Se bem que ninguém acredite que a UNESCO pudesse ousar elevar uma prática cruel e violenta a património, fosse do que fosse, milhares de anti-touradas estão a mobilizar-se e a enviar cartas a Audrey Azoulay, Directora-Geral da UNESCO, demonstrando a sua indignação contra esta autêntica insanidade.
É que BASTA de tanta crueldade! O mundo precisa de evolução!
Uma desses anti-touradas é o deputado europeu Francisco Guerreiro, que publicou o seguinte, na sua página do Facebook:
«❌🐃 Sou e serei sempre contra as touradas!
Não posso admitir sofrimento animal em prol do divertimento humano. Por isso, ao saber da iniciativa por parte da International Tauromaquia Association (com sede em Espanha) para que os eventos tauromáquicos sejam inscritos na lista do Património Cultural Imaterial da UNESCO resolvi agir.
‼️Reuni assinaturas de mais de 60 eurodeputados, uni as Património Cultural Imaterial da UNESCO, em torno desta questão e enviei uma carta à Directora Geral da UNESCO a manifestar-me CONTRA! E não estou sozinho: das 7 bancadas no Parlamento Europeu, 6 subscreveram a missiva.
✊ Mas ainda não acabou. A reunião de assinaturas prossegue e o nosso trabalho também para que imagens como esta abaixo não voltem a aparecer nem no nosso imaginário.»
O que se vê nesta imagem jamais poderá fazer parte do Património Cultural Imaterial da UNESCO, porque pertence ao domínio da insanidade, não, da Cultura.
A carta dirigida à UNESCO, por Francisco Guerreiro e assinada pelos deputados europeus pode ser consultada neste link:
Em Janeiro de 2015 a ONU reconhecia a existência de 193 países no mundo.
Desses 193 países apenas 8 (oito) mantêm a prática da selvajaria tauromáquica.
Nessa minoria, muito minoria, vergonhosamente , está Portugal.
Os outros são Espanha, França, México, Equador, Venezuela, Colômbia e Peru, que envergonham a Humanidade.
Mais de 100 organizações de defesa animal de vários países apresentaram a “Rede Internacional Anti-Tauromaquia”, com a finalidade de erradicar esta prática em todos os países onde ela ainda é legal.
Entre essas organizações encontra-se a AnimaNaturalis.
De acordo com o porta-voz desta “Rede”, lutarão para responder urgentemente ao enorme apelo social a nível internacional e local para abolir a exibição do maltrato e morte de um ser inocente como entretenimento.
Concretamente, tratará de eliminar qualquer apoio directo ou indirecto à tauromaquia, com recursos públicos, por parte das instituições, e instar o sector privado a acabar com a promoção e financiamento desta actividade.
Para além disso, oferecerá assessoria especializada às diversas organizações integradas na “Rede” e divulgará a dimensão do movimento anti-tauromáquico mundial a instituições e autoridades.
Igualmente espera proteger a infância da violência física e mental da tauromaquia, tal como recomendou Comité dos Direitos da Criança da ONU, em relação a Portugal e Colômbia.
Está também entre os objectivos da nova “Rede” informar a sociedade sobre o que é a tauromaquia, compilando documentação em vários países; impulsionar leis que tornem realidade os Direitos dos Animais, incluindo os utilizados em “espectáculos” públicos; criar uma plataforma de comunicação para todas as organizações de protecção animal que lutam pela abolição da tauromaquia; partilhar experiências de progressos anti-tauromáquicos nos diversos países onde esta ainda é uma prática legal.
A apresentação desta “Rede” realizou-se no âmbito da Assembleia Nacional do fórum «Experiências da Luta Anti-tauromaquia a Nível Internacional», no qual organizações do Equador, Portugal, França, Holanda, Espanha, Colômbia, Venezuela e México partilharam os resultados conseguidos pelo Movimento Anti-tauromaquia nos últimos anos e em cada um dos países onde ainda é legal esta actividade.
Entre os fundamentos apresentados por estas organizações, neste fórum, foi referida a crescente repulsa da sociedade pela crueldade implícita na tauromaquia; a diminuição generalizada de espectadores nos eventos tauromáquicos; o decréscimo do número dos “divertimentos” tauromáquicos em Espanha, que patenteia uma descida de 50% desde 2007, a abolição da corrida de touros na Catalunha, a proibição de touradas nos estados mexicanos de Guerrero e Sonora; a suspensão das corridas de touros em Bogotá.
Neste contexto, recorde-se que em 2014, 323 deputados europeus manifestaram-se a favor de acabar com os subsídios europeus para o gado de lide, frente aos 3089 que votaram contra.
«A “Rede” elegeu o Equador porque com a sua Constituição de 2008 e os conceitos de Bem Viver abriu um precedente a imitar pelo resto do mundo no que respeita à relação do Homem com a Natureza», explicou a presidente da plataforma “A tortura não é cultura”, de Espanha.
É importante que esta iniciativa não se fique “meramente pelo papel”, mas que sejam implementadas medidas legislativas como a erradicação de toda a forma de maltrato animal, incluindo as corridas de touros.
Fonte: Animanaturalis
Explicações que não alteram em nada a imoralidade de se continuar a subsidiar ganadeiros, para que inocentes e indefesos bovinos sejam torturados até à morte, e enriquecer e divertir uma minoria absolutamente inculta
No seguimento da minha Carta Aberta dirigida aos deputados portugueses do Parlamento Europeu, que votaram contra (ou se abstiveram ou simplesmente não votaram) o fim dos subsídios a ganadeiros, para que estes possam continuar a enriquecer à custa da tortura de bovinos e divertir sádicos, conforme consta neste link:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/carta-aberta-aos-deputados-portugueses-481639
recebi as seguintes mensagens:
«Cara conterrânea, não é verdade que eu tenha votado contra. Abstive-me até em sentido diferente da posição oficial do grupo político que integro.
cump. F. Ruas
Enviado do tablet Samsung»
***
Sr. Fernando Ruas,
A minha carta foi dirigida aos que votaram a favor dos subsídios, aos que se abstiveram, e aos que simplesmente não votaram.
Nos documentos oficiais consta que V. Exa. votou a favor de subsidiar ganadeiros para que se continue a torturar seres vivos, para divertir gente que não evoluiu.
Limitei-me apenas a transmitir as informações que vieram do Parlamento Europeu.
Se não é verdade, terá de tornar pública a posição de V. Exa.
Sempre ao dispor,
Isabel A. Ferreira
***
«Exmo(a). Senhor(a)
Em resposta ao email que me enviou, cumpre-me informar que há uma contra-informação quanto ao meu sentido de voto, não tendo este sido contra a emenda apresentada. A proposta que foi sujeita a votação não introduziria qualquer alteração no que respeita à defesa dos animais, traduzindo-se numa proposta vazia e populista, que ilude os cidadãos europeus. Não podendo, por esse motivo, votar favoravelmente, também não quis votar contra (tal como o indicava o PPE) para não ficar associada ao que, ainda que de uma forma implícita, se critica, o que justificou a minha abstenção. Por exigir precisão na acção política em todas as áreas de actuação, tive o cuidado de apresentar ao Parlamento Europeu uma declaração que enquadra e justifica o meu sentido de voto, que pode ser consultada em
Com os melhores cumprimentos
Sofia Ribeiro
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Exma. Sra. Deputada Sofia Ribeiro,
Agradeço a resposta de V. Excelência.
Tornarei pública esta informação, embora não altere a crítica que fiz à postura dos deputados europeus, que viabilizaram a continuidade de subsídios a ganadeiros, para que estes possam enriquecer à custa da tortura de seres vivos e divertir sádicos.
Isto é imoral e desumano.
Sempre ao dispor,
Isabel A. Ferreira
***
Senhores deputados, vejam aqui a imoralidade do que ajudam a manter:
http://apodrecetuga.blogspot.pt/2012/05/agora-vai-saber-verdadeira-razao-porque.html#.VE_DBbcqWmw
QUE O PARLAMENTO EUROPEU PROÍBA A CRUEL E SANGUINÁRIA SELVAJARIA TAUROMÁQUICA
Toda a política da União Europeia no que respeita ao bem-estar animal cai por terra quando permite que se cometam semelhantes atrocidades em países europeus.
E isto é possível porque ao elaborar o Tratado da União, o lobby tauromáquico (uma minoria inculta) pressionou a Europa para que se introduzisse uma excepção à política de protecção animal, excluindo Touros e Bezerros, ao mencionar “o respeito pelas tradições e costumes dos Estados…”
Quanta hipocrisia! Quanta ignorância optativa!
Javier Elorza (com o título nobiliárquico de marquês de Nerva), representante de Espanha na União Europeia de então, em entrevista publicada no La Vanguardia, a 2 de Junho de 1999, diz a seguinte parvoíce:
«Queriam proibir os touros. E eu sou taurino até ao tutano. Desse modo (custou-me um par de festins) maquinei um estratagema com um grande jurista comunitário, no qual onde se dizia “zelará pelo bem-estar dos animais” acrescentámos “respeitando as tradições culturais”, e assim acautelámos os touros».
(Aqui fica provado toda a estupidez desta manigância, uma vez que a tortura de seres vivos nunca foi, em parte alguma e tempo algum, uma “tradição cultural”, e a União Europeia mostrou toda a sua ignorância no que respeita a esata matéria, ao ceder ao tacanho estratagema do marquês).
Concretamente, o artigo 13 do Tratado de Funcionamento da União Europeia, ficou redigido do seguinte modo: «ao formular e aplicar as políticas da União em matéria de agricultura, pesca, transporte, mercado interior, investigação e desenvolvimento tecnológico e do espaço europeu, a União e os Estados membros terão plenamente em conta as exigências no que respeita ao bem-estar dos animais como seres sensíveis, respeitando ao mesmo tempo as disposições legais ou administrativas e aos costumes dos Estados membros relativas, em particular a ritos religiosos, tradições culturais e património regional»
(Isto é descaradamente uma política vergonhosa do género «all animals are equal, but some animals are more equal than others», ou seja, todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que outros - in «Animal Farm», de George Orwell, facto que deveria envergonhar os deputados europeus, se eles tivessem um pingo de sensibilidade e bom senso).
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A política de bem-estar animal da União Europeia, pode ser consultada neste link:
http://ec.europa.eu/food/animal/welfare/index_es.htm
O obsceno Sr. marquês Elorza na entrevista ao La Vanguardia, vangloriando-se da sua desavergonhada “façanha”, pode ser visto aqui:
http://hemeroteca.lavanguardia.com/preview/1999/06/02/pagina-84/34488133/pdf.html
Assinem esta petição ao Parlamento Europeu para que este reveja a sua política de bem-estar animal, e na qual passe a incluir os bezerros e os touros, que também fazem parte do Reino Animal.
Fonte: