Origem da imagem: https://blogdolana.wordpress.com/2017/02/13/novo-crime-de-ecocidio/
O PAN - Pessoas - Animais- Natureza agendou na Conferência de Líderes de hoje um Projecto de Resolução 649/XIV que recomenda ao Governo que submeta ao Secretário-Geral da ONU uma proposta de alteração ao Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, que assegure a consagração do crime de ecocício na lista de crimes previstos no Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional. A iniciativa será debatida na Assembleia da República no dia 16 de Outubro.
Esta iniciativa legislativa surge no seguimento dos vários crimes que têm vindo a ser praticados sobre os ecossistemas e sobre a exploração de recursos naturais de forma impune. São exemplo disso a desflorestação da Amazónia, para fins económicos relacionados com explorações agrícolas e pecuárias e, na Ásia, a destruição de vastos habitats para a exploração de óleo de palma.
A consagração do crime internacional de ecocídio assume uma extrema importância porque evita o risco ou a danificação extensiva, destruição ou perda de ecossistemas, proíbe as decisões que resultem em danos extensos, destruição ou perda de ecossistemas, e impede tomadas de decisão de natureza política, financeira e empresarial que possam trazer danos significativos. Tal consagração garantirá, ainda, um dever de diligência no sentido de que a comunidade internacional, os Estados, o poder político e as empresas deverão impedir o risco ou a danificação extensiva, destruição ou perda de ecossistemas e velar pela sua protecção.
Consulte o projecto de resolução aqui.
Trata-se de um "museu" que tem como objectivo difundir o ecocídio (que é a tourada), e a vida passada a MATAR Touros do matador Mário Coelho!
Uma casa insólita e macabra que existe desde 2001, e recebe 2.200 euros de dinheiros públicos por ano.
Porém, o matador, proprietário deste lugar lúgubre, está a EXIGIR ainda mais 4.200 euros, de dinheiros públicos, por ano, e também o pagamento das despesas de electricidade, luz e limpeza!
O QUÊÊEÊÊÊÊ!!!!!
O matador de toiros Mário Coelho exige que a Câmara de Vila Franca de Xira lhe pague 4200 euros anuais mais as despesas de electricidade, luz e limpeza para manter o seu museu de tauromaquia aberto na cidade?
«A situação não caiu bem na oposição que está em maioria na câmara. O presidente do município, Alberto Mesquita (PS) viu-se obrigado a retirar o assunto da ordem de trabalhos da última reunião do executivo para que esta não fosse de imediato chumbada.
Mesquita vai ter agora que reformular a proposta e tentar negociar com os vereadores.
Até agora o município tem pago 2.200 euros anuais para despesas de luz, água e limpeza. Com a nova passaria a pagar 6400 euros.
A proposta do toureiro, feita duas semanas antes das eleições, prevê que este arrende as instalações à autarquia por 350 euros mensais.
A então presidente, Maria da Luz Rosinha (PS) (UMA AFICIONADA, que de presidente pouco ou nada tinha) chegou a emitir um despacho a mandar fazer uma minuta do contrato que não ficou concluído a tempo das eleições.
E o seu sucessor decidiu levar agora o assunto à reunião do executivo.»
Fonte:
http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=67539&idSeccao=479&Action=noticia#.UqmKCLfuOmy
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ISTO SÓ PODE SER UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO.
COMO ACEITAR UMA CHICO-ESPERTEZA DESTAS?
E A AUTARQUIA DE VILA FRANCA DE XIRA VAI DESPENDER DINHEIROS PÚBLICOS NUMA “COISA” QUE NÃO INTERESSA NEM ÀS RATAZANAS, NEM ÀS BARATAS, NEM ÀS TRAÇAS?
Exmos. Senhores Deputados da Assembleia da República Portuguesa:
Depois da grande estupefacção e decepção que em mim causou o adiamento do debate da petição da ANIMAL, não com certeza por influência da ATCT (que se vangloriou do seu contributo, neste sentido, o que a ser verdade seria bastante grave), mas por outro motivo qualquer que, espero, seja menos obscuro do que este, seguiu-se aquele “fait divers”, protagonizado pela ministra Assunção Cristas, relativamente ao número de animais que os cidadãos poderiam ter nos seus lares, com certeza com o intuito de “tomar o pulso” ao povo Português, o que também me surpreendeu pela negativa.
Como a reacção do povo foi imediata e em massa, a ministra deixou cair o assunto e a MAIORIA dos deputados da Assembleia da República puderam então ter uma ideia da força e do poder do povo.
E porque ainda quero acreditar que vivo num País democrático, com órgãos governativos e governantes cumpridores das suas funções, e respeitadores da Constituição Portuguesa e do juramento que fizeram ao tomar posse dos seus cargos, tento manter uma espectativa, se bem que periquilitante, no bom senso de V. Exas.
Portugal não pode continuar na senda da violência, da idiotice, da selvajaria, da incultura e da falta de lucidez, no que respeita ao sofrimento de bovinos e cavalos, transformados pela “indústria” tauromáquica em instrumentos para se torturar cruelmente, no intuito de divertir uma minoria (e todos sabemos que é uma minoria) de cidadãos sádicos, que histericamente aplaudem o sofrimento atroz de um herbívoro trespassado de bandarilhas, a sangrar copiosamente, esgotado de forças, a bradar de dor até à morte, e o sofrimento silencioso (porque lhes cortam as cordas vocais) dos cavalos.
Não é da Ética Política os Senhores Deputados da Nação serem cúmplices do ecocídio que grassa nas terreolas mais atrasadas de Portugal, apenas para “agradarem” a um lobby obscuro e empedernido, o que também é contra todas as regras civilizadas e racionais dos verdadeiros estadistas.
Por tudo isto, o filósofo australiano Peter Singer e Tom Regan têm combatido, intensamente, o especismo, que submete os animais não humanos a torturas e maltratos de toda a espécie, o que impele para um plano do mais inferior que existe os indivíduos que praticam, aplaudem e apoiam tal ignomínia.
A reacção contra a opressão e exploração dos animais começou já em 1975, com a publicação da obra "Libertação Animal" do já referido filósofo Peter Singer.
Porém, em Portugal, como sempre acontece com tudo o que diz respeito a avanços civilizacionais, os Direitos dos Animais nunca foram objecto de importantes debates, como já acontece em vários países que estão na senda da evolução.
E, como se isto não bastasse para colocar Portugal no rol dos países terceiro-mundistas, a Lei nº 92/95, de 12 de Setembro, irracionalmente, exclui os Touros e os Cavalos do Reino Animal, para que um lobby possa tirar proveito monetário da tortura legislada e apoiada por governantes que talvez não saibam que os Touros e os Cavalos têm um ADN muito semelhante ao dos seres humanos, logo, sofrem horrores quando deles fazem objectos de tortura.
Quanto aos outros animais, a lei e as autoridades policiais penalizam quem tenta socorrê-los e amenizar o sofrimento deles, mais do que sancionam aqueles que os maltratam e abandonam.
Isto é absolutamente irracional. Inacreditável. Inadmissível.
O critério determinante para libertar os animais da tirania humana é, justamente, a capacidade de sofrer e de sentir emoções semelhantes às nossas, por parte desses seres erradamente considerados irracionais. (É preciso rever este falso conceito).
Além disso, a compaixão pelo sofrimento atroz dos animais é um factor decisivo na criação de uma nova Lei de Protecção dos Animais, que cada vez está a tornar-se mais necessária e urgente.
Uma nova Lei que ponha, finalmente, termo ao indizível sofrimento dos Touros e dos Cavalos, nas arenas, e dos restantes animais nos canis municipais (autênticos campos de concentração nazis), dos que são abandonados nas ruas, dos do circo, dos que são aproveitados para lutas, enfim… de todos os que são cruelmente maltratados como se fossem cacos partidos, e não seres vivos, que têm sangue e alma como nós.
Para que os Senhores Deputados possam ter um suporte de reflexão, nada melhor do que ver para crer, porque creio que muitos do que estão sentados nas cadeiras do poder não fazem a mínima ideia do sofrimento animal, e por isso, quando aparece algum projecto-lei a este respeito, votam sem conhecimento de causa (o que é um grave erro), arrastados por aficionados colocados estrategicamente nas listas dos candidatos à Assembleia da República, que nada mais fazem ali do que puxar a brasa para a sardinha da já tão apodrecida tauromaquia.
Por isso aqui deixo a V. Exas. um excelente vídeo para que possam reflectir.
Senhores Deputados, sejam os primeiros, entre os oito tristes países que ainda mantém costumes bárbaros, a dar o exemplo de um avanço civilizacional. Pelo menos, por uma vez na vida, sejam construtivos.
Com os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira