Terça-feira, 9 de Agosto de 2022

A morte, instigada pela ESTUPIDEZ, ameaça a Humanidade, e, na MALVEIRA e noutros lugares barbáricos, essa mesma estupidez instiga a que se torturem seres vivos para divertir trogloditas

 

Ó senhores da Malveira e do Livramento e de outros lugares barbáricos, ponham os olhos em Vila do Conde que, no passado mês de Julho, NÃO permitiu que a barbárie tauromáquica se instalasse no seu território, porque o tempo é de mudança, é de evolução! E tortura e morte temos nós que baste, nas guerras insanas que indivíduos insanos lançam a um mundo que já evoluiu e já anda farto de ver tanto sofrimento e sangue derramado em nome da ESTUPIDEZ.

 

Existe uma lei que permite torturar seres vivos, em Portugal?

EXISTE.

Mas isso NÃO significa que a TORTURA de Touros e de Cavalos, que são tão animais como todos nós, tenha algo a ver com ÉTICA, CIVILIZAÇÃO, EVOLUÇÃO e CULTURA, e também NÃO significa que essa lei não seja uma lei PARVA, elaborada por trogloditas, em nome da ESTUPIDEZ que o deus pecunia, diabolicamente, instiga naqueles seres que ainda NÃO evoluíram.

 

Deixo-vos com uma iniciativa do Movimento Marinhenses Anti-Touradas, esperando que aceitem contribuir para um acto civilizacional, evitando que seres vivos indefesos, inocentes e inofensivos sejam torturados barbaramente, para que um punhado de trogloditas se divirta à custa do sofrimento atroz de Touros e Cavalos.

 

Tortura de Cavalo e Touro.jpeg

É isto que os trogloditas, e apenas os trogloditas, apoiam, aplaudem e promovem

 

 

Acção de Envio de Mensagens por E-mail | Touradas:

DENÚNCIA e Pedido de Cancelamento, Fiscalização e Investigação

 

Por favor, enviem esta mensagem, que visa o cancelamento de uma tourada na Malveira, e de uma outra no Livramento, bem como constituir uma chamada de atenção para a falta de condições para a realização de touradas nas praças de touros ambulantes (com vista a contribuir para a proibição de realização das mesmas). 

 

Assunto: Touradas: Denúncia e Pedidos de Cancelamento, Fiscalização e Investigação

 

Para:

geral@cm-mafra.ptassembleia@cm-mafra.ptgeral@uf-malveira-alcainca.pt

executivo@uf-malveira-alcainca.ptassembleia@uf-malveira-alcainca.pt
igacespetaculos@igac.ptigacgeral@igac.ptdirgeral@dgav.pt

70esquadra.lisboa@psp.ptct.lsb.dmfr.pmlv@gnr.ptinvestigacao@sic.pt

linhadafrente@rtp.ptrelacoes.publicas@tvi.pt

 

Cc:

marinhenses.antitouradas@gmail.com

 

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Mafra,
Exmos. Srs. Vereadores da Câmara Municipal de Mafra,
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal de Mafra,
Exmos. Srs. Deputados Municipais,
Exmo. Sr. Presidente da União das Freguesias de Malveira e São Miguel de Alcainça,
Exmos. Srs. Membros da Assembleia de Freguesia,
Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC),
Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV),
PSP Loures,
GNR Malveira,
RTP,
SIC,
TVI

Excelências,

Está a ser anunciado um “espectáculo” tauromáquico para o dia 14/08/2022 na Malveira, que conta, de acordo com uma menção no respectivo cartaz, com o vergonhoso apoio da União das Freguesias de Malveira e São Miguel de Alcainça. Esta tourada, com início marcado para as 18:00 num recinto ambulante, tem como promotor a entidade António Pedro de Sousa Vasco, Unipessoal Lda., com o NIF 514666315, e como fornecedor de touros a ganadaria Eng.º Jorge Carvalho

http://farpasblogue.blogspot.com/2022/08/proximo-domingo-toiros-regressam.html

As touradas implicam maus-tratos aos Animais, o que faz com que sejam muito, e cada vez mais, contestadas, tornando-se difícil de entender que beneficiem de apoios públicos, como o da Junta de Freguesia referida. E, se estes eventos cruéis ainda vão tendo lugar em Portugal, com o argumento de que, embora incluam violências contra Animais, são lícitos nos termos regulamentados, a verdade é que se vai sabendo que o Regulamento do Espectáculo Tauromáquico [RET] em vigor tem vindo a ser violado, pelo menos no que se refere às touradas que decorrem em praças ambulantes.

 

[E isto é um facto mais do que comprovado]

Com efeito, ficando aqui, desde já, uma denúncia às entidades competentes, no passado dia 24 de Julho, numa tourada decorrida em Loures promovida por António Pedro de Sousa Vasco, Unipessoal Lda., com o NIF 514666315, os touros da ganadaria Eng.º Jorge Carvalho (uma das duas ganadarias presentes, conforme se pode perceber em 

 

https://tauronews.com/fotogaleria-de-24-de-julho-em-loures/ 

http://farpasblogue.blogspot.com/2022/07/havia-quem-nao-quisesse-mas-promoveu-se.html

 

que, em violação da alínea f) do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 89/2014, de 11 de Junho, nem sequer estava mencionada no cartaz 

 

https://infocul.pt/corrida-de-touros-em-loures-a-24-de-julho/

 

(1) chegaram às imediações da praça de touros depois das 16:00, não tendo tido tempo suficiente para descanso até ao início da lide/tourada (tourada com início às 18:00); (2) já vinham embolados; (3) saíram directamente da viatura de transporte para a lide na arena (sem entrarem primeiro em curros instalados na praça ou junto à praça); (4) foram encaminhados de volta à viatura de transporte imediatamente após a respectiva lide; (5) foram desembolados com os pés (sujeitos a levarem, mesmo que eventualmente sem intenção [???] pontapés na cara, nos olhos e/ou na cabeça); e entraram na viatura de transporte com ferragens colocadas e sem terem sido lavados e tratados.

A chegada ao parque de estacionamento/zona de acesso à praça de touros da viatura que transportou os bovinos da ganadaria Eng.º Jorge Carvalho aconteceu, de facto, a menos de duas horas do início da tourada. Facilmente se percebe que assim foi, pois decorria uma manifestação que se iniciou às 16:00. O carro fez-se anunciar com buzinadelas. Está tudo documentado a partir do minuto 2:30, em

 

 https://www.facebook.com/ricardo.silva.activista/videos/1090223578286305

 

e em

 

https://www.facebook.com/100000732690773/videos/1009913283019826/

 

A retirada da viatura de um touro que já estava embolado é evidente em

 

https://www.facebook.com/100000732690773/videos/pcb.5688051777895856/797240184635769

 

A tentativa falhada de retirada de uma bandarilha de um touro acabado de lidar (mais especificamente, do primeiro touro lidado – preto com ferragens vermelhas e brancas

 

http://farpasblogue.blogspot.com/2022/07/ribatejo-moita-e-arruda-as-7-pegas-de.html 

 

e

 

https://farpasblogue.blogspot.com/2022/07/moura-sonia-david-gomes-e-diogo.html

 

a desembolação do mesmo com os pés, e a sua entrada, com as ferragens por retirar, na viatura de transporte, algo que aconteceu enquanto a tourada continuava dentro da praça (conforme se pode perceber pelo barulho de fundo que inclui aplausos a Sónia Matias) são ocorrências que podem ser constatadas em

 

https://www.facebook.com/ricardo.silva.activista/videos/3293324227578599/ 

 

e

 

https://www.facebook.com/antitouradas/posts/pfbid0ivLaXrwnpwALchXmni4ZMnFo8ap9AL6u5vBLp6vizdA7QjpMjzyrH9MHU8Hb8zaul

Na tourada decorrida em Loures (do mesmo promotor da que está a ser anunciada para a Malveira) violaram-se, pois, vários artigos do Decreto-Lei n.º 89/2014, de 11 de Junho (que aprovou o Regulamento do Espectáculo Tauromáquico actualmente em vigor), nomeadamente: o número 1 do artigo 38.º (“1 - As reses destinadas à lide, incluindo as de reserva, devem ser pesadas ou avaliadas e inspeccionadas pelo médico veterinário, na presença do director de corrida, até três horas antes do início do sorteio”); todos os números (o 1 e o 2) do artigo 43.º (“No final do sorteio, as reses são isoladas em curros fixos ou móveis, nos quais é afixado, por determinação do director de corrida, o número de ordem de lide, estabelecido pelos artistas ou seus representantes” e “É expressamente proibida a permanência das reses nos veículos de transporte”); o artigo 47.º (“Depois de isoladas, as reses permanecem em descanso até à hora do espectáculo, sendo proibida a entrada de qualquer pessoa na zona dos curros, salvo as entidades fiscalizadoras, os delegados técnicos tauromáquicos ou pessoa autorizada pelo director de corrida, desde que acompanhada pelo médico veterinário e por representante da ganadaria”); o número 3 do artigo 31.º (“Nas praças fixas e ambulantes, as reses são descarregadas para os curros (...)”); a alínea f) do artigo 8.º (Incumbe ao médico veterinário (...) “Assistir, na presença do director de corrida, ao trabalho de despontar das hastes e de embolador”); e a alínea f) do artigo 7.º (Incumbe ao director de corrida (...) “Verificar, na presença do médico veterinário, o trabalho de despontar das hastes e de embolação e o desempenho do pessoal do curro, certificando-se de que a saída das reses à arena está marcada pela ordem estabelecida no sorteio”).



Perante o que acabo de expor, esperando que a denúncia que acabo de fazer seja analisada, registada e devidamente tratada pelas entidades competentes, parece-me altamente provável que também na tourada que está a ser anunciada para decorrer numa praça de touros ambulante na Malveira no próximo dia 14, mantendo-se o promotor Pedro de Sousa Vasco, Unipessoal Lda. (NIF 514666315) e a ganadaria Eng.º Jorge Carvalho, se venham novamente a violar disposições do Regulamento do Espectáculo Tauromáquico, caso esta tourada não seja previamente cancelada. Aliás, basta atentar no cartaz da tourada que está a ser divulgado em sítios tauromáquicos para se perceber que já se está a verificar uma violação de um dos artigos do Decreto-Lei n.º 89/2014, de 11 de Junho, mais especificamente, a alínea b) do número 1 do artigo 22.º que prevê que a publicidade, nos cartazes, dos espectáculos tauromáquicos deve incluir a indicação “Do tipo de espectáculo”, o que não se verifica no atinente ao cartaz em questão  

http://farpasblogue.blogspot.com/2022/08/proximo-domingo-toiros-regressam.html

 

Estes são, pois, motivos acrescidos para deixar também os seguintes pedidos:



- Que não haja nenhum apoio público destinado à tourada na Malveira;


- Que o Município de Mafra não conceda as licenças necessárias à concretização da tourada que está anunciada para a Malveira, nem de uma outra que o mesmo promotor pretende realizar em Setembro no Livramento

 

http://www.touroeouro.com/article/view/24931/touros-no-livramento-a-25-de-setembro

 

 nem de outras;


- Que, desta vez, se a tourada não for, entretanto, cancelada, haja uma fiscalização exemplar por parte de todas as entidades com competências na matéria (para que não se repita o que aconteceu em Loures ou se verifiquem outros incumprimentos);


- Que alguma estação de televisão faça uma reportagem sobre o LADO OCULTO da tauromaquia, e sobre as excepções e violações da Lei em torno da actividade.



Com os melhores cumprimentos,

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:25

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Terça-feira, 3 de Agosto de 2021

Póvoa de São Miguel (Moura, Alentejo): tourada à porta fechada numa praça de touros fixa, autorizada, ou evento proibido? Pedido de esclarecimento/denúncia

 

Isto aconteceu em Portugal, no mês passado, quando as touradas estavam proibidas.

 

Quantas mais se realizariam, por aí, ilegalmente, longe dos olhares dos Portugueses, mas do conhecimento das autoridades?

 

Vamos pedir explicações. Eu escrevi para:

denuncias@igac.pt,

igacgeral@igac.pt,

dirgeral@dgav.pt,

accaojuridica@pan.com.pt,

sg@sgambiente.gov.pt,

marinhenses.antitouradas@gmail.com

 

Escrevam também.

 

Isabel A. Ferreira

 

Capture 1.PNG

 

Exmas. autoridades,

 

No passado dia 12/07/2021, decorreu, na praça de touros da Póvoa de São Miguel, um evento no qual foram lidados 6 touros. De acordo com um site tauromáquico, que divulgou as imagens do evento, este “mais pareceu uma corrida de toiros”, o que, de resto, se pode comprovar observando tais imagens aqui: https://parartemplarmandar.com/noticia/5913

 

Na minha qualidade de cidadã portuguesa, dotada de espírito crítico e de cidadania e que nasceu no século XX depois de Cristo, solicito que me informem se a Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) autorizou a realização deste evento, e se a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em articulação com a IGAC, assegurou o cumprimento das regras previstas no Regulamento do (dito) “espectáculo” tauromáquico (aprovado pelo Decreto-Lei n.º 89/2014, de 11 de Junho) em matéria de bem-estar animal.

 

Caso as respostas às minhas duas questões (que ficarei a aguardar, por legítimo direito a elas)  sejam negativas, agradeço que considerem, desde já, esta minha mensagem como uma denúncia da situação, que infligiu maus-tratos e sofrimento injustificados a animais sencientes, o que me obriga, em nome da Ética, da Evolução, da Civilização e da Legalidade, a enviar esta mensagem, não só para a IGAC e para a DGAV, como também para o Gabinete de Acção Jurídica do PAN, e para a Provedora Nacional do Animal, solicitando à Provedora Nacional do Animal que, por favor, lhe encaminhe esta mensagem. 

 

Com os meus cumprimentos,

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:44

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Sexta-feira, 2 de Agosto de 2019

PAN LISBOA QUESTIONA CÂMARA SOBRE A MORTE DE ABELHAS NO CAMPO GRANDE

 

Morte de abelhas no jardim do Campo Grande poderá ter sido causada pelo uso de pesticidas que já são proibidos em espaços públicos no nosso país.

 

O Grupo Municipal do PAN já pediu esclarecimentos, reconhecendo o importante papel das abelhas na sobrevivência da fauna e flora do planeta.

 

Greenpeace.png

 

Em comunicado à Imprensa o Grupo Municipal do PAN informa que questionou hoje a Câmara Municipal de Lisboa (CML), relativamente aos vários casos relatados de morte de abelhas no Jardim do Campo Grande e arredores. Em causa poderá estar um alegado uso de pesticidas cuja utilização é proibida na União Europeia.

 

De acordo com o Comunicado do PAN Lisboa, nos últimos dois meses, dezenas de abelhas de várias espécies têm sido encontradas mortas junto à ciclovia do Jardim do Campo Grande, na horta comunitária da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e na zona do hipódromo.

 

Uma análise preliminar a alguns dos animais mortos aponta para uma contaminação por tipos de pesticidas que não podem ser usados na Europa e que deviam obedecer a regras estritas de utilização.

 

Acontece que a lei portuguesa proíbe o uso de pesticidas e herbicidas nos espaços públicos, salvo excepções devidamente autorizadas pela Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária.

 

Ainda de acordo com a informação do PAN, o uso destes produtos pode ter um impacto negativo na saúde humana, na biodiversidade existente e nos animais de companhia. O maior impacto é nas abelhas, aliadas fundamentais na preservação dos ecossistemas e na sobrevivência do planeta, como tantas vezes tem vindo a ser comprovado.

 

Se for confirmado que a causa da morte destes animais tem origem no uso de pesticidas, tal pode ser considerado contra-ordenação ou até crime, uma vez que os vestígios encontrados nas abelhas mortas correspondem a pesticidas cuja utilização foi proibida. Por outro lado, não podemos ignorar a extrema importância que as abelhas têm no equilíbrio do nosso ecossistema, pois são responsáveis pela polinização da flora selvagem e das culturas que alimentam pessoas e animais. Sem abelhas, o nosso ecossistema fica destruído”, afirma a deputada municipal, Inês de Sousa Real.

 

O requerimento enviado à CML pelo Grupo Municipal do PAN pede, assim, esclarecimentos sobre se a intervenção foi feita pelos serviços municipais e se foi aplicado algum pesticida nos jardins do Campo Grande e, se sim, que tipo de pesticida foi utilizado.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:34

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Quarta-feira, 9 de Maio de 2018

«TRANSPORTE POR VIA MARÍTIMA-ANIMAIS VIVOS»

 

«Perante a sordidez que se tem verificado no transporte de animais vivos por via marítima para o Médio Oriente, só me resta pensar que ao contrário do que se pretende fazer querer, a alegada Democracia é hoje apenas mais uma ditadura "Econocrática».

 

Uma excelente reflexão de Teresa Botelho, sobre a monstruosidade de que só o animal homem é capaz.

 

E faço das palavras da Teresa, exactamente as minhas palavras.

 

 

 

Texto de Teresa Botelho

in Blogue «Retalhos de Outono»

 

«Tudo se faz por dinheiro, pisando a ética e o respeito, escondendo vergonhosamente as atrocidades cometidas uma a uma, para que o povo continue ignorante e satisfeito com as migalhas que uma certa "geringonça" lhes vai atirando desavergonhadamente, como se fossemos aves famintas depenicando no chão.

 

Vivi na ditadura e confiei que uma revolução só de cravos, nos iria alterar comportamentos e posturas, mas a minha juventude passou entre realidades falseadas e à sombra de políticos corruptos que se vendem a qualquer preço, porque sabem que continuarão impunes, apesar de nos quererem convencer do contrário.

 

Os anos mostraram-me apenas que as correntes de outrora, continuam apertadas nos nossos tornozelos de escravos, embora menos curtas e forradas de cetim dourado, para que o povo as não sinta tão evidentes como antes!

 

Levantam-se vozes contra as práticas mais ignóbeis e levantam-se as consciências mais alertadas e sensíveis, contra espectáculos de sangue nas arenas portuguesas, comandadas como antigamente, por “caridosos abutres” do catolicismo com toda a casta de "Melícias" endinheirados que o Estado hipocritamente sustenta com subsídios e isenções, enquanto os contribuintes definham perante o peso dos impostos que são obrigados a pagar e também enquanto a outros se perdoam dívidas de milhões.

 

Nomeiam-se doutores da treta, ministros entre os amigos e secretários de Estado obedientes, porque o povo é tão manso e bem treinado que vota sempre nesses representantes dos seus próprios bolsos que seguem a cartilha dos instalados devassos que lhes dão o mote, mas sobretudo o "tacho"...

 

Como tantas outras coisas que podemos observar, também o Ambiente da nossa terra, violada incessantemente pelos des-governos de décadas, tem sido prática corrente, com a impunidade de quem se lambuza com os incêndios, a poluição dos nossos rios, as mentiras, a prospecção de petróleo e todo o propositado descaramento e laxismo que constatamos a cada passo.

 

O transporte de animais vivos para o Médio Oriente, é mais uma prova da venda do nosso país à vergonha e essa consciência das imoralidades é tal que já se escondem com lonas os acessos dos animais empurrados para dentro dos barcos, para que as sevícias de que são alvo, reconhecidas até pelos estivadores de Setúbal, não possam ser filmadas pelos activistas que no exterior se insurgem.

 

Perante tamanha publicidade, surge finalmente o magnânimo convite dos senhores da DGAV para a visita guiada de uma Comissão Parlamentar a novo carregamento de animais no referido porto, sem, contudo, terem deixado antes de avisar primeiro os negociadores e transportadores, para que a manobra de maquilhagem saia perfeita.

    

O transporte de milhares de animais amontoados, feridos, sequiosos e famintos, sujeitos às condições mais degradantes que se podem imaginar, para que sejam depois abatidos da forma mais cruel e desumana, não pode ser vista nem divulgada, porque se pretende secreta e própria de interesses mafiosos, já que nem aos únicos dois partidos políticos que contestam tais "negócios", se permitiu a entrada nesses barcos de horror, sem que antes se preparasse o cenário, como agora se fará.

 

Acreditar na seriedade da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária é cantiga de embalar, porque têm sido tantos os tropeções que nem os cegos convencem...

    

Noutros tempos, não tão distantes, também se escondiam as agressões da Pide, as prisões arbitrárias, as torturas e até os que desapareciam, sabe-se lá como e para onde...

 

Mudaram os tempos, douraram-se e requintaram-se as práticas, porque o dinheiro compra os sentimentos de quem cala e consente, enquanto aqueles que protestam e não se vendem são ignorados, porque mesmo que se destaquem, não deixam de estar integrados na mansidão e no comodismo de sociedades que embora mais letradas que antes, continuam a ser presas fáceis da ignorância da subserviência genética, do medo, ou ainda desse velho complexo de inferioridade que dá a força e o poder a quem os descaradamente vai traindo.

 

O meu percurso terreno já não será longo. Os anos voaram e as forças já não são as mesmas dos tempos de luta em que ingenuamente acreditei na ilusão dos cravos, mas resta-me um último recurso que se chama "escrita" e por ela, guardei as tintas, as telas e os pincéis, porque enquanto estiver por cá, jamais permitirei que me calem a revolta e se porventura o que escrevo, tiver o condão de mudar alguma consciência adormecida empurrando-a para o discernimento e a luta, já valeu a pena...»  

 

Fonte:

https://retalhosdeoutono.blogspot.pt/2018/05/transporte-por-via-maritima-animais.html

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:41

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Sexta-feira, 4 de Novembro de 2016

CANCELADA CORRIDA DE BURRO COM FERRARI PROMOVIDA PELO PSD

 

Pergunta: E se tudo isto foi forjado pelo PSD para atacar António Costa e ao mesmo tempo colocar em cheque a Câmara Municipal de Lisboa?

 

Resposta: Se foi esta a intenção, resultou em pleno. Desenterrou-se um episódio de triste memória protagonizado pelo actual primeiro-ministro de Portugal, com o qual o PSD anda de candeias às avessas, e a Câmara Municipal de Lisboa sai disto tudo muito beliscada.

 

As “desculpas” não convencem ninguém…

 

FERRARI.jpg

1993: António Costa protagoniza um episódio de triste memória, que o PSD quis desenterrar 

 

Texto de Teresa Botelho

 

«Quando o burro de Costa ganhou

PSD vai "ridicularizar" burro

 

A corrida entre um burro e um Ferrari que tinha sido anunciada para esta sexta-feira foi cancelada. O PSD alega que a Câmara de Lisboa proibiu a iniciativa com o argumento de que ela comprometeria o bem-estar do animal, mas essa versão é desmentida pela autarquia.

 

Num comunicado enviado esta quinta-feira ao fim da tarde, o PSD Lisboa diz ter recebido “com estupefacção” uma notificação da câmara “proibindo a realização” da corrida. O partido sublinha que uma iniciativa semelhante tinha já sido realizada pelo actual primeiro-ministro, António Costa, em 1993, tendo na altura decorrido “dentro da normalidade e sem nenhum constrangimento”.

 

“O objectivo era apenas saber qual a melhor forma de fazer face ao tráfego caótico que os lisboetas enfrentam diariamente na capital, originado pelas obras que decorrem um pouco por toda a cidade. Por isso, estranhamos ainda mais esta proibição”, continua o PSD Lisboa, que diz ainda lamentar “que os cidadãos do município sejam privados de conhecer o desfecho desta corrida”.

 

Além do comunicado, o partido enviou à comunicação social uma carta à Provedora Municipal dos Animais de Lisboa, carta que apresenta como “a resposta do PSD Lisboa à notificação da Câmara Municipal de Lisboa”. Nessa missiva, assinada por Mauro Xavier, sublinha-se que aquilo que se pretendia fazer era “um simples passeio pelas ruas de Lisboa, desprovido de qualquer carácter violento ou agressivo”.

 

Dirigindo-se a Inês Corte Real, o líder da concelhia de Lisboa destaca também que o seu partido “não inventou nem inovou em nada”, limitando-se a “recriar uma tradição criada pela pessoa que a nomeou para o seu actual cargo, o Dr. António Costa”. Segundo Mauro Xavier a iniciativa desta sexta-feira iria aliás ser feita com “melhores condições” do que a de 1993: “esta prova, ao contrário do que aconteceu no evento original, iria decorrer com o acompanhamento de um médico veterinário para garantir o bem-estar do burro”.

 

O dirigente social-democrata garante ainda que os promotores da iniciativa agora cancelada “são muito sensíveis ao argumento do stress causado ao burro”. “Mas podemos garantir-lhe que esse stress não seria maior do que aquele que é causado todos os dias a milhares de Lisboetas”, acrescenta Mauro Xavier.

 

“Se o PSD Lisboa ‘ridiculariza’ um burro colocando-o a passear no caótico trânsito, a Câmara de Lisboa ridiculariza milhares e milhares de lisboetas obrigados a passar horas no seu automóvel”, continua, concluindo que “o argumento do ridículo é ridicularizado se pensarmos que o burro tinha fortíssimas possibilidades de vencer a corrida”.

 

A Câmara de Lisboa já veio refutar a versão do PSD, num comunicado em que “desmente categoricamente que tenha tomado qualquer pronúncia ou deliberação sobre a corrida marcada pelo PSD”. “Muito menos” que tenha determinado “a sua proibição”.

 

Em comunicado, a autarquia presidida por Fernando Medina explica ter tomado conhecimento “da existência de um parecer da Provedora Municipal dos Animais de Lisboa, o qual recomenda ao PSD que não utilize um burro nessa corrida”. “Não só esse parecer não proíbe a iniciativa, como a Provedora Municipal dos Animais de Lisboa é uma estrutura independente dos serviços da câmara”, frisa o município.

 

“Qualquer decisão sobre a realização ou não do dito evento é da exclusiva responsabilidade dos seus organizadores”, conclui-se nesse comunicado da câmara.

 

Em declarações à Lusa, Inês Sousa Real disse que não proibiu a corrida, mas recomendou ao partido "que não utilizasse o animal" na iniciativa uma vez que "poderia pôr em causa o seu bem-estar". "Não era do meu conhecimento que existisse autorização sanitária para a presença do animal na via pública por parte da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária", referiu.»

 

Fonte:

https://www.facebook.com/isabel.a.ferreira.9/posts/1414169798597108

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:32

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Quarta-feira, 7 de Setembro de 2016

Carta Aberta à IGAC (entidade que devia inspeccionar a actividade tauromáquica)

 

Eis o conteúdo de um e-mail que enviei a Vossas Excelências no passado dia 31 de Agosto:

Com os meus cumprimentos,

Ao cuidado da IGAC – A praça de touros amovível no Carregado foi montada com todas as exigências do RET?

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/ao-cuidado-da-igac-a-praca-de-touros-673322

Isabel A. Ferreira

No qual formulei a seguinte pergunta:

Estarão a ser cumpridas as regras do novo RET (segundo o qual desde 12 de Agosto de 2016 é obrigatória a instalação de curros?

O RET, para quem não sabe, é um vergonhoso documento que regulamenta o modo de torturar Touros numa arena, e que cabe à IGAC fazer cumprir.

Ver aqui:

https://www.igac.pt/documents/20178/308118/Relat%C3%B3rio+Tauromaquia+IGAC_2015.pdf/bfcfc8ad-c0e7-4e2b-8194-e67551550a2c

 

CURRO.jpg

 Nesta foto, vemos um Touro a sair de um curro, agora obrigatório ter em todas as praças fixas e amovíveis, para ser torturado até à morte.

 

Até hoje, aguardo uma resposta concreta, à minha pergunta objectiva.

 

As que recebi foi uma espécie de “pega lá e vê se te calas”.

 

Entretanto, fui informada de que a tourada no Carregado se realizou (com a bênção do pároco local), mas sem os tais curros exigidos, e muito mais.

 

E o tal RET é bem claro a este respeito, e a um outro que, ao que sabemos, não é cumprido em parte alguma (e só vou ater-me a duas alíneas)

 

b) CURROS

  • No prazo máximo de dois anos contado (limite 12 de Agosto de 2016), nas Praças de Touros de 1ª categoria, construir curros que comportem duas reses de reserva.

 

  • No prazo máximo de dois anos contado (limite 12 de Agosto de 2016) as Praças de Touros Ambulantes devem instalar curros.

Nota:

O abate em curro deve ser executado ou controlado por um Médico Veterinário ou técnico indicado ou designado pela DGAV, sendo os respectivos custos suportados pelo promotor do espectáculo.

 

c) CONDIÇÃO PARA O ABATE DAS RESES EM SALAS DE ABATE

As Praças de Touros fixas construídas após 15 de Agosto de 2014 e todas as sujeitas a intervenções que não sejam de mera conservação ou manutenção, devem dispor de condições para efectuar, no local, o abate das reses lidadas.

 

***

Todos sabemos que no Carregado, ou seja em que localidade for, em praças amovíveis e também em muitas fixas, não há curros, não há médicos-veterinários e não há salas de abate no local, onde os Touros moribundos possam ser abatidos conforme consta no RET, com a dignidade que merece um ser vivo, que está a sofrer atrozmente.  

 

Repito: É à IGAC que cabe fazer cumprir estas alíneas.

 

Uma vez que o RET, que devia ser RAT (regulamento de actividades - e não espectáculos - tauromáquicos, porque um espectáculo é, por definição, uma exibição pública de actividades artísticas tais como peças de teatro, filmes, bailados, concertos, variedades, não constando aqui a tortura de touros) existe, e é para ser cumprido. Certo?

 

Uma vez que existe a IGAC, a IGAC deve inspeccionar os locais onde se vão realizar essas actividades tauromáquicas e garantir que o RET é cumprido. Certo?

 

Quando vos enviei o e-mail a perguntar se a arena amovível que foi montada no Carregado em pleno centro urbano, incluía os tais curros obrigatórios, recebi como resposta que acusaram a recepção do meu e-mail, e relativamente à denúncia fui informada que de que a mesma foi encaminhada à respectiva área de fiscalização, para os devidos efeitos.»

 

Como a minha pergunta não ficou esclarecida, enviei um outro e-mail a solicitar que me fosse enviado o RESULTADO PRÁTICO desta minha denúncia, que sei não ter sido a única.

 

Foi-me enviada a seguinte resposta:

 

«Informa-se V. Exa que a avaliação das condições associadas ao acondicionamento das reses nas praças amovíveis é da competência da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), sendo a autorização de instalação de praças desta natureza da autarquia que tutela o espaço onde o espectáculo ocorre.

 

Mais se informa que inspecção-geral, no que se refere a espectáculos em praças amovíveis, apenas dá sequência a processos de licenciamento de espectáculos tauromáquicos, previstos na legislação em vigor, em praças desta natureza, após avaliação da DGAV

 

Perante esta resposta surpreendente, enviei novo e-mail com o seguinte conteúdo:

 

«Exma. Senhora,

Desculpe a insistência, mas não é à IGAC que cabe inspeccionar os locais onde irão realizar-se essas práticas, onde animais vivos vão ser manipulados?

 

Não caberá à IGAC fazer cumprir o RET?

 

A competência da DGAV não diz respeito ao "espectáculo" em si.

 

Temos a certeza de que as praças amovíveis montadas por aí, NÃO CUMPREM o regulamento.

 

Daí a minha insistência

 

***

A partir daqui, não obtive mais nenhuma resposta.

 

A tourada realizou-se. Sem curros. Garantiram-nos. É verdade?

 

Os animais feridos não foram mortos nas salas de abate no local. Não esteve lá qualquer veterinário… É verdade?

 

O padre da paróquia ficou muito feliz. Isto sabemos que é verdade.

 

Os que assistiram à barbárie também. Isto também é verdade.

 

Mas nós, defensores dos animais e também do RET (uma vez que ele existe) exigimos saber a verdade quanto à legalidade desta tourada.

 

Porquê?

 

Primeiro - Porque os funcionários da IGAC recebem salários oriundos dos nossos impostos, para inspeccionar, e nós, como pagadores, temos o direito de exigir eficiência a quem pagamos o salário.

 

Segundo – É exigível, no mínimo, que sejam as autoridades a dar o bom exemplo de competência e cumprimento da lei.

 

Por isso, reformulo a minha pergunta:

 

A IGAC inspeccionou a arena amovível montada em plena área urbana, no Carregado, e atestou se foram cumpridas estas duas alíneas do RET?

b) CURROS

  • No prazo máximo de dois anos contado (limite 12 de Agosto de 2016), nas Praças de Touros de 1ª categoria, construir curros que comportem duas reses de reserva.

 

  • No prazo máximo de dois anos contado (limite 12 de Agosto de 2016) as Praças de Touros Ambulantes devem instalar curros.

Nota:

O abate em curro deve ser executado ou controlado por um Médico-Veterinário ou técnico indicado ou designado pela DGAV, sendo os respectivos custos suportados pelo promotor do espectáculo.

 

c) CONDIÇÃO PARA O ABATE DAS RESES EM SALAS DE ABATE

As Praças de Touros fixas construídas após 15 de Agosto de 2014 e todas as sujeitas a intervenções que não sejam de mera conservação ou manutenção, devem dispor de condições para efectuar, no local, o abate das reses lidadas.

 

***

Aguardando uma resposta, desta vez, objectiva (por favor) envio os meus cumprimentos,

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:33

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Segunda-feira, 9 de Maio de 2016

Ofício da DGAV a propósito da petição contra a exportação de cães e gatos para as Filipinas e Coreia do Sul

 

 

Na sequência de um artigo publicado no meu Bogue, neste link

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/governo-portugues-pare-imediatamente-a-635082

sobre a petição de Stephanie Christie, dirigida ao governo português, solicitando que este pare medianamente a exportação de cães e gatos para os referidos países, e na qual Portugal é posto de rastos, devido às notícias saídas a público, a este respeito, recebi o Ofício nº 704/2016, oriundo do Director-geral da DGAV (Direcção-geral de Alimentação e Veterinária), Álvaro Pegado Mendonça, que passo a transcrever:

 

943ac3c5ea7ff93e5dba8642fbf65c48_md PETIÇÃO.jpg

Nova petição: Portuguese Government, stop immediately the export of dogs and cats to SouthKorea and Philippines / Governo português parar imediatamente exportação de cães e gatos para a Coreia do Sul e Filipinas

http://www.sosvox.org/pt/petition/portuguese-government-stop-immediately-our-pets-to-south-korea-and-philippines.html?utm_source=highlight&utm_medium=title&utm_campaign=campaign-p070516

 

«Exmos.(as) Senhores(as),

 

A DGAV, estranha o teor da petição pública em apreço e rejeita liminarmente o conteúdo da mesma, por não corresponder à verdade.

Na origem desta situação estarão as declarações do ex-Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar, quando falava aos média relativamente ao intenso trabalho realizado no âmbito da internacionalização.

 

Neste âmbito, aludiu ao trabalho difícil de negociação das questões sanitárias e fitossanitárias com países terceiros, com vista à exportação quer com fins comerciais quer com fins não comerciais.

 

Ainda neste contexto global da internacionalização apontou os mercados, produtos e ainda os animais vivos exportados, onde se inserem os animais de companhia, o que terá levado a interpretação errónea por parte do leitor, induzido pelo título do artigo que remetia as declarações para os produtos agro-alimentares.

 

Como é do conhecimento geral, a DGAV, entidade responsável pelos requisitos à exportação é igualmente o garante da saúde e bem-estar animal, estando comprometida com estes objectivos a nível interno e externo, pelo que é um dos Estados Membros que ratificou a Convenção Europeia para a Protecção dos Animais de Companhia.

 

Factualmente ainda acrescentamos que os animais, nomeadamente os de companhia, só viajam para países terceiros acompanhados de certificados sanitários registados e emitidos pela entidade competente, a DGAV, o que nos permite afirmar que só foram emitidos durante os anos de 2014 e 2015, 31 certificados sem fim comercial e com o objectivo de os animais acompanharem os seus donos até ao local de destino.

 

 

Com os melhores cumprimentos,

Álvaro Pegado Mendonça

Director-geral

CVO Portugal»

 

***

(AVISO: uma vez que a aplicação do AO/90 é ilegal, não estando efectivamente em vigor em Portugal, o texto acima foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático).

***

 

Eis a minha resposta a este Ofício que, devo confessar, me desiludiu.

 

Exmo Senhor,

 

Agradeço a gentileza da resposta.

 

Porém, devo acrescentar o seguinte:

 

1 – A petição aqui referida (e esta outra que publico hoje) é da autoria de activistas estrangeiros, que se basearam em notícias que correm o mundo, sobre a venda de cães e gatos por Portugal, às Filipinas e Coreia do Sul, países que utilizam animais (ditos de estimação, no Ocidente) para os COMEREM.

 

2 – O que aqui está em causa (e chamo a atenção precisamente para as notícias que circulam no estrangeiro, e não partiram de nós, portugueses, que nos batemos pelo bem-estar de TODOS os animais não humanos, e não só cães e gatos, como a Lei de Protecção Animal n.º 69/2014, de 29 de Agosto, apenas prevê) é a exportação dos nossos animais (que até podem ir com todos os certificados sanitários em dia) para países que os COMEM, e que para os comer sacrificam-nos de uma forma bárbara.

 

Pensamos que esta não é uma política correcta, até porque também sabemos que as entidades portuguesas que deveriam ser mais cuidadosas nestas matérias, nem sempre abrem os olhos ao que se passa, por exemplo, nos bastidores das touradas, quando os touros moribundos são retirados da arena; nem nas “festas” de matança de porcos em público, para divertir um povo inculto; nem nos canis municipais onde os cães passam fome, morrem de doenças, sem qualquer apoio veterinário, e muitos deles são mortos à paulada; e nem sequer nos matadouros, onde os animais são abatidos de uma forma monstruosa.

 

Portanto, tudo o que se relaciona com os animais não humanos em Portugal, incluindo os ditos "animais de companhia ou de estimação", que na sua maioria nem são uma coisa nem outra, porque continuam a ser maltratados, apesar das denúncias, e quem os maltrata não é punido, apesar da Lei, não estão devidamente protegidos, até porque existem bastantes lacunas nessa Lei, onde a maioria dos animais não humanos nem sequer são considerados animais, estando dela excluídos: o caso dos Touros, dos Cavalos, dos Cães utilizados em corridas ou em lutas (que continuam a existir por aí, e ninguém faz nada); o tiro os pombos, os animais utilizados nos circos e zoológicos, enfim… apenas os cães e gatos (e mesmos estes, nem todos) são considerados animais.

 

É raro, muito raro (e a mim até nunca aconteceu) que as denúncias que fazemos de maus-tratos a animais ditos de estimação e de companhia (cães e gatos) tenham uma resposta positiva por parte das autoridades que nunca vêem o que nós vemos.

 

Porque nós, os que nos batemos pelo bem-estar de TODOS os animais não humanos, não precisamos de leis para sabermos que TODOS os animais são seres sencientes, logo, merecedores de uma protecção igual à que se dá aos animais humanos.

 

E se os humanos fossem realmente seres humanos, nem sequer precisariam de leis para os “orientarem” no sentido de que, como animais que também são, não devem fazer aos outros (animais) o que não gostariam que lhes fizessem a eles. Este é um princípio básico adoptado por todos os grandes pensadores, há milhares de séculos…

 

Mas infelizmente, o mundo em que vivermos tornou-se imperfeito depois do aparecimento do homem. Apenas alguns tiveram a ousadia genética de evoluírem, e instintivamente compreenderem que o homem não é a medida de todas as coisas, mas apenas mais um animal entre muitos, com a responsabilidade acrescida de zelar pelo Planeta e por todos os outros seres, simplesmente porque é ele que está com o queijo e a faca na mão, ou seja, é ele que tem um completo domínio sobre o mundo (infelizmente).

 

É uma vergonha para a espécie humana a existência de “homens” que se comportam mais irracionalmente do que aqueles que eles rotulam de irracionais.

 

Portanto, Exmo. Senhor Álvaro Pegado Mendonça, a resposta que eu gostaria de ter recebido era outra.

 

Gostaria que me dissesse que Portugal não mais exportaria cães e gatos portugueses, para os países que os sacrificam antes de os comerem.

 

Infelizmente, Portugal está muito longe de ser um país evoluído no que respeita ao respeito a ter pelas outras espécies que com ele partilham o mesmo Planeta, o mesmo meio ambiente, o mesmo Sol, a mesma Lua, o mesmo Universo…

 

Com os meus cumprimentos,

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:03

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Segunda-feira, 16 de Março de 2015

ILC (Iniciativa Legislativa de Cidadãos) pelo fim dos canis de abate

 

 

PAN.png

 

O que pretendemos

 

Esta Iniciativa Legislativa de Cidadãos visa criar uma moldura legal consequente com os princípios de respeito pela vida dos animais não humanos, apresentando três grandes objectivos:

 

Proibir o abate indiscriminado de animais pelas câmaras municipais

 

Todos os anos são abatidos em Portugal dezenas de milhares de animais que deram entrada nos Centros de Recolha Oficial (CRO) ou em estruturas semelhantes.

 

Tendo, há poucos meses, sido aprovada uma lei que criminaliza os maus-tratos a animais de companhia, não deve o Estado permitir que em espaços licenciados oficialmente, como os CRO, não se cumpra essa lei. Não deve tampouco permitir que haja um desrespeito sistemático pela mesma, ao possibilitar que sejam abatidos animais de companhia saudáveis ou passíveis de recuperação.

 

Importa, aliás, intensificar a fiscalização dos CRO e de estruturas similares pois, passados quase 15 anos sobre a obrigação legal de licenciamento, de acordo com

dados de Novembro de 2014 da DGAV 

há apenas 124 municípios que dispõem de CRO licenciado ou que celebraram um protocolo com outro município para usar um CRO licenciado. Ou seja, em 60% dos municípios portugueses ainda não se cumpriu esta lei.

 

Acresce a este facto que muitos dos canis e gatis que ainda não estão licenciados como CRO não cumprem as normas mínimas de higiene e bem-estar animal.

 

Instituir uma política de controlo das populações de animais errantes

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), as políticas públicas de abate compulsivo como resposta à sobrepopulação de animais de companhia não são a solução.

 

A própria Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em resposta a um ofício da Comissão Parlamentar a respeito da petição 91/XI/2ª, refere que "considera e defende a esterilização como um meio eficaz de controlo da população", acrescentando que "todos os animais que apresentem condições para serem doados devem preferencialmente seguir essa via".

 

Além de ser uma prática que respeita a vida destes seres não humanos, a esterilização e encaminhamento para adopção são práticas economicamente mais vantajosas para os municípios do que o abate do animal e sua posterior incineração. Quando haja colónias de animais de rua estabilizadas, os programas RED (recolha, esterilização e devolução) também saem mais baratos ao Estado do que a opção pelo abate e incineração.

 

Como tal, a proibição do abate indiscriminado de animais pelas câmaras municipais é um passo fundamental para melhorar a qualidade de vida desses seres, adoptar políticas de controlo das populações de animais errantes mais eficazes e poupar dinheiro ao Estado.

 

Estabelecer condições adicionais para a criação e venda de animais de companhia

 

A substituição do abate pela esterilização enquanto mecanismo preferencial para a resolução do problema da sobrepopulação dos animais de companhia deverá ser acompanhada de um conjunto de medidas adicionais, de modo a ser eficaz.

 

Neste aspecto, consideramos que Portugal deve seguir os melhores exemplos internacionais, proibindo a venda de animais de companhia nas designadas “lojas de animais” e impondo condições especialmente exigentes para a criação de animais.

 

O presente diploma visa, por isso, dar uma resposta completa e coerente ao flagelo da sobrepopulação animal, do abandono e do abate, garantindo simultaneamente condições de vida condignas aos animais não humanos.

 

Fonte:

http://www.fimdoscanisdeabate.com/

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:45

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Terça-feira, 26 de Agosto de 2014

O ACTUAL REGULAMENTO TAUROMÁQUICO (DECRETO-LEI Nº 89/2014, DE 11 DE JUNHO) É UM VERDADEIRO MONUMENTO Á ESTUPIDEZ HUMANA

 

Era escusado dizer “estupidez humana”.  

Nenhum animal não humano é estúpido.

 

 

Veja-se, nesta imagem, o que os governantes chamam de “cumprir regras de bem-estar animal”

 

No CAPÍTULO II deste atestado da ignorância humana, que regula a TORTURA DE BOVINOS, na parte da fiscalização, controlo e direcção, Secção I, Entidade competente (leia-se INCOMPETENTE) no Artigo 4.º - Inspecção-Geral das Actividades Culturais (entenda-se actividades bárbaras e cruéis) lê-se:

 

3 - Compete à Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em articulação com a IGAC, assegurar o cumprimento das regras previstas no presente regulamento em matéria de bem-estar animal.

 

Bem, só esta frase daria para classificar este RET, mas nele existe uma infinidade de “regras” bem definidas, de como bem torturar um ser vivo.

 

Estou a escrever isto com muita vontade de vomitar.

 

Os governantes portugueses que assinaram este “documento” (até me custa a escrever a palavra) fomentam a tortura, a violência, a ignorância, a estupidez, a incultura, o desrespeito pela VIDA, e tornam tudo isto LEGAL, através da lei mais estúpida que existe à face da Terra.

 

Sinto uma imensa VERGONHA e REPULSA por tudo isto.

 

O monumento à estupidez (que é apenas humana) está neste link:

http://www.toureio.pt/index.php/outros-conteudos/regulamento-taurino


Se tiveram paciência para ler este repugnante regulamento, podem verificar que toda e qualquer tourada realizada em arena fixa ou amovível, por este país fora, é completamente ILEGAL.

 

As (in) competentes autoridades dão as licenças, mas depois NÃO FISCALIZAM…  o que lá se passa... e quase nada é LEGAL.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:39

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