O DN publicou um texto onde trata desta temática e que pode ser consultado aqui
O texto interessou-me, mas dei mais importância aos comentários.
Um comentador, a propósito deste texto do DN, disse o seguinte: «Toda a gente que goste de trabalhar com seriedade e criatividade, e que saiba co-existir com a nossa cultura, é sempre bem-vinda!»
Concordo plenamente, e sempre disse o mesmo: seja bem-vindo quem vier por bem.
O problema é que uma boa parcela dos imigrantes brasileiros, ou até de outra qualquer nacionalidade, que vem para Portugal, primeiro: vem de passagem para poder adquirir o passaporte português, que lhes dá asas para outras bandas, que lhes dão maior qualidade de vida.
Segundo: uma outra parcela vem de má-fé, com o intuito de "colonizar Portugal" (e a expressão é deles) para se vingar do passado colonizador, e do ouro que eles acham que os Portugueses roubaram ao Brasil. Vêm imbuídos da lavagem cerebral que os esquerdistas brasileiros, da ala mais ignorante, lhes fazem nas escolas (estudei lá e sei do que estou a falar). É absolutamente inadmissível que os miúdos brasileiros, que frequentam escolas portuguesas, andem por aí a dizer aos miúdos portugueses, "dêvôlvam o nosso ôro", e isto acontece frequentemente, já aconteceu com o meu neto, que frequenta uma escola pública, mas tem em casa uma escola privada, que lhe dá a oportunidade de desenvolver o espírito crítico necessário para se ser um cidadão livre.
E a pergunta é: por que há-de um brasileiro imigrar para um país roto e esfarrapado, que é o estado em que Portugal se encontra actualmente?
Se bem que haja brasileiros que vêm para Portugal e gostam de trabalhar com seriedade e criatividade e civilidade, aceitando a integração plena na Cultura Portuguesa, incluindo a Língua, que não é a mesma (isto dito por eles), e estes últimos são obviamente bem-vindos.
De qualquer modo, a questão da imigração brasileira, traz água no bico. O normal é emigrarmos para países que nos dêem possibilidade de sairmos da cepa torta, de melhorarmos de vida. E em Portugal NÃO saimos da cepa torta.
E o que vemos em Portugal?
Vemos imigrantes ricos, não só brasileiros, que vêm para cá viver à grande e à francesa, tendo privilégios que a maioria dos portugueses não tem. Bom clima, boa gastronomia, boas casas, boas praias, muita mordomia, e podendo, quem não quer tal vida?
Depois vêm imigrantes à procura de um eldorado que, por mais que escavem, em Portugal, não o encontram, daí haver tantos desafortunados a viver debaixo da ponte e em situações degradantes, indignas de seres humanos. Mas a política portuguesa é: “venham”, porque Portugal precisa de mão-de-obra barata, para que os empregadores enriqueçam e possam ir passar férias às Maldivas, porque a mão-de-obra qualificada portuguesa emigra para países civilizados, que lhes dão maior segurança, em todos os aspectos.
Há, obviamente, imigrantes que vêm de boa-fé, procurar emprego, uma vida melhor e tranquilidade, pois Portugal ainda é, mas está a deixar de ser, um país onde a criminalidade não está em todas as esquinas, de todas as ruas, de todas as cidades.
E há ainda o “imigrante político”, aquele que tem por missão vir colonizar o ex-colonizador, através da Língua, de cargos políticos e de cargos em todos os sectores da sociedade portuguesa, inclusive o direito ao voto, como se fossem donos disto tudo, com o aval do presidente da República, do primeiro-ministro, do governo, do presidente da Assembleia da República e dos deputados da Nação, todos cúmplices deste jogo que, antecipadamente, já tem um perdedor, e esse perdedor NÃO é Portugal.
Tendas que servem de abrigo a dezenas de pessoas, porque a política da habitação em Portugal está um caos, bem como caos está a política da saúde, do ensino, da justiça, não havendo nenhum serviço público que funcione adequadamente.
Por que imigram para Portugal? O que tem Portugal para oferecer aos imigrantes, se nem aos Portugueses se consegue oferecer a vida que nós merecemos, até porque os Portugueses são dos que pagam mais impostos na União Europeia.
Algo vai mal na República de Portugal.
Abram os olhos, Portugueses!
Não andem a rastejar.
Só rasteja quem NÃO tem coluna vertebral.
Isabel A. Ferreira
Origem da foto: Internet
Uma disciplina que tenha por objectivo fazer LAVAGEM CEREBRAL aos alunos, como é o caso de «Cidadania e Desenvolvimento”, nem sequer deveria existir, muito menos ser uma "disciplina" obrigatória.
Se todos os Pais tivessem a CORAGEM de Artur Mesquita Guimarães, de certeza que o ensino em Portugal não estaria a um nível tão rastejante e tão caótico, como está.
Vejamos o que nos diz a este propósito José Ribeiro e Castro, num texto bem elaborado e fundamentado, que publicou no DN, sob o título «Carrascos, mordomos e farsantes»
«A semana passada terminou com a notícia de Tiago e Rafael, alunos brilhantes, com altas classificações e comportamento exemplar, ao terminarem o 7.º e o 9.º anos de escolaridade naquele agrupamento, terem recebido uma medida administrativa de reprovação, sendo barrados de transitar de ano. Em completa insanidade e exagero de violência administrativa, foi repetida a dose de há um ano.
Em que mundo e em que tempo vivemos? Vamos ver».
«Carrascos, mordomos e farsantes»
Salvo um caso em curso, que enxovalha a memória do país e a nossa dignidade enquanto povo, não conheço, em toda a história da educação em Portugal, que alguma vez um ministério desenvolvesse uma sanha persecutória ao ponto de reprovar crianças para punir os pais pelas suas convicções e agredir essas crianças na sua consciência e formação. Se me dissessem que aqui era possível um tal atrevimento totalitário, eu diria que não.
Gostava de saber. Num caso em que os pais rejeitassem ter os filhos sujeitos a doutrinações contrárias à sua consciência, gostava de saber se, em toda a Monarquia Constitucional, na I República, na Ditadura Nacional, no Estado Novo, nalgum governo a seguir ao 25 de Abril, incluindo os revolucionários e os constitucionais, algum ministro ou secretário de Estado se transbordou de autoritarismo ou algum reitor ou director escolar se armou de carrasco ou mordomo para perseguirem e discriminarem essa família, indo ao extremo de reprovarem consecutivamente as crianças até as fazer vergar a cerviz e morder o pó. Gostava de saber se alguma vez aconteceu para conhecer os nomes desses monstros, saber a história desses perseguidores e deles poder traçar a linhagem até aos actuais ministro Tiago Brandão Rodrigues, secretário de Estado João Costa e director Carlos Teixeira, do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão.
A semana passada terminou com a notícia de Tiago e Rafael, alunos brilhantes, com altas classificações e comportamento exemplar, ao terminarem o 7.º e o 9.º anos de escolaridade naquele agrupamento, terem recebido uma medida administrativa de reprovação, sendo barrados de transitar de ano. Em completa insanidade e exagero de violência administrativa, foi repetida a dose de há um ano.
Em que mundo e em que tempo vivemos? Vamos ver.
Os pais têm o direito e o dever de educação dos filhos. Incumbe ao Estado, para protecção da família, cooperar com os pais na educação dos filhos. Os pais e as mães têm direito à protecção da sociedade e do Estado na realização da sua insubstituível acção em relação aos filhos, nomeadamente quanto à sua educação. A liberdade de consciência é inviolável. Ninguém pode ser perseguido [ou] privado de direitos por causa das suas convicções. É garantido o direito à objecção de consciência, nos termos da lei. O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas. Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias. Todas estas normas estão na Constituição.
Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua família. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade. Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento [e] de consciência. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos. Estas proclamações estão na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Pode ler estes textos a partir das ligações que o Ministério da Educação exibe no portal de Documentos de referência da Educação para a Cidadania, enquanto os atropela e viola com total despudor e impunidade. É o reino hipócrita dos farsantes. Por isso faz corar e indigna conhecer a Convenção sobre os Direitos da Criança a partir do mesmo portal: nenhuma criança pode ser sujeita a intromissões arbitrárias ou ilegais na sua família. A criança tem direito à protecção da lei contra tais intromissões ou ofensas. A responsabilidade de educar a criança e de assegurar o seu desenvolvimento cabe primacialmente aos pais. Os Estados asseguram assistência adequada aos pais no exercício da responsabilidade que lhes cabe de educar a criança. Os Estados tomam as medidas adequadas para velar por que a disciplina escolar seja assegurada de forma compatível com a dignidade humana da criança.
Num Estado de direito, bastaria isto. Pintem a cara de preto.
Advogado e ex-líder do CDS.
Escreve de acordo com a antiga ortografia.
Fonte:
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Ler mais sobre este absurdo aqui:
«Perseguição “Ditatorial” Intensifica: Filhos de Artur são Novamente Chumbados»
O que consta por aí não passa de uma falácia.
As audiências até podem ter aumentado minimamente, mas o que está por trás deste aumento é o seguinte: muitos aficionados já evitam ir às arenas para que ninguém saiba que são SÁDICOS, PSICOPATAS e PAROLOS, e, deste modo, não ficam expostos à estigmatização.
Porque hoje em dia, só os SÁDICOS, os PSICOPATAS e os PAROLOS vão ver touradas ao vivo, e expõem-se ao ridículo, porque lhes falta juízo crítico.
Sentem “orgulho” de ser trogloditas, e isso já diz muito do atraso mental desta “gente”.
(Origem da imagem: Internet)
O Director de Programas da RTP 1, Daniel Deusdado, disse há dias, em entrevista ao DN, ser sua convicção de que “as touradas representam maus tratos aos animais”. Afirmou ainda que “está fora de questão” aumentar o número de touradas televisionadas e que, “a haver mudanças, será para diminuir o número de transmissões”.
Essa diminuição já aconteceu. Agora o próximo passo deveria ser transmissão zero, porque ainda que se diminua as transmissões de três para duas ou uma, seis ou doze Touros serão torturados em direCto para os sádicos, os psicopatas e os parolos que não querem expor-se ao ridículo, nas arenas.
E isto não é serviço público, que deva ser pago com os impostos dos Portugueses. Ponto final.
Apreciamos a posição de Daniel Deusdado, mas não basta.
Cada vez mais este tipo de “diversão” está a ser rejeitado e repudiado pela sociedade que, lentamente (é certo), vai evoluindo e deixando as práticas medievalescas que já não combinam com os festivais de música de Verão, a que milhares de jovens aderem.
Às arenas vão sempre os mesmos e poucos, em excursões pagas pelas autarquias, com dinheiros do povo.
Às que as RTP 1 transmite vão os marialvas, os betinhos e as betinhas e os da casa do pessoal da RTP e respectivas famílias.
Nem as moscas querem lá por os pés.
Ainda bem que assim é.
As touradas só ainda existem, porque o PS, o PSD. o CDS/PP e o PCP, partidos que fomentam políticas de direita e cujos deputados estão ao serviço do poderoso lobby tauromáquico, que enche os bolsos à custa dos impostos que o povo paga com sacrifício, e, portanto, podem “pagar para ter”.
Não fosse esse servilismo rastejante, as medievalescas touradas, que nasceram para entreter uma realeza decadente, na vizinha Espanha, e que os reis Filipes espanhóis implantaram em Portugal com todos os seus defeitos, já não existiriam há muito.
Mas em Portugal há esta mentalidade pobre de copiar o que de mau se faz no estrangeiro, apenas porque é estrangeiro. E os políticos portugueses e administradores disto e mais daquilo, que, vá-se lá saber porquê, adoram ser servis e vergam-se com muita facilidade ao poderio torpe estrangeiro, infantilmente dizem que sim a tudo, como aqueles bonecos que abanam a cabeça sempre para a frente.
Só não dizem que sim aos apelos da Razão, da Lucidez, da Evolução, da Civilização, e isto porque adoram viver no passado, a rastejar na lama.
Há que dizer BASTA a esta vergonhosa situação, que não dignifica a Nação Portuguesa e os Portugueses, que sentem orgulho em ser Portugueses.
Está mais do que na hora de o governo português, liderado por um Partido Socialista de direita, rejeitar esta política a cheirar à monarquia decadente de outrora.
Está mais do que na hora de evoluir, e de caminhar com a espinha dorsal bem erecta à maneira do Homo Sapiens Sapiens.
Isabel A. Ferreira
Um texto inserido no BLogue «Estúpido Aluga-se», que contém as maiores “pérolas” de aficionados que gostam de se expor ao ridículo e aprofundar, até ao tutano, uma ignorância atávica que faz parte de uma herança genética e não há como reverter essa doença congénita.
Pasmem-se!
«12 de Outubro, 2016
Perdi alguns minutos a ler a entrevista de Hélder Milheiro ao DN, para quem não conhece este aficionado, é o homem que assumiu na Federação Portuguesa de Tauromaquia, a missão de mudar a imagem da tourada em Portugal.
Hélder afirma que "não há violência nas corridas de toiros, há pedagogia", este universitário em filosofia, vê a tourada como os antigos romanos, um acto bárbaro que fortalece a corrente elitista e consanguínea que advém deste evento.
Na mesma entrevista saliento "Há crianças de 5 e 6 anos a aprender a tourear como a aprender ballet ou futebol.
Não é o mesmo... Não?
"O que se aprende é a coreografia. Treina-se com a tourinha (uma espécie de carrinho de mão que faz as vezes do animal) e nem se vê nada parecido com um toiro até aos 14 anos, que é quando se começa a treinar com bezerros. E há sempre enorme preocupação com a segurança: para alguém com menos de 18 anos entrar num espectáculo é preciso a validação da Comissão de Protecção de Menores; os pesos do animal e do toureiro são fiscalizados, está tudo regulado ao pormenor."
O que aqui é dito é uma falácia facilmente desmontada, a tourada é uma violência inútil camuflada sobre o pretexto de "ARTE", recordo aqui as palavras de Duarte Palha:
«Mas nós diremos que não. Que não deixamos. Que é a luta que nos resta. Desobedecer cegamente. Porque não? Porque havemos de encarneirar sempre? Vamos, por uma vez, fazer as coisas à nossa maneira. Como queremos. Como seres livres que somos. Vamos levar crianças às praças. Mentir na idade que têm, escondê-las da polícia, fingir que não conhecemos a lei. Porque é essa a nossa obrigação (…) E não é a lei que nos impede de fazer o que queremos. Nunca foi.»
Em relação ao cumprimento de regras de segurança, os registos são quase nulos porque aquando da entrada dos miúdos nas urgências pediátricas, os acidentes são dados como outros e não como acidente desportivo, o que faz com que o pagamento seja suportado uma vez mais pelo SNS (nós o contribuinte), isto passa-se com a conivência dos pais aficionados e respectivas escolas de toureio.
"O espectáculo tauromáquico não traduz violência, é pedagógico e recomendável, é extremamente didáctico porque ensina às crianças a forma de estar na vida."
Hélder Milheiro
"Talvez mais intensa do que hoje. De usar panos de cozinha como capotes e colheres de pau como bandarilhas. O toiro era, muitas vezes, um banco - o banco parado no meio da sala, e eu em volta, a cravar ferros. Mais ou menos o mesmo que tourear um murube."
Duarte Palha
Segundo o Hélder MATAR é didáctico e para o jovem Palha o acto pedagógico é enfiar ferros num touro imaginado, esta é a conduta apresentada pelos pró-touro, isto numa sociedade cada vez mais consciente de que os animais merecem ser respeitados, eles sentem, amam, sofrem e desfrutam como os seres humanos.
Os três pilares éticos fundamentais do Hélder:
- O primeiro é o toiro, que é criado quase em total liberdade, "em enormes áreas, de forma a manter-se o mais toiro possível, o mais selvagem - e que nos passa o valor da natureza e da sua natureza animal" (se colocar um ser humano num campo com todas as condições sabendo que o seu destino a curto prazo é a morte, aceitaria?).
- Segue-se o espectáculo, em que o "homem arrisca a vida ao encarar o toiro"(a sério?) (seria interessante ver essa valentia de mãos livres), traduzindo duas ordens de valores: os do animal, combativo, que nunca desiste de investir; e os do homem, corajoso, leal para com o toiro porque o encara e se expõe de uma maneira que permite ser colhido; solidário, pronto a saltar a qualquer momento para ajudar um companheiro de lide.
- E por último o público, "que está na bancada e absorve os valores éticos, culturais e artísticos passados por estes dois elementos, que absorve a excelência humana, aprende a estar sereno perante o perigo, a ser frontal e leal"(na realidade a tourada é uma barbárie que tem pouco a ver com a cultura e mais com a morte gratuita de um animal indefeso, muitas vezes drogado antes mesmo de sair para lutar, e isso não tem nada de excelência).
Podia continuar a desmontar a falácia promocional, mas não tenho paciência para tanto disparate junto.
Deixo-vos aqui um (…) BLOG para quem quiser ler mais sobre o assunto.
Fonte:
http://estupidoaluga-se.blogs.sapo.pt/a-tourada-e-cultura-a-cultura-da-747396
A propósito do seu artigo no Diário de Notícias, sob o título «Simba, Passos, CR7, Shakira e Varoufakis», publicado a 17 de Março do corrente ano
Exmo. Senhor Ferreira Fernandes,
É sempre com inquietação que leio crónicas de ilustres jornalistas abordando o que se faz em excesso pelos ditos animais não humanos, e à míngua pelos animais humanos.
Diz V. Exa. no artigo acima citado: «A morte de Simba, o cão, teve mais letras impressas do que, neste ano, qualquer das mulheres assassinadas (da única subespécie, Homo sapiens sapiens, que imprime letras). Alguém se lembra do nome de uma? Houve, ainda, mais assinaturas para que se investigue a morte do Simba do que gente a assinar a petição pela demissão de Passos Coelho»
Bem, se perguntarmos, assim, de chofre, a V. Exa. o nome de uma dessas mulheres assassinadas, conseguirá dizê-lo?
Quanto a assinar uma petição para demitir Passos Coelho adiantaria alguma coisa? Adiantou? Adiantará, se está no poder de pedra e cal?
Mas a questão nem sequer importa colocar deste modo. Porque saber os nomes das mulheres assassinadas não as traz de volta, nem sequer evita que outras sejam assassinadas, e demitir Passos Coelho seria uma inutilidade, uma vez que o povinho português se prepara para lá colocar mais do mesmo.
Também é um facto que o Diário de Notícias, bem como a generalidade dos media, esmaga-nos com noticiários dos assassinatos dessas mulheres, esmiuçados ao pormenor mais mórbido… porque isso vende… seja o que for, mas vende… Interesse o que interesse, mas vende… se bem que o principal fique por dizer: a origem de tanta violência… Isso já não interessa esmiuçar. E ninguém o faz.
E nesta vossa “falta de interesse” (ou seja lá falta do que for) começa a explicação da intervenção dos Defensores dos Animais ditos não humanos.
É que se o Diário de Notícias (e os outros media) cumprisse o seu DEVER de informar formando, não haveria necessidade de dedicarmos tanta atenção aos milhares de Simbas, que são assassinados por quem também assassina mulheres e crianças, pois significaria que vivíamos numa sociedade civilizada.
De um modo inadequado (apenas com o intuito de vender notícias) os media fartam-nos com o assassinato de mulheres, com os despassos de Passos, com os “likes” do CR7 e da Shakira, ou com a ousadia de Varoufakis (que os políticos da União (ou devo dizer desunião?) Europeia tanto INVEJAM.
E os pobres coitados dos ditos animais não humanos, que são torturados e assassinados às mãos de carrascos cruéis não merecem nenhuma parangonazinha a favor deles?
Alguém tem de gritar por eles.
V. Exa. “grita” pelas mulheres assassinadas pelos violentos maridos que as matam com caçadeiras, e, pelos vistos, até deve saber o nome de todas elas de cor… Mas nunca se atreveu a escrever sobre, por exemplo, a Abolição das Touradas, ou a favor de uma lei que pugne pela Senciência Animal, pelo contrário, o DN defende a existência da selvajaria tauromáquica, logo, a tortura de bovinos, e consequentemente é a desfavor da Senciência Animal, que a falaciosa nova Lei de Protecção dos Animais não contempla.
Logo, tem de haver alguém que grite pelos desprotegidos, indefesos, inofensivos e inocentes animais ditos não humanos, aos quais os media não dão importância alguma.
Não se admire, pois, V. Exa. de ver muitas assinaturas nas petições a favor dos desprotegidos Simbas do mundo, e poucas nas dos mais do que protegidos senhores do mundo…
No dia em que os media deixarem de ser subservientes ao lobby da violência e da crueldade sobre animais ditos não humanos, nós deixaremos de ser tão necessariamente excessivos na defesa deles.
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
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Já agora, deixo aqui um textinho muito interessante, que anda a circular na Internet:
«Ouroboros
Falas do caso do cão que morreu? Isso não é nada, ao pé das mulheres que morrem às mãos dos maridos, disso não falas, não é?
Falas das mulheres que morrem? E as crianças de África que morrem de fome, que insensível és tu que nem uma palavra tens para as crianças de África!
Falas das crianças de África que morrem de fome? E aquelas que morrem na Ucrânia, que além de fome morrem da guerra?
Falas da Ucrânia? Não é preciso ires tão longe, fica sabendo que aqui, bem perto de nós, onde podemos actuar, ainda um dia destes morreu um cão? Disso não falas tu.»
Fonte:
http://farpasecornadas.blogspot.pt/