Um destes dias dei comigo a colocar-me esta questão.
E a minha resposta foi um grande NÃO.
Porquê?
Porque já se anda mais ou menos em campanha eleitoral. E os velhos candidatos já andam por aí a fazer os seus velhos discursos. Aqueles discursos que já sabemos de cor e salteado. Cheios de ideias velhas, esfarrapadas, contaminadas pelo passar dos anos. Palavras gastas, de tanto serem ditas sem intenção alguma de as tornar realidade.
Sempre os mesmos a dizê-las.
Nas últimas eleições legislativas, pasmei!
Ia já com a intenção de votar em branco, porque votarei em branco até que mudem as caras, sempre as mesmas; até que mudem as palavras, já tão gastas; até que mudem os discursos demasiado encarquilhados, e qual não foi o meu espanto, quando, no boletim de voto, deparei com uns tantos partidos que estavam a votos, e eu desconhecia.
Nunca tinha ouvido falar deles. Nunca lhes ouvi a voz na televisão. Nunca li nenhuma palavra das suas. Não sabia nada das suas ideias, das suas propostas. E pensei: e se entre estes que desconheço, está algum com discursos novos, com caras novas e palavras novas com que eu pudesse identificar-me? Já não votaria em branco. Mas nada sabia de nenhum e tive de votar em branco.
Qual o critério dos órgãos de comunicação social? Apenas darem a palavra às vozes velhas? Cheias de teias de aranhas? Isso não é DEMOCRÁTICO.
Neste momento, está a acontecer exactamente o mesmo.
Eu sei de pelo menos um novo Partido, que vai concorrer por todos os distritos de Portugal. Um novo partido com discurso novo. Com palavras novas. Com ideias novas. Com caras novas. Com postura nova. Uma postura virada para o futuro. Ao contrário dos outros - sempre com um pé no passado.
Eu sei deste novo partido porque estou no Facebook e sigo o percurso dele que tem um nome muito sugestivo: PAN.
O que significa?
PARTIDO PELOS ANIMAIS (englobando naturalmente os humanos e os não humanos) E PELA NATUREZA. E com esta pequenina sigla dizem tudo. Englobam tudo o que há a englobar nas sociedades que se querem novas, quebrando os laços velhos, com coisas velhas que já nada interessam às gerações do futuro.
E ONDE é que podemos ver e ouvir os candidatos do PAN e os seus novos discursos, as suas novas
ideias, as suas novas palavras e a sugestão que têm de um novo rumo para um país desgastado por ideias já tão velhas?
Em parte alguma, a não ser pontualmente aqui e ali. Para já só no Facebook. Que eu saiba.
Espero que os órgãos de comunicação social, desta vez, cumpram a ética e o juramento que fazem quando seguem a carreira jornalística: a de INFORMAREM com VERDADE. Tudo e todos. Não deixando de fora o que eles consideram “pequenos partidos”, insignificantes partidos, que podem tornar-se GRANDES e muito SIGNIFICATIVOS se TODAS as pessoas souberem que eles existem, e se tiverem as mesmas oportunidades dos outros, de dizerem ao que vêm. Isto faz parte da DEMOCRACIA.
Eu apoio o PAN. Já não vou votar mais em branco, porque tenho uma opção NOVA, caras novas, discursos novos, palavras novas, posturas novas.
Não me filio no PAN (nem em outro organismo qualquer, seja político, religioso, civil, seja o que for) por uma questão de postura jornalística: um jornalista (que ainda sou, embora desactivada pelo poder PSD) não deve manter amarras, principalmente com partidos políticos, para poder ser livre e isento.
Mas como não é esse o caso, aqui estou, como simples cidadã, que tem de ir votar, a EXIGIR que dêem tempo de antena nas estações televisivas e nas rádios, e espaço nos jornais, ao PAN (para dizerem da sua NOVA filosofia), bem como aos outros partidos que estão a votos, e que o Povo desconhece.
Infelizmente, esta é a triste “filosofia” que impera neste país, cheio de mentes tacanhas: quem é pequeno ou desconhecido não tem vez... Então como se faz para se ser grande e conhecido?... Comete-se um crime. Dos bem “cabeludos”. Então tem-se todas as parangonas e mais algumas...
PORTUGAL precisa RENOVAR-SE e DEMOCRATIZAR-SE. COM URGÊNCIA...
Isabel A. Ferreira