Domingo, 11 de Maio de 2025
Querem saber porquê?...
Porque ninguém gosta de emigrar.
Se vivermos bem no nosso país, não precisamos de ir penar para o país dos outros. É o que está a acontecer aos imigrantes, em Portugal, aos quais acenaram com o El Dorado português, e disseram-lhes venham, venham para o país do Sol, onde escorre leite e mel e há trabalho, habitação e assistência social para todos, todos, todos...
E eles vieram em massa, sem saber que Portugal é um país pequeno e pobre, onde nem todos cabem e o que há para repartir não dá para todos. É por isso que os nossos cidadãos activos e os jovens mais qualificados emigram, estando espalhados pelo mundo, com perspectivas de um futuro muito melhor do que aquele que poderão encontrar em Portugal, onde não existem políticas que os prendam ao torrão natal, por isso, existem numerosas comunidades portuguesas na diáspora, em todos os continentes.
Os desventurados imigrantes vieram em massa, e entre o caos e a esperança, entraram os que procuravam trabalho e vieram por bem, e os que vislumbraram em Portugal um território sem rei, nem roque onde podiam montar os seus negócios obscuros e reinar e é fartar, vilanagem...
Os políticos portugueses, movendo-se pela política de destruir Portugal, talvez a mando de forças ocultas (é por demasiado evidente que quem manda em Portugal NÃO é o governo português) deixaram entrar livremente o trigo, mas também o joio. Houve tempo em que para se emigrar era necessária uma carta de chamada, onde constasse uma fonte de trabalho e uma residência, só assim poderiam entrar num país de acolhimento.
Em Portugal, entrou-se à balda, sem trabalho, sem residência, sem luz ao fundo do túnel. E o resultado não podia ter sido pior.
Os que para cá vêm, que perspectivas de futuro têm, num país entregue a estrangeiros, e em vias de desaparecer do mapa? Porque é essa a política que está em curso. A destruição de Portugal. Basta estarem atentos às não-políticas, e a esta pouca vergonha de andarmos sempre a eleger os mesmos governantes, sem terem cumprido os mandatos completos, derivado a uma atávica incompetência.
Na campanha eleitoral, a decorrer, o que se vê? As mesmas caras, mais do mesmo, discursos já gastos pela estagnação, só ouvimos insultos uns aos outros, berros e mais berros, sem ideias novas para tirar Portugal do fosso em que se encontra. Os Portugueses pensantes estão fartos disto.
Não há perspectivas de futuro para Portugal. Perdemos a nossa Identidade, já não somos um País livre e soberano. Vivemos num país que faz-de-conta que é um país. Quem manda em Portugal são os estrangeiros: brasileiros, chineses, espanhóis, franceses, e já há quem esteja de olho neste pedaço de terra, que nos deixaram os nossos valorosos antepassados, à custa de grandes sacrifícios, muito sangue, suor e lágrimas, para que outras culturas venham agora para aqui instalar-se. E hoje já não temos guerreiros audazes que possam livrar-nos de investidas inadequadas! Como foi possível que em tão poucos séculos, a garra portuguesa tivesse desaparecido até à extinção.
Em Portugal não há políticas para nada, por isso o caos instalou-se por todo o lado: saúde, habitação, educação, cultura, fauna e flora. Somos um país sem Língua própria, sem rei nem roque, com governantes que não pugnam pelos interesses de Portugal, prestando vassalagem aos estrangeiros, com a maior das latas.
Qual o motivo que deu origem à chamada Expansão Portuguesa? Por que é que Portugal deu novos mundos ao mundo? Não foi porque o povo tinha vida boa, em Portugal. Além de que o rectangulozinho, chamado Portugal, situado na parte mais ocidental da Europa, banhado por um mar imenso, estava cheio de gente pobre e sem futuro, não podendo expandir-se por terra, com os espanhóis à porta, tiveram de expandir-se por mar.
E agora, desculpando-se com um Portugal envelhecido, dizem que precisam de imigrantes.
Dêem uma vida decente aos portugueses com idades activas e não os incentivem a ficar a viver à custa de subsídios de desemprego (conheci um casal que ele e ela (não tinham filhos) viviam de subsídios do Estado, mas ela vendia louças nas feiras, e ele fazia biscates de carpintaria, não pagavam impostos, e viviam a fazer pouco dos outros. Quantos ainda vivem deste modo em Portugal?).
Reduzam na despesa do Estado, não precisamos de tantos deputados, de tantos secretários de Estado, de tantos secretários de secretários e motoristas e carrões, em vez de carros (já nem digo carrinhos), e manjares dos deuses e andarem por aí a fazer viagens “turísticas”, à custa dos impostos dos portugueses, enfim, o despesismo estatal é uma vergonha, se lhe acrescentarmos o esbanjamento de dinheiros públicos na selvajaria tauromáquica, uma actividade bárbara, desadequada à civilização.
Gerem mal os dinheiros disponíveis para a despesa do Estado, e depois falha para pagar salários, para as infra-estruturas, para o SNS, para habitação social, enfim, para tudo e mais alguma coisa, que é necessário para uma vida estável.
Não há futuro para os jovens portugueses, em Portugal, e estes têm emigrar. E quem cá fica? Os velhos e os de meia idade. E depois dizem que precisam dos imigrantes, para ocuparem as vagas de trabalho que os parasitas portugueses, que vivem de subsídios, não querem. Permitem que eles entrem em Portugal à balda, e depois exploram-nos e deixam-nos a viver em condições sub-humanas, e não dão vazão às papeladas necessárias para se fixarem no País.

Marcelo Rebelo de Sousa ousou alertar para o colapso da economia portuguesa sem imigração. Preferia que Marcelo alertasse para a falta de políticas que possam fixar os nossos jovens no País.
Onde eu resido, existe um troço de passeio, numa rua, onde numa extensão de pouco mais de 100 metros, existem NOVE lojas de Indianos, Chineses e Bengalis cheias de quinquilharias e sempre vazias de clientes (!?).
No lugar onde eu moro, existem várias famílias estrangeiras com bons carros, e a viver em bons apartamentos, a fazer uma vida luxuosa mas não trabalham. De que viverão?
Um determinado tipo de violência instalou-se entre os que vivem mal, vivem nas ruas, sem emprego, sem perspectiva alguma de um futuro melhor, e continua-se a dizer venham, porque são precisos. Os que tiveram mais sorte, já têm a nacionalidade portuguesa, médico de família, já podem votar (!?). Uns são enteados e outros são filhos.
Alguma coisa vai mal na política imigratória.
Não é justo deixar entrar imigrantes em Portugal, para que vivam ao Deus dará...
A recente notícia de que milhares de imigrantes receberam uma notificação para abandonarem voluntariamente o País, gerou alguma perplexidade. Porém tal procedimento administrativo sempre existiu, ocorre todos os anos, pelos mais variados motivos, e é algo que está previsto na Lei.
As estatísticas indicam-nos que em 2016, o total foi de 6.305 pessoas abrangidas por estes procedimentos; em 2017, foram 5.699; em 2018, 4.391; em 2019, 5.529; em 2021, ano estigmatizado pela pandemia e forte desaceleração administrativa, houve 1.534 pessoas abrangidas por estas medidas; igualmente em 2022, 2023 e 2024.
Portanto, em 2025 não será diferente.
Varrer a questão da imigração para debaixo do tapete e dizer que não há problemas é pretender enganar os ceguinhos.
Não existe uma política de imigração em Portugal. Uma política com regras, que sejam justas para quem vem e para quem cá está.
Alguém me dizia, aqui há dias, que Portugal precisa de regras claras, para a imigração, de prazos céleres, de combate às redes ilegais e protecção dos direitos humanos, de regulamentação e organização responsável, de garantir que quem vem para Portugal o faz com dignidade e dentro da lei. A gestão da imigração deve ser firme, mas humana. Rigorosa, mas sensata.
Dizer que não se passa nada e está tudo a correr às mil maravilhas é mentira.
O que faz falta em Portugal são políticas racionais.
Como podem dizer que sem imigração Portugal se desmorona, quando em Portugal existem mais de dois milhões de pobres, com tendência para aumentar, e milhares deles sem habitação condigna e a passar fome?
- Nos últimos 20 anos saíram de Portugal 2,1 milhões de portugueses, sendo que em 2023 saíram cerca de 75 mil portugueses?
- O número total de imigrantes com processos de regularização em dia já ultrapassa os 1,5 milhões.
- Em 2023 entraram em Portugal 328.978 imigrantes.
- O número de imigrantes residentes em Portugal em 2023, segundo dados provisórios da AIMA era de 1,044 milhões.
- A AIMA estima que o número de imigrantes em Portugal, no final do ano passado, possa ter chegado a 1,6 milhões.
- Tendo em conta que a população residente natural de Portugal, actualmente é de cerca de 10,6 milhões, número que representa a população que tem cidadania portuguesa por direito de nascimento e que reside em território nacional;
- Tendo em conta que a população residente em Portugal tem aumentado nos últimos anos, com um aumento de cerca de 46.000 pessoas em 2022, comparado com 2021;
- Tendo em conta que o número de portugueses com cidadania por direito de nascimento é substancialmente maior do que o número de pessoas que possuem cidadania portuguesa por outros meios, como naturalização ou descende de judeus sefarditas;
- Tendo em conta que a população estrangeira residente em Portugal representa cerca de 5% do total da população residente;
- Tendo em conta que Portugal é um território pequeno e pobre, onde ainda se passa fome, como pode aguentar a pressão de tantos imigrantes a entrar, quando milhares de portugueses são obrigados a sair por NÃO haver condições para se viver razoavelmente no próprio País?
Há aqui alguma coisa que não bate certo.
E o que há é falta de políticas racionais para fixar os Portugueses no seu próprio País, e falta de políticas racionais nos países de origem dos imigrantes para os fixar nos seus países.
Perguntem ao imigrantes se tivessem condições razoáveis nos seus países eles emigrariam para um país pequeno e pobre como Portugal, onde se tem os salários mais baixos da Europa, e tudo o resto é o mais caro da Europa.
Só dirão que preferem viver em Portugal do que nos seus países de origem aqueles que, de alguma forma, gozam dos privilégios que muitos autóctones não têm.
OBS.: ousei ousar escrever este texto realista, sem medo de que me apodam de racista e xenófoba, e sem a hipocrisia de tentar tapar o sol com uma peneira, simplesmente, porque sei que NÃO sou nem uma coisa nem outra, e não uso palas. E isso basta-me.
Isabel A. Ferreira
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Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024

Este é o monumento erguido em homenagem a Spinoza, em Haia, e foi assim comentado por Renan em 1882: "Maldição sobre o passante que insultar essa suave cabeça pensativa. Será punido como todas as almas vulgares são punidas — pela sua própria vulgaridade e pela incapacidade de conceber o que é divino. Este homem, do seu pedestal de granito, apontará a todos o caminho da bem-aventurança por ele encontrado; e por todos os tempos o homem culto que por aqui passar dirá em seu coração: este foi aquele que teve a mais profunda visão de Deus"…
***
Quando perguntaram a Einstein, se acreditava em Deus, respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no deus que se interessa pela sorte e pelas acções dos homens”.
Este foi sempre também o meu Deus, mas só hoje descobri este texto que Spinoza escreveu no século XVII…
Vou transcrevê-lo e dedicá-lo a todos os que praticam a violência, a crueldade e a tortura sobre seres vivos, humanos e não-humanos, para que não digam que ninguém lhes proporcionou a oportunidade de deixarem de ser violentos, cruéis, torturadores, assassinos....
Isabel A. Ferreira
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«Se Deus tivesse falado…»
Texto de Baruch Spinoza (*)
Pára de rezar e bater no peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes da tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti. Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
A minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. É aí onde Eu vivo e aí expresso o meu amor por ti. Pára de me culpar da tua vida miserável: eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que a tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar o teu amor, o teu êxtase, a tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ler supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes ler-me num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos do teu filhinho... não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir coisas. Tu vais dizer-me como fazer o meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor. Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso culpar-te se respondes a algo que eu coloquei em ti?
Como posso castigar-te por seres como és, se Eu sou aquele que te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar todos os meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que espécie de Deus pode fazer isso? Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita o teu próximo (todos os seres que criei) e não faças a ele o que não queres que te façam a ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida, que o teu estado de alerta seja o teu guia. Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é a única que há aqui e agora, e a única de que precisas.
Eu fiz-te absolutamente livre. Não há prémios nem castigos. Não há pecados, nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registo. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não poderia dizer-te se há algo depois desta vida, mas posso dar-te um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse a tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza de que Eu não vou perguntar-te se foste comportado ou não. Eu vou perguntar-te se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas a tua amada, quando agasalhas a tua filhinha, quando acaricias o teu cão, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Aborrece-me que me louvem. Cansa-me que me agradeçam. Tu sentes-te grato? Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo. Sentes-te olhado, surpreendido? Expressa a tua alegria! Esse é o jeito de me louvar. Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim.
A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para quê tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro de ti... É aí que estou a acenar-te…
***
(*) Estas palavras foram escritas por Baruch (Benedito) Spinoza, que nasceu em 1632 em Amsterdão, no seio de uma família judaica portuguesa, que fugiu da Inquisição em Portugal, e faleceu em Haia em 21 de Fevereiro de 1677. É considerado o fundador do Criticismo Bíblico Moderno.
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Quarta-feira, 13 de Março de 2024
São José NÃO merece tamanho insulto.
Esta gente ainda não saiu da Idade Média?
E a igreja católica o que faz? Limita-se a deixar INSULTAR o Santo, com a TORTURA e o SOFRIMENTO de uma criatura também de Deus?
É por estas e por outras que Portugal é um País com um pé no terceiro-mundo.
Jamais evoluirá enquanto houver cá dentro trogloditas, que se divertem com o sofrimento de seres sencientes, à custa do ERÁRIO PÚBLICO!!!!!
Isabel A. Ferreira
***
Que VERGONHA, Sr. Ricardo Gonçalves, Presidente do Município de Santarém!
Fonte: Marinhenses Anti-touradas

Quarta-feira, 3 de Janeiro de 2024
Isto não é pessimismo. Isto não são maus agouros.
Isto não é fantasia de alguém que perdeu a fé na possibilidade dos poucos que mandam e desmandam no Mundo, e fazem as guerras, que servem apenas para matar muitas pessoas e encher os bolsos a umas poucas, saírem da sua condição de Homo Obtusus Primarius, e no que diz respeito ao nosso pequeno Portugal, de ver afastados do Poder os dinossauros políticos, já gastos pelas poeiras do tempo, e que já deram numerosas provas da sua gigantesca incompetência para fazerem de Portugal um lugar onde os Portugueses possam viver e evoluir, não os empurrando para fora do País, para darem lugar a estrangeiros, que se estão nas tintas para nós. Portugal é tão pequeno que onde cabe um, não cabem dois.
Isto é a realidade na sua configuração mais crua, que podemos observar à nossa volta, a olho nu. Contudo, o grande problema é que as pessoas andam tão alienadas e distanciadas dos problemas que as afectam, que não se dão conta de que esses dinossauros estão a fazê-las de parvas, com os seus discursos levianos e tão obviamente enganadores. E elas aceitam-nos, mansamente.

Morrem à fome, no Mundo, 8.500 crianças diariamente. Milhares são mortas ou ficam mutiladas ou órfãs devido a guerras insanas perpetradas por gente cada vez mais demente, e o que é que se tem feito, ou se pretende fazer para acabar com este crime hediondo? Nada. Absolutamente nada.
Já todos ouvimos falar das invasões bárbaras que ocorreram durante os anos 300 e 800 depois de Cristo, a partir da Europa Central. Estamos no ano de 2023 e invasões bárbaras continuam a acontecer e a matar, e há até quem pretenda estender os seus já imensos domínios, como se tivessem direito aos territórios alheios. Isto é coisa de gente irracional, dotada de mentes mirradas, sem a mínima capacidade de ver para além do próprio minúsculo umbigo.
Os séculos vão passando, mas a mentalidade dos poucos que se apropriam do Mundo, como se o Mundo fosse o quintal deles, continua presa a ideais expansionistas insanos, que já não deviam ter lugar no século XXI depois de Cristo, porque os tempos são outros. E, no entanto, essa gente ainda existe e está parada no tempo. E o nosso Mundo afunda-se no lixo produzido pelas mentes mirradas, que, embora em minoria, mandam no Mundo, à custa do Poder da magna pecunia.
E à conta dessa insanidade, o mundo chega ao ano de 2024 depois de Cristo como um lugar onde a violência, a crueldade e a demência governativa imperam, chegando-se ao ponto de ainda existirem guerras devido a meros caprichos expansionistas e à falta de empatia pelos outros.
Nos tempos que correm, à invasão da Ucrânia pela Rússia que, coitada, é dona de um território tão minúsculo que não dá para acomodar a cabeça dos dedos dos pés de quem lá governa, juntou-se a guerra entre dois povos - Israelitas e Palestinianos - que há séculos não conseguem conviver pacificamente, como dois povos civilizados, por incapacidade de se sentarem ao redor de uma Távola Redonda e, civilizadamente, em nome do Deus deles, que será o mesmo, e que eles tanto evocam, encontrar uma solução pacífica para um problema, que apenas a inteligência poderá resolver.
A estas duas guerras insanas juntam-se conflitos armados na Síria, Somália, Iémen, Nigéria, Burkina Faso, Myanmar, Sudão, e pontualmente, em países, como o Irão, onde os respectivos povos, descontentes com os seus desgovernantes, se guerreiam, desconhecendo que existe uma forma civilizada de resolver conflitos: o diálogo, que, no entanto, só resultará se a Racionalidade marcar presença.
E tudo isto é a natureza do Homo Bellicosus que ainda não conseguiu evoluir para Sapiens.

– Com órgãos de soberania portugueses – Assembleia da República, Presidência da República, Governo e Tribunais – altamente desprestigiados pelas atitudes inadequadas de alguns dos seus ocupantes dos últimos tempos;
– Com uma Ditadura fantasiada de Democracia, ao ponto de ser tomada por um monumental logro, onde quem mais ordena é quem pode, quer e desmanda, à revelia do Povo;
– Com os dinossauros políticos, colados às cadeiras do Poder, com Super Cola 5, a dirigirem-se aos Portugueses como se todos fossem muito estúpidos;
– Com uma pré-campanha eleitoral já a decorrer, onde a nota dominante é dizerem mal uns dos outros, desprestigiando, deste modo, a prática do exercício da Política, que devia ser nobre, mas não é;
– Continuando, sem solução à vista, o caos no Serviço Nacional de Saúde, onde ainda se morre à porta dos hospitais, por falta de assistência médica, e onde se permite que os Portugueses paguem, com os seus impostos, tratamentos caríssimos e cadeiras de rodas XPTO a estrangeiros, e partos a mulheres que vêm de fora só para ter filhos em Portugal - o páis das maravilhas para os estrangeiros - e depois ala que se faz tarde;
– Continuando, também sem solução à vista, o caos no Ensino, que cada vez está mais desprestigiado e analfabetizado, que significa o acto de Ensino assente na premissa do AO90, que visa impedir, dificultar e atrapalhar o ensino da escrita e da leitura, com o aval dos próprios professores, com o intuito de fabricar os analfabetos funcionais do futuro, para melhor serem manobrados por governantes politicamente desonestos;
– Sem políticas concretas de combate à pobreza, cada vez mais disseminada no País; de combate à especulação imobiliária; de combate à corrupção generalizada e ao mais alto nível; de combate aos abusos de Poder; de combate aos trogloditas que usam e abusam e torturam animais sencientes, para se divertirem, carimbando Portugal como um País com um pé na Idade Média e o outro no Tercdeiro-Mundo;
– Com uma comunicação social acrítica e servilista, que se verga ao estrangeiro, prestando um péssimo serviço a Portugal (aqui ficam salvaguardas as raríssimas excePções);
– Com a política do tudo, tudo, tudo para os turistas, e do nada, nada, nada para os Portugueses, uma vez que não sabemos onde são aplicados os milhões de Euros que os turistas cá deixam...
Enfim, com tanta podridão, misérias, ignorâncias, mediocridades, iniquidades, favorecimentos, incompetências e seus agentes, quase todos sempre os mesmos, mais para aqui, mais para ali, as perspectivas para os próximos tempos são as piores possíveis.
Nas últimas eleições legislativas, eu havia vaticinado que havíamos de ter mais do mesmo para pior, e o pior aconteceu, quando a minoria de um povo mal informado deu maioria absoluta a um partido que já tinha demonstrado grandes falhanços, grandes incompetências e grandes mediocridades. e foi o que se viu: o pior governo que já nos apareceu pela frente, sempre a somar falcatruas.
Para 2024 vaticino que continuaremos a ter mais do mesmo, mas para muito pior, porque o pior ainda está por vir.
Certo dia, também vaticinei que haveria de ver determinados decisores políticos caídos do seu pedestal, pelos maus serviços prestados ao nosso pobre Portugal. E eles estão a caminho de cair, até porque, citando, uma vez mais, Miguel de Cervantes: «Deus suporta os maus, mas não, eternamente!»
Portugueses, abram os olhos! Não queiram ser escravos do Poder Pobre e Podre que invadiu Portugal.
Isabel A. Ferreira
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Terça-feira, 19 de Setembro de 2023
QUE VERGONHA!!!! Que falta de espírito cristão para com seres vivos, também criaturas de Deus!!!!!!
Uma PARÓQUIA a patrocinar a tortura de um ser vivo, que também é criação de Deus?
Por amor de Deus, se é que o têm, retirem a garraiada (que é coisa de trogloditas) do programa das Festas de Santa Maria de Loures, até porque a Santa de certeza que NÃO gostará que tal aconteça.
É uma vergonha para a igreja católica, que já não anda muito bem cotada, por outros motivos, estar a patrocinar tal prática bárbara, do tempo em que as gentes eram ignorantes e não tinham coisas mais civilizadas com que se divertirem.
Esse tempo ficou para trás.
Hoje, os tempos são outros. DIVIRTAM-SE com espectáculos adequados à evolução dos tempos.
Em nome de Santa Maria de Loures.
(Como não faço propaganda a festas trogloditas, nem ao MAU uso da Língua Portuguesa, escondi no cartaz o que não interessa ao público).
Isabel A. Ferreira

Fonte: https://www.facebook.com/photo?fbid=697190575778584&set=a.483017547195889
Quinta-feira, 7 de Setembro de 2023

Pedrito de Portugal está a ser muito criticado e é alvo de chacota depois das declarações polémicas que fez num podcast do Expresso, onde defendeu as touradas, referindo que “o touro não sofre”.
Com 48 anos de idade, Pedrito de Portugal, o nome artístico com o qual o toureiro ficou conhecido, está a viver em Espanha, onde trabalha no ramo imobiliário.
A sua carreira de toureiro está, neste momento, em stand-by depois da morte do seu treinador, Fernando Camacho. Mas Pedrito sai desse “exílio” em Espanha, para voltar a ser notícia em Portugal pelas declarações que fez ao podcast “Geração 70” do Expresso e da SIC Notícias.
“O touro não sofre. Eu já tive 6 cornadas, as pernas todas abertas, e não morri de dor. Naquele momento, nem se sente“. Esta é uma das posições do toureiro que está a causar polémica.
“As pessoas não vão a uma praça de touros para se alegrarem ou para satisfação com o sofrimento do animal. Isto não são os gladiadores da época romana. O toureiro põe a sua vida em risco e o animal também está a cumprir a sua missão. Não existiria a espécie de touro bravo se não existissem as corridas“, diz ainda Pedrito.
“Enquanto Deus entender que a tauromaquia tem um benefício [(***)] seja ele qual for, para a sociedade, vai continuar a existir. Quando não for assim, acaba naturalmente como acabou o Muro de Berlim”, continua o toureiro.
Pedrito ainda diz que as manifestações anti-touradas “são um negócio” e resultam de “interesses políticos”.
“Nós sabemos porque é que essas manifestações no Campo Pequeno existem. Há interesses políticos, nomeadamente do PAN. Todas as pessoas que vão a essas manifestações cobram 25 euros para lá estar, se fosse grátis não estariam”, acusa o toureiro.
“Ninguém está preocupado com o sofrimento do animal, isso é pura hipocrisia“, acrescenta.
“É falso que o touro não sofre”
O PAN já reagiu às posições de Pedrito, repudiando as suas declarações e acusando-o de “mentir” e de “desrespeitar” o trabalho do partido e dos activistas que lutam pela causa animal.
Num comunicado, o partido diz que é “absolutamente falso” que pague 25 euros a manifestantes que participem nos protestos junto ao Campo Pequeno, em Lisboa. “Não existe qualquer valor envolvido na presença dos manifestantes contra a tauromaquia”, reforça.
“[Pedrito de Portugal] possui uma carreira incompreensível à luz dos valores éticos e morais do nosso tempo: a de torturar e matar touros na arena“, atira ainda o PAN que se reporta directamente à posição do toureiro quanto à capacidade de estes animais sentirem dor.
“É falso que o touro não sofre, nem sente qualquer dor durante uma tourada. Esta afirmação nega um consenso existente na comunidade científica”, salienta o comunicado do partido.
A terminar, o PAN sublinha também que “se Pedrito de Portugal está tão preocupado com o bem-estar das pessoas e das finanças públicas, não deveria ignorar os milhões de euros que são gastos anualmente na perpetuação da actividade tauromáquica em Portugal”.
Pedrito toureado nas redes sociais
As palavras do toureiro estão a ter muito eco nas redes sociais, onde a líder do PAN, Inês de Sousa Real, reforça as críticas do partido.
“Pedrito de Portugal, em pleno Séc. XXI, orgulha-se e defende a morte e a tortura de um animal na arena”, salienta a deputada, frisando que “para tentar justificar o injustificável, nega a ciência e que o touro não sofre”.
Também o presidente da concelhia do Chega em Matosinhos e deputado municipal naquela autarquia, Álvaro Costa, critica o toureiro, falando em “pura estupidez” e notando que Pedrito o deixa “perplexo”.
Num tom mais irónico, há quem fale de Pedrito como o “grande filósofo de todos os tempos”. Ou ainda quem nota que o mais chocante na entrevista “não é a cena dos direitos dos animais”, mas “ver um maduro de 50 anos a usar os termos “mamã” e “papá””.
“Chamas-te Pedrito de Portugal mas, *claramente*, já tens idade para te chamares só Pedro“, atira outro utilizador do Twitter, agora designado por X.
Quanto à ideia defendida por Pedrito de que “para haver direitos, tem de haver deveres e os animais não têm deveres”, também há várias considerações. E se alguns falam do “neurónio solitário de Pedrito de Portugal”, outros são mais criativos.
“O Pedrito tem razão. Nunca vi o meu cão fazer os TPC. Logo, é porque nunca tem deveres. Logo, não tem deveres”, atira um utilizador do Twitter.
Já outro diz que “Pedrito de Portugal tem toda a razão” porque “a abstenção entre os touros é de 100%“. “Não votam, mas depois querem direitos… vão mas é trabalhar”, sublinha.
Portanto, no fim de contas, é o toureiro Pedrito de Portugal que acaba toureado, ou chacoteado.
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(***) Como é possível a igreja católica permitir que um torturador de Touros diga esta barbaridade: «Enquanto Deus entender que a tauromaquia tem um benefício»!!!!! Por que haveria Deus de entender que a tauromaquia tem um benefício? Para quem? Para os ganadeiros e tauricidas? Que falta de respeito pelo Deus que é o criador também dos Touros, e que eles dizem adorar!
Outra coisa: NÃO existem Touros bravos na Natureza. Qualquer pessoa instruída sabe disto. Além de toda a outra ignorância o Pedrito nada sabe de Touros. Empinou a lavagem cerebral que os aficionados fazem aos filhos desde pequeninos, meteu-se na bolha tauromáquica e nada mais sabe do mundo.
Isabel A. Ferreira
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Terça-feira, 14 de Março de 2023
Dizem-me os filósofos que a ciência não busca devidamente - e por ordem de prioridades - os conhecimentos mais indispensáveis às necessidades e à felicidade do homem. Os cientistas, por sua vez, dizem-me que a filosofia não sabe explicar – com rigor - as descobertas científicas alcançadas.

Fonte da imagem: https://www.madrimasd.org/blogs/universo/2013/09/13/144426
Reconheço a minha ignorância, ou limites, quer de uma quer da outra: ciência e filosofia. Porém, tenho conhecimento que a filosofia foi uma grande senhora há cem anos: entrava pelas instituições, habitava nos palácios reais, comandava os estabelecimentos de ensino, as religiões e anotava os desvios socias, com os seus comportamentos anárquicos e por aí fora.
A ciência não dominava nesses tempos longínquos. Actuava despercebidamente, envergonhadamente, incerta, medrosa e poucas vezes concluía, com certezas, da sua acção praticada.
Pelo que, embora a filosofia tenha sido desviada do ensino, ela continua activa, vai explicando o que pode, pela simples razão de que é a filosofia que explica a ciência.
Os filósofos, queixam-se-me, e eu limito-me a escutá-los, pois melhor não sei fazer.
Dizem-me que a ciência não consegue explicar a existência de Deus e a da alma no homem. Apenas dizem que o homem e a natureza sofrem e/ou beneficiam da evolução, defendida por Charles Darwin. Mas a filosofia exige que a ciência diga de onde vem o poder, de o homem e da natureza, terem a evolução.
De Deus, dizem os cientistas, ainda não conseguimos lá chegar. A alma, concretamente, também não, pois não sentimos que o indivíduo possa ser duas coisas: corpo e alma, pois é um individuo, um só ser que está à vista.
Ora os filósofos, embora aceitem que a ciência prova que o homem tem consciência – diferente de alma – acusam-nos dessa banal afirmação, porque qualquer lorpa – dizem os filósofos – sabe que o homem tem consciência total de si mesmo: tem a sensação do desejo, da dor, do amor, da raiva, da imagem, da tristeza ou da alegria, da felicidade ou infelicidade e muitos mais atributos.
Queixam-se ainda os filósofos, de que a ciência, em relação aos animais, pouco avançou. Apenas descobriram que os animais têm (somente) o instinto de caçar para comer e o instinto de defesa. Pelo que, diz a ciência, logo que os animais não tenham fome e não se sintam em perigo, dormem e fazem sexo – mas não têm a consciência desse gasto nem a consciência do amor aos filhos que a fêmea pariu.
Sendo verdade que a ciência pouco ou nada se preocupa em descobrir a existência de Deus e da alma (no homem), preocupou-se apenas em recordar á Humanidade que o homem é dotado de consciência com os atributos acima descritos.
Se a consciência tem a lei gravada em si, como pensar, agir, julgar, podemos dizer também que o raciocínio vem da consciência. E que dirão a filosofia e a ciência, da inconsciência que existe na humanidade, sobretudo em homens inteligentes ou de grandes responsabilidades sociais?
Ora a inconsciência, se estamos de acordo, define/tem-na o animal e o homem. Logo, a inconsciência é irracional e o mais que pode conseguir é actuar pelo faro, do qual não tem consciência.
E se estamos de acordo que há homens inconscientes, pois podem estar endemoninhados, desnorteados, exaltados, fanáticos e muito mais estados de inconsciência, porque não apontar meia dúzia de inconscientes bem conhecidos do planeta e da história, de homens sem Deus ou com Ele, sem alma ou com ela?
Que consciência terá tido um Lenine e um Stalin da União Soviética, um Trotsky e um Mao Tsé-Tung da China, um Kin Jong-Um da Coreia do Norte ou um Vladimir Putin, invasor da Ucrânia ou de um Hitler da II guerra mundial? E que dizer da consciência de um Trump da América e de um Bolsonaro do Brasil, de um José Sócrates e de um Ricardo Salgado em Portugal?
Toda esta canalhocracia, é consciente ou inconsciente? Têm Deus e alma ou são portadores de instinto e faro como a animalidade? A ciência ainda não estudou a inconsciência de muitos homens e a filosofia, por isso mesmo, não pode explicar mais nada. Portanto, avenham-se.
A ciência que conheço, é a tarimba da vida e, a filosofia que anuncio é a paz, a justiça social e o bem comum, que tardam.
Artur Soares
(O autor não segue o acordo ortográfico de 1990)
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Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2023
Fechado na sua cúpula, alheado do mundo, que teve de abandonar, por não ser desejado em parte alguma, ele, diante de uma plateia de andróides inexpressivos, debitou um discurso cheio de blá-blá-blás, palavras fartamente desgastadas pelo tempo, frases descontextualizadas da realidade, intercaladas pelos aplausos mecânicos, de uma plateia entorpecida, e, o mais impressionante é que o restante mundo NÃO ficou impressionado.
Por que haveria de ficar, se ele
tal qual um disco riscado, apenas arranhou os ouvidos do mundo, com um discurso nitidamente paranóico, mais do mesmo, para consumo interno?
Bem, e tendo em conta que os paranóicos dão-se ao direito de "poder tudo", até podem dizer o que bem lhes apetecer, para fingir que têm poder.
Contudo, fora da bolha deles, existe um outro mundo, e como diz Jay Leno: «não conseguimos ficar zangados com quem nos faz rir». 
E ele
faz-nos rir. Não como um palhaço, mas como um falhado.
Já perdeu a guerra, moralmente.
Já perdeu a guerra, humanamente.
Já perdeu a guerra, socialmente.
Já perdeu a guerra, eticamente.
Já perdeu a guerra, economicamente.
E perdê-la-á militarmente, porque Deus suporta os maus, mas não eternamente, citando Miguel de Cervantes. Até porque a História está cheia de nos dar exemplos de que assim é.
Por conseguinte, continuemos a fazer a nossa parte, porque as vozes de paranóicos não chegam ao Céu.
Isabel A. Ferreira

Quarta-feira, 26 de Outubro de 2022
Enviaram-me um artigo que, na altura, passou-me despercebido, da autoria de Ana Paula Laborinho, sob o título «O Grito do Ipiranga», no Jornal Diário de Notícias, no qual reconhece que «o grande objetivo [em Língua Portuguesa: objeCtivo] do Acordo Ortográfico de 1990 não foi alcançado: criar uma base ortográfica comum a todos os países de língua oficial portuguesa que permitisse, por exemplo, maior circulação do livro e de todos os produtos escritos, mas também contribuísse para a criação de um espaço de conhecimento comum, facilitando a mobilidade de estudantes e professores.»
E disse que «Lindley Cintra (1925-1991), um dos maiores linguistas portugueses, que colaborou ativamente [em Língua Portuguesa: aCtivamente] na elaboração das bases desse acordo, publicou no semanário Expresso, em 28 de junho [em Língua Portuguesa Junho] de 1986, um artigo em que expõe as razões para que, segundo ele, "deve considerar-se indispensável e urgente que se chegue a um verdadeiro e eficaz acordo sobre tal matéria ainda que, para isso, haja que sacrificar preconceitos e hábitos há muito adquiridos [...]". O resto da história já a conhecemos».
O resto desta história é a História Trágico-Linguística Portuguesa que, devido à mesquinha e inaceitável e inacreditável subserviência dos governantes portugueses aos interesses brasileiros, e APENAS brasileiros, porque aqui não entram interesses portugueses, nem angolanos, nem moçambicanos, nem timorenses, nem cabo-verdianos, nem guineenses, nem são-tomenses, gerou-se um caos ortográfico em Portugal, e APENAS em Portugal, porque os restantes países lusógrafos estão-se nas tintas para este "acordo" que, todos os que não são imbecis, consideram IDIOTA.
E tanto assim é que, no Brasil, os alunos portugueses têm de escrever à brasileira, e também falar à brasileira, ou correm o risco de ninguém os entender. Tenho por vizinhos um casal brasileiro, com dois filhos em idade escolar, gente muito educada e simpática, que veio para Portugal procurar a PAZ, que não encontravam no violento Brasil, e as crianças já me disseram que tinham muita dificuldade em entender o que os professores diziam nas aulas. E isto só se resolve com uma atitude, por parte do Ministério que dizem ser (mas não é) da EDUCAÇÃO: as crianças brasileiras ou de qualquer outra nacionalidade devem aprender PORTUGUÊS, para poderem frequentar as aulas, em Portugal. Assim como nós, no Brasil, e MUITO BEM, temos de aprender a escrever e a falar Brasileiro, para podermos frequentar as aulas, no Brasil.
Lindley Sintra, que Deus o tenha no seu eterno descanso, até podia ser um dos maiores linguistas portugueses, porém, nada sabia da realidade brasileira, de outro modo não teria colaborado nas bases do AO90, e muito me surpreendeu, que personalidades, como ele e como Ana Paula Laborinho, entre outros, com currículos tão cheios de rococós, tivessem, ACRITICAMENTE, aderido a algo tão imbecil, como um acordo, que não diz coisa com coisa, tem milhentas incongruências e erros gravíssimos, e que ninguém, com juízo, adoPtou. Nem mesmo os Brasileiros, que pariram o AO90, mas NÃO para eles adoptarem.
E ainda há mais, as novelas ou filmes portugueses que, eventualmente, passam nas televisões brasileiras, são legendados, ou pior ainda, são DUBLADOS. E os editores brasileiros preferem que os livros de autores portugueses, que escrevem em Língua Portuguesa, para serem publicados no Brasil, sejam traduzidos para BRASILEIRO. Será que é porque falamos a mesma Língua?
Um dia, o acordo ortográfico de 1990 cairá de podre. O Brasil elevará o que lá se chama ilegitimamente "Português do Brasil" a Língua Brasileira, e os portugueses que aderiram a este jogo sujo, ficarão a chuchar no dedo, feito parvos, como idiotinhas que são.

O meu correCtor ortográfico marcou erro na palavra setembro, escrita com letra minúscula. Em Língua Portuguesa escreve-se Setembro, com maiúscula.
Podem ler o artigo de Ana Paula Laborinho, neste link:
https://www.dn.pt/opiniao/o-grito-do-ipiranga-15143530.html
Quem estiver interessado, pode ler o Currículo Vitae de Ana Paula Laborinho neste link:
https://www.euroamerica.org/ana-paula-laborinho-cv
Como é que uma pessoa com tantos pergaminhos, andou (e continua) por aí a divulgar a mixórdia ortográfica em que se transformou a Língua Portuguesa, na sua forma grafada, e pior, a lançar o CAOS ortográfico, nas escolas Portuguesas?
É por isso, que se diz que: nem tudo o que reluz é ouro.
Isabel A. Ferreira
***
Alguns comentários ao texto de Ana Paula Laborinho, publicado no grupo do Facebook: NOVO MOVIMENTO CONTRA O AO90


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Quarta-feira, 12 de Outubro de 2022
Primeiro: Marcelo Rebelo de Sousa mete-se a comentar tudo e mais alguma coisa, excePto o que também importa, porém, em relação ao que também importa, remete-se a um silêncio extremamente comprometedor, o que também é de lamentar, até porque excede os limites do bom senso e dos deveres presidenciais.
Segundo: será que Marcelo Rebelo de Sousa NÃO tem amigos? Sabemos que quando se ocupa um cargo que permite ter a faca e o queijo na mão, NÃO se tem amigos, tem-se bajuladores. Contudo, na esfera privada ou mesmo familiar, NÃO terá UM amigo sequer que lhe diga que seria melhor retirar-se da vida pública, porque já não diz coisa com coisa?
Terceiro: ser-se Católico, Apostólico, Romano é muito natural. Nada contra. Porém, sendo Marcelo Rebelo de Sousa o Chefe de um Estado Laico, quando anda por aí a representar Portugal e os Portugueses, NÃO pode misturar alhos com bugalhos, e andar no beija-mão a todos os padres, bispos e arcebispos que encontra pelo caminho, incluindo o Papa (porque existe um protocolo de Estado que não o permite); e muito menos andar por aí a pôr paninhos quentes sobre algo absolutamente repugnante, como é a pedofilia, ainda mais no seio de uma instituição, que diz representar Deus na Terra.
Quarto: Marcelo ao dizer o que disse «haver 400 casos não me parece particularmente elevado, porque noutros países com horizontes mais pequenos houve milhares de casos», assim, tão claramente, não há margem alguma para outra interpretação que não esta: haver 400 casos não me parece particularmente elevado. Ponto. Como se isto já não dissesse tudo - até porque bastava haver apenas UM caso de pedofilia, no seio da Igreja Católica, para merecer o maior repúdio, por parte de todos os que se dizem católicos - Marcelo teve a insensatez de desvalorizar os crimes pedófilos perpetrados contra 400 crianças, que ficaram estigmatizadas para sempre (e serão muitas mais), com o argumento de que noutras partes do mundo são aos milhares, ou seja, justificou uma iniquidade com outra iniquidade. E isto não é coisa de quem tem a noção do que está a dizer. E o seu narcisismo - caracterizado por uma premente necessidade de ser bajulado, e por uma notória falta de empatia - e um imenso ego - que tem de ser alimentado, todos os dias, com protagonismo nas televisões - não lhe permitem pedir desculpa às vítimas, nem reconhecer os erros, a não ser que seja pressionado pela opinião pública, e então pedriá desculpas hipocritamente.
O que se passará com Marcelo Rebelo de Sousa?
Perderia o Norte? Perderia a pena e não há mal que lhe não venha? Como o Perdigão de Camões?
Alguém, que seja amigo de Marcelo, lhe diga que está na hora de sair de cena, porque, desde algum tempo a esta parte, tem demonstrado NÃO estar à altura do cargo que ocupa.
Isabel A. Ferreira

Fonte da imagem: TIAGO PETINGA/LUSA
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