Segunda-feira, 16 de Outubro de 2023

Quase 400 mil brasileiros residem legalmente em Portugal, e a pergunta é: por que há-de um brasileiro imigrar para um país roto e esfarrapado, que é o estado em que Portugal se encontra actualmente?

 

O DN publicou um texto onde trata desta temática e que pode ser consultado aqui

 

O texto interessou-me, mas dei mais importância aos comentários.

Um comentador, a propósito deste texto do DN, disse o seguinte: «Toda a gente que goste de trabalhar com seriedade e criatividade, e que saiba co-existir com a nossa cultura, é sempre bem-vinda  

 

Concordo plenamente, e sempre disse o mesmo: seja bem-vindo quem vier por bem.

 

O problema é que uma boa parcela dos imigrantes brasileiros, ou até de outra qualquer nacionalidade, que vem para Portugal, primeiro: vem de passagem para poder adquirir o passaporte português, que lhes dá asas para outras bandas, que lhes dão maior qualidade de vida.

 

Segundo: uma outra parcela vem de má-fé, com o intuito de "colonizar Portugal" (e a expressão é deles) para se vingar do passado colonizador, e do ouro que eles acham que os Portugueses roubaram ao Brasil. Vêm imbuídos da lavagem cerebral que os esquerdistas brasileiros, da ala mais ignorante, lhes fazem nas escolas (estudei lá e sei do que estou a falar). É absolutamente inadmissível que os miúdos brasileiros, que frequentam escolas portuguesas, andem por aí a dizer aos miúdos portugueses, "dêvôlvam o nosso ôro", e isto acontece frequentemente, já aconteceu com o meu neto, que frequenta uma escola pública, mas tem em casa uma escola privada, que lhe dá a oportunidade de desenvolver o espírito crítico necessário para se ser um cidadão livre.

 

E a pergunta é: por que há-de um brasileiro imigrar para um país roto e esfarrapado, que é o estado em que Portugal se encontra actualmente?  

 

Se bem que haja brasileiros que vêm para Portugal e gostam de trabalhar com seriedade e criatividade e civilidade, aceitando a integração plena na Cultura Portuguesa, incluindo a Língua, que não é a mesma (isto dito por eles), e estes últimos são obviamente bem-vindos.

 

De qualquer modo, a questão da imigração brasileira, traz água no bico.  O normal é emigrarmos para países que nos dêem possibilidade de sairmos da cepa torta, de melhorarmos de vida. E em Portugal NÃO saimos da cepa torta.

 

E o que vemos em Portugal?

 

Vemos imigrantes ricos, não só brasileiros, que vêm para cá viver à grande e à francesa, tendo privilégios que a maioria dos portugueses não tem. Bom clima, boa gastronomia, boas casas, boas praias, muita mordomia, e podendo, quem não quer tal vida?



Depois vêm imigrantes à procura de um eldorado que, por mais que escavem, em Portugal, não o encontram, daí haver tantos desafortunados a viver debaixo da ponte e em situações degradantes, indignas de seres humanos. Mas a política portuguesa é: “venham”, porque Portugal precisa de mão-de-obra barata, para que os empregadores enriqueçam e possam ir passar férias às Maldivas, porque a mão-de-obra qualificada portuguesa emigra para países civilizados, que lhes dão maior segurança, em todos os aspectos.

 

Há, obviamente, imigrantes que vêm de boa-fé, procurar emprego, uma vida melhor e tranquilidade, pois Portugal ainda é, mas está a deixar de ser, um país onde a criminalidade não está em todas as esquinas, de todas as ruas, de todas as cidades.

 

E há ainda o “imigrante político”, aquele que tem por missão vir colonizar o ex-colonizador, através da Língua, de cargos políticos e de cargos em todos os sectores da sociedade portuguesa, inclusive o direito ao voto, como se fossem donos disto tudo, com o aval do presidente da República, do primeiro-ministro, do governo, do presidente da Assembleia da República e dos deputados da Nação, todos cúmplices deste jogo que, antecipadamente, já tem um perdedor, e esse perdedor NÃO é Portugal.

 

Vivendo na rua.PNG

Tendas que servem de abrigo a dezenas de pessoas, porque a política da habitação em Portugal está um caos, bem como caos está a política da saúde, do ensino, da justiça, não havendo nenhum serviço público que funcione adequadamente.

 

Por que imigram para Portugal? O que tem Portugal para oferecer aos imigrantes, se nem aos Portugueses se consegue oferecer a vida que nós merecemos, até porque os Portugueses são dos que pagam mais impostos na União Europeia.

 

Algo vai mal na República de Portugal.

Abram os olhos, Portugueses!

Não andem a rastejar.

Só rasteja quem NÃO tem coluna vertebral.

 

Isabel A. Ferreira

 

Origem da foto:  Internet

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:16

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Sexta-feira, 19 de Novembro de 2021

Para acabar de vez com a empáfia dos brasileiros que insultam gratuitamente Portugal e depois exigem respeito

 

Começarei por referir o comentário que Carlos Gonçalo, deixou no texto inserido neste link, no qual certos brasileiros deixaram brilhar a lusofobia e a ignorância deles ao mais alto grau:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/a-noticia-ha-criancas-portuguesas-que-343702?tc=87251624726

 

«Boa noite Sra. Isabel. Eu ao ler os comentários de alguns brasileiros, fico doente. Eles dizem sempre o mesmo, é o ouro, que invadimos o Brasil (e também não foi descobrimento, foi achamento), que matámos, esfolámos, etc., enfim, e em relação à língua portuguesa, têm uma lata, um desrespeito, um ódio a todos nós portugueses e a tudo o que é lusitano. Acusam-nos de sermos xenófobos... Mas é precisamente o contrário. Enfim a ignorância... "ABUNDA" nos brasileiros. É pena não haver mais mulheres como você, ou gente mais capaz de defender aquilo que nasceu aqui em Portugal e daqui partiu para o resto do mundo há mais de 5 séculos. O que é facto também, é os brasileiros terem um ódio visceral por Portugal, mas o que é certo é que cada vez mais este "cantinho do céu" está cheio de brasileiros e cada vez virão mais, mesmo com esse ódio todo, aproveitam para ter acesso à cidadania portuguesa, logo europeia, e já vi tanta coisa no YouTube de brasileiros que vieram para cá, e põem-se a "vender" Portugal com a maior das latas e desrespeito por nós e por este país. Até já deixei de ver certos vídeos, porque não consigo perceber como é que as nossas autoridades não vêem esta pouca vergonha, que não vê só quem não quer. Peço desculpa pela extensão do meu comentário ou de algum erro ortográfico... Não desista por favor de defender a nossa língua portuguesa.» (Carlos Gonçalo)

 

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De facto, certos brasileiros, andam por aí, por toda a parte, com uma cassete marxista às costas, a insultar Portugal, a Língua Portuguesa, a Cultura Portuguesa, a História Portuguesa e os Portugueses, bolsando uma descomunal ignorância e uma lusofobia e um antilusitanismo que já tem barbas longas e brancas. Basta darem uma volta pela Internet e verem os comentários que fazem aos textos cujos links deixarei no final deste texto, para se inteirarem do tamanho desse aviltamento, a que é preciso pôr cobro, a bem do Brasil e de Portugal.

 

E uma vez que os governantes tanto do lado de lá, como do lado de cá, nada se interessam por apaziguar as hostes, muito pelo contrário, fazem de tudo para que a guerra se instale, haja alguém que OUSE enfrentar os rochinhas (adjectivo dos dois géneros, oriundo do Rio Grande do Sul [Brasil] que significa insultadores, e que vou utilizar por ser mais mimosinho) ainda que esse alguém tenha de levar com uma enxurrada de vitupérios que, no entanto, jamais abalarão quem ousa ousar. Costuma dizer-se que o que vem de baixo, não nos atinge.

 

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E como quem não se sente, não é filho de boa gente, e não tolero a estupidez, algo que me provoca urticária, nunca deixei que, nos meus tempos do Brasil, a lusofobia e o antilusitanismo de que fui alvo levassem a melhor. Sempre defendi e continuo a defender a Lusitanidade, com as garras de fora, porque aprendi que o mel jamais consegue adoçar o fel, e que não se derruba muros de betão armado com o toque de uma flor. No entanto o Brasil continua a ser a minha segunda Pátria, porque nem todo o povo brasileiro é rochinha.

 

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Aprendi também que não podia permitir que as perversas e pervertidas FALSIDADES históricas, que se ensinavam (e continuam a ensinar-se) nas escolas brasileiras, não podiam (não podem) andar por aí repetidas até à exaustão, SEM CONTESTAÇÃO, porque corria-se (corre-se) o risco de se transformarem em verdades.

 

E porque tenho a legitimidade e o direito à INDIGNAÇÃO, até escrevi um livro a contestar o “1808”, do jornalista brasileiro, Laurentino Gomes, cheio de falsidades e de historinhas de carunchinhos, que, vergonhosamente mancha a historiografia brasileira. A Bibliografia que consultei e consta no final do livro, pode confirmar tudo o que digo.  

https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/contestacao-ao-livro-1808-de-laurentino-729191

 

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E quando vejo por aí a cassete marxista a ser desbobinada nos comentários que certos brasileiros fazem aos textos onde o Brasil e Portugal se cruzam, no YouTube, no Facebook, no Google, nos meus Blogues, enfim, por toda a rede informática, eu salto-lhes em cima com as garras de fora, porque não se pode chamar ROSAS às ERVAS DANINHAS, e não podemos deixar que estas últimas desformoseiem o nosso jardim à beira-mar plantado.

 

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E os rochinhas, paus-mandados de esquerdistas da esquerda caviar brasileira, que andam por aí a insultar a Portugalidade gratuitamente, enchendo a rede informática com falsidades das mais básicas, onde a estupidez, da mais pura e dura, impera, sempre com a mesma lengalenga, nessa cassete marxista, orquestrada por gente que, muito ignorantemente, gostaria de mudar o rumo da História que ficou no passado e jamais poderá ser mudada, não passam de ervas daninhas, que andam por aí apenas a envergonhar o Brasil e o bom Povo Brasileiro, que não se revê nessa cambadinha de ignorantes, porque eles, a nós, não nos atinge.

 

E não posso dizer isto de outro jeito, porque a ignorância e os ignorantes, a estupidez, os paus-mandados, os lusófobos, os antilusitanistas são o que são. Poderia apodá-los de apedeutas, talvez fosse mais elegante, mas o resultado seria o mesmo, e talvez não conseguisse chegar aos menos instruídos.

 

Para ilustrar tudo o que aqui refiro, deixo-vos com esse apedeutismo disseminado na Internet, uma vergonha para o Brasil e para Portugal, uma vez que os respectivos presidentes das duas Repúblicas das Bananas, que juraram defender a Constituição dos respectivos países, nada fazem para acabar com esta pouca-vergonha.

 

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***

Num comentário no Facebook, entretanto eliminado:

 

Quérem Hapuque  

Isabel A. Ferreira A história do Brasil é uma história horrível, infelizmente o Brasil foi invadido e dominado, haviam aqui vários povos, tribos, chefes, e infelizmente poucos sobraram; junto com essa história de tomada a força, vieram tbm os negros, que foram outro povo tomado de suas terras e escravizados...

Sinto muito, mas não vejo em qual momento da história o Brasil foi uma nação irmã de Portugal, acho que fomos o irmão bastardo que todos renegam... Ninguém quer ouro nenhum de volta, ninguém quer minério nenhum de volta, apenas o reconhecimento de que nunca foi algo pacífico ou irmandade o que fizeram com nosso país, foi um massacre de povos, cultura... Minha terra foi palco das mais diversas atrocidades, tanto com negros, quanto com índios, foi palco de estupro, escravidão, tortura, roubo, e entre outras coisas que até o diabo sentou pra assistir e aprender.... NINGUÉM QUER OURO NENHUM, a gente só quer que vocês contem essa história direito...

O que vocês chamam de iletrados, ou de ignorância, eu chamo de contar a minha versão...

Então o brasileiro só é estudado e inteligente, se caso ele acreditar que Brasil e Portugal foram nações "irmãs" e que vocês não invadiram nossas terras ????

Acho que ignorante são vocês, que julgam, sem ao menos buscar entender, compreender nosso lado...

 

***

Os argumentos dos rochinhas, para justificar os insultos a Portugal, aos Portugueses, e à sua Cultura e História:

 

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***

No Messenger:

 

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Quando as mentes estão formatadas, não adianta apresentar argumentos racionais, daí que, embora eu tivesse tentado dizer ao Milanoff que a Língua Portuguesa não era um dialecto, mas uma LÍNGUA, ele, como todos os outros a quem fizeram lavagem cerebral, acham que me considero SUPERIORA ( = religiosa que governa uma comunidade ou instituto de mulheres = abadessa, priora, prioresa), o que só vem dar-me razão, quando pugno pela separação das línguas faladas no Brasil e em Portugal.

 

Como a conversa não agradou ao Milanoff, ele bloqueou-me, no que fez muito bem, até porque eu iria bani-lo, de qualquer modo, pois nem sequer estava no meu rol de “amizades”, no Facebook.

 

Então a coisa acabou assim:

 

A contact set your nickname to bruxa Portuga.

Um contacto definiu a tua alcunha como bruxa Portuga.

 

Uma alcunha que se eu não soubesse de quem vinha, diria que só podia vir de um brasileiro com mente formatada. Já me alcunharam de coisa pior.

 

***

No YouTube, um sem cara e sem nome, esconde a sua ignorância:

 

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Youtube 2.PNG

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Poderia ir buscar ene comentários que circulam por aí, todos com o mesmo teor, mas fico-me por aqui, por hoje.   

 

Defender a HONRA do meu País do preconceito, da lusofobia, do antilusitanismo que o amesquinha, foi um DEVER que me impus, desde os meus tempos de estudante, e se para tal tenho de pagar um preço, pagá-lo-ei, conscientemente. E se o preço for os vitupérios dos rochinhas, o que me importa, se nada do que vem de baixo me atinge?

 

Isabel A. Ferreira

 

Links para os textos que deram origem aos comentários referidos, e mais centenas de outros:

 

Há crianças portuguesas que só falam brasileiro

 https://www.dn.pt/sociedade/ha-criancas-portuguesas-que-so-falam-brasileiro-14292845.html?comment_id=5189222177761317&reply_comment_id=5189269007756634&fbclid=IwAR3fPFKvMNJfbn3Mn2BLBFcP9zKrozW4M3tbLmnpGUc6bKrF4zRU7xwBj9k

 

Em defesa do português brasileiro

https://www.dn.pt/opiniao/em-defesa-do-portugues-brasileiro-14312992.html

 

Luccas Neto vai dobrar episódios para português de Portugal

https://www.jn.pt/artes/luccas-neto-vai-dobrar-episodios-para-portugues-de-portugal-14313137.html

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:33

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Quinta-feira, 10 de Junho de 2021

Neste “10 de Junho” Marcelo Rebelo de Sousa, Fernando Medina e Carlos Brum andam por aí a envergonhar Portugal

 

Eu, como cidadã portuguesa, que se orgulha do país onde nasceu, mas não se orgulha NADA dos seus governantes, nem de alguns portugueses que se recusam a EVOLUIR, senti-me desmedidamente envergonhada, perante o discurso delirante de Marcelo, o acto pidesco da Câmara Municipal de Lisboa, e a troglodicite de um açoriano, que atravessará a Europa evoluída, em autocaravana, por conta do campeonato de futebol, a fazer propaganda à execrável “festa brava”, como se tal abominação fizesse parte da Cultura Portuguesa.

 

Nada disto prestigia Portugal!!!!!!!!

 

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Marcelo Rebelo de Sousa disse isto, como se isto fosse verdade: «Desenganem-se os profetas da decadência, Portugal é um país com futuro, que investe no mar (poluindo-o?); que não desperdiça fundos europeus (então e a corrupção, que por aí anda à solta?), que não se esquece dos seus emigrantes (não se esquecerá???) e sabe acolher quem vem de fora para construir um país melhor (principalmente os que foram para Odemira e os que vivem, sub-humanamente, em bairros de lata, na maior das pobrezas, sem qualquer esperança de uma vida melhor).

 

Portugal é um "país de futuro" apenas para os que vivem numa bolha a cheirar a mofo, e não têm a noção da realidade.

 

Este senhor, que anda por aí a representar (MAL) Portugal, não tem a mínima visão de futuro, e está a contribuir para o seu desaparecimento, como país independente, ao ser cúmplice, por exemplo, da fraude linguística, que nos transforma numa colónia brasileira.

 

Este senhor devia ter vergonha de andar por aí a enganar os mais incautos, e a vender um Portugal francamente decadente.

 

Ler notícia aqui:

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/investir-no-mar-nao-desperdicar-um-centimo-dos-fundos-europeus-e-saber-acolher-quem-faz-de-portugal-um-pais-de-futuro-os-recados-de-marcelo-neste-10-de-junho

 

 ***

 

Fernando Medina.png

 

Diz a notícia que a Câmara Municipal de Lisboa fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três manifestantes russos que, no passado mês de Janeiro, participaram num protesto, em frente à embaixada russa em Lisboa, pela libertação de Alexey Navalny, opositor do governo de Vladimir Putin.

 

Fernando Medina diz que tal «não podia ter acontecido», mas o facto é que aconteceu, e pediu desculpa pelo "erro lamentável" da Câmara Municipal de Lisboa, mas isto é algo indesculpável.

 

Senhor Fernando Medina, tenha a hombridade de se demitir!

É o mínimo que pode fazer, depois deste acto pidesco, absolutamente imperdoável, num regime que se diz DEMOCRÁTICO. A quem pretende enganar com essa conversa de "erro lamentável"? Há erros que não podem ser lamentados, porque são irreversivelmente perversos. E este é um deles. Não tem a noção da gigantesca gravidade deste erro, sinónimo de propósito?

 

Ler notícia aqui:

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/fernando-medina-fala-em-erro-lamentavel-da-camara-de-lisboa

 

***

 

E este vai ENVERGONHAR Portugal, com a propaganda troglodita da "festa brava", numa Europa já civilizada, e que abomina esta prática bárbara e obsoleta, a cheirar ao mofo da Idade Média.

 

E pior do que isto, são estas parangonas que as televisões fazem a favor da PARVOÍCE! 

 

Carlos Brum.png

 

Será este o Portugal com futuro que tanto orgulha Marcelo Rebelo de Sousa?

Se é, estamos muito mal servidos!

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:36

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Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 2021

Ministério da Cultura (?) insulta a Cultura Portuguesa ao meter no mesmo saco torturadores de Touros, músicos, cantores, actores, cineastas, artistas plásticos e circenses, comediantes, bailarinos, escultores…

 

Foi com enorme perplexidade que ouvi dizer que o Ministério da Cultura (?) vai apoiar com 438 Euros cada, dos fundos públicos, os toureiros, a quem chamam “artistas” tauromáquicos, no âmbito das Medidas de Apoio à Cultura, à conta da suspensão de actividades, devido à Covid-19. Ouvi dizer e fui conferir. E não é que é verdade?  

 

Que grande desilusão, senhora ministra da Cultura (?)! Isto é um insulto à CULTURA PORTUGUESA! Mas é o que temos: um Portugal que avalia muito por baixo os agentes culturais,  daí ser também avaliado por baixo, com uma ministra que ora diz que a questão da tauromaquia é uma questão civilizacional, ora considera os torturadores de Touros artistas, que já levam um chorudo subsídio do Estado, para andarem por aí a massacrar seres vivos, e agora põe-nos ao mesmo nível dos verdadeiros artistas portugueses; músicos, cantores, actores, cineastas, artistas plásticos e circenses, comediantes, bailarinos, escultores

 

Bem sei que os torturadores de Touros e gente quejanda, estão elegíveis na Classificação Portuguesa das Actividades Económicas, contudo, não deixa de ser um colossal insulto à CULTURA PORTUGUESA, pois em parte alguma do Universo e arredores, a prática bárbara de torturar seres vivos para divertir sádicos, jamais foi e jamais será do foro da Cultura, tão-só, do foro psiquiátrico, como um desvio comportamental, já bastamente estudado, e que envergonha a HUMANIDADE.

 

E atribuir um subsídio de 438 Euros a um torturador de Touros, e o mesmo valor a um bailarino, por exemplo, da Gulbenkian, é do foro da insensatez.

 

Envergonho-me deste Portugal terceiro-mundista, que não há meio de evoluir.

 

TOUREIRO.png

Bailarino.png

Origem da imagem:  http://www.villasegolfe.com/pt/arte-cultura/cultura/benvindo-fonseca/

 

Vale a pena consultar este link, e conhecer a fantástica história deste bailarino, e compará-la com a de um torturador de Touros, que nunca chegará a Embaixador da Boa-Vontade da Organização das Nações Unidas, nem jamais receberá o prémio Os Jovens na Criatividade com a ONU, porque a única coisa que sabe fazer na vida é ser CRUEL para com um ser vivo indefeso, fora do seu habitat, e inofensivo, quando na Natureza à qual pertence.

 

E este desequilíbrio cultural só acontece num país onde impera a mediocridade elevada ao infinito.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:45

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Quarta-feira, 14 de Outubro de 2020

«Ministério da Cultura Vai Apoiar a Tauromáfia» [???]

 

Isto deve ser uma brincadeira de muito mau gosto. Um delírio de tauricidas.

Absolutamente inacreditável! Inconcebível!

Porém, a ser verdade, só mesmo num país onde a mediocridade é soberana, isto poderia acontecer.

A ser verdade, a senhora ministra da Cultura terá duas caras?
Não há muito tempo era pela Civilização, e agora é pelo atraso civilizacional?

Vejamos o que nos diz a Prótouro – Pelos Touros em Liberdade

(Isabel A. Ferreira)  

 

Prótouro.jpg

 

«De acordo com a website tauromafiosa “touro e ouro” o Ministério da Cultura reuniu com a Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos.

 

Na reunião reconheceu que a tauromáfia faz parte da cultura portuguesa e como tal é elegível para receber apoios relativamente às medidas da Covid.

 

A sério que a tortura de seres sencientes faz parte da cultura portuguesa?

 

O Ministério da Cultura acha que isto é cultura?

 

A ser verdade só podemos dizer que não existem palavras suficientes no dicionário para qualificar esta obscenidade.

 

Os empresários tauromáquicos vivem à tripa forra e a pandemia não lhes fez perder dinheiro porque a grande maioria tem outras profissões. Quanto aos tauricidas são de famílias ricas e recebem subsídios porque além de serem tauricidas são também ganadeiros como por exemplo os Moura Caetanos.

 

Até quando é que vamos continuar a pagar para a sobrevivência de uma indústria em agonia?

 

A única maneira de acabar com esta bandalhice é votar em quem quer erradicar esta aberração, caso contrário, esta gentalha vai continuar a encher os bolsos à custa de todos nós!

 

Prótouro
Pelos touros em liberdade

 

Fonte:

https://protouro.wordpress.com/2020/10/13/ministerio-da-cultura-vai-apoiar-a-tauromafia/comment-page-1/?unapproved=5390&moderation-hash=6e17cba4ea97a1523164db2c9b148777#comment-5390

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:51

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Sexta-feira, 24 de Julho de 2020

Estudantina Universitária de Coimbra - "À Meia Noite ao Luar" - Em quarentena

 

Esta é a verdadeira CULTURA PORTUGUESA.

*

Versão de "À meia-noite ao Luar", desta vez em quarentena, mas com a participação de 140 Estudantinos de 24 países. Dedicado a todos aqueles que trabalham para que a vida continue normal, dentro dos possíveis, tanto profissionais de saúde e fornecedores de bens básicos. Nesta versão contámos também com a honrosa presença de um membro que infelizmente já não pode estar presente da maneira que desejávamos, Paulo Saraiva, a voz de solista original na gravação deste tema no nosso primeiro álbum Estudantina Passa, de 1989.

*

Belíssimo!

Obrigada, Estudantina Universitária de Coimbra. Convosco regressei à MINHA Coimbra, ao meu tempo de estudante. Coimbra será sempre Coimbra, enquanto vós existirdes.

*

«Um POVO que tem “esta força” no seu âmago e consegue, apesar de todas as vicissitudes, tal encanto, é imorredouro»

*

É com este POVO e com esta FORÇA que se faz Portugal...

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:42

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Terça-feira, 9 de Outubro de 2018

A prótoiro CONFUNDE CULTURA COM TORTURA E ACUSA PAN DE “CENSURA CULTURAL”…

 

Isto daria para rir, se não fosse tão trágico, tão irracional, tão aparvalhado...

 

IVA.jpg

 

A prótoiro, despudoradamente, acusa também o PAN de “atacar a cultura portuguesa”, ao propor o fim da isenção de IVA, no que chama de prestação de serviços dos artistas tauromáquicos

 

Chamar a torturadores de Tourosartistas”, insultando com isto os cultores das verdadeiras ARTES, e dizer que esses torturadores “prestam serviços”, ou seja, torturam Touros até à morte, para divertir sádicos e psicopatas, é de muito mau gosto, de muito baixo nível e de uma ignorância pavorosa.

 

A prótoiro confunde tortura com Cultura, demonstrando uma cegueira mental descomunal, e acha que o PAN ataca a “cultura portuguesa”, como se a selvajaria tauromáquica fizesse parte da verdadeira Cultura Portuguesa. Nem aqui, nem na Cochinchina!

 

A prótoiro vive fora do nosso tempo. Da modernidade. Cheira ao mofo, de tanto estar encavernada!

 

Mas, coitados, é o sonho deles que está a ir pelo cano abaixo, devagarinho…

 

E não é pelo facto de terem partidos políticos trogloditas a apoiar a selvajaria tauromáquica (o que põe Portugal na cauda do mundo civilizado) que esta prática medievalesca vá ascender a “cultura”, e muito menos portuguesa, e que se consiga travar a sua natural decadência. O apoio dos partidos trogloditas só diz do atraso civilizacional dos seus componentes.

 

É que o mundo está a evoluir, e o PAN a crescer…

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:25

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Sábado, 30 de Junho de 2018

Benavente - Festa de que amizade?

 

Quem deu a notícia foi a SIC, com grandes parangonas, destacando a Banda Filarmónica, a tocar o Paso Doble "A Tourada", para dizerem, logo ali, ao que vinham.

 

Para disfarçar falaram de comezainas, abordaram a “amizade da festa” e a terminar, um indefeso e desventurado Touro a ser assediado na rua… tudo com muita boçalidade à mistura

 

Pergunto: as gentes de Benavente (vila portuguesa do distrito de Santarém) não conhecerão os divertimentos civilizados dos tempos modernos? Têm de se “divertir” a molestar um bovino indefeso, retirado do seu habitat, e fazer dele um brinquedo, como se ele fosse de borracha?

 

BENAVENTE.jpg

 A criança da foto foi colhida por um Touro, em Benavente, durante uma largada de touros, aqui há tempos. Estava acompanhada daquele que tem o dever inalienável de a proteger, e não a protegeu: o progenitor. Portugal continua a não cumprir as suas obrigações e a fugir a responsabilidades que lhe compete, no que respeita à protecção de menores, que são expostos à violência da tauromaquia.

 

Os de Benavente saberão que a "largada de Touros” é uma prática medieval, cruel e violenta, e não é coisa que se ofereça aos olhos das crianças, como se fosse um divertimento civilizado? Isto não é normal, nos tempos que correm.

 

Isto ainda consta do rol dos divertimentos do século XXI D.C.? Sabem que os bovinos são mamíferos ruminantes, e como tal, pacíficos, e que é uma crueldade retirá-los do seu habitat  e andar a assediá-los na rua, aos gritos, como se ali também fossem largados uns tantos doidos saídos de um manicómio?

 

Sabem que este tipo de "divertimento" pertence a um tempo medievalesco, que há muito ficou para trás?

 

Sabem que esta é uma coisa que não dignifica Benavente, nem educa as crianças da terra, no sentido da civilização?

 

Sabem que a "largada de Touros” é sinónimo de atraso civilizacional?

 

Se não sabem, estou a informar-vos.

 

Gostaria que esta minha informação vos fosse proveitosa, e que retirassem da vossa falsa “festa da amizade” a vossa profunda inimizade pelos Touros. Amizade significa sentimento de afeição e simpatia recíprocas, uma relação de entendimento, concordância, afinidade, entre dois ou mais seres, que podem ser humanos ou não-humanos?

 

Pois é! Uma “festa de amizade” onde se molesta psicologicamente e até fisicamente seres vivos, incluindo seres humanos, não é uma “festa de amizade”, é um castigo, configura uma prática de maus-tratos.

 

Espero tê-los sensibilizado no sentido de substituírem a “largada de Touros” por uma prática mais condizente com o século XXI, como por exemplo, um festival de música, com os cantores da moda. Ou um arraial de música popular portuguesa, que, isso sim, é cultura portuguesa.

 

Sabem, na semana passada fui a um arraial e fartei-me de dançar aquelas modinhas a que chamam música pimba. Adoro dançar música pimba, sabiam? Mas só nos arraiais das festas de aldeia e dos Santos Populares.

 

Não conheço Benavente. Gostaria de ir a Benavente dançar num arraial. Jamais irei a Benavente, enquanto não sair do rol das terras atrasadas civilizacionalmente.

 

O povo de Benavente merece melhor.

 

Aqui deixo esta sugestão civilizada. Garanto-vos que as crianças e até os adultos divertir-se-iam muito mais. E civilizadamente. Que é o mais importante. E Benavente deixaria de estar virada para trás.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:01

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Quinta-feira, 1 de Março de 2018

Acção em tribunal tentou acabar com o AO90 nas escolas, onde jamais deveria ter entrado

 

É um crime o que estão a fazer às crianças e aos jovens alunos portugueses, obrigando-os a aplicar a grafia brasileira, que nada tem a ver com Portugal, com a Cultura Linguística Portuguesa e com a identidade portuguesa.

 

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Um grupo de cidadãos e a Associação Nacional de Professores de Português (ANPROPORT) entregaram, em 17 de Novembro de 2016, ao Supremo Tribunal Administrativo, em Lisboa, uma acção que impugnava a resolução do Conselho de Ministros 8/2011, que mandou aplicar nas escolas portuguesas o chamado AO90 que, gostem ou não gostem que se diga isto alto, mas é a mais pura verdade, não passa da grafia brasileira, vigente no Brasil desde 1943.

 

E até hoje, continua tudo na mesnma, como se tal acção não tivesse existido. E isto só acontece num país sem rumo, sem rei nem roque, que é tudo menos um Estado de Direito.

 

Já outras acções foram apresentadas neste sentido, mas o silêncio ao redor disto é demasiado ruidoso.

 

As petições, está visto, não funcionam em Portugal, do mesmo modo que funcionam nos países verdadeiramente democráticos, em que basta o povo mostrar-se descontente com alguma situação, para que esta seja eliminada.

 

Os actuais governantes portugueses estão-se nas tintas para o Povo, para Portugal e para a Cultura Portuguesa.

 

Há aqueles que “tremem” só de pensar em abandonar a versão simplex da grafia alvitrada pelo AO90, porque seria muito complicado regressar aos cês e aos pês mudos. É complicado para os adultos, que não conseguem pensar a Língua. Mas não para as crianças e jovens. Se eu consegui, quando era criança, porque não as outras?

 

As crianças e os jovens, esses, conseguem aprender e desaprender tudo muito mais facilmente do que um adulto; e aprenderão a escrever, sem a mínima dificuldade, a Língua Portuguesa na sua versão original e íntegra, porque com lógica, do que a do AO90, cheia de incongruências e de erros básicos, que um aluno mais atento deteCta e rejeita, porque não é parvo.

Que mal fizeram as nossas crianças e os nossos jovens para merecer tão pouca sorte?


Além disso, há um detalhe: os nossos alunos são portugueses, são europeus, vivem em Portugal. Se é que me faço entender. E se todas as gerações anteriores conseguiram aprender e pensar a Língua Portuguesa, porque haveria esta geração de ser mais estúpida? Apenas porque uns poucos acham que é, e que não consegue escrever direCtor, porque como vai saber que direCtor leva um C, se não se lê? Este argumento é tão, mas tão estúpido, que bastaria isto para mandar às malvas o AO90 mais quem o engendrou.

 

As crianças portuguesas do Ensino Básico, que estão a aprender Inglês, sabem que quando têm de escrever “direCtor” em Inglês, escrevem o C. Mas em Português não sabem?

 

Por acaso acham os acordistas que uma criança portuguesa não tem inteligência para deteCtar esta parvoíce?

 

É mais fácil aprender a escrever quando há lógica, do que quando há ignorância.

 

A resolução do Conselho de Ministros 87/2011, do XVIII Governo Constitucional, liderado pelo socialista José Sócrates, ordenou a aplicação do AO90 ao sistema de ensino, a partir de 2011/12.

 

Os juristas entendem que esta resolução contém evidentes ilegalidades e que o AO90, juridicamente, não está em vigor e  é inconstitucional a vários níveis.

 

E o presidente da República Portuguesa, que tem formação jurídica, assobia para o lado, porque entenderá que para Portugal é mais importante os beijinhos e as selfies, do que um dos maiores símbolos da nossa identidade: a Língua Portuguesa, utilizada por sete dos oito países de expressão lusófona, na sua versão culta e europeia?

 

Haja bom senso e senso comum, porque as nossas crianças e os nossos jovens merecem melhor.

Ou não?

Continua-se a aguardar que os tribunais digam de sua justiça.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:10

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Segunda-feira, 14 de Março de 2016

Carta aberta ao senhor presidente da República, doutor Marcelo Rebelo de Sousa

 

MARCELO.png

O ainda Professor Marcelo Rebelo de Sousa e Maurício do Vale, à direita, autor do desvairado apontamento que desprestigia Portugal, a Cultura Portuguesa e o novo Presidente da República

Origem da imagem:

https://protouro.wordpress.com/2016/03/14/se-a-estupidez-matasse/

 

Exmo. Senhor Presidente da República Portuguesa

Doutor Marcelo Rebelo de Sousa

 

Tive o desprazer de ler, num aficionado e desprestigiado órgão de comunicação social, o seguinte texto, intitulado «Presidente, vá por si», assinado por um amigo de V. Excelência, o também aficionado Maurício do Vale, no qual faz um brinde toureiro, ao novo Presidente da República, como se um brinde toureiro (seja lá o que isto for) seja algo que eleve a condição e o prestígio do representante máximo da Nação Portuguesa.

 

Diz ele:

 

“A Tauromaquia é uma escola de ética e estética. De solidariedade e doutros valores. Respeito e solenidade. Elegância no gesto, rigor e determinação. Sublimando arte, sortilégio de Vida em encontro com a Morte. Brinda-se. Entrega total, aproximando-se de Deus, como dizia o aficionado Padre Teodoro!

 

Hoje e aqui, em arena de esperança, um brinde a quem já nos acentua que valemos muito mais do que pensamos, mensagens de liberdade de pensamento e expressão, abraços de AFECTOS que unem. A Tauromaquia está consigo, feliz pelo seu advento e CARÁCTER de popularidade ilustre, como a Festa de Toiros, baluarte de portuguesismo, como dizia Ramalho Ortigão.

 

Início de tempo novo. Um brinde toureiro: “Senhor Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, vá por si e que o vejamos muitas vezes!”

 

Não posso dizer que fiquei “chocada” com este pequeno (parvo) texto, que diz bem da perturbação mental de que sofrem os que vêem na tortura de seres sencientes, ética e estética, solidariedade, valores, respeito, solenidade, elegância, arte, sortilégio de vida em encontro com a morte, entrega total aproximando-se de Deus (aqui a culpa é dos padres católicos), festa de Touros como baluarte de portuguesismo (nem sequer a ironia de Ortigão foi entendida!).

 

Não fiquei “chocada”, pois é mais do que sabido que o mundo tauromáquico não passa de uma alucinação, onde alienados mentais “vivem” uma mentira propagada desde o tempo das trevas, como se fosse verdade.

 

Nascendo-se, crescendo-se e vivendo-se fechado num mundinho muito limitado, desvirtuado pela ignorância, e onde a evolução nunca teve a oportunidade de entrar, provocando, deste modo, uma estagnação total nas mentalidades, é muito natural que se escreva o que o articulista escreveu, com uma monumental falta de noção do ridículo.

 

Ali, sublima-se a vidinha pequena que se vive, por não se conhecer outros horizontes, outros mundos, outras vivências maiores. E então, naquelas mentes deformadas, a tortura de um ser vivo transforma-se em arte, em estética, em ética, em tudo aquilo de que já ouviram falar, mas que não fazem a mínima ideia do que é.

 

É assim como quando alguém sabendo que é chique usar gravata, enfia na cabeça uma boina velha, calça umas tamancas, veste umas farpelas maiores do que o próprio corpo, amarra ao pescoço a tal gravata que comprou com muito sacrifício, e sai para a rua a pavonear-se como se fosse um lorde.

 

Eu não fiquei “chocada” com o que Maurício do Vale escreveu. Não fiquei.

 

Porém, senti-me fortemente agredida na minha inteligência, na minha condição de cidadã portuguesa, na minha dignidade, em tudo o que aprendi na Universidade que, tal como V. Excelência, tive o privilégio de frequentar.

 

Lá, aprendi os conceitos de Cultura e de Civilização, que V. Exa. poderá (se assim o entender, obviamente) consultar neste link:

 

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/22410.html

 

E foi precisamente neste meu saber que me senti agredida, fustigada, esmagada, como se as palavras do articulista fossem pedregulhos arremessados por uma besta (pronuncia-se bésta) medieval, contra a Humanidade.

 

Senhor Presidente da República, mas estes são aqueles que nunca tiveram a oportunidade de se instruírem, de se cultivarem, de evoluírem. Ou mesmo que tivessem. É mais do que sabido que as licenciaturas, os doutoramentos, ou quaisquer outros graus académicos não conferem dignidade ao ser humano, se este não nasceu predisposto a evoluir.

 

Mas convenhamos… V. Excelência agora é o Presidente da República Portuguesa. Não pode andar por aí na boca do povo, como um aficionadozinho qualquer. Não fica bem ao representante máximo da Nação.

 

Bem sei que V. Excelência já me confessou, em particular, que não é aficionado. Mas as suas atitudes públicas desmentem-no. Talvez tenha de confessar publicamente, a sua não afición, para que os Portugueses tenham a certeza de que o Palácio de Belém não está ocupado por alguém que aplaude e se diverte com a tortura de um ser senciente, tão animal como qualquer um de nós, com as nossas dores, emoções, sentimentos… Tal e qual. Diz a Ciência, e eu confirmo, porque desde criança que convivo com animais não-humanos de várias espécies.

 

Talvez Vossa Excelência tenha de confessar publicamente que não pode brindar com os aficionados o brinde toureiro, que lhe propôs o articulista, e que também não pode ser visto nem muitas nem poucas vezes nesses lugares de tortura animal, porque não é digno de um Presidente da República.

 

Se realmente Vossa Excelência pretende ser o Presidente de todos os Portugueses (apesar de ter sido eleito por pouco mais de dois milhões de eleitores, entre nove milhões) terá de ter em conta o que a esmagadora maioria quer para Portugal, a este respeito, ou seja, a abolição da tauromaquia.

 

Vossa Excelência não pode correr o risco de se ver, aleatoriamente, envolvido nesse mundo com cheiro a mofo, a bosta, a urina, a suor, a sangue, a miséria moral, e imerso em escuridades, que é o mundo da tauromaquia, porque agora Vossa Excelência é o Presidente da República Portuguesa.

 

E tal cargo acarreta uma responsabilidade acrescida no que respeita ao respeito a ter por toda a fauna portuguesa, seja ela humana ou não-humana.

 

Com os meus melhores cumprimentos,

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:23

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