Quando se fala da “geringonça” e dos seus feitos, só nos dizem: deficit quase zero; redução drástica do desemprego; recuperação de rendimentos; passes sociais para mobilidade; e menos despesa das famílias, e tal e coisa que mexe nos bolsos…
Por que pintam um quadro com cores tão garridas? Para dar a ilusão de uma realidade luminosa e de uma estabilidade que, de facto, não existem?
Vejamos então a realidade, mais negra do que luminosa.
Nem só de dinheiro no bolso vive o homem. Há tanto para além do bolso!... O que não significa que o bolso não seja importante. Porém, a realidade é outra:
- A OCDE está menos optimista que o governo português, quanto ao crescimento económico e ao défice para 2019, tendo revisto em baixa a estimativa do PIB para 1,8% e agravado a previsão do défice para 0,5%. E isto não é bom.
- O desemprego jovem é uma realidade assustadora, que fará com que os nossos jovens habilitados saiam do país à procura de outros mundos. E isto não é nada bom.
- Os rendimentos não foram assim tão recuperados, basta ver a onda de contestação social que desde 2018 assola o país, em demasiados e variados sectores. E isto também não é bom.
- De que adianta haver passes sociais para mobilidade, se não há transportes, e se as pessoas vão apinhadas como sardinhas em lata para os seus empregos? Se suprimem comboios, carruagens, barcos? Se se passa horas no trânsito? Se se chega aos empregos (quando se consegue) mais morto do que vivo? Depois queixam-se do fraco rendimento no trabalho. E isto é péssimo.
- As despesas das famílias continuam a ser altas, porque os impostos, as taxas e taxinhas, para tudo e mais alguma coisa, levam-nos os olhos da cara e uma percentagem bastante elevada dos magros ordenados dos portugueses. Enquanto os ordenados gordos continuam a estar nos bolsos de quem não os merecem, porque nada fazem pelo Povo e pelo País. E isto é aviltante.
- Alugar ou comprar uma casa é atirar as pessoas menos abonadas para uma cova de ladrões.
Pintam o quadro com cores garridas para quê? Para dar a ilusão de uma realidade luminosa e de uma estabilidade que, de facto, não existem?
Há que haver um equilíbrio entre o TER e o SER. Aliás, a minha filosofia vai mais para o SER do que para o TER, porque para mim, basta TER o essencial, e, neste momento, poucos são os portugueses que têm o essencial. Outros têm demais, à custa dos que têm de menos. Há muita miséria por aí, para uns poucos andarem a encher os bolsos ou a viver à custa do erário público, como os ladrões dos bancos, e outros ladrões, e os subsídio-dependentes. Há emprego que chegue para os imigrantes, empregos que os malandros portugueses recusam.
A realidade do país não é das melhores. Não há do que nos orgulharmos.
A ameaça ambiental paira sobre Portugal, aliás, paira sobre todo o Planeta, e andam por aí muito preocupados em encher os bolsos, com os lucros que surripiam à custa da destruição do que é ESSENCIAL para a vida do Homem e da restante fauna do Planeta, como se o vil metal servisse para alguma coisa debaixo de sete palmos de terra!
Houve algumas melhorias? Houve. Mas bolso cheio em mente vazia num Planeta árido para que servirá?
E já agora: o que são esquerdas e direitas? Apenas palavras que, por vezes, vão dar ao mesmo.
Já vi o PS e o PCP, que se dizem de esquerda, a aprovar políticas de direita e monarquistas, com o PSD e CDS/PP.
E tudo isto tem de ser penalizado nas próximas eleições legislativas.
Isabel A. Ferreira
Isto aconteceu em Portugal, onde a violência e a crueldade contra seres vivos indefesos, inocentes e inofensivos são consentidas por Lei.
E um ser vivo é todo aquele que VIVE.
… e o menino que se chamava Henrique é agora mais uma estrelinha a brilhar no Céu…
Era uma vez um menino chamado Henrique…
Henrique era um menino lindo, e poderia ter tido uma história de vida linda, como todos os meninos merecem…
Mas a vida de Henrique foi bruscamente interrompida, aos seis meses (sim, aos seis meses de idade), por um acto monstruoso, bárbaro e extremamente cruel, cometido por aquele que devia protegê-lo de todos os brutos que erram pelo mundo – o seu próprio progenitor (que não merece ser chamado de Pai), quando este, empunhando uma faca de cozinha, a espeta no peito da inocente criança.
Se a estocada fosse certeira, a morte do menino chamado Henrique seria rápida. Mas não foi.
O menino chamado Henrique não teve morte imediata. O progenitor, sadicamente, friamente, calculadamente, gravou os estertores da morte da inocente criança, num vídeo que enviou à Mãe, a quem, na verdade, aquela facada era dirigida.
E enquanto o vídeo estava a ser filmado por quem lhe desferira o golpe, Henrique agonizava lentamente, com uma hemorragia interna que se alastrou por todo o seu ainda tão delicado corpinho, até lhe sufocar o coraçãozinho, que paulatinamente, foi reduzindo os batimentos até que parou e a alma de um anjo foi libertada.
E ali ficou Henrique, abandonado a uma morte ignóbil, com a faca espetada num peito ainda por brotar, com uma dor vivida na solidão, que ainda não entendia, e que foi a solidão de um anjinho que subiu ao céu sem qualquer amparo.
Henrique era um inocente e indefeso menino.
Esta morte chocou até as paredes do compartimento onde a criança foi esfaqueada.
Chocou o mundo humanizado.
Que sociedade é esta em que vivemos?
Que monstros está a produzir a política da violência, do vinho, do desemprego, da crueldade e da morte que o governo português apoia sem se dar conta?
O que fazem as comissões de protecção de menores?
Espero que a morte do menino chamado Henrique sirva para lançar em Portugal a reflexão que urge sobre o tipo de sociedade que políticas mal orientadas, pouco reflectidas e negligenciadas está a construir.
Que este filicídio sirva também para rever a moldura penal portuguesa. Vinte e cinco anos de cadeia para tal crime é demasiado pouco.
E se a Justiça nos falha, falha toda a estrutura Humana.
Isabel A. Ferreira
(Magnífico texto)
in Blogue Por Falar noutra Coisa
http://porfalarnoutracoisa.blogspot.pt/2014/07/10-argumentos-favor-da-tourada.html
«Já escrevi sobre tourada mas senti que me tinham faltado algumas coisas, e como a semana passada foi assunto quente, aqui ficam opiniões que são minhas. Deixo-vos com 10 argumentos a favor da tourada.
A TOURADA É TRADIÇÃO E CULTURA
É uma actividade que remonta ao século XII, altura em que a maioria das pessoas não sabia ler nem escrever, em que a consciência humana e social era quase nula e ainda se cagava em penicos. Por si só este argumento é parvo, já que os coliseus romanos, queimar bruxas na fogueira e a escravatura também eram tradições culturais de tempos antigos. Felizmente vamos evoluindo enquanto espécie, alguns pelo menos, e vamos adaptando as nossas tradições aos valores da sociedade.
SÓ VÊ QUEM QUER, SÃO GOSTOS E TEMOS QUE RESPEITAR
Sim, a liberdade de opinião é sempre de valorizar. Tem que existir toda a liberdade para se ser parvo é um facto, que é o que este argumento é. Comentaram uma vez aqui no blogue a dizer "Eu também não gosto de boxe, quando está a dar na TV mudo". Comparar boxe com tourada é o mesmo que comparar violação com sado-masoquismo. Ambos fazem dói-dói mas num estão lá os dois por livre vontade. Quando se fala de direitos e civismo, o gosto e a liberdade não são para aqui chamados, muitos padres também gostam de criancinhas e não é por aí que se vai legalizar a pedofilia.
NÃO COMES CARNE?
O argumento mais parvo de todos que infelizmente é utilizado por muitos vegans para atacar quem não o é, em vez de apoiarem quem está a tentar acabar com a tourada. Comer carne só seria comparável à tourada se começassem a cobrar bilhete para ir ao matadouro assistir ao break dance que as vacas e os porcos fazem quando estão a ser electrocutados. Com direito a transmissão televisiva e a desfile de homens de calças vermelhas, mulheres oxigenadas com filhos de cabelo à playmobil pela mão a dizer "Veja Martim, veja a vaca a contorcer-se, se não fosse tradição e cultura era horrendo, agora assim é uma caturreira." E eu até sou vegan não praticante como já aqui escrevi.
OS TOUROS BRAVOS ESTARIAM EXTINTOS SEM AS TOURADAS
E então? 99% das espécies que já existiram estão extintas. Não fomos nós que as matámos todas, é o curso da natureza. Se for de forma natural é deixá-las ir, não faz muito sentido, a meu ver, manter uma espécie viva para lhe causar sofrimento. Esse argumento seria o que os apoiantes da escravatura utilizariam se a raça negra se estivesse a extinguir. Antes extintos do que escravos, digo eu que nunca fui escravizado mas pelo que li não devia ser agradável.
O TOURO NÃO SOFRE
Este argumento é parvo. Já viram que há um padrão nos argumentos? Não digo que sofra mais que em muitos matadouros, provavelmente sofre menos, mas não é isso que está em causa. É o espectáculo deprimente que se monta à volta de um animal que está a ser espicaçado e sangrado. Mesmo que as bandarilhas não lhe doam assim tanto, não justifica a ritual medieval que hoje em dia é mais para agradar à direita "chique" do que ao povo. Ver pessoas na plateia a tapar a cara de horror, mas que vão na mesma porque está na moda... era um par de chapadas à padrasto para aprenderem.
OS TOUROS SÃO ANIMAIS AGRESSIVOS E NASCERAM PARA A LIDE
Os touros são animais territoriais e selvagens e como tal, quem lhes invada o território sujeita-se a levar com um chifre nas nalgas. Fora isso são animais normais colocados entre a bandarilha e parede, onde se vêem forçados a marrar nos forcados. Nunca vi um touro a andar a vaguear à noite, escondido em esquinas e becos à espera de uma rapariga perdida para a violar. Nunca vi gangues de touros com lenços na cabeça a arranjar confusão no bairro alto. No entanto os humanos fazem isso e nós, infelizmente, não os pomos numa arena a serem espetados com bandarilhas no lombo. Agressivo e parvo é o ser humano, uns mais que outros.
É UMA ARTE BONITA DE SE VER
Também é bonito ver mulheres nuas na rua (algumas) e não é por isso que é legal. Infelizmente. A definição de arte e a beleza são subjectivas, se o Da Vinci para a tinta dos seus quadros tivesse utilizado bebés e um espremedor de laranjas, também continuavam a ser obras de arte, mas os meios não justificavam os fins. Cá para mim a arte que os aficionados se referem é ver a tomatada dos toureiros ali toda pronunciada no meio dos collants e lantejolas, normalmente de tons rosas e amarelos. Sim, é realmente uma arte conseguirem arrumar aquilo para um lado e ainda conseguirem andar como deve ser.
ATRAI TURISMO
Acredito que sim, mas sabem o que também atrai turismo? Prostituição e drogas. Há até quem vá a certos países de 3º mundo para comer criancinhas. É esse o turismo que queremos ter? Eu cá passo bem sem os estrangeiros que querem ver um animal a sofrer, prefiro mil vezes um grupo de 10 ingleses bêbedos a vomitar.
DÁ EMPREGO A MUITA GENTE
O desemprego é na sua maioria mau, mas há muita gente que está desempregada porque ou não quer trabalhar ou não tem capacidades para fazer nada. Se a tauromaquia é a única coisa que se sabe fazer na vida então se calhar o desemprego é justo. Sem subsídio neste caso se faz favor. Mais uma vez, a droga e a prostituição também dão emprego a muita gente, a diferença é que no caso da droga e da prostituição a legalização iria diminuir o número de pessoas que estão nessa vida contra a sua própria vontade.
PREOCUPEM-SE ANTES COM OS CÃES ABANDONADOS
As coisas não são mutuamente exclusivas. A questão é que uma acontece às escondidas (e agora já é crime), a outra passa na RTP. É normal que chame mais à atenção. Não acho que quem goste de tourada seja automaticamente atrasado mental e má pessoa como acho de quem abandona um cão. Quem faz isso a um animal com o qual conviveu e devia ter criado laços, para o deixar a sofrer algures na beira de uma estrada ou numa mata, devia morrer. Quem faz isso é impossível ser uma pessoa decente e devia estar numa arena a ser sodomizado por uma manada de touros com elefantíase do pénis. O touro sempre tirava algum prazer assim.
Por falar na nova lei que criminaliza os maus tratos a animais, como sabem só se aplica aos de companhia. Será que se eu tiver um touro amestrado lhe posso espetar ferros no lombo para o ensinar a dar a sentar e dar a pata? E os circos a mesma coisa, aliás os circos com animais e as touradas têm um ponto em comum, ambos maltratam e exploram seres vivos contra a sua vontade e ambos têm palhaços, no caso das touradas costumam estar também nas bancadas.
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Posto isto, quero apenas terminar dizendo que respeito muito mais quem gosta de tourada e diz que gosta porque sim, porque cresceu com isso e não está preocupado com o touro. Que o sofrimento do animal não o preocupa. Respeito muito mais quem tem essa honestidade do que quem tenta dar um destes argumentos parvos que fazem tanto sentido como a tourada ainda existir. Nenhum.
PS - Quem gostou, pode ler também este texto. Quem não gostou, pode ir lá deixar ofensas.»
Em Julho de 2013, recebi de uma aficionada ou aficionado, não sei bem (eles trocam muito de nome, de sexo) um comentário que me deixou perplexa. E guardei-o para publicá-lo e responder à letra, numa ocasião que me parecesse ideal.
Penso que chegou o momento certo de responder à “Daniela” que me parece ser um “Daniel” que não assume a sua sexualidade, e que enviou o seguinte comentário. (A linguagem está no original).
Daniela disse sobre A ABOLIÇÃO DA TOURADA ACONTECERÁ EM 2013 – PORQUÊ? AS RAZÕES SERÃO CONHECIDAS BREVEMENTE… na Segunda-feira, 15 de Julho de 2013 às 19:32:
"A ABOLIÇÃO DA TOURADA ACONTECERÁ EM 2013 – PORQUÊ? AS RAZÕES SERÃO CONHECIDAS BREVEMENTE…"
«pergunto a mim mesma se a Senhora tem noção do que diz e escreve neste blog. pergunto-me ainda se a Senhora tem uma pequena noção só do que é realmente uma tourada, e ainda me pergunto se a Senhora por acaso conhece verdadeiramente a forma como um toiro bravo, um toiro de lide é tratado até chegar ao seu destino, quer seja tourada, largada.»
Resposta: Se não tivesse a noção do que digo e escrevo neste Blog, se não tivesse a noção exacta do que é uma tourada e do que os bovinos sofrem desde que nascem, para se transformarem em “touros bravos”, não escreveria, simplesmente porque não pertenço ao rol dos que andam no mundo só por ver andar os outros, e também não sou daquelas que emprenham pelos ouvidos, ou seja, não sou uma pessoa que acredita piamente na primeira patranha que lhe contam, sem questionar a veracidade da mesma.
«Citando o que disse: "ficionados, tauricidas, forcados, “cavaleiros” tauromáquicos, ganadeiros, bandarilheiros, emboladores, torcionários, picadores, e outros que tais afins…"
tem noção da quantidade de pessoas que necessitam das touradas para viver? que é o seu ganha-pão?»
Resposta – Como? Percebi bem? Se tenho a noção da quantidade de pessoas que necessitam de TORTURAR Bovinos e Cavalos para viver? Ganha-pão? Assim como os carrascos que guilhotinavam, enforcavam, vergastavam presos políticos, escravos, ladrões, assassinos e principalmente gente inocente em praça pública, num tempo em que as leis eram bastardas, irracionais, anti-ética e desumanas como a Lei n.º 92/95 de 12 de Setembro, pela qual os tauricidas se regem?
«Ora bem, cada ganadaria emprega cerca de 100 trabalhadores.. vejamos existem cerca de 86 Ganadarias em Portugal, ou seja, existem arredondadamente cerca de 8600 postos de trabalho.
Isto só nas Ganadarias.. mas não se esqueça, que ainda temos as coudelarias, bandarilheiros, picadores " e outros tais afins.. “. Agora faças as contas?»
Resposta- Que contas tenho eu de fazer? Por acaso os governantes, ou os tauricidas têm alguma consideração pelos milhares de desempregados que existem no nosso país, e que perderam empregos HONESTOS e LIMPOS, sem que tivessem torturado ninguém? E alguém se importa?
«Mas continuando, ora bem, pelo que vi do seu blog, a Senhora é completamente a favor da Vida, tanto do ser humano como do ser não-humano (e não a critico por isso, até acho muito bem). Mas sabia o toiro de lide, o toiro bravo é uma especie reproduzida essencialmente para as touradas? Ora bem.. se abolirem as touradas, acha que vai ser necessário que se reproduza tantos toiros bravos como acontece actualmente? ora bem, a resposta é Obvia: Não. Se isto acontece, com o passar do tempo, a especie passa a entrar em vias de extinção, os tais 100 empregados das ganadarias começam a ser despedidos porque não são necessários tantos.. a taxa de desemprego em portugal aumenta, e a taxa de reprodução de uma espécie diminui..»
Resposta - Eis um raciocínio brilhante. Primeiro (e pela enésima vez repito), não existe touros bravos ou de lide na natureza, por isso, nunca se extinguiriam. Mais depressa se extinguirão os aficionados do que os bovinos que são massacrados para a tortura na arena, desde que nascem. Segundo, na tauromaquia, ninguém fica desempregado. Os ganadeiros têm o deles garantido nos bancos. Os 100 empregados que refere, se os deixarem, continuarão a trabalhar nas hortas e pomares que as pastagens permitem. Portanto, nem a taxa de desemprego aumenta com 100 desempregados, nem a taxa de reprodução de espécie nenhuma diminui, porque não existe essa “espécie”.
«Agora outro ponto, não faço ideia se é vegetariana ou não, mas sabia que aquela carne comprada em supermercados passou por muito mais, e sofreu muito mais do que um toiro? pois bem, o toiro desde o momento em que nasce até entrar dentro de uma praça, é tratado nas melhores condições, com as melhores rações, nos melhores pastos e ao ar livre. e a sua "tortura" como você lhe chama são uns míseros 15min. Já para não falar que o touro de lide não sente a dor como nós humanos a sentimos, já para não falar que ele dentro de uma praça está com adrenalina, o que ainda ameniza mais a dor. Mas enquanto aquela carninha que gostam tanto de comprar num supermercado, é criada em cativeiro, para a "engorda" e cheia de quimicos para crescer mais rápido.
Resposta – Primeiro, nunca justifique uma estupidez (neste caso a tortura de bovinos para diversão de alienados mentais) com outra estupidez (a tortura de bovinos para alimentação). Mas mesmo aqui existe uma diferença: os que comem carne (eu não como carne de espécie nenhuma há muito tempo) não vão divertir-se para a porta dos matadouros dizer “olés” ao ver os bovinos a sofrer e aos berros. Quanto à DOR e SOFRIMENTO experimente levar com umas farpas nos costados, e depois diga-me se dói ou não dói. Mas para se instruir sobre esta questão, deixo-lhe este link, leia-o com atenção, para não perder pitada:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/338161.html
«Agora deixo-lhe um ultimo ponto: suponho que toma banho, ou seja, lava o cabelo, o corpo. sabia que o seu gel e o seu shampoo são testados em animais?
se não sabia, agora que sabe, diga-me.. vai deixar dos utilizar?»
Resposta – Só um ignorante é que não sabe que tudo é testado em animais. Eu procuro os produtos que NÃO são testados em animais. Tenho esse cuidado. Ou acha que sou Defensora de Animais de meia tigela? E que vinha para aqui dizer uma coisa e fazer outra? Que moral teria eu para defender os meus irmãos animais?
«Para acabar, sabia que em 2011 mais de 50% das pessoas assistiram as corridas passadas na tv?»
Resposta – Como disse? Em 2011? O que interessa 2011? Nós estamos em 2013, e o que importa são os números de 2013.Veja-os aqui:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/339609.html
«é muito simples, não gosta, não vê. é um espectaculo pago, e as praças de toiros até são altas, nem sequer vê o que lá se passa. Quanto as da tv, tem bom remédio, muda de canal».
Resposta – Não, engana-se. A TORTURA não é um melão, para se gostar ou não gostar. A TORTURA é uma questão de educação, de cultura, de ética, de lucidez, de bom senso, de civilização, de evolução… Não tem nada com o gostar ou não gostar. Quanto à TV, nem sequer a sintonizo, mas sou obrigada a pagar do meu bolso uma taxa (que agora até vai ser aumentada) para NÃO VER algo que envergonha o País e serve apenas uma minoria de gente inculta. Uma injustiça injustificável.
«Agora acho triste mencionar nomes de forcados que tiveram pouca sorte ao fazerem o que gostam para justificar a sua tese.»
Sem mais assunto, uma aficcionada.»
Resposta – Pois eu acho muito mais triste a iliteracia dos aficionados, que não SABEM INTERPRETAR o que se escreve. Primeiro, não justifiquei tese alguma, porque não estou aqui a fazer teses. Segundo, tenho todo o direito, em nome dos bovinos e dos cavalos sacrificados, criticar e abominar os cobardes que vão para uma arena torturar seres vivos inocentes e indefesos, que sentem a dor e sofrem terrivelmente, tal como todos os seres sencientes (se é que sabe o que isso é), para se divertirem irracionalmente.
Apenas a maioria dos deputados da Assembleia da República não sabe, e se não sabe, não está lá a fazer nada, se não está lá a fazer nada, é o atraso de vida do País, e vive à custa dos nossos impostos…
«Um dos argumentos da indústria tauromáquica reside na afirmação de que se as touradas acabassem, milhares de postos de trabalho perder-se-iam!
Não são milhares e a maioria, nem sequer pode ser considerada como verdadeiros postos de trabalho.
Muitos desses postos de trabalho são sazonais e quem os ocupa tem outro tipo de trabalho, caso contrário como é que sobreviveria o resto do ano?
De acordo com um “parecer” da “prótoiro” entregue no princípio deste ano (2012) na Assembleia da República, para organizar uma tourada são precisas 175 pessoas que vão desde o pessoal dos curros, bilheteiros, banda, bombeiros, polícia e trabalhadores dos bares.
O pessoal dos curros, os bilheteiros, a banda e os trabalhadores dos bares, só trabalham quando há espectáculos, ou seja muitas vezes aos fins-de-semana, se estes fossem os seus únicos postos de trabalho, morreriam de fome.
Quanto aos bombeiros e à polícia é totalmente absurdo a sua inclusão neste “parecer”. Porque enquanto estes elementos são desviados para dar cobertura a esta actividade, deixam de estar onde são realmente precisos. Combate à criminalidade e ajuda a pessoas vítimas de acidentes ou combate a incêndios.
Mas continuemos a analisar o dito “parecer”.
“Existem 14 delegados técnicos tauromáquicos e 15 veterinários taurinos”. Uma vez mais todas estas pessoas não vivem disto, têm outros postos de trabalho.
«37 cavaleiros, 24 cavaleiros praticantes, 6 matadores de touros, 86 bandarilheiros, 15 bandarilheiros praticantes, 20 moços de espada e 30 emboladores».
Cavaleiros, toureiros, etc, a maioria deles têm outras fontes de rendimento, tal como ganadarias onde criam outros animais à parte dos touros de lide. Isto para não falar dos subsídios que recebem por essa actividade.
«Existem 48 grupos de forcados que totalizam 1.440 moços de forcado». Esta actividade, não é um emprego, todos eles têm outros postos de trabalho e mais, segundo eles nem sequer recebem nada por pegar touros.
«Existem 120 promotores de espectáculos tauromáquicos».
Uma vez mais nem todos eles vivem exclusivamente dessa “profissão”, muitos deles têm outras e mesmo que só vivessem desse trabalho, poderiam em vez de ser empresários de espectáculos tauromáquicos, ser empresários de actividades que não envolvam a exploração e tortura de animais.
«Finalmente as 110 ganadarias existentes empregam 350 pessoas». No entanto, estas ganadarias não criam exclusivamente touros de lide, portanto se as touradas acabassem essas pessoas não perderiam os seus empregos.
Contas feitas onde é que estão os milhares de postos de trabalho!
Milhares de pessoas neste país perderam os seus verdadeiros empregos e a taxa de desemprego aumenta a uma velocidade impressionante.
Se as touradas fossem abolidas amanhã, nenhum posto de trabalho se perderia.
Esta é tão só uma das muitas mentiras que os aficionados apregoam!»
Fonte:
http://protouro.wordpress.com/2012/07/16/a-industria-tauromaquica-e-a-falacia-da-perda-de-empregos/
***
Ou seja, um panorama de cerca de 2332 indivíduos, que em vez de maltratar touros e cavalos, passariam a cavar batatas, o que é uma profissão bastante mais digna de um ser humano.
Prótoiro, para que saibam: isto é que é um verdadeiro FLAGELO...
«Lisboa, 14 maio (Lusa)
A proibição das corridas de toiros em Portugal é um cenário que o setor descarta, alegando que a medida seria uma "catástrofe" que arrastaria para o desemprego "milhares de pessoas" e "aniquilaria" a economia de vários concelhos.
Diogo Costa Monteiro, da Federação Prótoiro, disse hoje à Agência Lusa que, além de "uma machadada na cultura, identidade e liberdade dos portugueses", a proibição conduziria a um "flagelo económico e ambiental".
De acordo com a Prótoiro, o distrito de Viana do Castelo e a Madeira são as únicas zonas em Portugal onde não existem manifestações tauromáquicas.»
Ler mais em:
***
ANÁLISE:
Catástrofe?
Saberá a Prótoiro o que significará “catástrofe”?
Prótoiro, para que saibam: isto é que é uma verdadeira CATÁSTROFE...
Arrastaria “milhares” de pessoas para o desemprego?
Além de não terem a mínima consciência do que dizem, não sabem CONTAR.
Mas seriam, sim, milhares de milhões de Touros poupados à tortura.
Aniquilar a “economia” de vários concelhos?
Dediquem-se à VERDADEIRA AGRICULTURA, hortas, pomares, que é para isso que recebem subsídios, e não para os desviarem para a tauromaquia. Portugal precisa de PRODUZIR para se erguer, não de TORTURAR SERES VIVOS, para se manchar de sangue de inocentes.
Prótoiro, para que saibam: olhem que bela horta, para substituírem pela
TORTURA de Touros e Cavalos. É de couves para a sopa, de que precisamos...
Machadada na cultura, identidade e liberdade dos portugueses, a proibição conduziria a um "flagelo económico e ambiental"?
Prótoiro para que saibam: este é que é o verdadeiro flagelo ambiental:
crianças vítimas da contaminação por radiação em Chernobyl...
Saberá o Diogo Costa Monteiro, o ridículo destas declarações? Como se a TORTURA DE TOUROS E CAVALOS fosse cultura, ou identidade de um povo (livra!), e flagelo económico e ambiental (esta é anedota).
Prótoiro, para que saibam: o Fado é que é identidade nacional, é Património
da Humanidade, coisa que a tortura de Touros e Cavalos nunca será...
Distrito de Viana e Madeira, únicos sem tortura?
Na minha terra, que nem é Viana, nem a Madeira, e em muitas, muitas outras que conheço, graças a Deus, não há tortura de seres vivos.
Prótoiro, quem pretendem enganar?
Nem todos são parvos, como os que acreditam que a tortura de Touros e Cavalos faz parte da Religião Católica, sempre envolvida nestes festejos macabros e sanguinários.
Venham mais destas. Os abolicionistas agradecem. E os Touros e Cavalos também.