Deputados do PS, PSD e Chega num banquete a celebrar a violência e a crueldade das touradas, à custa dos contribuintes, no passado dia 6/10/2022 na Assembleia da República. Só nos últimos 10 anos, a tauromaquia deixou um rasto de 15 mortes, 2.500 feridos e mais de 12.000 animais torturados e mortos nas arenas em Portugal. Além disso, uma criança morreu numa largada de touros este ano. É isto que celebram? É este rasto de violência que querem perpetuar?
(…)
Fonte: https://www.facebook.com/photo/?fbid=474222474751949&set=a.325943376246527
Cá estaremos TODOS para denunciar estas iniciativas trogloditas, e a fazer de tudo até que consigamos limpar a Assembleia da República dos mofos tauromáquicos, para que Portugal possa evoluir e tornar-se um país mais civilizado, sem estas práticas bárbaras, que só envergonham a sociedade portuguesa, que já evoluiu, e põe de rastos a Humanidade.
Pelos Touros! Pelos Cavalos!
Abaixo esta miséria moral, social e cultural que vemos na imagem!!!!!!
Isabel A. Ferreira
«Com todas estas ligações a negócios privados, muitos dos parlamentares alienaram a lealdade para com o povo que os elegeu e transformaram-se em fiéis serventuários dos grupos económicos a que estão associados e que lhes garantem generosas tenças. Estes deputados (e os partidos que os acolhem) desonram o seu mandato e arruínam a democracia.»
Quem o diz é Paulo Morais. Sem papas na língua. E se nós, cidadãos mais atentos a esta submissão da maioria dos nossos parlamentares aos grupos de pressão, quer sejam económicos ou outros, já sabemos destas ligações impróprias a representantes do povo português, outros há que ainda não se deram conta disso, e é preciso que comecem a abrir os olhos.
Este texto serve para isso mesmo: abrir os olhos a quem os mantém fechados, por opção. É que VER dá muito trabalho.
Texto de Paulo de Morais
«O rol de deputados em situação de conflito de interesses (de que apresento aqui apenas alguns exemplos) é interminável e faz-se sentir em todas as áreas da governação.
Promiscuidade entre política e negócios: esta continua a ser a característica mais marcante do Parlamento português. A maioria dos deputados tem ligações profissionais e empresariais que influenciam e contaminam a actividade parlamentar. Os conflitos de interesses são recorrentes e frequentes nas comissões parlamentares.
Por exemplo, na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, o seu presidente, António Topa, tem interesses em empresas que actuam na área do imobiliário, a Epifei e a Tocortal. À mesma comissão pertence o deputado Emídio Guerreiro, dirigente da bem-sucedida construtora Garcia, Garcia, SA. Qual é o problema? É que na sua condição de deputados, Topa, Guerreiro e outros têm acesso a informação privilegiada que podem canalizar para as empresas que servem; e podem ainda influenciar a legislação, em função dos interesses do sector da construção ou da promoção imobiliária a que estão ligados.
Por outro lado, na Comissão de Saúde, que superintende a actividade do Governo que maior fatia do Orçamento do Estado despende, encontramos o dirigente social-democrata Maló de Abreu, que administra a Maló Clinic Group, a Pharmashop e outras empresas do sector da saúde. Ao mesmo tempo que fiscaliza a actividade do Governo, tem acesso a verbas do Orçamento do Estado. Na mesma situação se encontra a socialista Ana Ribeiro da Silva, que preside à Associação Nacional AVC e aos corpos dirigentes do Centro Social Zulmira Pereira Simões, entidades potencialmente beneficiárias dos dinheiros do Estado.
Se mudarmos de área, a saga do conflito de interesses continua. Mais alguns exemplos: o social-democrata Paulo Rios de Oliveira, com interesses na Campo Grande – Comunicação e Marketing, integra a Comissão de Comunicação e Cultura; pertencente à Comissão de Ambiente, o deputado social-democrata Hugo Oliveira defende e faz lobby a favor dos interesses da Associação de Termas de Portugal e das empresas suas associadas, enquanto o seu colega de partido, Nuno Carvalho, se dedica, através da sociedade Neoasfalto, à indústria de betumes ecológicos; na Comissão de Agricultura, o socialista Joaquim Barreto preside à Mútua de Basto – ao mesmo tempo que, enquanto deputado, fiscaliza a ministra da Agricultura, defende interesses privados que beneficiam de apoios da sua fiscalizada.
Os conflitos de interesses que dominam a Assembleia da República sentem-se com maior intensidade nos maiores partidos, mas percorrem todo o hemiciclo parlamentar. Atingem até os partidos de um só deputado, como o Chega. André Ventura, que pertence à Comissão de Orçamento e Finanças, trabalha para a influente consultora Finpartner. Assim, o deputado Ventura pode recolher no Parlamento informação privilegiada sobre questões fiscais, de máximo interesse para os clientes da Finpartner, que presta assessoria em questões… fiscais. Quem melhor para assessorar os privados do que quem está no âmago das decisões públicas?
O rol de deputados em situação de conflito de interesses (de que apresento aqui apenas alguns exemplos) é interminável e faz-se sentir em todas as áreas da governação. E tudo isto se passa com o beneplácito duma inútil Comissão Parlamentar para a Transparência, cujo presidente, Jorge Lacão, profere inúmeras e continuadas proclamações públicas a favor da transparência. A acção desta comissão não passa pois de pura cosmética.
A situação é já desmoralizante, face ao que se conhece por agora. Mas, inexplicavelmente, ainda há deputados cujos interesses não foram sequer revelados – volvidos mais de 120 dias sobre o início da legislatura, ou seja, mais do dobro do prazo admitido para a sua divulgação. É o caso do centrista João Gonçalves Pereira ou dos socialistas Joaquim Barreto, Hugo Pires e Carlos Pereira, entre outros.
Com todas estas ligações a negócios privados, muitos dos parlamentares alienaram a lealdade para com o povo que os elegeu e transformaram-se em fiéis serventuários dos grupos económicos a que estão associados e que lhes garantem generosas tenças. Estes deputados (e os partidos que os acolhem) desonram o seu mandato e arruínam a democracia.»
Fonte:
É neste estado que deixam os Galgos, quando não servem para mais nada.
Deputados (PS, PSD, PCP E CDS/PP) da minha desventurada nação,
Eu, Isabel A. Ferreira, exercendo os meus direitos e deveres de cidadania, venho repudiar a V/ posição contra o fim das corridas de Galgos, e exigir que expressem a vontade dos Portugueses que já evoluíram, e não os V/ interesses obscuros.
As corridas de Galgos constituem uma prática cruel e condenável e inaceitável numa sociedade que se quer evoluída. Como cidadã portuguesa deixo a qui expressa a minha vontade para que votem, como é da civilização, a favor do «Projecto-lei n.º 1095/XIII/4ª para a proibição das corridas de cães mais conhecidas por corridas de galgos», prevista para amanhã, dia 5 de Julho de 2019.
Tenho a acrescentar que repudio as inaceitáveis e irracionais intervenções do deputado do PSD, Nuno Serra, que, inacreditavelmente, comparou corridas de galgos a brincadeiras no parque, mostrando uma total insensibilidade e até ignorância sobre o tema; assim como a da deputada do CDS/PP, Patrícia Fonseca, que se apoiou num relato de uma “veterinária” que pode ser tudo menos MÉDICA VETERINÁRIA, para dizer as barbaridades que disse; e como a do deputado do PCP, João Dias, que consegue atribuir características humanas, aos Galgos, como brincalhões ou frustração, e que até gostam de um sofá quentinho, mas não reconhece o sofrimento que lhes infringem nessas corridas diabólicas, nem a exploração de que são alvo; e finalmente, como da intervenção do deputado do PS, José Manuel Carpinteira, que reconhece inteligência, dor e sofrimento nos Galgos, mas não os direitos comuns aos outros CÃES.
E isto é inconcebível e só acontece num país com um pé no terceiro-mundo.
Veja-se a vergonhosa defesa do SIM à corrida de Galgos, que para esta gente NÃO SÃO CÃES:
Envergonho-me destes que se dizem representantes do meu País.
Isabel A. Ferreira
Texto publicado por Prótouro – Pelos Touros em Liberdade
https://protouro.wordpress.com/2018/12/04/deputados-presentes-em-reuniao-da-protoiro/
A “prótoiro” realizou no passado dia 29 uma reunião para discutir a estratégia para a tauromaquia e para a qual não convidou a imprensa tauromáquica.
Mas na dita cuja pasmem-se estiveram presentes representantes dos partidos que apoiaram a descida do IVA na Assembleia da República, ou seja deputados do CDS, PSD, PS e PCP.
O não terem convidado a imprensa foi propositado já que não queriam os mesmos revelassem o que foi discutido e postassem fotos dos deputados, portanto, sem fotos não sabemos quem foram os canalhas.
Os alarves que estiveram presentes não têm um pingo de vergonha na cara já que para além de terem votado para apoiar o lobby tauromáquico, agora também participam nas reuniões da “prótoiro”!
E se participam nessas reuniões é caso para perguntar em que outras coisas da “prótoiro” participarão?
Prótouro
Pelos touros em liberdade
Diz-se por aí que o Parlamento, contradizendo a Ministra da Cultura, prepara-se para descer o IVA dos torturadores de Touros de 13 para 6%, o IVA que se paga pelo Pão dos Pobres, e que um espectáculo de Ballet pagará.
Senhores Deputados nomeadamente do Partido Socialista (mas também do PCP, PSD E CDS/PP),
Venho manifestar a minha mais profunda indignação pelas propostas do Partido Socialista, de redução da taxa do IVA para as touradas, um verdadeiro insulto à lucidez.
Anualmente realizam-se cerca de 180 touradas em Portugal, constituindo uma prática (não um espectáculo) violenta, de grande crueldade para com os animais, grosseira, desinstrutiva, incivilizada, de baixo nível moral, cultural e social, indigna do ser humano evoluído.
É incompreensível e inadmissível que um partido, que se diz SOCIALISTA, e outro, comunista e outros, cristãos, venham defender a barbárie, pondo-a ao nível dos mais elevados espectáculos culturais, e àquele que é o pão de cada dia, de milhares de portugueses que vivem numa pobreza ainda medieval da qual nunca se livraram, nem na Monarquia, nem na República, nem na Ditadura, nem sequer na dita Democracia.
Mas para as touradas sempre houve vantagens, e isto diz muito da miséria moral que existe no Parlamento Português, onde o PS e o PCP, que se dizem partidos de esquerda, se juntam aos da direita, PSD e CDS/PP, para apoiar a barbárie.
Isto é um insulto à dignidade humana, daí que deixe aqui registado a minha imensa repugnância, por esta tentativa de conceder um benefício fiscal à violência e crueldade implícitas nas touradas.
Recuso-me a ser cúmplice desta que também é uma barbárie: deputados da Nação que não têm a capacidade intelectual para ver o óbvio: a recusa destas práticas bárbaras pela esmagadora maioria dos portugueses
Com a minha mais veemente indignação,
Isabel A. Ferreira
Como? Não, não é cozinhar um pato, até porque adoro patos a deslizar nas águas, e não nos pratos.
É fazer um pato, um acordo, a condizer com o acordo ortográfico de 1990.
É que se há quem apresente fatos em vez de factos (do Latim factum), e atos, em vez de actos (do Latim actus) porque não se há-de fazer um pato em vez de um pacto (do Latim pactum)?
É que nunca entendi os critérios que levaram os acordistas a substituírem facto por fato (e não me venham dizer que é apenas no Brasil, porque não é) e acto (do Latim actus) por ato (do verbo atar) mas não fazem patos. Porquê isto…assim…? Apenas porque sim?
Se praticamos um ato, por que não fazer um pato?
E é esse pato que venho propor.
Estão a ver esta imagem? Conseguem ver como as Línguas Inglesa, Alemã e Francesa estão bem aplicadas?
Mas se repararmos no Benvindo que o Intermarché utilizou para, alegadamente, se expressar em Língua Portuguesa, espalhou-se ao comprido.
Isto lido assim à letra, significa que apenas quem se chama BENVINDO (nome próprio de homem) é welcome, willkommen e bienvenue ao hipermercado. Conclusão: como eu não me chamo Benvindo, não fui fazer compras ao Intermarché.
Mas não é isso que importa. O que importa é que quem fez o cartaz, sabe como se escreve bem-vindo nas outras línguas, mas não sabe bem-receber, ou seja, escrever bem-vindo em Língua Portuguesa. E os Ingleses, Alemães e Franceses (bem) recebem como deve ser. E nós não. Vejam se os Alemães têm peneiras contra consoantes duplas. Mas se willkommen fosse uma palavra portuguesa, já estaria reduzida a wilkomen, para facilitar a vida aos cabeças-duras.
E já vi pior: Já vi no site de um Hotel, na Internet, um BEMVINDO assim… muito escarrapachado, como se fosse uma preciosidade linguística.
E isto não será grave? Não é gravíssimo?
É que a política acordista do corta os hífens aplica-se à balda. Aliás, tudo no AO90 se aplica à balda. Cada um escreve como calha, como quer, como lhe dá na real gana, a começar pelos governantes, cujos textos são um autêntico monumento à ignorância da Língua (Oficial) Portuguesa (e não estou apenas a referir-me à ortografia acordista, refiro-me também á ortografia não alterada que poucos dominam).
Posto isto, regressemos ao pato.
Os senhores governantes permitem-me que eu, na qualidade de ex-professora de Língua Portuguesa, vá à Assembleia da República ditar-vos um texto escrito inteiramente segundo as regras do AO90?
E o que proponho para o pato é o seguinte: se todos os deputados derem zero erros no ditado, isto é, se todos escreverem corretamente ("currêtâment") conforme a ortografia acordizada, eu deponho as armas, e dar-me-ei por vencida.
Mas como estou convencida de que a esmagadora maioria, se não a totalidade dos senhores deputados, darão montes de erros ortográficos, ao aplicarem o AO90, que querem IMPINGIR-NOS a todo o custo, ao custo da perda da nossa própria IDENTIDADE, eu proponho que mandem às malvas o AO90, reponham a Língua Portuguesa nas escolas, devolvam a Portugal a sua dignidade de País livre e soberano, e com a vossa escrita façam o que quiserem, uma vez que não conseguem escrever correCtamente.
Querem e gostam de escrever mal, escrevam. Mas não pretendam que os Portugueses embarquem nesse barco furado que é o AO90, nomeadamente as crianças a quem estão a enganar cobardemente.
Ou então não fazem o ditado que sugiro, e decidem, uma vez por todas, acabar com esta fantochada do AO90, esta escrita à balda, que está a generalizar-se.
E um Povo que não sabe escrever é simplesmente analfabeto ou semianalfabeto.
Aceitam fazer este pato comigo? Aceitam este desafio?
Aguardo uma resposta. Não uma resposta directa, obviamente. Mas uma ATITUDE firme e honesta acerca deste triste e pobre episódio da nossa História recente: a substituição de uma Língua íntegra (por uma Língua também é a sua GRAFIA) por um arremedo ortográfico estrangeirado, que nos esmaga a identidade.
Isabel A. Ferreira
Façam este vídeo correr mundo, para que se saiba que em Portugal as crianças são incentivadas a aplaudir a crueldade, a violência, o SOFRIMENTO de um animal.
Sinto VERGONHA do governo português, liderado por um PS arcaico, aficionado e completamente fora da modernidade, da civilização, da evolução.
Isto é mórbido, patológico, doença mental grave.
https://www.facebook.com/451257841614428/videos/vb.451257841614428/1569516539788547/?type=2&theater
«Jun 30, 2017 — Governantes, autarcas, deputados e toda a classe política têm as mãos sujas. É a deseducação das crianças e o sangue de seres vivos que é derramado para satisfazer o vício de alguns e encher os bolsos de outros.»
Fonte:
Assinem aqui a petição, por favor. O texto abaixo diz tudo o que há a dizer.
Em ano de eleições, os políticos são capazes de fazer ou deixar fazer tudo e mais alguma coisa, para captarem a simpatia do povo INCULTO.
Não podemos deixar que a IMPUNIDADE se instale em Portugal…
PETIÇÃO:
«Para: Presidente da AR e Deputados
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República
Exmos. Srs. Deputados/as
Excelências
Na madrugada do dia 23 de Junho de 2017, realizaram-se as Festas da Amizade em Benavente, com o anúncio nas páginas oficiais da Câmara Municipal do respectivo programa onde eram anunciados "Touros de Fogo" e "Picarias".
Dado que nem o evento de "Touros de Fogo", nem as "Picarias" fazem parte da tradição tauromáquica portuguesa, mas sim uma imitação espanhola, mais precisamente da zona de Valência (no caso do 1º) e aí mesmo já sobejamente contestada pela barbaridade e violência que encerram, juntando-se o facto de não ter havido um parecer favorável da DGAV, nem o IGAC ter sido consultado para tal fim, estes dois eventos são, como é óbvio, ilegais e nunca poderiam ter acontecido.
Atear fogo às hastes de um bovino é uma prática dolorosa de extremo maltrato que jamais será tolerada pela maior parte da nossa sociedade mais consciente e compassiva.
Quanto às "Picarias", integradas na "Sortes de Varas", proibida pelo artigo 3º, 3 da Lei nº 92/95 de 12 de Setembro, com redacção actualizada pela Lei nº 19/2002 de 31 de Julho, só poderiam ter acontecido, caso tivessem sido consideradas excepções, segundo o disposto no artigo 3º, 4 e se estas práticas se tivessem mantido ininterruptamente durante os 50 anos anteriores à entrada em vigor do referido diploma, segundo o qual ainda teria que ser a Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC) a verificar os requisitos legais para a devida autorização.
Perante o exposto, verificaram-se não só no caso do "Touro de Fogo" como também das "Picarias", duas grave ilegalidades que devem ser analisadas em conformidade.
Dado que a Câmara Municipal de Benavente anunciou horas antes do "Touro de Fogo" que este tinha sido cancelado e o comando da GNR assegurou o mesmo, consideramos que tanto uma como outra, teriam obrigação de ter impedido que a comissão de festas tivesse levado a cabo tal evento, mas não o fizeram e após a contestação pública, ainda permitiram que se realizassem as "Picarias", demonstrando assim um lapso grave de autoridade, incumprimento da legislação em vigor, bem como o desrespeito pelos cargos que ocupam e que devem ser regidos de forma honesta para com os cidadãos deste país.
Vêm portanto os abaixo assinados, exigir a Vossas Exas punições exemplares para a Câmara Municipal e GNR e o sério compromisso de que jamais estes eventos se realizarão no Concelho que superintendem.
Solicitamos também que seja uma força policial isenta e estranha à região a identificar os componentes da comissão de festas e os intervenientes dos dois eventos "Touro de Fogo" e "Picarias" que figuram nos vídeos e fotos que circulam na Internet e que tanto a Associação Animal, como o PAN, alguns cidadãos e até a SIC dispõem.
Solicitamos ainda a Vossas Exas que jamais em terras portuguesas estes eventos bárbaros aconteçam, como se têm verificado em alguns lugares, com a complacência das autoridades locais.
Gratos pela vossa atenção e aguardando uma clara definição sobre este caso que tanto nos indigna.
Grupo Anti Tourada de Viana do Castelo,
Grupo de cidadãos»
Mais um magnífico texto de Teresa Botelho que nos fala da estupidez das chamadas vaquejadas, que estão para o Brasil, como as touradas estão para Portugal: um “divertimento” de e para trogloditas que descontam nestes indefesos seres vivos, de um modo brutal e irracional, a falta de virilidade que lhes retorce e mirra as entranhas…
Eles bem que queriam ser HOMENS… mas falta-lhes o principal… (se é que me entendem…)
Texto de Teresa Botelho
«Apetece-me aqui falar de um país que não é o meu, mas cujas retóricas são comuns.
Perdi o meu tempo assistindo a uma comédia humorística em directo que não me fez sequer sorrir, porque assistir a qualquer discussão acalorada entre os políticos brasileiros, é pior que estar enjoada e não conseguir vomitar.
O tema eram as Vaquejadas, espectáculos degradantes, com bovinos e cavalos, lidados e torturados por gente rude e mal formada que vive nos confins da ignorância.
Contudo, hoje em vez de falar dos bois, prefiro descrever os Deputados, porque esses sim, merecem ser "vaquejados" e depenados dos seus fracos, ou mesmo inexistentes valores mínimos morais e de racionalidade.
O vídeo do debate que pretendeu desautorizar a decisão do Supremo Tribunal que declarou recentemente inconstitucionais estes espectáculos bárbaros, decorria animadamente, com uma coluna lateral para críticas e comentários do povo e como sempre, não resisti à opinião despojada, porque mesmo considerando-me bem educada, dei comigo a escrever por lá umas certas coisas que normalmente só digo em privado, ou entre os amigos mais fiéis e condescendentes a linguagens de palavreado impróprio, por isso, ao cabo de umas 2 horas, decidi sair, até porque o que vi, chegou para me inspirar neste comentário...
A maior parte dos oradores era fazendeiros do Nordeste que não conseguiram desmentir as acusações de que as suas campanhas eleitorais tinham sido financiadas pelos "Coronéis do gado".
O próprio presidente da mesa, manifestou claramente a sua vocação anti- animalista e geriu o tempo dos discursos, conforme as suas próprias preferências, em relação aos previsíveis conteúdos que iriam ser apresentados.
Quando algum orador não agradava, era vaiado e ofendido com palavrões e gritos, interrompendo o discurso, como aconteceu a uma veterinária que teve a ousadia de mencionar as diversas consequências físicas provocadas aos animais durante estas vaquejadas, como a sujeição dos bois pela cauda que muitas vezes acaba por ser arrancada, as fracturas nas patas e coluna, bem como as hemorragias internas que provocam aos animais, mortes lentas, em dolorosa agonia.
Quando a activista vegan e apresentadora da TV Luísa Mell que fora convidada para fazer parte do debate por um deputado animalista e a quem foram "generosamente" concedidos 5 minutos de prosa, se preparou para falar, a indignação da assistência foi de tal forma ruidosa que as sucessivas interrupções, apenas lhe permitiram expressar com dificuldade os seus altos valores compassivos e a emoção de reconhecer o atraso civilizacional do seu pobre país...
De repente, com agressões à vista, os insultos e a barulheira, obrigaram a interromper a sessão por 2 minutos.
Afinal, quem viu um excerto da discussão pelo afastamento da Presidente Dilma, já conhece o ambiente acalorado de Brasília, mas o que mais me entusiasmou, foram os argumentos tirados de letra aos que oiço por cá, das bocas sujas dos defensores da "tradição" tauromáquica...
E não é que as touradas também foram por lá faladas, como pertencendo a países civilizados da Europa?
Só não sei em que escalão de civilidade, colocam eles o Brasil, mas não interessa ...
O problema foi o meu desnorte e o "doce" vernáculo que me foi saindo, lá na coluna dos comentários, ao lado do tal vídeo da discórdia...
Mas após umas explicações cheias de "ética e sabedoria", dadas por uns mercenários, digo, veterinários, bem pagos para a defesa do indefensável, como alguns que conhecemos por cá, eis que subiu à mesa um cowboy de enorme chapéu branco, com abas retorcidas e cuja obesidade mórbida lhe fazia pendurar as flácidas bochechas gordurosas sobre o colarinho branco, encobrindo o nó da gravata de tal forma apertada que lhe deixava a face roxa!
O cowboy, mesmo sem pistola, disparou os seus impropérios a torto e a direito, terminando com aquele argumento tão batido também por cá, sobre a crise laboral que as proibições de torturar bovinos causariam entre os peões mal pagos que lhes engraxam as botas.
Antes disto, tinham havido uns momentos empolgantes, mas que acabaram em paz, após um convite de um animalista a um adepto das "tradições", para um ajuste de contas lá fora, mas que não deu em nada, porque quando o primeiro gritou "seja homem", o segundo encolheu-se e só fingiu que o era...
Esgotados de tanta intelectualidade, os fazendeiros, os corruptos e os leiloeiros de animais, após mais de 4 horas de humor negro e de machismo exacerbado, decidiram o seguinte:
Alguns parlamentares prometeram que vão se empenhar para mudar a Constituição por meio de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para que as vaquejadas e os rodeios sejam definitivamente reconhecidos como “patrimônio cultural do país".
Onde é que eu já ouvi esta de "patrimônio cultural", apesar da diferença geográfica e de acentuação?
Aguardemos então que o PEC não chegue a PEC, apesar de neste momento estar já a ser afincadamente preparado por lá, até porque só o nome me lembra outros PECs que não nos sugerem por cá, nada de bom...
Entretanto, hoje mesmo, as manifestações e a luta dos indignados vaqueiros continuavam, transformando os bois em reaccionárias exigências políticas e cujas críticas visam até o vigente Estatuto de Desarmamento que segundo um dos cowboys direitistas, aspirante a presidente e bastante ovacionado, a proibição feita aos "cabras machos" de usarem armas, o que é criar "uma geração de maricas"...
E mais não digo, porque apenas me parece que bovinos e cavalos torturados, são sempre um bom ponto de partida para o atraso, a xenofobia, a escravatura e a porca miséria de países de pantanas...»
Fonte:
Enviada para a ERC, através deste formulário online:
http://www.erc.pt/pt/balcao-virtual/formulario-de-participacoes
Observem esta imagem com atenção: vejam a expressão de terror e medo, aflição e dor estampada nos olhos deste desventurado Touro embolado e crivado de bandarilhas, a sangrar por fora e por dentro, torturado por um bando de cobardes. E é esta “cultura” e é esta “arte” que a RTP pretende transmitir aos Portugueses, embrutecendo-os com estas imagens brutais?
Excelentíssimos Senhores:
Começo por apresentar a seguinte RECLAMAÇÃO:
A RTP tem transmitido regularmente várias touradas, como a de 22/07/2016, a de 13/08/2016 e a 25/08/2016, violando, com esta conduta, os direitos, liberdades e garantias dos telespectadores, porquanto:
Primeiro: O Senhor Provedor do Telespectador da RTP já afirmou publicamente que não considera a transmissão de touradas serviço público;
Segundo - A RTP é financiada pela contribuição audiovisual que os Portugueses são forçados a pagar nas suas contas da electricidade;
Terceiro - Esses Portugueses, na sua esmagadora maioria, não aprovam os maus-tratos aos animais e a violência e crueldade injustificadas inerentes às touradas;
Quarto - Os dados divulgados pela IGAC mostram que as touradas têm vindo a perder vertiginosamente, de ano para ano, público e telespectadores (vide:
Quinto - O Comité dos Direitos das Crianças da ONU aconselhou Portugal a criar legislação que restrinja a exposição das crianças às touradas, demonstrando preocupação com os efeitos daquelas na saúde física e mental dos menores, recomendação mandada às malvas pelos notáveis deputados da Nação portuguesa;
Sexto - O Parlamento Europeu determinou, em Outubro de 2015, que os subsídios atribuídos ao sector da agricultura deixem de ser usados para a criação de touros destinados à tortura e, deste modo, deixarem de “financiar actividades letais de tauromaquia”;
Posto isto, e visto que ao Provedoria do Telespectador da RTP é um mero órgão de recolha de opiniões, sem qualquer efeito prático, uma vez que as queixas que inúmeros espectadores fazem chegar ao Provedor não são consideradas, venho solicitar à Entidade Reguladora da Comunicação (ERC) que dirija à Administração da RTP uma recomendação objectiva e concreta no sentido de deixar de transmitir touradas, independentemente do horário, uma vez que esta é a vontade da esmagadora maioria dos telespectadores que são forçados a ver parte do seu dinheiro a ser aplicada na tortura de touros, em directo, para uma minoria satisfazer os seus instintos sádicos, e porque tal prática não enobrece uma estação televisiva e muito menos dignifica um serviço público.
Além de ser uma monumental vergonha para Portugal, que todos queremos que seja um país virado para o futuro, e não especado num passado obscurecido por uma prática tão grosseira e cruel.
Com os mues cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
(Texto adaptado do original do grupo «Porto pelos Animais»)