[O mesmo se passa em Portugal, e o PAN, como um Partido voltado para este tema, deveria fazer o mesmo que o PACMA fez - Isabel A. Ferreira].
Apresentámos um relatório ao Comité dos Direitos da Criança da ONU em que denunciamos o incumprimento por parte do Governo, ao expor os menores à violência das touradas.
O governo da Espanha passou anos a ignorar deliberadamente as recomendações da ONU sobre proteger os menores da violência extrema das touradas. Do PACMA, apresentamos um relatório ao Comité dos Direitos da Criança da ONU para denunciar o que consideramos violações constantes e repetidas da Convenção sobre os Direitos da Criança. A Convenção, ratificada pela Espanha em 1990, estabelece que os Estados Partes devem adoptar todas as medidas possíveis para abolir as práticas tradicionais prejudiciais à saúde das crianças.
Como órgão encarregado de supervisionar a aplicação da Convenção nos Estados Partes, o Comité dos Direitos da Criança, na sua última investigação a Espanha, em 2018, incluiu as touradas entre os "principais motivos de preocupação relacionados com a violência contra crianças", e obrigou o país a proibir crianças de assistir a touradas e a participação de menores de 18 anos em actividades tauromáquicas.
Como denunciámos no nosso relatório ao Comité, a Espanha não está apenas a não cumprir a Convenção, como também o Governo ignorou deliberadamente as recomendações. No ano passado, o Executivo apresentou o Projecto da Lei Orgânica 8/2021, de 4 de Junho, finalmente aprovada, sobre a protecção integral de crianças e adolescentes contra a violência, Lei que, como o próprio título indica, deve proteger as crianças contra a violência de forma integral, mas não faz uma única menção à sua exposição e participação nas práticas violentas que ocorrem no nosso país.
Tudo isto apesar de, para além do Comité, muitas entidades dedicadas à protecção das crianças terem solicitado formalmente ao Governo que proibisse, na referida Lei, a presença e participação de menores nestas práticas tauromáquicas.
Em 2023, a Espanha voltará a ser examinada pelo Comité, razão pela qual apresentámos agora este relatório, intitulado "Falta de protecção das crianças contra a violência das touradas em Espanha". Nele, afirmamos que apenas nas Ilhas Baleares é proibida a assistência de menores nas touradas. Na Galiza é proibido a menores de 12 anos e, nas restantes comunidades, qualquer criança, de qualquer idade, pode assistir a estas práticas e ver como se exerce a violência extrema contra os animais. Quanto à sua participação nas festividades tauromáquicas, apenas na Cantábria é proibida a participação de menores. Nas restantes podem participar a partir dos 16 anos e, em algumas, até a partir dos 14 anos.
No que diz respeito às escolas tauromáquicas, Andaluzia, Aragão e País Basco estabelecem, respectivamente, a idade mínima de 10 e 12 anos para poder frequentá-las. Nas demais comunidades não há idade mínima para começar a ser instruído na "arte" de matar. Além disso, menores de 14 anos já podem participar de aulas práticas, nas quais são utilizadas armas como puyas, banderillas, estoques ou puntillas com os animais.
Cinco anos se passaram desde que o Comité advertiu a Espanha de que deveria proteger os menores da violência das touradas, e não só não foi proibido, como essas práticas estão a ser cada vez mais incentivadas entre as crianças das instituições e administrações públicas, com actividades como convites a escolas, corridas de touros infantis, acampamentos tauromáquicos... para cujo desenvolvimento as câmaras municipais, as câmaras municipais e as administrações regionais e governos autónomos colaboram, cedendo instalações, concedendo subsídios ou, directamente, organizando-os.
O PACMA considera intolerável que os poderes públicos continuem não só a permitir, mas também a promover uma prática em que a violência é exercida sobre os animais; ais, entre as crianças, desrespeitando a Lei Orgânica de Protecção Jurídica de Menores, que estabelece que todas as disposições legais relativas a menores devem ser interpretadas de acordo com a Convenção sobre os Direitos da Criança, e que os poderes públicos devem garantir o respeito pelos seus direitos e adequar as suas acções à mesma, incluindo, entre os princípios norteadores que devem reger a sua actuação à protecção dos menores, contra todas as formas de violência.
A enviar a todo os candidatos à presidência da República de Portugal. A política exercida sem Ética, não é política, é politiquice.
E fartos de politiquice andam os Portugueses.
No dia 24 de Janeiro votem, tendo em conta esta Declaração Universal do Deveres dos Governantes.
Vão ter muita dificuldade em escolher O candidato que reúna, pelo menos, 80% destes predicados. Mas se não os tiverem, diz-nos a experiência, é garantido que serão maus governantes.
Isabel A. Ferreira
Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da Dignidade dos Governantes e os seus alienáveis Deveres constitui o fundamento de um país livre, justo, e pacífico;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo pelos Direitos do Homem, pelos Direitos da Criança e pelos Direitos dos Animais conduzem a actos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade, que já evoluiu, e que o advento de um mundo em que todos os seres vivos sejam livres, libertos da miséria, do terror e da crueldade foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem;
Considerando que é essencial a protecção dos Direitos do Homem, dos Direitos da Criança e dos Direitos dos Animais, através de um regime de direito, para que não sejam compelidos a viver uma vida adversa;
Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações pacificadoras e solidárias entre todos os seres vivos que habitam o Planeta Terra;
Todos os cidadãos evoluídos do Mundo proclamam a presente Declaração Universal dos Deveres dos Governantes, como um ideal comum a atingir por todos os que pretendam exercer o cargo de governação de Nações e de Municípios, a fim de que todos os seres vivos possam viver em dignidade e em direitos, num Planeta que é de todos, e não só de alguns.
Artigo 1º
Todos os governantes devem ser dotados de razão, de sabedoria, de consciência, de equilíbrio, de virtude, de ética, de honestidade e de noção de justiça.
Artigo 2º
Todos os governantes devem cumprir os deveres éticos e observar as regras de boa conduta moral e cívica, para que possam aprimorar a democracia e construir o futuro com coerência e equidade, com base na generosidade, na moralidade, no auto-sacrifício, na integridade, na bondade, na austeridade, na mansidão, na não-violência, na paciência e em conformidade à vontade do povo que já evoluiu.
Artigo 3º
Todos os governantes devem actuar em prol do bem-estar de todos os seres vivos (homens, mulheres, crianças e animais não-humanos), sendo que a segurança económica do Estado é um dos deveres básicos das administrações responsáveis.
Artigo 4º
Nenhum governante deve matar, roubar ou mentir. É preciso que os governantes mantenham um elevado padrão de moralidade, para poder merecer o respeito e a confiança dos povos, garantir-lhes a felicidade e prosperidade, e dar o bom exemplo, uma vez que a raiz das adversidades das Nações está nas deficiências morais dos governantes.
Artigo 5º
Todos os governantes devem levar às últimas consequências a generosidade que abre mão de tudo em benefício dos seres vivos que têm sob a sua governação.
Artigo 6º
Todos os governantes devem ser incorruptíveis no cumprimento dos seus deveres públicos e serem honestos e sinceros nos relacionamentos pessoais. Devem viver e governar por meio da verdade, que é a adequação perfeita entre Palavras e Natureza.
Artigo 7º
Nenhum governante deve iludir ou enganar o Povo, seja como for, pois será um demérito para o cargo e também uma ofensa moral à Humanidade.
Artigo 8º
Todos os governantes, no exercício das suas funções, devem ser bondosos, ou seja, terem a coragem de se preocupar com todos os seres vivos. Ignorar os problemas daqueles que não têm voz, para exigir os seus direitos, será mais fácil do que atender com sensibilidade as suas necessidades e direitos, mas retira dignidade ao acto de governar.
Artigo 9º
Todos os governantes devem aceitar as suas responsabilidades e ousar agir segundo o ditame que faz do governante a força dos que não têm esperança.
Artigo 10º
Todos os governantes devem ter hábitos simples, exercer o autocontrolo e praticar uma disciplina espiritual.
Artigo 11º
Todos os governantes devem desenvolver a verdadeira paciência e a não-violência que os fará lidar de modo sábio e generoso com as imperfeições e provocações vindas de pessoas a quem eles poderiam esmagar impunemente. Os bons governantes sempre vencem a má vontade com a benignidade amorosa, vencem a maldade com a virtude, a mesquinharia com a generosidade, a mentira com a verdade.
Artigo12º
Todos os governantes devem governar em conformidade à vontade do Povo, pois a legitimidade desses governos vem do consentimento do Povo, que terá o direito de caçar esses mandatos, caso deixe de confiar na capacidade de quem elegeu, para atender aos interesses mais prementes das comunidades.
Artigo 13º
Todos os governantes devem construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza, a marginalização e as desigualdades sociais; promover o bem-estar de todos os seres vivos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, religião, idade e espécie, ou quaisquer outras formas de discriminação.
Artigo 14º
Todos os governantes devem orientar-se pelos princípios da responsabilidade, do respeito pelo outro (seja de que espécie for esse outro) e do primado de leis justas, adequadas à Vida, o bem mais sagrado e inviolável de qualquer ser vivo.
Artigo 15º
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver, para qualquer governante, o direito de alguma actividade ou de praticar algum acto destinado a destruir os Deveres aqui enunciados.
Antes de passarmos ao vídeo, onde o Pediatra Mário Cordeiro, um dos mais conceituados Pediatras e Professores Universitários do nosso País, fala sobre o tema Crianças e Tauromaquia, deixai-me mostrar-vos uma imagem hedionda de uma criança a matar um tourinho, com uma expressão, já diabolizada, no rosto…
«Tomás Bastos é um menino de 13 anos de Vila Franca de Xira que desde os 9 anos de idade que tortura bezerras. Muito recentemente tornou-se num fenómeno no México pelo seu talento natural de matar e torturar animais - chamam-lhe menino prodígio.
Influenciado pelo pai a ver corridas de touros e a gostar de touradas, desde os 16 meses que brincava com os lápis de pintar como se fossem bandarilhas.
As imagens mostram este menino a assassinar dois inocentes que tiveram o azar de nascer para serem torturados e mortos por uma criança.
Quando é que deixou de ser obrigatório ensinar às crianças que torturar e matar animais era errado?»(Animal Save & Care Portugal)
Nós apenas concordamos. Por respeito pelos direitos das crianças e pelos direitos dos animais»
***
E depois disto, tirem as vossas conclusões.
Uma coisa é certa: os governantes portugueses são cúmplices deste crime de lesa-infância, e pior do que serem cúmplices, estão-se nas tintas para o que estas crianças deixaram de ser e de viver, para se transformarem em monstrinhos, que serão os monstros do futuro…
Repescando um texto que reflecte os malefícios causados pelas touradas, num momento em que o PAN - Pessoas - Animais - Natureza pretende elevar a idade das crianças que assistem à violência e crueldade da prática tauromáquica.
Mais uma lei, para ficar tudo na mesma?
Não esquecer que estamos em Portugal, um país onde nem as leis, muito menos as recomendações de Organismos como a ONU, NÃO SÃO para cumprir, nem fiscalizar. São apenas para constar.
Daí que só a ABOLIÇÃO desta barbárie é o único caminho.
A tourada – que consiste em perseguir, espetar e mutilar um touro indefeso e aterrorizado, diante de uma multidão depravada – fere brutalmente os direitos dos animais.
Recentemente, a ONU (Organizações das Nações Unidas) declarou que assistir a este bárbaro espectáculo é também incompatível com os direitos das crianças.
O Comité da ONU para os Direitos das Crianças recomendou que as mesmas não devem assistir ou participar de touradas devido à sua extrema violência. O pronunciamento foi feito em relação a Portugal, onde as crianças são obrigadas a frequentar as arenas e, por vezes, envolvem-se em actos de crueldade contra os animais, nas escolas de toureio, para onde vão obrigadas pelos pais.
Esta decisão da ONU vai ao encontro do que os especialistas afirmam há muito tempo, e os que praticam, apoiam e aplaudem a tauromaquia rejeitam porque optam pela ignorância.
No ano passado, 140 cientistas e académicos escreveram a políticos espanhóis salientando que a promoção do abuso a animais tem um efeito negativo sobre a sociedade como um todo.
Para uma criança, assistir à cena de um animal a ser torturado e morto, é uma experiência bastante traumática. Com o tempo, ela pode até ser dessensibilizada, o que a transformará num adulto empedernido, sem a mínima empatia pelos seres vivos, incluindo seres da sua própria espécie.
Um estudo recente da Universidade de Tufts descobriu que aprender a cuidar de um animal ajuda os jovens a desenvolverem melhores relacionamentos e a tornarem-se mais confiantes e empáticos.
Estas são as qualidades que as sociedades progressistas e modernas devem encorajar aos seus filhos, em vez do gozo pelo derramamento de sangue. Como disse a modelo espanhola Elen Rivas: «Glorificar a matança deliberada de animais não deve ser tolerada numa sociedade civilizada».
As touradas são responsáveis pela morte de aproximadamente 40 mil Touros por ano. Um biocídio em grande escala.
Todos os que lutam pelos Direitos dos Animais e pela Abolição das Touradas esperam que a influência da ONU ajude a convencer a União Europeia e os governos dos países que ainda permitem as touradas em seu território, a suspenderem o apoio a essa indústria cruel e imoral e abolirem definitivamente esta obscenidade que despreza os Touros e os Cavalos, mas também os Seres Humanos, que são agredidos na sua sensibilidade, pelo ritual primitivo e cruel que é a tauromaquia.
Tortura bovinos em touradas em Portugal, tortura e mata bovinos em touradas noutros países, nomeadamente em Espanha. Pratica com bezerras, conforme documenta esta foto. Uma Vergonha!
[Foto: Treino na passada terça-feira numa propriedade de Armando João Moura. Publicada no blogue tauromáquico Farpas]
Se a estupidez matasse esta gente estaria toda morta, incluindo as desventuradas crianças que têm o azar de nascer nestes antros. E não há autoridade alguma neste País, com um atraso civilizacional bem patente nestas imagens, que retirem estas crianças destes antros de crueldade e violência. Elas Nascem e crescem para serem os monstros do futuro. Que pouca sorte a delas!
Uma cria com poucos dias de vida é usada para divertimento de crianças e adultos. 😠
"É bonito ver que que o miúdo leva jeito para tourear"...
Como poderá ser natural levar uma criança a assistir a actos que infligem crueldade?
Ouvir uma criança de 3 ou 4 anos dizer que não é bom porque não tem sangue é, no mínimo, assustador!
E saber que há "escolas" para crianças "aprenderem" a torturar animais... bebés é arrepiante!
Bem perto de nós, em Vila Franca de Xira, há uma dessas "escolas" e tem até o apoio da Câmara Municipal.
É doentio promover esta barbaridade! Insensibilizar crianças pode ser considerado maus-tratos. Como podem estes pequenos seres discernir entre o certo e o errado se é para eles natural espetar farpas nas costas de animais bebés?!
"Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?" (Guimarães Rosa)
"É bonito ver que que o miúdo leva jeito para tourear"...
Como poderá ser natural levar uma criança a assistir a actos que infligem crueldade?
Ouvir uma criança de 3 ou 4 anos dizer que não é bom porque não tem sangue é, no mínimo, assustador!
E saber que há "escolas" para crianças "aprenderem" a torturar animais... bebés é arrepiante!
Bem perto de nós, em Vila Franca de Xira, há uma dessas "escolas" e tem até o apoio da Câmara Municipal.
É doentio promover esta barbaridade! Insensibilizar crianças pode ser considerado maus-tratos. Como podem estes pequenos seres discernir entre o certo e o errado se é para eles natural espetar farpas nas costas de animais bebés?!
"Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?" (Guimarães Rosa)
Ser detido qualquer um é. Eu também já estive detida numa esquadra por estar a defender um trovador francês de rua, do abuso de poder policial.
Ser arguido também qualquer um é. Já fui várias vezes arguida, por defender o Ambiente, os Direitos dos Animais, os Direitos Humanos, os Direitos das Crianças, por dizer verdades que os todo-poderosos não gostam que se digam...
E a justiça fez-se: nunca fui pronunciada, porque nunca fiz mal algum a animais humanos e não-humanos.
Veremos o que acontece a um torturador de Touros, Cavalos e Cães, num país onde a tortura e a morte é cultuada e avalizada por lei.
«As suspeitas surgiram depois de alguns galgos se terem soltado e de terem ido parar à estrada. Quando foram devolvê-los os elementos da GNR repararam que o estado de magreza alguns deles inspirava preocupação. O veterinário municipal confirmou nesta quarta-feira que, apesar se tratar de uma raça magra, estes 18 animais estavam abaixo de um peso aceitável.
Depois de ter sido momentaneamente detido, João Moura foi submetido a interrogatório por parte do Ministério Público no Tribunal de Portalegre. O cavaleiro tauromáquico - que o PÚBLICO não conseguiu contactar até ao momento — é criador desta raça de cães. Ouvido pelo blogue tauromáquico Farpas, o arguido desvalorizou o episódio: “Tinha lá uns cães mais magros e alguém denunciou isso, mais nada”. A figura da tauromaquia nega ter submetido os animais a maus tratos: “Agora vão instruir o processo e vai seguir para a frente. Já prestei as minhas declarações e estou em casa tranquilo e com a consciência tranquila. Não matei ninguém, não roubei ninguém, não tratei mal os meus cães. Alguns estavam magros, mas não os tratei mal”.
Há vários anos que João Moura é adepto das corridas de galgos. Quando, em 2010, teve uma cadela a vencer um prémio de relevo em Espanha afirmou que essa vitória era “tão importante como, no campo tauromáquico, sair em ombros pela porta grande de Madrid”. Trata-se de uma actividade controversa. No Verão passado os grupos parlamentares do PAN e do Bloco de Esquerda tentaram proibi-la, mas esbarraram na oposição dos restantes partidos. Argumentavam que as corridas de galgos envolviam treinos violentos, com a utilização de coleiras electrificadas com pequenos choques infligidos por controlo remoto aos cães menos rápidos e que era comum o uso de esteróides para melhorar o seu desempenho.
Entretanto, esta quinta-feira, a GNR divulgou fotografias dos animais e avançou que estes foram recolhidos pela Câmara Municipal de Monforte e que vão agora receber cuidados veterinários.
Depois do chumbo a associaçãoSOS Animallançou umaIniciativa Legislativa dos Cidadãos(ILC) para pedir multas e penas de prisão até dois anos para quem organiza, auxilia ou participa em provas ou campeonatos onde os cães competem. “O que está em causa é (...) sofrerem maus tratos antes, durante e após as corridas, serem abandonados ou encarcerados e forçados a dar sangue o resto da vida, ou mesmo abatidos quando já não servem este propósito de entretenimento humano”, dizia esta associação de protecção animal. Mas a petição não conseguiu reunir as 20 mil assinaturas necessárias para que o tema voltasse a ser discutido no Parlamento, embora não tenha ficado longe desse objectivo.»
A ONU recomenda. Contudo, se estivesse mesmo interessada em defender a saúde mental das crianças, não “recomendaria” tal coisa, porque todos sabemos que estas recomendações caem em saco roto.
Se a ONU estivesse interessada em defender a saúde mental das crianças, EXIGIRIA, isso sim, a ABOLIÇÃO de tal prática que prejudica não só a saúde mental das crianças como dos adultos que a ela assistem ou nela participam.
A ONU já se pronunciou em relação a esta matéria, em Portugal, e em Portugal continua tudo na mesma, porque as autoridades não mexem uma palhinha para que a recomendação seja cumprida.
A ONU está tão interessada em que as crianças não presenciem, nem participem em touradas, como eu estou interessada em tourear.
«O Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas (CDC) insta mais uma vez, dois países com práticas taurinas – França e Peru – a alterar a sua legislação no sentido de impedir que as crianças e jovens participem ou assistam a touradas e eventos tauromáquicos, já que estes são prejudiciais à sua saúde, segurança e bem-estar.
O Comité tornou hoje pública a sua posição, depois de examinar as principais violações ao cumprimento da Convenção dos Direitos da Criança nos dois países, com base em relatórios temáticos apresentados pela Fundação Franz Weber no âmbito da campanha “Infância sem violência”. Desta forma os relatórios do Comité dos Direitos da Criança dirigidos ao Peru e França, classificam a tauromaquia como uma aCtividade de “extrema violência” que prejudica o bem-estar físico e emocional dos mais jovens.
No caso da França, o CDC advertiu o Governo a “aumentar os esforços para mudar as tradições violentas e as práticas que prejudiquem o bem-estar das crianças, incluindo a proibição do acesso das crianças a touradas e performances associadas.”
No relatório dirigido ao Governo peruano a tauromaquia é apontada como “uma das piores formas de trabalho infantil”.
Com esta postura, a ONU consolida a sua posição a respeito da violação que causa esta aCtividade nos Direitos da Criança, sendo já cinco os países com aCtividades tauromáquicas examinados, e a todos eles o Comité instou para que assegurem a proteCção da infância afastando as crianças e jovens da “violência da tauromaquia”.
Recordamos que a 5 de Fevereiro de 2014 o CDC incluiu a “violência da tauromaquia” no relatório dirigido a Portugal com a seguinte advertência: “O Comité, com vista à eventual proibição da participação de crianças na tauromaquia, insta o Estado Parte a adoPtar as medidas legislativas e administrativas necessárias com o objeCtivo de proteger todas as crianças que participam em treinos e aCtuações de tauromaquia, assim como na qualidade de espectadores”. E, entre outras observações, acrescentou: “O Comité, insta também o Estado Parte, para que adoPte medidas de sensibilização sobre a violência física e mental, associada à tauromaquia e o seu impacto nas crianças”.
«Depois de Portugal, é a vez de a Colômbia ser alertada para a necessidade de afastar os menores de idade da “violência das touradas”. O Relatório do CDC (Comité dos Direitos das Crianças) das Nações Unidas coloca a tauromaquia a par do tráfico de droga como uma forma de trabalho perigosa e degradante que «preocupa profundamente o Comité».
Em 2014 Portugal foi instado pela ONU para proteger as crianças de assistir e participar em touradas, tendo sido reconhecido pela Vice-Presidente do Comité que «a participação de crianças e adolescentes em actividades taurinas constitui uma forte violação da convenção dos Direitos da Criança, sendo doutrinada para uma acção violenta».
Mas se os governantes portugueses estão-se nas tintas para os Direitos das Crianças, a ONU não lhe fica muito atrás na hipocrisia, porque seria muito mais racional recomendar ou até mesmo exigir aabolição da selvajaria tauromáquica, que é manifestamenteaviltadora para qualquer ser humano, tenha a idade que tiver.
A violência e a crueldade gratuitas contra seres vivos devem ser veementemente condenadas e abolidas, porque nem uma coisa nem outra dignifica o ser humano.
Além disso, se as touradas violam fortemente os Direitos das Crianças, muito mais violarão os Direitos dos Animais, consignados na Declaração Universal dos Direitos dos Animais, proclamada pela UNESCO, em 27 de Janeiro de 1978, e que Portugal ratificou, apenas para constar, porque nada cumpre do que ali se diz.
Mas pior do que isso, Portugal não reconhece os Touros e Cavalos como animais. Algo totalmente incompreensível e irracional.
Por que motivo a ONU não corta o mal pela raiz?
Por que motivo anda-se aqui a fazer-que-se-faz para tudo continuar igual a como sempre foi, sabendo-se como sabemos, que interesses económicos obscuros estão acima de qualquer protecção aos Direitos das Crianças?
Isto não será um paradoxo?
Isto não será da irracionalidade?
Evidentemente que é.
Mas quem terá a capacidade, a coragem e a lucidez de rasgar o véu da ignomínia e acabar de vez com esta selvajaria, que não tem mais cabimento nos tempos que correm?
Ou as mentalidades dos que podem e mandam criaram raízes de tal modo profundas no tempo das trevas, onde uma obscura ignorância reinava, e nenhuma “sachola” dos tempos modernos tem o “fio” bastante afiado para poder cortá-las definitivamente?
A luz dará lugar às trevas, tal como o dia se segue à noite, inevitavelmente, desde o início dos tempos.
É apenas uma questão de tempo.
Mas temos de resistir, insistir e jamais desistir.
Crianças toureiras ainda coma a chupeta na boca....
«O mundo tauromáquico impunemente corrói psicologicamente as crianças, como esta imagem documenta.
O mundo tauromáquico, impunemente destrói psicologicamente crianças. E o legislador, não toma nenhuma atitude, para preservar o bem-estar e os direitos destas crianças.
Mais. A ONU, instou o governo português a pôr fim à presença das crianças na tauromaquia, quer a assistir quer a participar. Mas o governo português, nada fez.
O legislador assiste crianças a serem educadas para a violência, para a barbárie, e assobia para o lado, como se não fosse nada consigo. É uma vergonha.
Trata-se de crianças.
As crianças têm de ser protegidas. Têm de ser protegidas das mãos de monstros, de psicopatas, que vilmente as educam, para se tornarem pessoas violentas, tal como quem as educou!
Em defesa da Língua Portuguesa, a autora deste Blogue não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, devido a este ser inconstitucional, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais.
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