Terça-feira, 25 de Fevereiro de 2014

EM DEFESA DAS CRIANÇAS E JOVENS - NÃO OS QUEREMOS EMBRUTECIDOS COMO OS PROGENITORES QUE FORAM CRIADOS NA VIOLÊNCIA DAS TOURADAS

 

O que é um bruto?

É aquele que continua numa condição primitiva.  

É um indivíduo vulgar, grosseiro, tosco, violento, selvagem (no mau sentido da palavra), cruel, agressivo, desumano, atroz, bárbaro, bravio, brutal, feroz, ríspido, severo, truculento…

 

DEDICADO AOS “ PAULOS” DO MUNDO TAUROMÁQUICO

 

Não queremos que as crianças e jovens portugueses sejam adjectivados deste modo tão indelicado, como o são todos os que actualmente praticam, aplaudem e apoiam a tauromaquia, em todas as suas vertentes.

 

Não queremos que eles se transformem nos monstros do futuro.

 

Por isso, uma vez mais, chamamos aqui a atenção das autoridades portuguesas para o facto de serem urgentes medidas que protejam as crianças e jovens da barbárie, da violência e da tortura que fazem parte da actividade tauromáquica, e para a qual eles são aliciados através de lavagens ao cérebro, uns, e à força de bofetadas, outros.

 

Deixo-vos com dois excelentes textos de José Dores (técnico de saúde, cidadão lúcido que sabe o que diz), os quais poderão ajudar ao tal “estudo profundo”, que o Senhor Presidente da CNPCJR pretende encetar.

 

***

José Dores deixou um comentário ao post É POR EXISTIREM “PRODUTORES” COMO O PAULO E LEIS QUE NÃO PASSAM DE LETRAS MORTAS E AUTORIDADES PERMISSIVAS QUE PORTUGAL É UM PAÍS EMBRUTECIDO às 13:26, 2013-12-27.

 Comentário:

 

«O Sr. Paulo diz-se um pai preocupado com o bem-estar do seu filho e ao mesmo tempo diz que a lei é mal feita.

 

A existência de pais como este é que levou à criação de CPCJ's, porque ser pai não confere conhecimentos acerca de desenvolvimento infantil e juvenil, nem torna a pessoa numa autoridade acerca de bem-estar do seu filho.

 

Sr. Paulo, você não manda na vida do seu filho, aliás deixe-me reformular, você manda porque vive em Portugal, um país sem talho nem maravalho, caso não vivesse você perceberia qual o papel do pai (que eu também sou), somos apenas e só os tutores de uma pessoa que não tem idade ou capacidade para decidir sobre determinados assuntos na sua vida.

 

Estamos aqui para zelar pela existência de todas as oportunidades para o seu desenvolvimento saudável.

 

O que é um desenvolvimento saudável não cabe ao Paulo decidir, cabe a quem entende de desenvolvimento. Como técnico de saúde posso afirmar que os 6 anos são desadequados, deveria ser aumentada a idade interdita a estes espectáculos, porque assistir a uma tourada reduz a capacidade de uma criança em gerar empatia pelo sofrimento alheio, seja ele de um animal não humano ou humano, coisas que ultrapassam o Paulo, julgando pelas suas afirmações.

 

Quanto ao aspecto da tradição, como alentejano orgulhoso, digo-lhe que a tourada faz parte das tradições da minha terra, da minha família, mas existem tradições culturais que pela força da evolução dos conhecimentos científicos e das características sociais das populações são para estar num museu e em mais lado nenhum.

 

A tourada é uma representação cultural de outros tempos, tempos em que a vida tinha um significado e um valor diferente, hoje a vida é respeitada e preservada, rituais que envolvem a morte e o sofrimento estão condenados à incompreensão da generalidade da população, uma vez que se educa para respeitar esse precioso bem que é a vida.

 

Paulo, enquanto o seu filho é educado a rir, bater palmas e dar vivas perante o sofrimento e a morte, as minhas filhas serão educadas a chorar e a revoltarem-se perante o mesmo...

 

Veremos quem estará enquadrado na sociedade do futuro. Cpts e Bom Ano 2014...

 

Algum ano será o ano do fim da tourada!»

 

***

José Dores deixou um comentário ao post A JUVENTUDE TAURINA PORTUGUESA NÃO SABE QUE “CRESCER SÃO E MUITO FELIZ” NÃO É O MESMO QUE CRESCER PSIQUICAMENTE EQUILIBRADO às 12:43, 2014-02-21.

Comentário:

 

«O que se poderá dizer a pessoas/jovens/crianças que foram educadas a pensar assim?!

 

Acho que nem tem assunto possível, é um pouco como explicar a um indivíduo de etnia cigana que a sua filha de 14 anos tem direito a escolher com quem quer casar e é muito nova para o fazer, ele foi educado para pensar assim.

 

Nós poderemos achar a comparação desproporcional, mas isso deve-se ao facto de apenas nestes últimos 10/15 anos a cultura de respeito pelos demais animais tenha surgido na nossa sociedade de forma generalizada.

 

Assim sendo a única coisa que tenho a dizer a estes jovens é que vocês são os últimos a terem sido educados a desrespeitar os demais animais, que isso poderia ser uma expressão cultural portuguesa, mas a cultura é mutável e está constantemente a alterar-se, é uma mudança continua, logo isso não justifica nada, quando apareceu a tourada, nem havia direitos humanos, direitos da criança, direitos dos animais, a vida humana e não humana valia muito pouco nessa sociedade medieval, qualquer problema ou conflito era resolvido através da força física e da morte.

 

Hoje é aceite universalmente que a vida humana deve sempre ser preservada, que o desenvolvimento são da criança deve ser preservado, ainda que ela não tenha noção do que lhe estão a fazer ou os seus pais discordem, dai haverem instituições que retiram a tutela das crianças aos pais e finalmente hoje também se sabe que os touros têm sentimentos, sofrem, sentem dor e merecem respeito por tudo isso... nenhuma destas coisas é incontornável, não haverá cultura, tradição, pessoa, grupo, entidade, politico, grupo partidário, etc., que poderá adiar a abolição da tourada para sempre...

 

Não sabemos a data, mas sabemos que o fim chegará. Juventude Taurina Portuguesa, dizermos que somos sãos e muito felizes é muito fácil e lacónico tendo em conta o contexto, isso é algo que se avalia como diz a Isabel, nós veremos se serão pessoas sãs e felizes.»

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:01

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Quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2014

SE VIVÊSSEMOS NUM PAÍS ONDE AS LEIS FOSSEM CUMPRIDAS, A prótoiro ESTARIA SENTADA NO BANCO DOS RÉUS POR, PUBLICAMENTE, INCITAR À VIOLAÇÃO DE LEIS E DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS

 

O que se segue é uma afronta ao Direito, aos governantes, ao bom senso, ao respeito pelas crianças, o que põe em causa a autoridade e o bom nome da Assembleia da República Portuguesa  

 

O Estado Português tem a obrigação de garantir a protecção integral ao menor (de 18 anos), proporcionando-lhes condições dignas de existência, e acautelando o direito ao respeito e à inviolabilidade dos seus Direitos.

 
 
Os direitos das crianças são sagrados, e o que vemos nesta imagem é uma transgressão óbvia e imoral a esses direitos, consignados na constituição da República Portuguesa 

 

 

Isto não configurará um crime?

 

A coberto de que lei, de que “cunhas”, de que protecção legal a prótoiro pode vir a público transgredir as leis do País impunemente?

 

Com que legitimidade?

 

Com que autoridade?

 

E tem a ousadia de dizer que «Os portugueses nunca deixarão que governo algum proíba os seus filhos de frequentarem touradas. As crianças têm direito à aceder à cultura portuguesa (????????), tal como os pais a decidir a sua educação e que espectáculos estas frequentam.»

 

Esquece-se a prótoiro que existem leis superiores à vontade de uma minoria insignificante e ignorante, que pretende manter algo que já não faz mais sentido e configura um crime contra a integridade física, psíquica e moral dos menores de 18 anos.

 

E isto tem de ser denunciado formalmente às autoridades competentes.   

Violar os direitos das crianças não é só fazê-las passar fome, bater-lhes ou violá-las sexualmente. Esta é a violência física.

 

A outra, a que vemos nas imagens, é a violência psíquica e moral que as transformarão em seres insensíveis e embrutecidos na idade adulta. Só não sabe isto quem não tem capacidade de discernir.

 

Fonte:

https://www.facebook.com/PROTOIRO/photos/a.152331808134547.29215.118555858178809/724097094291346/?type=1&theater

 

***

Numa outra publicação, a prótoiro incita novamente à violação do recente decreto-lei que proíbe menores de 12 anos a assistirem a touradas, nestes moldes: 

 

 

«Menores mantêm a liberdade de frequentar "espectáculos" tauromáquicos (...). Governo reclassifica espectáculos taurinos para “maiores de 12 anos” mas tal não altera a liberdade dos menores dessa idade de irem aos toiros.»

 

***

Senhores juristas, isto é ou não é uma incitação à violação de leis e direitos que existem para proteger as crianças?

 

Isto é ou não é punível por lei?

 

Em que país vivemos?

 

Nem tudo o que é legal é moral.

 

E se os governantes portugueses mantiverem a postura de não protegerem as crianças da violência e crueldade das touradas (admitidas já pela ONU e pela UNESCO)?

 

E se não discernirem quão prejudicial é essa exposição ao desenvolvimento psíquico e moral das crianças (bastamente estudada e divulgada)?

 

Pois… O que acontecerá… será matéria para um novo capítulo desta novela, que não é mexicana, mas parece… com um enredo nada recomendável a povos evoluídos…

 

Fonte:

https://www.facebook.com/PROTOIRO/photos/a.152331808134547.29215.118555858178809/723593517675037/?type=1&theater

 

Entretanto... as estatísticas dizem-nos que as touradas estão a caminho do fim...

 
 
 
Isabel A. Ferreira
publicado por Isabel A. Ferreira às 16:51

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