que pode propiciar mais violência futura sobre animais humanos e não-humanos. No que respeita ao sofrimento e desenvolvimento de afectos eles estão ao nível dos seres humanos».
2 - A utilização de animais não-humanos, submetidos à violência e à brutalidade, não pode ser branqueada como «espectáculo que não tem sangue e é só para divertir o povo». Será para um povo sedento de violência.
3 – Ainda que não haja sangue (como por exemplo nas touradas), «a vaquejada provoca grande sofrimento aos animais, e contribuem para a perda de sensibilidade das pessoas, e para o gosto pela crueldade e violência».
4 – A vaquejada é uma prática fútil, sádica e cobarde, que revela um grande atraso civilizacional, por parte de quem a pratica, a aplaude e a apoia.
Posto isto, apelo ao raciocínio humano e à sensibilidade de Vossa Excelência, para que reflicta sobre este assunto e tome a decisão mais civilizada: a de vetar o Projecto de Lei 24/2016.
Esta é, sem dúvida, uma oportunidade única para Vossa Excelência ficar na História, como o Presidente que conduziu o Brasil para a Civilização e Modernidade, banindo do país uma prática terceiro-mundista.
Com os meus mais cordiais cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
É deste modo completamente livre que devem viver os Cavalos.
Sem arreios, sem selas, sem serem montados.
Os Cavalos não nasceram para ser escravos do animal humano.
Nenhum animal nasceu para ser escravo de outro animal.
Nem sequer o animal humano nasceu para ser escravo dos da sua espécie, muito menos os animais não humanos nasceram para ser escravos do animal humano.
Hoje, neste dia de São Francisco de Assis, o frade que considerava os animais não humanos seus irmãos, meditemos na sua mensagem e façamos do mundo o paraíso que todos os animais, humanos e não humanos, merecem.
Os animais ditos não humanos são treinados por ANIMAIS IRRACIONAIS, e há quem vá aplaudir as “habilidades” dos infelizes que sofreram HORRORES para se apresentarem estarem nas arenas a fazerem coisas para as quais não nasceram.
É a velha história dos gladiadores escravos, que eram treinados para lutarem nas arenas com leões esfomeados.
Mas este tempo de horrores ficou no passado.
Hoje há o “Cirque du Soleil”… por exemplo…
Por favor, não comprem, nem ofereçam bilhetes para circos com animais. Estes são prisioneiros e escravos de uma vida para capricho humano. Os treinos para os animais fazerem habilidades são realizados através de castigos físicos e maus tratos durante toda uma vida.
Apoiem os circos sem animais.
São mais humanos e solidários, numa época que se pretende harmoniosa.
Fonte:
https://www.facebook.com/pages/ALF-FLA-de-Portugal/569879733036361?pnref=story
Este é o começo de uma nova consciência
ÍNDIA, MAIO DE 2013
O India's Ministry of Environment and Forests, Ministério do Meio-Ambiente e Florestas da Índia, em uma iniciativa ético-política sem precedentes na História da Humanidade, reconheceu - oficialmente, os golfinhos como "pessoas não-humanas" cujo direito à Vida e Liberdade devem ser respeitados.
A decisão abre um novo horizonte na esfera do Universo dos direitos referentes à Vida. Significa a introdução de conceito jurídico de sujeito detentor de direitos sociopolíticos que, finalmente transcende o antropocentrismo das leis que protegem a Vida.
O Ministério orientou os governos estaduais a proibir os dolphinariums e outros empreendimentos comerciais, como os de entretenimento cujo "produto" oferecido são shows com baleias e golfinhos mantidos em cativeiro e todos aqueles mais que impliquem captura (caça) e confinamento das espécies.
O comunicado do governo declara claramente que considerando que - nos dias actuais, já há algum tempo, as Ciências estabeleceram definitivamente que espécies de cetáceos são - inegavelmente - seres inteligentes, auto-conscientes, dotados de sentimentos (capacidade de sentir emoções) e até identidade individual, estes seres, devem ser vistos como pessoas não humanas - (recusando a ideia de que são animais irracionais)... e - como tal, devem ter seus próprios direitos específicos.
Golfinhos tornaram-se, assim, ao menos na Índia, por enquanto - Legalmente Pessoas 'Não Humanas' - considerados como indivíduos animais racionais (sapiens, como os Homens) mamíferos terráqueos aquáticos Não-Humanos titulares de direitos políticos, sujeitos ou objecto, especialmente, de protecção legal em disposição inclusa nos Códigos do Direito à Pessoa (o Direito Civil e Constitucional) vigente nas águas territoriais que estes indivíduos frequentam ou habitam.
A nova Lei responde ao clamor popular dos protestos que, durante semanas, denunciou como violação do direito à vida e ao bem estar-animal - a construção de um novo parque aquático (com golfinhos e outros mamíferos marinhos no show) no estado de Kerala.
O parque de Kerala não era o único: várias outras instalações semelhantes estavam em construção em diferentes partes do país, como Delhi, Mumbai e Kochi. Agora, as obras desses empreendimentos foram canceladas por proibição governamental.
A porta-voz da Federação das Organizações Indianas de Protecção aos Animais - Puja Mitra, comentou: «Isso abre um novo discurso da Ética na política da protecção animal na Índia». Mitra é uma das lideranças do movimento indiano para extinguir a prática de cativeiro de golfinhos.
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DOS CETÁCEOS
A militância civil para o reconhecimento de baleias e golfinhos como indivíduos com autoconsciência e um conjunto de direitos começou a actuar significativamente há três anos, em Helsink - Finlândia, quando cientistas da Biologia e especialistas em Ética elaboraram a Declaração dos Direitos dos Cetáceos. Esses sábios escreveram: Nós afirmamos que todos os cetáceos, como pessoas, têm direito à Vida, à Liberdade e Bem-estar.
Entre os signatários da Declaração inclui-se o cientista marinho Lori Marino, que apresentou evidências de que os cetáceos têm cérebros grandes e complexos, especialmente as áreas que participam dos processos de comunicação e cognição (capacidade de conhecer, reconhecer e aprender).
O trabalho de Marino mostrou que golfinhos têm um nível de autoconsciência semelhante ao dos seres humanos. Os golfinhos reconhecem seu próprio reflexo, usam ferramentas e entendem conceitos abstractos. Possuem silvos que são assinaturas individuais, permitindo à seus familiares e amigos reconhecê-los, tal como os humanos utilizam os nomes próprios.
Mitra explica: Eles compartilham intimidades, mantêm estreitos laços com seus grupos familiares, têm sua própria cultura, suas próprias práticas de caça e mesmo variações na forma como se comunicam.
PESSOAS, ARTISTAS... JAMAIS, ESCRAVOS
Na Índia, a questão dos Direitos dos Cetáceos chamou a atenção à medida que se multiplicaram os shows com esses animais.
A renda per capita cresceu no país, ampliando as oportunidades de um mercado de entretenimento onde este tipo de show aquático atrai multidões.
Mitra denuncia: «A maioria das baleias e golfinhos em cativeiro foram "obtidos" através de caça selvagem muito violenta, praticada no Japão, em Taji, no Caribe, nas Ilhas Salomão e Rússia. Os animais são acuados de forma tal que são obrigados a entrar em alguma baía rasa onde jovens fêmeas sem marcas são escolhidas e capturadas. Muitas vezes, o resto do grupo é abatido (assassinado).»
Mitra revela que a experiência do cativeiro é equivalente à tortura. Baleias como as orcas, preferidas para os shows e golfinhos, em liberdade, navegam pelos mares emitindo e capturando sons que lhes permitem a exercer a faculdade da ecolocalização. Nos tanques, obrigados a perceber o mundo limitados as reverberações de suas próprias vozes, essa faculdade torna-se uma maldição que provoca intenso sofrimento.
Existem numerosos casos registrados de muitos golfinhos que batem insistentemente com a cabeça nas paredes e orcas que desgastaram seus dentes mordendo os limites do tanque (evidentemente, o comportamento de um ser neurotizado e desesperado).
Fonte:
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Falta o respeito pelas mulheres.
Inacreditável? Mas acontece no nosso país onde a maioria parlamentar SERVE o lobby tauromáquico como os escravos serviam os seus senhores no tempo de má memória.
Terão medo de quê? Ou não será o medo que os move?
Por Cândido Coelho
«É absurdo e medieval que continuem a defender a tourada como tradição nacional. Os agricultores têm que pagar IVA a 6%. Já os toureiros encontram-se isentos do pagamento de IVA, exercendo estes uma actividade bárbara e cruel, a qual já teria entrado em insolvência, se não fosse o lobby político que existe nas bancadas do parlamento. No artigo 9ª, alínea 15 b do Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado, é mencionada a isenção dos toureiros».
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(Melhor dizendo: os touro-torturadores).
Não será algo escandaloso? Vergonhoso? Indecoroso? Injurioso? Afrontoso? Insultuoso? Desonroso? Ignominioso? Vilipendioso?
Rezem aos santinhos todos (já que são tão católicos, para vos iluminarem, senhores deputados (aqueles que apoiam esta situação vexatória) porque os há LÚCIDOS. Mas estes são tão poucos. Infelizmente!
http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/informacao_fiscal/codigos_tributarios/civa_rep/iva9.htm
Esta maioria chumbou os projectos do BLOCO DE ESQUERDA e PEV para proibir o apoio e exibição de touradas na televisão pública, merecendo a abstenção e voto favorável de vários socialistas e um deputado do CDS-PP num dos diplomas, numa Sexta-feira, 6 de Julho do ano de 2012
Foi esta terrível e venal arte de TORTURAR e MATAR animais em público que a maioria parlamentar, com instintos SANGUINÁRIOS aprovou, para ser apresentada como “cultura” na televisão pública….
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Estamos a 3 de Dezembro de 2013, ano em que a ABOLIÇÃO DA TAUROMAQUIA só não acontecerá SE a maioria parlamentar continuar a ser ESCRAVA SUBMISSA de uma minoria sanguinária.
Mas como pensamos que no Parlamento Português estão sentados HOMENS e MULHERES INTELIGENTES, esperamos que desta vez dêem um contributo civilizacional (não retrógrado e primitivo) ao nosso País que tanto necessita de se LEVANTAR do CHARCO de ÁGUAS PÚTRIDAS, onde está mergulhado...
ESTE TEXTO FICARÁ PARA A POSTERIDADE, NUM TEMPO EM QUE A TAUROMAQUIA TERÁ O ESTATUTO QUE TEM HOJE O BÁRBARO CIRCO ROMANO, COM A DIFERENÇA DE QUE HOJE TEMOS OS NOMES DOS BÁRBAROS, QUE EU, NA QUALIDADE DE HISTORIADORA, TEREI O DEVER DE PERPETUAR.
Naquele tempo, em 2012, durante as votações na Assembleia da República, o projecto de lei apresentado pelo Bloco de Esquerda para impedir o apoio institucional à realização de espectáculos que inflijam sofrimento físico, psíquico ou provoquem a morte de animais recebeu voto favorável de 12 deputados do PS (Francisco Assis, Pedro Nuno Santos, Pedro Alves, Duarte Cordeiro, Isabel Moreira, Acácio Pinto, Jacinto Serrão, Mário Ruivo, Ana Paula Vitorino, Nuno Sá, Filipe Neto Brandão, Inês de Medeiros) e do deputado do CDS-PP João Rebelo, para além do apoio do PEV.
Em relação a esta proposta, chumbada por PSD, CDS-PP, PS e PCP, abstiveram-se ainda cinco deputados socialistas (Ferro Rodrigues, Carlos Enes, Eduardo Cabrita, Elza Pais, Isabel Oneto).
O NIM nunca fez avançar o mundo. Esta é uma matéria onde a abstenção SOA a CONIVÊNCIA com o que está em causa.
Já o projecto do BE para proibir a exibição de espectáculos tauromáquicos na televisão pública e alterar a lei da televisão teve votos a favor do PEV e dos socialistas Isabel Moreira, Jacinto Serrão, Rosa Albernaz e Pedro Delgado Alves e a abstenção de 11 parlamentares do PS - Pedro Nuno Santos, Ferro Rodrigues, Ana Paula Vitorino, Eduardo Cabrita, Carlos Enes, Filipe Neto Brandão, Inês de Medeiros, Nuno Sá, Acácio Pinto, Francisco Assis e Mário Ruivo.
O projecto de lei do PEV para considerar as touradas um espectáculo ilícito e impor limites à sua emissão televisiva foi igualmente chumbado pela maioria, PS e PCP, mas contou com cinco votos a favor na bancada socialista (Pedro Delgado Alves, Nuno Sá, Isabel Moreira, Jacinto Serrão, Rosa Albernaz) e oito abstenções (Carlos Enes, Mário Ruivo, Inês de Medeiros, Pedro Nuno Santos, Ferro Rodrigues, Filipe Neto Brandão, Francisco Assis e Acácio Pinto).
No final da votação, a deputada do PSD Ângela Guerra anunciou uma declaração de voto conjunta com mais deputados da sua bancada, assim como os socialistas Pedro Delgado Alves e Jacinto Serrão, a bloquista Ana Drago e o social-democrata Matos Correia.
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No próximo dia 6 de Dezembro de 2013, também uma Sexta-feira, esperamos que os Senhores Deputados tenham tido tempo de MEDITAR sobre esta matéria e façam o que têm a fazer: ABOLIR A TAUROMAQUIA, porque é esse o CAMINHO DA CIVILIZAÇÃO.
ANDAR PARA TRÁS, ANDAM AQUELES QUE PENSAM COM A CABEÇA DO DEDO MINDINHO DOS PÉS.