Trogloditas de Portugal, aprendam com quem sabe.
«Touradas = Conservação das espécies?»
Por Hugo Evangelista (Biólogo)
«Os proprietários das ganadarias mantêm os touros nos seus terrenos, não porque tenham uma grande consciência ecológica e ambiental, mas porque daí retiram dinheiro. Muito dinheiro. No dia em que os touros deixarem de ser vendidos a 2000 euros cada, cerca de 2600 animais por ano (DN, 2007), os proprietários das ganadarias rapidamente se esquecerão de qualquer importância ecológica ou da biodiversidade do touro bravo.
É esta a principal, senão a única, verdadeira razão para a continuação das touradas no nosso país – interesse económico.
É claro que, para desculpar o indesculpável, atiram para os olhos o facto de se querer proteger uma espécie. Mas nem o touro bravo é uma espécie nem a extinção desta raça é irremediável e obrigatória quando as touradas acabarem.
Nada impede o Estado português de criar parques naturais ou outras soluções viáveis para a conservação destes animais.
O que não pode nunca acontecer é justificarmos o sofrimento e morte de um ser com a capacidade de sofrer para o poder “conservar”.
A conservação do panda passa por espetar bandarilhas no seu dorso? A recolocação do lince ibérico na Península Ibérica passa por o pegarmos de caras?
A conservação de espécies / raças, não é argumento para continuar a haver touradas. É um papel que tem de ser assumido pelos portugueses e pelo Estado e não por empresas que da exploração desses animais retiram avultados lucros.
Existe outro argumento frequente, que é o da conservação dos ecossistemas, mas este é ainda mais frágil. É que estamos a falar de um animal totalmente domesticado, que só existe por selecção artificial de características de interesse. Isto significa que um touro bravo é totalmente substituível senão supérfluo na manutenção dos montados portugueses.
Voltamos então ao único argumento de peso para a manutenção das touradas. Os interesses económicos. Interesses esses que vivem de um espectáculo que promove a ideia de que existe justiça e igualdade em colocar um animal num local estranho e com regras definidas pelos humanos; que coloca animais numa luta que estes não desejam entrar (mas são forçados a isso); que vive da diabolização da imagem de um herbívoro territorial e faz disso um espectáculo de entretenimento.
É vital rejeitarmos esta visão subvertida da realidade. É preciso dizer que a tourada não é uma fatalidade e que podemos acabar com uma das formas mais indignas e desumanas de tratamento dos animais da actualidade. É incontornável assumirmos este como um dos principais objectivos do movimento de defesa e de direitos dos animais.»
Fonte:
http://abolicionistastauromaquiaportugal.blogspot.pt/2008/08/touradas-conservacao-das-especies.html
Shame on you EU!
«Bullfighting still benefits from millions of euros a year in EU farming subsidies
«Public funds to farms breeding bulls keeping ‘cruel practice’ of bullfighting alive, say animal rights campaigners
Activistas dos Direitos dos Animais dizem que fundos públicos para as ganadarias mantêm viva a 'prática cruel' das touradas.
Faço também meu este desabafo de um cidadão português, que, mo eu, se envergonha dos políticos que temos:
«A União Europeia a dar subsídios de muitos milhões aos criadores de Touros para as touradas, através dos agricultores, no nosso caso, através da CAP.
Que moral tem essa canalha de burocratas?
Não têm moral, nem vergonha, nem dignidade!
O que estes nossos trogloditas sem vergonha - somos os melhores do mundo - mereciam era que o The Guardian publicasse, em complemento, o caso português: a cobertura dada pelos governos, a baixeza moral (e material) reinante no Parlamento, a exposição das crianças à violência, etc..
Uma condenação pública poderia ser remédio santo.» (M. Figueiredo).
É isto que a União Europeia financia
As touradas, na Europa [apenas em Portugal, Espanha e França, os três tristes países, AINDA trogloditas na Europa] estão a ser mantidas vivas devido aos milhões de euros pagos pela UE, afirmam activistas, apesar das tentativas dos deputados de proibir os subsídios.
O financiamento vai para ganadarias que criam Touros de “lide”, através da política agrícola comum (PAC) da UE, um sistema de apoio de longa data, de subsídios dados ao sector.
A União de Criadores de Touros de Lide de Espanha, que representa os interesses de 347 ganadeiros, estimou que a proibição do pagamento de subsídios significaria um impacto económico de cerca de 200 milhões de Euros por ano para o sector na [apenas em Portugal, Espanha e França, e NÃO “across Europe”].
Em 2015, num movimento aclamado pelos defensores dos Direitos dos Animais que descreveram as touradas como uma “prática cruel”, os eurodeputados votaram esmagadoramente a favor do bloqueio de fundos agrícolas “para o financiamento de actividades tauromáquicas letais”.
No entanto, mais de seis anos depois, houve poucas mudanças, com a proibição deixada de lado devido a preocupações de que modificaria as disposições legais da PAC.
Joe Moran, da organização de defesa dos animais Eurogroup for Animals, disse: “Embora concordemos inteiramente com os eurodeputados na sua indignação moral e no que estão a tentar fazer, as vias legais para fazer isso são bastante difíceis. Na verdade, eu diria que são impossíveis.”
A eliminação total dos fundos exigiria que o bem-estar animal fosse uma competência oficial da UE, juntamente com uma lei que proibiria a criação de Touros para esse fim ou proibiria totalmente as touradas, acrescentou Moran, [algo que seria da racionalidade fazer]
Um funcionário da UE disse que, embora não haja fundos especificamente designados para a criação de Touros de “lide”, “não está excluído”, e os criadores de Touros ainda podem receber fundos públicos de financiamento agrícola.
Desde 2003, os subsídios agrícolas da UE têm sido atribuídos principalmente à quantidade de terra cultivada, e não à produção ou ao destino final dos produtos.
Os eurodeputados do partido “OS VERDES” apresentaram uma emenda à PAC de 2020 pedindo a proibição de fundos para o gado cujo destino final era “a venda para actividades relacionadas com touradas, mas foi descartada quando a Comissão Europeia, o Conselho da UE e o parlamento finalizaram a política.
O eurodeputado português FRANCISCO GUERREIRO descreveu os fundos como “um balão de oxigénio que está continuamente a ajudar esta indústria a manter-se à tona”, uma vez que o número de eventos envolvendo Touros diminuiu.
A indústria de touradas (…) [nos três países europeus AINDA trogloditas] acumulou perdas relatadas de mais de 150 milhões de Euros (…) durante a pandemia de Covid, já que eventos como o de San Fermín, em Pamplona foram cancelados e os Touros enviados directamente para o abate.
A pandemia apareceu quando o sector estava a lutar para se recuperar da crise económica de Espanha, que viu municípios sem dinheiro interromperem eventos envolvendo Touros. Em 2007 – um ano antes do impacto financeiro – 3.651 eventos com Touros foram realizados em toda a Espanha. Uma década depois, o número de eventos caiu para 1.553.
A Praça de Touros de Las Ventas, em Madrid, ficou deserta, após o cancelamento da temporada de touradas de 2020 devido ao bloqueio do coronavírus.
O bloqueio pode ser a morte das touradas em Espanha? [Se não é devia ser]
As associações de criadores em Espanha, França e Portugal continuam a defender as cerca de 1.000 explorações de Touros reprodutores para touradas em toda a UE.
Antonio Bañuelos, presidente da União de Criadores de Touros de Espanha, disse: “É discriminatório criar esse conceito de que o destino desse gado pode estar vinculado ao recebimento de fundos ou não. Muitas das ganadarias produzem uma variedade de produtos ao mesmo tempo que criam Touros, o que significa que qualquer proibição prejudicaria seu direito de acesso a financiamento em pé de igualdade com outros agricultores da EU .»
A indústria também pressionou os eurodeputados alegando que os Touros de lide, criados em áreas extensas, têm menos impacto no meio ambiente do que porcos ou ovelhas.
Uma associação de veterinários espanhóis, anti-touradas, disse que o sofrimento público infligido aos touros era injustificável. Disse ainda aos eurodeputados que instrumentos que vão desde bandarilhas, a espadas de 80 cm foram usadas em Touros durante touradas que duraram cerca de 15 minutos, causa “feridas profundas, hemorragias significativas, sofrimento intenso e morte dolorosa”.
Bañuelos afirmou que a morte de um touro de “lide” é “mais rápida e acarreta menos sofrimento” do que muitos animais criados comercialmente. [O que é mentira].
“Existem milhares de animais que morrem todos os dias em circunstâncias muito dolorosas. Mas o foco está na tourada porque é a mais exposta quando se trata de publicidade e é um alvo fácil”, disse. [Não é por isso, é pela cruel DIVERSÃO com o sofrimento atroz de um ser vivo].
Traduzido do original que pode ser consultado aqui:
Isabel A. Ferreira
Experimentem ler a mente de qualquer animal, nem que seja a de um rato, e encontrarão verdades profundas. Cada animal consegue dar-nos grande lições de vida e de comportamentos adequados à permanência no Planeta Terra, a nossa casa comum.
Aliás, os verdadeiros donos do Planeta são os animais não-humanos, os únicos que sabem preservá-lo. O homem apareceu, por último, e achou-se no direito de dominar a vida na Terra. Coitado, nem a própria vida consegue conduzir com harmonia, como há-de saber conduzir racionalmente todas as VIDAS que o Planeta Terra alberga?
Isabel A. Ferreira
Legenda: «Os animais não deveriam requerer a nossa permissão para viver na Terra. Aos animais foi dado o direito de estarem aqui muito antes de nós chegarmos!»
«Quando eu olho nos olhos de um animal, não vejo um animal. Eu vejo um ser vivo. Eu vejo um amigo. Eu sinto uma alma.» (Anthony Douglas Williams)
«Existem muitas grandes mentes na Terra e nem todas são humanas» (Anthony Douglas Williams)
(*) Anthony Douglas Williams, nascido em 1953 é um espiritualista canadiano, escritor a activista dos Direitos dos Animais
***
A enviar a todo os candidatos à presidência da República de Portugal.
A política exercida sem Ética, não é política, é politiquice.
E fartos de politiquice andam os Portugueses.
No dia 24 de Janeiro votem, tendo em conta esta Declaração Universal do Deveres dos Governantes.
Vão ter muita dificuldade em escolher O candidato que reúna, pelo menos, 80% destes predicados. Mas se não os tiverem, diz-nos a experiência, é garantido que serão maus governantes.
Isabel A. Ferreira
Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da Dignidade dos Governantes e os seus alienáveis Deveres constitui o fundamento de um país livre, justo, e pacífico;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo pelos Direitos do Homem, pelos Direitos da Criança e pelos Direitos dos Animais conduzem a actos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade, que já evoluiu, e que o advento de um mundo em que todos os seres vivos sejam livres, libertos da miséria, do terror e da crueldade foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem;
Considerando que é essencial a protecção dos Direitos do Homem, dos Direitos da Criança e dos Direitos dos Animais, através de um regime de direito, para que não sejam compelidos a viver uma vida adversa;
Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações pacificadoras e solidárias entre todos os seres vivos que habitam o Planeta Terra;
Todos os cidadãos evoluídos do Mundo proclamam a presente Declaração Universal dos Deveres dos Governantes, como um ideal comum a atingir por todos os que pretendam exercer o cargo de governação de Nações e de Municípios, a fim de que todos os seres vivos possam viver em dignidade e em direitos, num Planeta que é de todos, e não só de alguns.
Artigo 1º
Todos os governantes devem ser dotados de razão, de sabedoria, de consciência, de equilíbrio, de virtude, de ética, de honestidade e de noção de justiça.
Artigo 2º
Todos os governantes devem cumprir os deveres éticos e observar as regras de boa conduta moral e cívica, para que possam aprimorar a democracia e construir o futuro com coerência e equidade, com base na generosidade, na moralidade, no auto-sacrifício, na integridade, na bondade, na austeridade, na mansidão, na não-violência, na paciência e em conformidade à vontade do povo que já evoluiu.
Artigo 3º
Todos os governantes devem actuar em prol do bem-estar de todos os seres vivos (homens, mulheres, crianças e animais não-humanos), sendo que a segurança económica do Estado é um dos deveres básicos das administrações responsáveis.
Artigo 4º
Nenhum governante deve matar, roubar ou mentir. É preciso que os governantes mantenham um elevado padrão de moralidade, para poder merecer o respeito e a confiança dos povos, garantir-lhes a felicidade e prosperidade, e dar o bom exemplo, uma vez que a raiz das adversidades das Nações está nas deficiências morais dos governantes.
Artigo 5º
Todos os governantes devem levar às últimas consequências a generosidade que abre mão de tudo em benefício dos seres vivos que têm sob a sua governação.
Artigo 6º
Todos os governantes devem ser incorruptíveis no cumprimento dos seus deveres públicos e serem honestos e sinceros nos relacionamentos pessoais. Devem viver e governar por meio da verdade, que é a adequação perfeita entre Palavras e Natureza.
Artigo 7º
Nenhum governante deve iludir ou enganar o Povo, seja como for, pois será um demérito para o cargo e também uma ofensa moral à Humanidade.
Artigo 8º
Todos os governantes, no exercício das suas funções, devem ser bondosos, ou seja, terem a coragem de se preocupar com todos os seres vivos. Ignorar os problemas daqueles que não têm voz, para exigir os seus direitos, será mais fácil do que atender com sensibilidade as suas necessidades e direitos, mas retira dignidade ao acto de governar.
Artigo 9º
Todos os governantes devem aceitar as suas responsabilidades e ousar agir segundo o ditame que faz do governante a força dos que não têm esperança.
Artigo 10º
Todos os governantes devem ter hábitos simples, exercer o autocontrolo e praticar uma disciplina espiritual.
Artigo 11º
Todos os governantes devem desenvolver a verdadeira paciência e a não-violência que os fará lidar de modo sábio e generoso com as imperfeições e provocações vindas de pessoas a quem eles poderiam esmagar impunemente. Os bons governantes sempre vencem a má vontade com a benignidade amorosa, vencem a maldade com a virtude, a mesquinharia com a generosidade, a mentira com a verdade.
Artigo12º
Todos os governantes devem governar em conformidade à vontade do Povo, pois a legitimidade desses governos vem do consentimento do Povo, que terá o direito de caçar esses mandatos, caso deixe de confiar na capacidade de quem elegeu, para atender aos interesses mais prementes das comunidades.
Artigo 13º
Todos os governantes devem construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza, a marginalização e as desigualdades sociais; promover o bem-estar de todos os seres vivos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, religião, idade e espécie, ou quaisquer outras formas de discriminação.
Artigo 14º
Todos os governantes devem orientar-se pelos princípios da responsabilidade, do respeito pelo outro (seja de que espécie for esse outro) e do primado de leis justas, adequadas à Vida, o bem mais sagrado e inviolável de qualquer ser vivo.
Artigo 15º
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver, para qualquer governante, o direito de alguma actividade ou de praticar algum acto destinado a destruir os Deveres aqui enunciados.
Planeta Terra, 12 de Dezembro de 2012
Antes de passarmos ao vídeo, onde o Pediatra Mário Cordeiro, um dos mais conceituados Pediatras e Professores Universitários do nosso País, fala sobre o tema Crianças e Tauromaquia, deixai-me mostrar-vos uma imagem hedionda de uma criança a matar um tourinho, com uma expressão, já diabolizada, no rosto…
Este é o Tomás Bastos
Fonte da imagem:
«Tomás Bastos é um menino de 13 anos de Vila Franca de Xira que desde os 9 anos de idade que tortura bezerras. Muito recentemente tornou-se num fenómeno no México pelo seu talento natural de matar e torturar animais - chamam-lhe menino prodígio.
Influenciado pelo pai a ver corridas de touros e a gostar de touradas, desde os 16 meses que brincava com os lápis de pintar como se fossem bandarilhas.
As imagens mostram este menino a assassinar dois inocentes que tiveram o azar de nascer para serem torturados e mortos por uma criança.
Quando é que deixou de ser obrigatório ensinar às crianças que torturar e matar animais era errado?» (Animal Save & Care Portugal)
***
Agora passemos ao vídeo:
Provedoria dos Animais de Lisboa
«MÁRIO CORDEIRO, NOSSO EMBAIXADOR DO PSIRA SOBRE OS EFEITOS DAS TOURADAS NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS
Não somos nós que o dizemos, é um dos mais conceituados Pediatras e Professores Universitários do país, é a Ordem dos Psicólogos
http://recursos.ordemdospsicologos.pt/…/impac_psic_expo_ev_…
e o Comité para os Direitos das Crianças da Organização das Nações Unidas
https://news.un.org/pt/story/2019/10/1689632
Nós apenas concordamos. Por respeito pelos direitos das crianças e pelos direitos dos animais»
***
E depois disto, tirem as vossas conclusões.
Uma coisa é certa: os governantes portugueses são cúmplices deste crime de lesa-infância, e pior do que serem cúmplices, estão-se nas tintas para o que estas crianças deixaram de ser e de viver, para se transformarem em monstrinhos, que serão os monstros do futuro…
Isabel A. Ferreira
Em 23 de Fevereiro de 2012, numa carta aberta a D. Manuel Clemente, na altura, Bispo do Porto, dirigi-lhe um apelo, contando com a clemência (implícita no nome) que todos esperamos de um servidor de Deus, para a Causa da Abolição das Touradas em Portugal.
O meu apelo não foi considerado.
Hoje, repetindo as mesmas palavras da carta de 2012, até porque passados todos estes anos, nada mudou em Portugal, a este respeito, continuando-se a torturar seres vivos, para diversão de sádicos, com a bênção da Igreja Católica Portuguesa, reitero o mesmo apelo, agora que D. Manuel Clemente é Cardeal-Patriarca de Lisboa.
Espero que, desta vez, me ouça e interfira, porque o tempo é outro, e é preciso evoluir, mas, principalmente, é preciso sermos clementes para com todas as criaturas de Deus: as humanas e as não-humanas.
Exmo. Sr. D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriaca de Lisboa,
Já, por várias vezes, nos encontrámos em Arouca, em Braga, no último Congresso de Cister, enfim, e pelo que tive oportunidade de observar, fiquei com a impressão de que o Senhor D. Manuel Clemente é um homem inteligente, sensível e zeloso das suas obrigações Cristãs.
Por isso atrevo-me a dirigir-lhe estas linhas, com todo o respeito.
É que sendo eu uma defensora dos Direitos dos Animais, Humanos e Não-Humanos, e estando neste momento envolvida na Causa da Abolição das Touradas em Portugal e no Mundo, não compreendo a posição da Igreja Católica Portuguesa a este respeito, sabendo, como sabemos, que «a Tauromaquia é uma modalidade que assenta em primeira linha na exploração violenta e cruel do touro, sempre, e do cavalo nos programas em que ele é utilizado como veículo do actor tauromáquico e obrigado a tornar-se “cúmplice” da lide, sofrendo ansiedade e esgotamento e arriscando ferimento e morte», segundo a opinião do Dr. Vasco Reis, Médico-Veterinário.
Sabendo, como sabemos, que «a não-violência é a lei da nossa espécie assim como a violência é a lei dos brutos. O espírito jaz dormente no bruto e ele não conhece nenhuma outra lei a não ser a da força física. A dignidade do ser humano requer obediência a outra lei – à força do Espírito!», de acordo com Mahatma Gandhi.
E ainda, sabendo, como sabemos, que «(...) se fazem reclames entusiastas de espectáculos, como as touradas de praça onde por simples prazer se martirizam animais e onde os jorros de sangue quente, os urros de raiva e de dor e os estertores de agonia só podem servir para perverter cada vez mais aqueles que se deleitam com o aparato dessa luta bruta e violenta, sem qualquer razão que a justifique», como refere Adriano Botelho (ilustre cidadão da Ilha Terceira – Açores).
Posto isto, Senhor D. Manuel Clemente, pergunto por que motivo a Igreja Católica é CÚMPLICE desta selvajaria (há muitos padres católicos aficionados), e “abençoa” os torturadores de Touros (vulgo toureiros), antes destes irem para arena massacrar um ser vivo, que tem um ADN semelhante ao humano? Um ser que sofre e sente a dor tal como nós a sentimos?
Não serão o Touro e o Cavalo também criaturas de Deus?
Jesus Cristo ensinaria ao homem a prática da violência sobre os seres vivos? Foi para isso que viria ao mundo?
Escrevo-lhe para solicitar a douta interferência do Senhor D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa, nesta matéria, para que a Igreja Católica Portuguesa tome uma posição pública contra esta barbárie, como é de seu DEVER, até porque se a Igreja interferir, estes massacres acabam por acabar.
Não é de um bom cristão torturar seres vivos para se divertir, mas os torturadores de Touros e Cavalos são cristãos e torturam seres vivos para ganharem dinheiro e divertirem os sádicos.
Penso que o Senhor D. Manuel Clemente, como homem sábio que é, estará de acordo comigo.
Repare-se na cara patética deste “cristão”, na imagem mais acima, que além de torturador é cobarde, e no sofrimento atroz estampado na expressão do Touro, caído no chão, exaurido, dorido, esvaziado da sua dignidade de ser vivo.
São estes ensinamentos que a Igreja pretende que se transmita às crianças?
E a Igreja Católica Portuguesa nada terá a dizer sobre isto?
Isto faz parte de um tempo primitivo e obscuro. Estamos no Século XXI, depois de Cristo. É preciso evoluir, Sr. D. Manuel Clemente.
É preciso colocar Portugal entre os países evoluídos. E a Igreja Católica, tendo a influência que tem no nosso povinho, ainda tão ignorante, tem o DEVER de esclarecer esse povo, e não ser passiva quanto a esta matéria tão cruel, que só desprestigia o Ser Humano.
O senhor D. Manuel Clemente, tal como eu, historiador, saberá que os factos históricos são importantes. A Igreja Católica ficará manchada, para a História, como CÚMPLICE desta barbárie, se não tomar uma posição firme e essencialmente cristã, assim como ficou tristemente enlameada em tantas outras ocasiões, por nada ter feito, como na vergonhosa cumplicidade com as atrocidades cometidas durante a II Guerra Mundial contra os judeus, e nas Santas Cruzadas, e na Santa Inquisição, (apenas para referir os mais conhecidos casos de omissão da Igreja Católica). E é CÚMPLICE quem sabe e nada faz.
Espero que esta minha carta possa servir para acordar a “adormecida” Igreja Católica Portuguesa para esta grave lacuna, do seu apostulado. Os púlpitos são lugares apropriados para passar a mensagem da não-violência contra todos os seres humanos e não-humanos. Não é lugar para se falar de política. É lugar para se falar no que Jesus Cristo nos deixou de mais valioso, o preceito áureo: «não faças aos outros (e nesses outros estão incluídos todos os seres não-humanos) o que não gostas que te façam a ti.» Se todos os homens cumprissem esta simples regra, o mundo seria o lugar ideal para se viver, sem leis, sem governantes, sem polícias, sem armas, sem guerras, sem todos esses horrores, que o animal humano, e apenas o animal humano, inventou.
Porque é preciso acabar de uma vez por todas com esta macabra, patética, sangrenta e sádica prática chamada TOURADA, onde dois magníficos seres vivos (Touro e Cavalo) são barbaramente torturados por psicopatas.
E a Igreja Católica Portuguesa tem o seu quinhão de culpa nisto.
Com os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Fonte:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/87535.html
Dizem que a GNR impediu o socorro. Propriedade privada? E se fosse gente?
Que país é este, onde existe uma lei de Protecção aos Animais, Lei n.º 92/95, de 12 de Setembro, e eles não estão protegidos? São sinalizados e não são protegidos?
Que País é o meu País?
Vivemos tempos de grandes mudanças, e na História de toda a Humanidade as mudanças sempre fizeram milhares de vítimas.
Espero que estas mortes não tenham sido em vão, e que, de facto, algo mude em Portugal, no que respeita às Protecção Animal, porque o grau de civilização de um país mede-se pelo modo como os seus animais [humanos e não-humanos] são tratados (Mahatma Gandhi).
Portugal é ainda um país terceiro-mundista, nesta e em muitas outras matérias.
Imagem: PAN/Instagram
Sabemos que, em Portugal, há dois pesos e duas medidas no que respeita aos direitos de animais humanos e de animais não-humanos.
Sabemos que as leis de protecção animal são para inglês ver. Não saem do papel. Denunciar ou não denunciar é a mesma coisa. Tanto para humanos como para não-humanos.
A cobardia, o desprezo e a indiferença dominam.
Por isso, nós, que defendemos TODOS os animais, quer sejam humanos ou não-humanos EXIGIMOS medidas objectivas, no terreno, para que os DIREITOS HUMANOS e os DIREITOS DOS ANIMAIS sejam cumpridos religiosamente.
A isto chama-se DEMOCRACIA.
Isabel A. Ferreira
ESTE português ENVERGONHA-NOS 😭
Tortura bovinos em touradas em Portugal, tortura e mata bovinos em touradas noutros países, nomeadamente em Espanha. Pratica com bezerras, conforme documenta esta foto. Uma Vergonha!
[Foto: Treino na passada terça-feira numa propriedade de Armando João Moura. Publicada no blogue tauromáquico Farpas]
Fonte:
***
Bezerrada à corda nos Açores
Se a estupidez matasse esta gente estaria toda morta, incluindo as desventuradas crianças que têm o azar de nascer nestes antros. E não há autoridade alguma neste País, com um atraso civilizacional bem patente nestas imagens, que retirem estas crianças destes antros de crueldade e violência. Elas Nascem e crescem para serem os monstros do futuro. Que pouca sorte a delas!
Uma cria com poucos dias de vida é usada para divertimento de crianças e adultos. 😠
Diz Não, Assina a Petição:
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT89816
Fonte:
***
Uma imagem que diz tudo da desumanização de certos animais (mal) ditos humanos.
Esta criança nunca será criança. E como adulto será mais um monstro a espalhar crueldade e violência pelo mundo.
Isto é normal? Não é.
Isto é humano? Não é.
Por onde andará a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens?
Que governo será este que permite tamanha violação dos Direitos das Crianças e dos Direitos dos Animais?
Enquanto isto acontecer, Portugal é um país com um pé no terceiro-mundo.
Imagem tenebrosa. Assustadora! Surrealista! Violenta! Cruel! Inconcebível!
"É natural", dizem os aficionados.
"É bonito ver que que o miúdo leva jeito para tourear"...
Como poderá ser natural levar uma criança a assistir a actos que infligem crueldade?
Ouvir uma criança de 3 ou 4 anos dizer que não é bom porque não tem sangue é, no mínimo, assustador!
E saber que há "escolas" para crianças "aprenderem" a torturar animais... bebés é arrepiante!
Bem perto de nós, em Vila Franca de Xira, há uma dessas "escolas" e tem até o apoio da Câmara Municipal.
É doentio promover esta barbaridade! Insensibilizar crianças pode ser considerado maus-tratos. Como podem estes pequenos seres discernir entre o certo e o errado se é para eles natural espetar farpas nas costas de animais bebés?!
"Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?" (Guimarães Rosa)
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10218740290252166&set=a.2938584117461&type=3&theater&ifg=1
Que VERGONHA senhores governantes e deputados da Nação, afectos a estas práticas bárbaras e lesivas da saúde mental das crianças! Que VERGONHA!
Isabel A. Ferreira
Uma imagem que diz tudo da desumanização de certos animais (mal) ditos humanos.
Esta criança nunca será criança. E como adulto será mais um monstro a espalhar crueldade e violência pelo mundo.
Isto é normal? Não é.
Isto é humano? Não é.
Por onde andará a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens?
Que governo será este que permite tamanha violação dos Direitos das Crianças e dos Direitos dos Animais?
Enquanto isto acontecer, Portugal é um país com um pé no terceiro-mundo.
Imagem tenebrosa. Assustadora! Surrealista! Violenta! Cruel! Inconcebível!
"É natural", dizem os aficionados.
"É bonito ver que que o miúdo leva jeito para tourear"...
Como poderá ser natural levar uma criança a assistir a actos que infligem crueldade?
Ouvir uma criança de 3 ou 4 anos dizer que não é bom porque não tem sangue é, no mínimo, assustador!
E saber que há "escolas" para crianças "aprenderem" a torturar animais... bebés é arrepiante!
Bem perto de nós, em Vila Franca de Xira, há uma dessas "escolas" e tem até o apoio da Câmara Municipal.
É doentio promover esta barbaridade! Insensibilizar crianças pode ser considerado maus-tratos. Como podem estes pequenos seres discernir entre o certo e o errado se é para eles natural espetar farpas nas costas de animais bebés?!
"Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?" (Guimarães Rosa)
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10218740290252166&set=a.2938584117461&type=3&theater&ifg=1
Isto pode dar pena de prisão.
A ver vamos se há justiça em Portugal!
Ser detido qualquer um é. Eu também já estive detida numa esquadra por estar a defender um trovador francês de rua, do abuso de poder policial.
Ser arguido também qualquer um é. Já fui várias vezes arguida, por defender o Ambiente, os Direitos dos Animais, os Direitos Humanos, os Direitos das Crianças, por dizer verdades que os todo-poderosos não gostam que se digam...
E a justiça fez-se: nunca fui pronunciada, porque nunca fiz mal algum a animais humanos e não-humanos.
Veremos o que acontece a um torturador de Touros, Cavalos e Cães, num país onde a tortura e a morte é cultuada e avalizada por lei.
«As suspeitas surgiram depois de alguns galgos se terem soltado e de terem ido parar à estrada. Quando foram devolvê-los os elementos da GNR repararam que o estado de magreza alguns deles inspirava preocupação. O veterinário municipal confirmou nesta quarta-feira que, apesar se tratar de uma raça magra, estes 18 animais estavam abaixo de um peso aceitável.
Depois de ter sido momentaneamente detido, João Moura foi submetido a interrogatório por parte do Ministério Público no Tribunal de Portalegre. O cavaleiro tauromáquico - que o PÚBLICO não conseguiu contactar até ao momento — é criador desta raça de cães. Ouvido pelo blogue tauromáquico Farpas, o arguido desvalorizou o episódio: “Tinha lá uns cães mais magros e alguém denunciou isso, mais nada”. A figura da tauromaquia nega ter submetido os animais a maus tratos: “Agora vão instruir o processo e vai seguir para a frente. Já prestei as minhas declarações e estou em casa tranquilo e com a consciência tranquila. Não matei ninguém, não roubei ninguém, não tratei mal os meus cães. Alguns estavam magros, mas não os tratei mal”.
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Morreu um dos galgos retirados ao cavaleiro tauromáquico João Moura
Há vários anos que João Moura é adepto das corridas de galgos. Quando, em 2010, teve uma cadela a vencer um prémio de relevo em Espanha afirmou que essa vitória era “tão importante como, no campo tauromáquico, sair em ombros pela porta grande de Madrid”. Trata-se de uma actividade controversa. No Verão passado os grupos parlamentares do PAN e do Bloco de Esquerda tentaram proibi-la, mas esbarraram na oposição dos restantes partidos. Argumentavam que as corridas de galgos envolviam treinos violentos, com a utilização de coleiras electrificadas com pequenos choques infligidos por controlo remoto aos cães menos rápidos e que era comum o uso de esteróides para melhorar o seu desempenho.
Entretanto, esta quinta-feira, a GNR divulgou fotografias dos animais e avançou que estes foram recolhidos pela Câmara Municipal de Monforte e que vão agora receber cuidados veterinários.
Depois do chumbo a associação SOS Animal lançou uma Iniciativa Legislativa dos Cidadãos (ILC) para pedir multas e penas de prisão até dois anos para quem organiza, auxilia ou participa em provas ou campeonatos onde os cães competem. “O que está em causa é (...) sofrerem maus tratos antes, durante e após as corridas, serem abandonados ou encarcerados e forçados a dar sangue o resto da vida, ou mesmo abatidos quando já não servem este propósito de entretenimento humano”, dizia esta associação de protecção animal. Mas a petição não conseguiu reunir as 20 mil assinaturas necessárias para que o tema voltasse a ser discutido no Parlamento, embora não tenha ficado longe desse objectivo.»
Fonte:
Mas isto já é mal de família.
Toureiro João Moura Jr adepto do “Bull-Baiting”
Ver aqui as imagens abomináveis expostas no Facebook de Cães a atacarem Touros:
http://pelostourosvivos.blogspot.com/2013/06/toureiro-joao-moura-jr-adepto-do-bull.html