Porque sou completamente avessa, abomino estas coisas impróprias de Seres Humanos - xenofobia e racismo - não podia deixar de entrar nesta gigantesca onda de solidariedade para com o jogador de futebol Marega, que teve uma atitude de HOMEM, ao abandonar o campo, quando um bando de energúmenos o insultaram pela cor da sua pele. Algo INACEITÁVEL, nos tempos que correm.
Isto não devia acontecer em Portugal, um país multicultural.
Isto não devia acontecer no Futebol, porquanto reduz este desporto a um nível abaixo de zero.
Daí que repudie veementemente a atitude dos energúmenos.
Também sou Marega! Força, Marega!
Isabel A. Ferreira
Fonte:
https://blogcontraatauromaquia.wordpress.com/2020/02/16/forca-marega-nao-ao-racismo-nao-a-xenofobia/
E não me venham dizer que foi um caçador “ilegal”.
Nenhum ser racional mata por desporto.
Todos os caçadores são predadores com instintos cruéis e primitivos.
Este era CECIL, o magnífico Leão do Zimbabué, amado por tantos e odiado pelos caçadores.
Não me surpreende que tenha sido um caçador americano, a assassiná-lo cobardemente.
CECIL não merecia morrer, deste modo hediondo.
Morrer merece quem matou CECIL, e esperemos que seja apanhado e severamente punido.
Um dia, os caçadores serão caçados, porque a Lei do Retorno é infalível e implacável.
Esta raça ignóbil dos caçadores já deveria estar extinta, desde que o homem se tornou sedentário, mas o mundo dos animais ditos humanos não é perfeito…
Apenas o mundo dos animais ditos não humanos segue a Lei Natural.
Que a morte de CECIL não tenha sido em vão.
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Assinem a petição para que Walter James Palmer, o dentista norte-americano que matou o leão Cecil, possa ser julgado e condenado
por Filomena Marta
A Rádio Televisão Portuguesa, por enquanto a televisão estatal e, portanto, de todos nós e paga por todos nós, dedicou carinhosamente tempo de antena, com direito a reportagem e tudo, à sua Montaria.
Não é que a RTP não nos tenha já habituado a estas coisas (infelizmente copiada por algumas televisões privadas), brindando-nos amiúde com belos espectáculos de tortura de touros, as também carinhosamente chamadas Touradas.
A estas chamam-lhe “espectáculo” e “arte” e “cultura”, à outra chamam-lhe “desporto”.
Olhem que belo “desporto”:
Uma anterior montaria da RTP
No meu velhinho dicionário, “desporto” significa “qualquer exercício que tem por fim o desenvolvimento físico; divertimento; desenfado; recreio”. Numa versão mais recente, a Texto Editora refere: “prática de exercícios próprios para desenvolver o vigor e a agilidade; processo de aperfeiçoamento físico e de educação do espírito; divertimento; recreação; folga; distracção”.
Ora como os senhores caçadores não andam propriamente a correr atrás dos pobres e incautos bichos, antes se resguardam à tocaia atirando à traição, nada aponta para o desenvolvimento do vigor e agilidade. De educação do espírito nem vale a pena falar. Resta-nos o “divertimento”, o que pode apontar para alguma preocupação quanto ao estado mental de umas criaturas que se juntam em tribo, comem um porco que compraram num supermercado, bebem uns copos, dizem umas bujardas e ficam muito contentes porque deram uns tiros contra uns quantos pobres seres vivos, que nenhum mal lhes fizeram e se limitavam a viver a sua vidinha. Depois, ficam ainda mais contentes quando colocam em fila os cadáveres de veados e javalis. Ah… mas é gente bondosa e caridosa! Porque os bichos assassinados são doados a instituições de caridade.
Pode ser só o meu mau-feitio, concedo, mas não consigo perceber como alguém se consegue “divertir” a matar outro ser vivo.
Pior ainda, não se trata de uma tribo pré-histórica que se junta antes do Inverno para caçar alimento, do qual a sua vida depende. Não se trata de um equilíbrio de forças mais ou menos adequado, porque não estamos a falar de perseguições com lanças e fundas.
Falamos de uns quantos burgessos de carabina ao ombro, escondidos atrás das árvores e a atirar contra animais que nem hipóteses têm de fugir, por serem alvejados à distância e à traição.
Eles bem podem chamar-lhe “montaria”, mas “bestiaria” é muito mais adequado, sem desprimor nem ofensa para as bestas propriamente ditas. É que, neste caso, a besta é o Homem.
O que me chateia um bocadito é o facto de eu (e todos nós) ter de pagar o ordenado ao “pessoal da RTP” para depois se andarem a “divertir” a matar uns bichos e, não contentes com isso, ainda me esfregarem o facto nas trombas numa bela peça de telejornal.»
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Excelente, Filomena Marta. Faço minhas todas as suas palavras. (Isabel A. Ferreira)