Sexta-feira, 1 de Setembro de 2023

«Democracia, corrupção e justiça», por Henrique Neto - Uma voz que deve ser ouvida, porque diz a mais pura verdade

 

(Subscrevo cada palavra deste texto extremanete lúcido, de Henrique Neto, o qual me foi enviado por e-mail. Ainda temos vozes sábias em Portugal. Não temos é ouvidos abertos ao SABER, lá pelas bandas de São Bento e de Belém.

Isabel A. Ferreira)

 

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Por Henrique Neto

 in  https://observador.pt/opiniao/a-batalha-pela-democracia/

 

Existe um consenso na sociedade de que a corrupção mina por dentro os regimes democráticos. Se a isso juntarmos, no caso português, um sistema de justiça que convive com a corrupção há anos e se mostra incapaz de julgar os corruptos, temos a combinação perfeita para em Portugal existir apenas um simulacro de democracia e não um verdadeiro regime democrático.

 

Acresce a isso que há anos nesta coluna temos vindo a demonstrar a falácia democrática que resulta do nosso regime eleitoral, em que os deputados são escolhidos pelos chefes partidários e não pelos eleitores. Deputados que no Parlamento seguem cegamente as orientações do líder do partido que os escolheu, já que de contrário não seriam os escolhidos em futuras eleições, ou para os mais variados cargos políticos colocados à sua disposição, seja nos governos seja na administração. Ou seja, Portugal não é hoje um regime democrático e os resultados eleitorais em que não participam metade dos eleitores, serão tudo menos a verdadeira expressão de uma qualquer verdade democrática.

 

Esta questão é, contudo, apenas o princípio de uma realidade mais grave em que vivemos hoje. Como resultado do sistema não democrático da escolha dos militantes dos partidos para cargos políticos ou governativos, a actividade partidária autónoma é substituída pela actividade governativa, as sedes partidárias ficam vazias, os gabinetes de estudo desaparecem e a democracia interna dos partidos fica condicionada a favor da vontade autocrática do chefe. 

 

O melhor exemplo é o próprio Partido Socialista no poder em que nada acontece fora da vontade de António Costa, em que a ausência de currículo da generalidade dos escolhidos, ou tão só a sua falta de competência, não impede a sua participação no Governo, ou nos restantes cargos do Estado. Trata-se da clara demonstração de que essas escolhas representam apenas da vontade de António Costa, pessoas por ele escolhidas e que a ele devem total fidelidade. 

 

Um outro exemplo, este de sinal contrário, é o caso do grupo parlamentar do PSD, composto pelos escolhidos de Rui Rio e que não seguem, ou seguem mal, as orientações do novo líder Luís Montenegro. Trata-se, nos dois casos e de igual forma, de uma demonstração clara que no sistema político português foi criada uma autocracia partidária que nada tem a ver com os regimes democráticos em que os eleitos representam o povo que os elege e que como tal interagem com os eleitores que os escolheram.

 

A corrupção é uma outra consequência do modelo não democrático do nosso sistema político. De facto, os políticos escolhidos pelo chefe partidário e mantendo com ele uma relação de fidelidade e não estando dependentes da vontade dos eleitores, ficam livres para enveredarem por formas ilícitas de usarem os seus cargos para benefício próprio, das suas famílias e amigos. Além do mais, porque a prática do sistema político os defende, seja na administração seja na Justiça. Quando António Costa diz “há política o que é da política e há Justiça o que é da Justiça”, está a criar um sistema de defesa política e ética dos acusados por crimes de corrupção.

 

Infelizmente, o modelo não democrático não termina aqui. Pouco a pouco os escolhidos pelo chefe acabam por ocupar todos os cargos públicos de alguma importância e também pouco a pouco, tornam-se numa máquina de branqueamento da corrupção e da criação de dificuldades às investigações, ou seja, como diz o povo, são os que ficam à porta, parte da enorme máquina política que usa todas as oportunidades para evitar os julgamentos, os quais poderiam não apenas condenar o réu, mas condenar igualmente o sistema político não democrático que permite a corrupção.

 

Nas coisas que escrevo tenho evocado com frequência aquilo a que chamo a “grande família socialista”. A razão é simples e a sua importância é óbvia, trata-se de uma enorme máquina burocrática que controla todos os cargos de alguma importância no Estado e em muitas empresas públicas e que actua com um elevado sentido de solidariedade, sem capacidade de critica interna, salvo uns raros casos de militantes mal vistos no partido. Aliás, sempre que surge de fora da família algum escolhido, como é o caso recente do director nomeado para tentar resolver os problemas existentes na Saúde, a família socialista cria todo o tipo de obstáculos. Neste caso, nem o estatuto das suas funções foi possível aprovar.

 

Penso que não existe uma lista de todos os casos de corrupção, grande e pequena, que estão na Justiça para chegarem a julgamento e a probabilidade será que a maioria acabe sem que os acusados cheguem à prisão. Apenas em três casos, Sócrates, BES e EDP, estão envolvidas dezenas de pessoas muito poderosas, com muito dinheiro e com muitas relações na justiça, na política e na comunicação social. Num regime verdadeiramente democrático que representasse o povo, há muito que teriam sido julgados e os portugueses teriam uma ideia da enormidade dos prejuízos que provocaram ao País. Todavia nesta autocracia de fachada democrática, a probabilidade é que nunca saibamos o que verdadeiramente foi feito.

 

Vivi metade da minha vida em ditadura e a sonhar com a democracia. Agora estou a terminar a segunda metade da vida e lamento acabar a viver numa falsa democracia. Em qualquer caso, acredito que mais tarde ou mais cedo, a verdadeira democracia acabará por emergir, mas o enorme prejuízo provocado ao País por muitos anos de más políticas, de maus governantes e de defesa de interesses menos respeitáveis, deixará Portugal exausto, muito pobre e muito dependente do exterior.

 

21-08-2023

Henrique Neto

***

OS 48 COMENTÁRIOS MAIS VOTADOS DOS 103 SOBRE O ARTIGO DE HENRIQUE NETO :
 
A batalha pela democracia

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Mais votados 48
Todos 103
 
António Araujo
1 d
Mais uma vez parabéns Sr. HENRIQUE NETO.
Pelo seu artigo, pela sua visão e pela sua obra. 
 
 
 
JOHN MARTINS
1 d
E inspirou-se muito bem e com grande sentido crítico, trazendo à tona muitos dos podres desta autocracia socialista que nos tem desgovernado durante uns 15 anos,Socrates & Costa.
Parabéns sabe dos podres socialistas como ninguém; e tem coragem de os revelar com poucos.
 
 
 
J. Gabriel
1 d
Excelente artigo, a mostrar ao país a. falta de sentido e responsabilidade. Portugal vai pagar caro estes governos socialistas, a vaidade e arrogância, incham que nem sapos
 
 
 
Carlos Chaves
1 d
Caríssimo Henrique Neto, que nunca lhe doa a voz. Os seus valiosos testemunhos ganham ainda mais importância por ter conhecido por dentro este partido socialista que nos está a levar novamente à miséria, não só material, mas também moral, educacional e cultural da nossa sociedade. E sim, a democracia está em causa, Portugal e o seu futuro está em causa, o Henrique chama-lhes “ideologias esquerdizantes”, eu chamo-lhe mesmo doses de comunismo até chegarmos à ditadura final. E sim, a UE tem uma enorme responsabilidade no que se está a passar! Obrigado pela sua, clareza, frontalidade e por mais este diagnóstico mais que certeiro! A maioria da comunicação social deve detestar as opiniões do Henrique Neto!
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João Floriano
1 d
 
Portugal é hoje uma autocracia de fachada democrática.
 
Em pouquíssimas palavras e com um grau de concisão notável, define-se o que é hoje Portugal: só fachada!. Não se pode negar capacidade de organização a estes socialistas  à portuguesa. Souberam organizar-se impecavelmente para dominar, estrangular, inviabilizar qualquer alternativa. Só há um caminho para Portugal: caminhar para o fim, para a cova, com o PS a presidir às exéquias. Nesta batalha pela democracia, que a direita está a perder, não esqueçamos o papel do Presidente Marcelo, ou talvez Martelo seja o mais apropriado, pois nunca se viu ninguém que martelasse tanto no cravo como na ferradura. 
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Maria Nunes
1 d
Excelente artigo Sr. Henrique Neto. Que pena, que pena não ter sido eleito PR. 
 
 
 
Maria Paula Silva
1 d
Ler ou ouvir o Prof. Henrique Neto é sempre enriquecedor.
 
ESta sua frase "Portugal é hoje uma autocracia de fachada democrática."   diz tudo.
Vai ser difícil desmantelar o polvo gigante que o PS foi tecendo gradualmente, mas que AC tratou de completar com tentáculos em todos os lugares  de forma incansável. Este  sim, foi o único trabalho de AC ao longo de 7 anos, quase 8.
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Tim do Á
1 d
Votei neste senhor. Mas, infelizmente, a maioria dos portugueses vai sempre atrás de cataventos. Mesmo apesar do aviso feito a tempo por Passos Coelho. Portugal e os portugueses são uma tristeza. Por isso merecemos ser pobres e enganados. É quase invariavelmente a nossa escolha.
 
 
 
Antonio Mello
1 d
Clarinho e muito bem dito! A nossa triste realidade, com a Europa como sponsor. O dinheiro e os fundos europeus tentam disfarçar, mas a verdade vem sempre à superfície! Aliás este jorrar de dinheiro, torna o País mais preguiçoso e não dignifica o trabalho e a motivação e vontade de crescer e desenvolver o País! Enfim ! Vai acabar mal, forçosamente…a continuar assim
 
 
 
Madalena Sá
1 d
Excelente artigo! Mostra bem o que são estes socialistas incompetentes! O mais grave é haver portugueses a votarem nesta canalha!
 
 
 
Carlos Chaves Madalena Sá
1 d
Porque são como eles!
 
 
 
Fernando Cascais
1 d
Cada vez que leio um artigo de opinião de Henrique Neto bato com a cabeça na parede pelo menos três vezes. Em 2016 era o meu candidato de eleição, sem conseguir entender até hoje a razão que me levou a tal estupidez, acabei por votar Marcelo (1x).
Parabéns por mais este excelente artigo de opinião.
 
 
 
JOSÉ MANUEL
1 d
fantástica análise, pela sua pertinência e clareza; como foi possível um país ter eleito um papagaio e ter desperdiçado um cidadão honesto e competente para presidente? 
 
 
 
Joaquim Almeida Nelson Ramos
1 d
Não, não é só agora. Vale a mensagem de hoje  e vale o mensageiro que há anos vem pregando no deserto. 
 
 
 
Tristão
1 d
Fico bastante satisfeito por ainda estar ativo e atento ao que se passa no país. Quero só dizer-lhe que foi em si que votei para as presidenciais. Se bem me lembro, foi o candidato às presidenciais menos votado. Para mim isso só veio confirmar o aquilo que já se sabe há muito tempo: merecemos quem nos governa, pois quando alguém com capacidade, sério, experiente, mas sem o colinho dos media, se candidata, é simplesmente ignorado. Este país não é para competentes… já agora, acrescento, foi dos votos que fiz com mais gosto e convicção, só superado pelo voto em 2015, aí já foi um voto de agradecimento por PPC ter salvado o país que a loucura socialista nos tinha conduzido. 
 
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afonso moreira
1 d
Nunca me arrependi de ter votado em Henrique Neto. Infelizmente, grande parte deste povo, é facilmente iludido por estratégias de comunicação que visam simplesmente o poder pelo poder. O PS e este PR dominam essa comunicação, com a conivência da CS, cada um ao seu estilo, e sem qualquer preocupação com o futuro do país. Como sair disto? Só quando alguma Troica nos bater à porta, pois os Henrique Neto são raros e não têm o acesso que deviam ter às tvs porque estas também estão metias nesse jogo de "sequestro" do povo português. A censura será hoje mais perniciosa, porque camuflada, do que no Estado Novo. 
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João Floriano J. Gabriel
1 d
Qual Portugal? Estamos a desaparecer, a minguar a olhos vistos. Não falta muito para o país se resumir ao omnipresente PS, uma espécie de cancro espalhado por todos os orgãos e a sua base eleitoral. Outra das habilidades da esquerda tem sido conduzir o país a um estado de tão profundo desgaste e fraqueza que renascer vai ser muito doloroso e à custa de grandes sacrifícios. Reescreva-se a «Casa portuguesa» da Amália para « Barraca socialista».
 
 
 
João Ramos
1 d
Excelente artigo, como é seu costume Sr. Henrique Neto, Portugal é vítima primeiro de um partido e do seu chefe sem qualquer sombra de escrúpulos, o PS, depois temos uma confrangedora ignorância da população que é manobrada pela demagogia PS secundada por uma comunicação social na sua maioria sem qualquer qualidade e honradez, depois ainda temos um PR que se tem enquadrado na perfeição dentro das descrições acima e por último temos uma classe política à direita que na sua maioria vive do complexo de ser de direita e tem por isso permitido à esquerda chegar onde chegou, onde partidos extremistas declaradamente anti democráticos e anti ocidentais, são considerados como moderados e, já agora a cereja em cima do bolo uma UE que apenas se preocupa em sustentar países decadentes como o nosso…
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mjoao pgomes Fernando Cascais
1 d
Eu votei neste senhor. Era o único que falava na necessidade do país ter uma estratégia de desenvolvimento e crescimento. Citava por exemplo o potencial do porto de Sines.
 
 
 
Jorge Tavares
1 d
Eu também votei em Henrique Neto nas presidenciais em que ele concorreu. Tornaria a fazê-lo.
Nunca votei em Marcelo. Há muito que eu tinha percebido que ele era um delfim da partidocracia. Dá-se demasiado bem com o regime para ter algum gesto reformista ou contra a corrupção.
 
 
 
 
Carlos Chaves
1 d
E que tal fazermos aqui no Observador uma vaga de fundo para pedir ao Sr. Henrique Neto que se recandidate à Presidência da República?               
 
 
 
 
GateKeeper
1 d
Caro Henrique Neto, primeiro uma "declaração pública de interesse" : votei em si nas eleições para a presidência de República, quando era notória  a onda cretina do actual "okupa de belém".
 
Será  óbvio que só  poderia concordar com o seu claro e habitual raciocínio.
 
E, contudo, chamo a sua atenção para o papel ( d'embrulho) do actual e fake PdaR nesta autocracia vigente em Portugal.
Não  o ignore, pf.
Uma autocracia a dois, mesmo "mascarada", deve ser denunciada e com fundamento, na minha opinião.
 
 
Keep them coming!!
 
 
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Joaquim Almeida
1 d
Podemos imaginar bem a amargura do cidadão lúcido e patriota Henrique Neto ao pintar-nos este retrato fiel de um país perdido num labirinto  de oportunismo, corrupção, reacionarismo progressista, indigência intelectual e pobreza. 
 
 
 
Francisco Ramalho
1 d
Tem o Sr. Henrique Neto toda a razão e autoridade para desmascarar o teatro político em que vivemos com o PS de Sócrates e Costa. No estilo da mafia, tratam-se de dois Padrinhos que organizaram o assalto ao aparelho do Estado por boys, girls e oligarcas. Mas têm a indispensável cumplicidade do eleitorado de esquerda que maioritariamente pelo proveito próprio (subsídio dependentes, funcionários públicos ronhas, reformados que pouco descontaram para a reforma de que beneficiam, …) querem manter a ditadura desta maioria sobre a minoria (que é a classe média trabalhadora afogada em impostos). Só há nesta análise um erro, no meu entender. A União Europeia é o que os Estados Membros querem e não tem a força própria que muitos imaginam. Por exemplo se nos fundos europeus não há fraude mas simplesmente dinheiro desperdiçado (como nos « investimentos » perdulários que se fazem em Portugal) a UE não pode intervir. É uma prerrogativa do Estado Membro desperdiçar os fundos.
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Maria Paula SilvaFernando Cascais
1 d
nunca votei em MRS. Sempre  só vi nele um balão vazio cheio de vaidade.
Percebo relativamente quem tenha votado na 1ª vez, mas não consigo entender, de todo, quem votou na 2ª.
 
 
 
 
Tim do Á
1 d
Para quem gosta de ler Henrique Neto e não sabe,  o autor escreve todas as semanas no jornal semanário "O Diabo". O jornal, para além deste autor, tem ainda variados artigos de grande valor intelectual que valem muito a pena ler. A sua compra é dinheiro muito bem empregue. Assim como vale a pena assinar o Observador.
 
 
 
António Sennfelt
1 d
Bravo Henrique Neto! E cada vez mais me orgulho em ter votado em si!
 
 
 
Manuel Portela
1 d
Bem haja pelo excelente artigo em que retrata o momento atual do país, que para desgraça temos o pior primeiro ministro de sempre e uma nulidade de presidente da republica
 
 
 
Diogo M. Souza Monteiro
1 d
Excelente artigo! Lúcido, conciso e directo ao assunto. Estamos de facto num período complicado. Quando não há alternância a democracia está em perigo e o que o actual PS está a fazer é reduzir a oportunidade de haver uma alternativa. Tenho uma grande admiração pelo autor, que sendo da área socialista pensa pela sua cabeça e tem em vista o interesse nacional em vez da dos camaradas do partido. Pena que não tenha tido nenhuma chance nas eleições presidenciais de 2016.
 
 
 
Censurado sem razão
1 d
Um texto brilhante. Um retrato fiel da pantominice em que Portugal se tornou. Devia ter votado em si aquando das eleições presidenciais. Não teria valido de muito, mas teria a minha consciência apaziguada. Votei no cobarde socialista Marcelo. Como julgo ser alguém dotado de inteligência, serviu-me de emenda. Julgo que o Henrique Neto também foi ou diz-se socialista. Mas quando escreve ó escreve e diz o que diz, deve-lhe ter passado o rancor. Bem haja!
 
 
 
José Miranda
1 d
Meu caro amigo,
descreve como ninguém a desgraça a que o PS conduziu Portugal.
 
 
 
Jose Augusto Mira Pires Borges
1 d
Extraordinária clarividência. Tudo dito de forma clara. Pena que a maioria dos portugueses não leiam e a restante Comunicação Social esconda. Parabéns. Que nunca a voz lhe doa, nem a caneta lhe pese.
 
 
 
Adolfo Castro
1 d
Apesar de tudo, ainda temos Socialistas decentes. Henrique Neto teria dado um bom presidente da República.
 
 
 
Manuel Rodrigues
1 d
Os meus parabéns a um HOMEM íntegro , e honesto...
 
Obrigado   
 
 
 
João Floriano Fernando Cascais
1 d
Nunca votei em Marcelo. Desconfiei sempre intuitivamente daquele «melão» .
 
 
 
vitor manuel
1 d
Homem de enorme Coragem e Nobreza. Este actual país não o merece, caro Henrique Neto.
 
 
 
Ediberto Abreu Ediberto Abreu
1 d
Esqueci-me de apresentar a minha admiração por HN, continua lúcido e acutilante. Parabéns
 
 
 
Nuno Guimaraes
1 d
Conheci este Homem de raspão em 1992, na Iberomoldes, em que me espantei com a sua perspicácia, na altura empresarial e tecnológica (ainda hoje refiro o exemplo em muitas aulas). Uns 30 anos depois, continua com uma clareza extraordinária. Quase que tenho inveja (da boa :-))
 
 
 
Pedro Reis
1 d
Só comprova o mérito da sua candidatura e o desperdício da não eleição.
Portugal estaria bem melhor.
 
 
 
Fernando CE
1 d
Era a voz que faltava ao Observador. Parabéns.
 
 
 
Tutto Gama
1 d
Há uns tempos atrás, dei por mim a constatar que nunca nenhum PR foi eleito com o meu voto.
Este foi um dos candidatos em quem votei.
 
 
 
Jorge Silva
1 d
Este cavalheiro é um dos pouquíssimos homens "públicos" que eu respeito, em Portugal.
 
 
 
Mario Caldeira
1 d
Tudo irrepreensivelmente exposto. E esta sensação de inutilidade. De já nem vale a pena. Somente no que toca às Forças Armadas, algo muito errado está na sua organização quando há dois chefes para cada praça. Somos um país de doutores e de oficiais e sargentos. 
 
 
 
Francisco Figueiredo
1 d
Muito obrigado pelo seu artigo.
 
 
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 15:41

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Sexta-feira, 19 de Março de 2021

«A Partidocracia destrói a Democracia»

 

«Os partidos, que deveriam ser a essência da democracia, estão a aniquilá-la». (Paulo de Morais)

 

Um artigo actualíssimo, publicado em 17 de Janeiro de 2019, no Jornal PÚBLICO, que vai exactamente ao encontro daquilo que penso sobre os partidos políticos, em Portugal.

 

Não podia estar mais de acordo com Paulo de Morais, e penso que os Portugueses deviam estar mais atentos ao que diz este senhor.

 

Isabel A. Ferreira

 

Paulo de Morais.png

Paulo de Morais

 

 «Criados para representar as diferentes visões da sociedade, ao serviço do eleitorado, os partidos políticos estão em fase acelerada de degenerescência. São habitados por elites políticas que esqueceram os cidadãos e tudo fazem agora para manter os privilégios de que se foram apropriando. São os principais responsáveis pela abstenção, pelo desinteresse crónico pela política e pela crise da democracia.

 

 O principal objectivo dos maiores partidos portugueses é, na verdade, manterem-se na esfera do poder, partilhar negócios de Estado com os grupos económicos de que são instrumento e garantir emprego aos muitos milhares de apaniguados, os militantes partidários e seus familiares.

 

O seu primeiro desígnio é eliminar a concorrência. Instalados no poder, os partidos do sistema (PSD, PS, CDS, Bloco e PC) garantem o exclusivo das candidaturas ao Parlamento, para que personalidades independentes não possam ter assento na Assembleia da República. Não permitem a entrada no seu feudo parlamentar de independentes, obstaculizam o acesso a novos partidos. Para beneficiar os maiores, permitem-se violar o princípio da proporcionalidade, que a Constituição exige: em 2015, um deputado do PSD ou do PS foi eleito com 20 mil votos, mas já o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista necessitam para a sua eleição de cerca de 30 mil votos. Além do mais, impedem que outras forças políticas tenham acesso ao Parlamento, apesar de algumas delas terem recebido muitos mais votos do que os 20 mil que elegem cada um deles.

 

Os partidos nem sequer cumprem a Lei, em múltiplos aspectos, o mais escandaloso dos quais é o desrespeito pela legislação de financiamento político. São recorrentemente condenados, multados pelo Tribunal Constitucional; mas sem quaisquer consequências, porque o Estado sempre permite a prescrição, no tempo, das sanções que aplica.

 

Estes partidos garantem ainda, apenas para si próprios, financiamentos de Estado permanentes. Usufruem de subsídios públicos de todo o tipo, com os quais mantêm uma máquina de propaganda, ilegítima fora de períodos eleitorais. Só em Portugal há, em permanência, propaganda partidária nas ruas, uma forma de lavagem cerebral sistemática. Utilizam até o domínio público como propriedade sua: são aos milhares os pequenos cartazes ilegais, degradados, apensos a candeeiros públicos, de propaganda ao Bloco de Esquerda e do Partido Comunista. Este lixo urbano deveria ser removido pelas câmaras; o que não acontece, porque os partidos estão acima da lei.

 

Agarrados como lapas ao Estado, os dirigentes partidários distribuem benesses e privilégios pelas empresas que os financiam e para as quais vão mais tarde como assalariados. Foi o que sucedeu com as ruinosas parcerias público-privadas rodoviárias, cujo maior agente foi a Mota-Engil, que acabou a albergar quase todos os ex-governantes do sector das obras públicas: de Jorge Coelho a Seixas da Costa, do PS, a Valente de Oliveira e Ferreira do Amaral, do PSD. O mesmo fenómeno de promiscuidade entre política e negócios marcou a onda de privatizações ao desbarato, manipuladas por políticos que hoje recebem tenças milionárias nas empresas que os próprios partidos privatizaram. O socialista Luís Amado preside à privatizada EDP, assessorado pelo social-democrata António Mexia e pela centrista Celeste Cardona. Para presidir à privatizada ANA, foi designado o ex-ministro José Luís Arnaut. A lista dos políticos de negócios é interminável, neste infernal sistema de portas giratórias que coloca o Estado ao serviço de interesses privados.

 

Além de negócios e rendas milionárias, os partidos garantem a sobrevivência económica dos seus apoiantes através da atribuição de muitos milhares de empregos. Usam, para este fim, a Administração Central, as autarquias, as empresas municipais, os institutos públicos. Transformaram-se mesmo na maior agência de emprego do país.

 

Assim, os partidos tudo fazem para manter o status quo: controlam o sistema eleitoral, impedem a apresentação de alternativas, violam leis, utilizam recursos públicos em seu proveito, manipulam a opinião pública, enxameiam as televisões com comentadores facciosos, censuram todo o discurso contraditório. Ameaçados pelo desmoronar das bases democráticas, preferem apelidar de populista qualquer alvo em movimento, do que realmente regenerar a sua missão. Os partidos, que deveriam ser a essência da democracia, estão a aniquilá-la.

 

Presidente da Frente Cívica»

 

Fonte:

https://www.publico.pt/2019/01/17/politica/opiniao/partidocracia-destroi-democracia-1857917?fbclid=IwAR2aUdF98IzlPwoD2K6csIB_TnOl1fo-c17QcWmoNGYPl1IPFUfwdUthdz8

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:55

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Terça-feira, 4 de Agosto de 2020

«José Gomes Ferreira acusa: Corrupção Instalada com Fundos da Covid-19 para a EDP»

 

Corrupção ao mais alto nível.

Mais uma obra megalómana no sul de Portugal que todos vamos pagar para criarmos mais uma renda fixa paga por todos, para a EDP/

Escandaloso!


 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:47

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Quinta-feira, 5 de Dezembro de 2019

«Compreende-se a vergonha de Marcelo, já não há independência para comemorar»

 

«O Presidente Marcelo fez apenas figura de corpo presente, quedo e mudo. Compreende-se a sua vergonha, porque já não há independência para comemorar.» - (Paulo Morais)

in:

Blogue Portugal Glorioso

https://portugalglorioso.blogspot.com/2019/12/um-dezembro-nao-ha-independencia-para-comemorar.html

 

DIAUMDEZEMBROmarcelo.png

 

«Nas cerimónias do PRIMEIRO DE DEZEMBRO, DIA da Restauração da INDEPENDÊNCIA, o Primeiro-Ministro ANTÓNIO COSTA esteve AUSENTE e o Presidente MARCELO fez apenas figura de corpo presente, QUEDO E MUDO. Compreende-se a sua vergonha, porque JÁ NÃO HÁ INDEPENDÊNCIA PARA COMEMORAR.


Os maiores grupos económicos estão dominados pelo capital estrangeiro. A EDP e a REN estão controladas por chineses, que contratam Luís Amado ou Seixas da Costa (do PS), Eduardo Catroga (do PSD) e Celeste Cardona (do CDS) como seus representantes. Na GALP pontificam angolanos, a par do Grupo Amorim: contratam Costa Pina (do PS), Luís Todo-Bom (do PSD) e Adolfo Mesquita Nunes (do CDS).


O BPI é controlado por espanhóis, que têm a seu soldo Lobo Xavier e outros. No BCP, mais uma vez chineses e angolanos. Na ANA (aeroportos) mandam os franceses da VINCI e ao seu serviço está o social-democrata Luís Arnaud. E... ETC. A Economia Nacional está na mão de estrangeiros, os políticos portugueses estão ao seu serviço, fazendo o papel histórico de Miguel de Vasconcelos ou até do Conde Andeiro.


Perdida a Independência, resta a esperança que surja um grupo de conjurados (40 são bastantes) que, sob o comando de um novo D. João IV, ponha fim a este servilismo doentio.



A imagem da SIC é deprimente: protagonistas tristes, informação errada, nesta data que ficou obscura.»


Paulo de Morais

***

 

Nota: falta acrescentar a independência linguística, que Portugal perdeu para o Brasil. (Isabel A. Ferreira)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:10

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Quarta-feira, 3 de Outubro de 2018

«Ivo Rosa, o juiz "arquivador”»

 

Texto publicado em

29 Setembro, 2018

por

Cristina Miranda

aqui: 

https://blasfemias.net/2018/09/29/ivo-rosa-o-juiz-arquivador/

 

 

JUSTIÇA.jpg

 

«Há meses foi-me dito em mensagem privada, que o Juiz Carlos Alexandre e a Procuradora Joana Marques Vidal iriam ser afastados dos processos que envolvem Sócrates e outros. Nessa altura, como o faço sempre, coloquei em dúvida essa possibilidade pela importância que estes processos têm e que, ao mudar de mãos, sem justificação plausível, iria destruir por completo a credibilidade da justiça portuguesa aos olhos da sociedade nacional e internacional. Ontem, ficamos a saber que afinal havia mesmo um plano e a última peça do xadrez foi jogada para xeque-mate! Tiro o chapéu!

 

O afastamento de Joana Marques Vidal foi por culpa do Presidente da República que jamais imaginaria ver colocar os  interesses da Nação no caixote do lixo ao aliar-se a Costa nesta decisão.  Agora, para a nomeação de um novo juiz,  foi  um sorteio electrónico para duas pessoas apenas, completamente viciado, onde só à quarta tentativa deixou de dar “erro”. É claro que o português comum e pouco informado não deu pela pirataria. Não sabe que basta colocar um algoritmo que rejeite o nome que não se pretende, sinalizando-o como “erro”, para assegurar o resultado pretendido. Não entende que não foram erros mas sim 4 tentativas para obter o que desejavam. O que eles não previram foi que por TRÊS VEZES o computador escolhesse o nome de Carlos Alexandre e por isso houve uma sucessão escandalosa de “erros”  que não o foram e com os quais ficaram desmascarados. Este programa informático devia ser imediatamente investigado sem demoras! Ficou clarinho a movimentação tentacular que já vem de trás para safar o peixe graúdo entalado  e bem, nas malhas da justiça.

 

Que nos espera, então esta nomeação de um juiz que, por ironia, tem o apelido “rosa”!!?   Bem, não é preciso pesquisar muito para saber. Este senhor já vem com um largo currículo de “safanços” de suspeitos de  corrupção. Pois é! Conhecido por não  gostar de apoiar as teses incriminatórias do MP sobretudo quando dizem respeito "a caça grossa", Ivo Rosa ilibou 18 dos arguidos da “Operação Zeus”, processo relacionado com a corrupção nas messes da Força Aérea. No caso EDP retirou a  Manuel Pinho o estatuto de arguido mesmo com todas as evidências e suspeitas impedindo ainda  que a PJ fizesse buscas nas suas casas e ainda tivesse acesso às suas contas e movimentos bancários, por entender não haver indícios mínimos de corrupção  sem no entanto permitir a investigação esmiuçada para tirar as dúvidas. Ainda no caso das rendas da EDP, foi este mesmo juiz que impediu também o acesso às contas bancárias de António Mexia e Manso Neto, o que levou procuradores a pedir o seu afastamento do processo acusando-o de parcialidade.  Mas não ficamos por aqui: Ivo Rosa num processo em que, a TAP era suspeita de lavar dinheiro de figuras da elite angolana, decidiu não levar nenhum dos suspeitos a julgamento destruindo todo um trabalho de investigação do DCIAP.  Mas calma, ainda há mais: este juiz, no caso do Gangue do Multibanco, um grupo de violentos criminosos responsáveis por mais de 100 assaltos e outros crimes graves, libertou 11 dos 12 membros. Valeu-nos o recurso do MP para um tribunal superior que reverteu por completo esta decisão e onde todos os arguidos acabaram por ser condenados a duras penas. 

 

Por isso, os advogados de Sócrates batem palmas! Por isso, figuras do PS estão em êxtase! O juiz que mais safou gente ficou com o Processo Marquês. Dúvidas?

 

Eu não, não tenho dúvidas depois do que vi ontem. Só certezas. A certeza que vamos regredir aos tempos de Pinto Monteiro e Cândida Almeida, que não viam corrupção em Portugal... 

 

É só “bons rapazes”!!!»

 

Cristina Miranda

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:42

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Sexta-feira, 2 de Maio de 2014

HOJE, A RTP TRANSMITIRÁ TORTURA, NÃO CUMPRINDO COM A SUA FUNÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO

 

O povo português não tem de pagar taxas à RTP, porque esta não serve os superiores interesses de um serviço público de qualidade. 

 

 

É bem verdade que a tourada é transmitida para uma pequena fatia de aficionados, e que ninguém mais é obrigado a ver tamanha estupidez. Para isso há comandos , dedos e vontade própria.

 

No entanto, não somos obrigados a pagar taxa para a RTP transmitir LIXO taurino, violência e estupidez.

 

Por isso, além do boicote a esta estação televisiva, vendida ao lobby tauricida e dirigida por um indivíduo ignorante, há um modo de não pagar a taxa, que vem incluída na conta da luz da EDP.

 

Existem outras alternativas.

 

Abaixo a EDP.

 

A operar no mercado da electricidade temos outras empresas como a EGL, Endesa, Galp Energia, Iberdrola, Gás Natural Fenosa e Nexus Energia.

 

Quem não quiser ser conivente com o mau serviço prestado pela RTP, não pague a taxa. Mude de operador de electricidade.

 

Abaixo a RTP.

 

Abaixo a EDP.

 

Abaixo a estupidez!

 

Privatize-se a RTP.

 

Abaixo Alberto da Ponte, presidente da RTP.

 

Trabalhadores da RTP têm vergonha de Alberto da Ponte, se bem que a Casa do Pessoal da RTP sendo também carniceira, é feita da mesma massa.

 

Ver notícia aqui: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Media/Interior.aspx?content_id=3662712

 

E todos os portugueses também têm vergonha de ver um presidente da RTP, aficionado, a servir uma minoria inculta.

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:14

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Segunda-feira, 28 de Março de 2011

Texto de Nicolau Santos, publicado na Revista "UP" da TAP

 
Um texto de 2007,  que fala de um Portugal que existe para vender lá fora e para os turistas  
 
Com este, coexiste um outro Portugal, ainda com um pé no terceiro-mundo: triste, pobre, inculto e troglodita.
 
E esse é bem mais real, mas desconhecido no estrangeiro.

Seria bom que tudo fosse assim tão claro como a água de uma nascente, conforme Nicolau Santos descreve...
Mas não é.

O Portugal que Nicolau Santos descreve existe, é verdade, mas apenas para inglês ver.
 
Isabel A. Ferreira
 

NIcolau santos.jpeg

 
Por Nicolau Santos

 

«Eu conheço um País»

 

«Eu conheço um país que em 30 anos passou de uma das piores taxas de mortalidade infantil (80 por mil) para a quarta mais baixa taxa a nível mundial (3 por mil.)

 

Que em oito anos construiu o segundo mais importante registo europeu de dadores de medula óssea, indispensável no combate às doenças leucémicas. Que é líder mundial no transplante de fígado e está em segundo lugar no transplante de rins.


Que é líder mundial na aplicação de implantes imediatos e próteses dentárias fixas para desdentados totais.


Eu conheço um país que tem uma empresa que desenvolveu um software para eliminação do papel enquanto suporte do registo clínico nos hospitais (Alert), outra que é uma das maiores empresas ibéricas na informatização de farmácias (Glint) e outra que inventou o primeiro antiepilético de raiz portuguesa (Bial).


Eu conheço um país que é líder mundial no sector da energia renovável e o quarto maior produtor de energia eólica do mundo, que também está a constuir o maior plano de barragens (dez) a nível europeu (EDP).


Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o primeiro sistema mundial de pagamentos pré-pagos para telemóveis (PT), que é líder mundial em software de identificação (NDrive), que tem uma empresa que corrige e detecta as falhas do sistema informático da Nasa (Critical)e que tem a melhor incubadora de empresas do mundo (Instituto Pedro Nunes da Universidade de Coimbra)


Eu conheço um país que calça cem milhões de pessoas em todo o mundo e que produz o segundo calçado mais caro a nível planetário, logo a seguir ao italiano. E que fabrica lençóis inovadores, com diferentes odores e propriedades anti-germes, onde dormem, por exemplo, 30 milhões de americanos.


Eu conheço um país que é o «state of art» nos moldes de plástico e líder mundial de tecnologia de transformadores de energia (Efacec) e que revolucionou o conceito do papel higiénico(Renova).


Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial e que desenvolveu um sistema inovador de pagar nas portagens das auto-estradas (Via Verde).


Eu conheço um país que revolucionou o sector da distribuição, que ganha prémios pela construção de centros comerciais noutros países (Sonae Sierra) e que lidera destacadíssimo o sector do «hard-discount» na Polónia (Jerónimo Martins).


Eu conheço um país que fabrica os fatos de banho que pulverizaram recordes nos Jogos Olímpicos de Pequim, que vestiu dez das selecções hípicas que estiveram nesses Jogos, que é o maior produtor mundial de caiaques para desporto, que tem uma das melhores seleções de futebol do mundo, o melhor treinador do planeta (José Mourinho) e um dos melhores jogadores (Cristiano Ronaldo).


Eu conheço um país que tem um Prémio Nobel da Literatura (José Saramago), uma das mais notáveis intérpretes de Mozart (Maria João Pires) e vários pintores e escultores reconhecidos internacionalmente (Paula Rego, Júlio Pomar, Maria Helena Vieira da Silva, João Cutileiro).


O leitor, possivelmente, não reconhece neste país aquele em que vive ou que se prepara para visitar. Este país é Portugal. Tem tudo o que está escrito acima, mais um sol maravilhoso, uma luz deslumbrante, praias fabulosas, ótima gastronomia. Bem-vindo a este país que não conhece: PORTUGAL.»

Nicolau Santos,

Director-Adjunto

(do jornal Expresso)

 

Fonte:

https://expresso.pt/blogues/bloguet_economia/blog_economista_poeta/portugal-vale-a-pena=f69676

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:28

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